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Histologia: Anexos do Sistema Digestivo

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Histologia 
Sistema Digestivo pt.2 
Introdução 
O sistema digestivo é composto pelo trato digestivo e por 
órgãos associados, que são as glândulas salivares, pâncreas, 
fígado e vesícula biliar 
Glândulas Salivares 
São glândulas exócrinas, estão presentes na cavidade oral e 
sua função é a produção de saliva (solução aquosa que 
contém eletrólitos, glicoproteínas, imunoglobulinas e enzimas). 
As funções da saliva são: 
●Manutenção do pH neutro na cavidade oral (pH da saliva 
varia entre 6,4 e 7,4) 
●Umidificar e lubrificar a mucosa oral e o alimento ingerido 
●Iniciar a digestão de carboidratos e lipídios (amilase e lipase 
linguais) 
●Secretar substâncias germicidas protetoras (IgA, lisozima e 
lactoferrina) 
Existem tipos de Glândulas salivares, dentre eles: 
●Glândulas pequenas e dispersas pela cavidade oral na 
mucosa e submucosa, são não-encapsuladas, secretam 10% 
do volume de saliva total e são responsáveis por 70% do 
volume de muco produzido. Podem apresentar agregados 
de linfócitos responsáveis pela secreção de IgA 
●Glândulas maiores, que são encontradas em 3 pares: 
Glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais 
Glândulas Maiores 
Todas são revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo 
denso, que entra no parênquima (que consiste em 
terminações secretoras) delas formando septos e as 
dividindo em lobos e lóbulos. Apresentam estroma de tecido 
conjuntivo para sustentação e que contém vasos 
sanguíneos, nervos e os ductos das glândulas 
A glândula em si apresenta a porção secretora (ao redor 
dela existem as células mioepiteliais que, além de impedir a 
distensão excessiva dessa porção, auxiliam na secreção) e a 
condutora (local de modificação da composição da saliva 
Vasos e nervos penetram essas glândulas pelo hilo e se 
ramificam até os lóbulos. Os capilares que circundam as 
terminações secretoras são essenciais para os estímulos do 
SNA que geralmente são iniciados por sabores ou aromas 
PORÇÃO SECRETORA 
Composta por células serosas e mucosas além das 
mioepiteliais não secretoras 
As serosas têm forma piramidal (base larga acomodada 
sobre uma lâmina basal), se arranjam em ácinos serosos 
(porções secretoras arredondadas com uma luz central), 
possui grânulos de secreção (contém enzimas, lactoferrina 
e IgA secretora), seu citoplasma é basófilo, núcleo esférico e 
basal e apresenta microvilos na superfície apical 
As células mucosas são cúbicas ou cilíndricas, se arranjam 
em túbulos (podem ser glândulas tubuloacinosas/ ácinos 
mistos), seu citoplasma é pálido (composto por vesículas de 
glicoproteínas/ muco da família das mucinas, que serve para 
lubrificar), núcleo é achatado e basal 
PORÇÃO CONDUTORA 
Modifica a saliva à medida que a conduzem para cavidade 
oral. Existem 3 tipos de ductos: 
Ducto Intercalar, que é intralobular (está dentro dos lobos das 
glândulas), seu epitélio é simples pavimentoso ou cúbico, 
possui células mioepiteliais ao redor (alteram o diâmetro do 
ducto). Sua função é adicionar HCO3- e absorver CL- do 
fluido seroso para manutenção do pH salivar. Vários se unem 
para formar um ducto estriado 
 
Ducto estriado, é intralobular, epitélio simples cilíndrico, 
citoplasma eosinófilo, núcleo esférico e central, microvilos na 
superfície apical e apresenta estriações radiais (são 
invaginações na membrana basal onde se encontram 
 
. 
mitocôndrias). Nas regiões estriadas se tem muitas bombas 
de Na e K pois esses ductos servem para remoção do Na 
e secreção de K a fim de tornar a saliva hipotônica. Esses 
ductos irão convergir e desembocar nos ductos excretores 
Ducto excretor é interlobular (se encontram nos septos de 
conjuntivo), seu epitélio é estratificado cúbico ou colunar e 
próximo à cavidade oral pode se tornar pavimentoso não 
queratinizado 
Glândulas Parótidas 
Tem forma achatada, pesam de 20 a 30 g e se encontram 
abaixo e na frente da orelha. Seu ducto desemboca na frente 
do 2º molar superior e ela é uma glândula exócrina acinosa 
composta serosa (possui apenas células serosas na sua 
porção secretora). 
São responsáveis pela produção de 30% da saliva, sua 
secreção (que fica em grânulos) é rica em proteínas e 
amilase, mas também secretam IgA secretora (graças aos 
vários plasmócitos encontrados em seu tecido conjuntivo). 
Glândulas Submandibulares 
Tem forma ovoide, pesam de 12 a 15 g e se encontram sob 
o assoalho da boca. Seu ducto se abre ao lado do frênulo 
lingual e ela é uma glândula exócrina tubuloacinosa composta 
ramificada seromucosa (apresenta células serosas, 
predominantemente, e mucosas na sua porção secretora). 
 Produzem 60% da saliva, sua secreção é rica em amilase, 
lisozima e lactoferrina. Em humanos, 90% das 
submandibulares são acinosas serosas e 10% túbulo mucosas 
com semiluas serosas (local de secreção de lisozima) 
*Serosas possuem núcleo arredondado e citoplasma basófilo 
Glândulas Sublinguais 
Tem forma de amêndoa, pesam de 2 a 3 g e se encontram 
sob o assoalho da boca sendo anteriores às submandibulares. 
Seu ducto se abre junto com o da submandibular e ela é 
uma glândula exócrina tubuloacinosa composta ramificada 
seromucosa (apresenta células serosas e mucosas, 
predominantemente). Produzem 5% da saliva 
*Apresenta semiluas serosas que secretam lisozima 
Pâncreas 
Glândula mista (endócrina e exócrina, produz enzimas 
digestivas e hormônios) alongada, com 20 a 25 cm de 
comprimento (e 5 cm de largura), que pesa entre 100 e 150 
g. Anatomicamente se divide em cabeça (fica próxima ao 
duodeno em uma de suas curvaturas), corpo (cruza a linha 
média do abdômen) e cauda (se estende em direção ao 
baço) 
É envolvido por um peritônio (é uma serosa) e uma cápsula 
de conjuntivo frouxo (invagina formando septos que dividem 
o órgão em lóbulos) e suas funções são: 
●Produção de enzimas digestivas que atuam no intestino 
delgado 
●Secreção de hormônios (glucagon e insulina) para o sangue 
Ele se diferencia da parótida pela presença de ilhotas, células 
centroacinosas (são encontradas apenas nos ácinos) e 
ductos estriados apenas no pâncreas, além da penetração 
das porções iniciais dos ductos intercalares no lúmen dos 
ácinos apenas nele 
Por fim, apresenta uma rede capilar extensa que é essencial 
para o processo de secreção 
Porção Exócrina 
Secreta água, íons, proteinases, amilase, lipases, nucleases. A 
maioria é armazenada na forma inativa em grânulos de 
secreção (elas são ativadas na luz do intestino delgado e isso 
é importante para proteger o pâncreas da atividade dessas 
enzimas). Essa porção é controlada pelos hormônios 
secretina (secretada principalmente quando se tem a 
presença de ácido no intestino, ele vai estimular uma 
secreção rica em bicarbonato e pobre em enzimas) e 
colecistoquinina além de estímulos do nervo vago 
Muito semelhante à glândula parótida, atua como glândula 
acinosa (organizada em ácinos) composta serosa que produz 
precursores de enzimas digestivas. O citoplasma das células 
na porção apical é eosinófilo (rico em grânulos de zimogênio 
que armazenam pro-enzimas que só serão ativadas quando 
estiverem na região de duodeno) e na porção basal é 
basófilo (RER desenvolvido), o núcleo é esférico e basal. 
O ácino pancreático é constituído por várias células serosas 
que circundam um lúmen e eles são circundados por uma 
lâmina basal sustentada por fibras reticulares 
Apresenta ductos intercalares com epitélio simples 
pavimentoso ou cúbico (no início do ducto existem células 
centroacinosas, no centro do ácino) e é uma região de 
produção de um líquido seroso alcalino (serve para 
neutralizar o ácido que chega ao duodeno) 
Os ductos intralobulares (são continuação dos intercalares) 
aqui tem epitélio cúbico ou cilíndrico, os ductos interlobulares 
(continuação dos intralobulares) são de epitélio simples 
cilíndrico e se encontram nos septos de conjuntivo e o ducto 
pancreático principal (continuação dos interlobulares) é de 
epitélio simples cilíndrico e apresenta células caliciformes, ele 
se une ao ducto biliar comum edesemboca no duodeno 
 
 
 
. 
Porção Endócrina 
Sua porção endócrina é composta pelas Ilhotas de 
Langerhans (ou pancreáticas) que são glândulas endócrinas 
cordonais (se arranjam em cordões) merócrinas / 
agrupamentos de células epiteliais endócrinas, ficam 
entremeadas com capilares fenestrados (permitem a 
passagem dos hormônios produzidos para a circulação 
sanguínea) e secretam insulina, glucagon e outros hormônios 
Possui 4 tipos de células: Célula A que secreta glucagon, 
Célula B que secreta insulina, Célula D que secreta 
somatostatina e a célula F secretora de peptídeo pancreático 
As células são poligonais ou esféricas, núcleo eucromático e 
citoplasma claro. A produção de glucagon acontece nas 
células alfa (compõe cerca de 20% das ilhotas) que ficam na 
periferia e a produção de insulina acontece nas células beta 
(compõe 70% das ilhotas) 
*10% das ilhotas corresponde a outros tipos celulares 
Fígado 
Segundo maior órgão do corpo (pesa cerca de 1,5 kg), se 
encontra dentro da cavidade abdominal logo abaixo do 
diafragma. É revestido por uma cápsula delgada de tecido 
conjuntivo que é mais espessa no hilo, que é o local de 
entrada da veia porta e da artéria hepática, saída de ductos 
hepáticos direito e esquerdo (circundados por conjuntivo) e 
dos vasos linfáticos 
Tem múltiplas funções, são elas: 
●Processamento e armazenamento (na forma de 
triglicerídeos ou glicogênio) de nutrientes (todos os 
nutrientes absorvidos pelo intestino vão ao fígado) para 
serem utilizados por outros órgãos (é uma interface entre o 
sistema digestivo e o sangue) 
●Neutralização e eliminação de substâncias tóxicas (por 
meio da bile que é importante para digerir lipídios) 
medicamentos e drogas 
●Produção de proteínas plasmáticas (por exemplo a 
albumina) além de captar, transformar e acumular 
metabólitos 
Lóbulo Hepático 
O componente básico do fígado são as células hepáticas 
(hepatócitos). Elas são células epiteliais poliédricas com 
núcleo esférico e central e citoplasma eusinofílico que pode 
conter gotículas lipídicas, agrupadas em placas e 
interconectadas que se organizam por meio dos lóbulos 
hepáticos (estão em contato entre si e é difícil estabelecer 
limites entre eles). 
Nos lóbulos se encontram cordões radiais de hepatócitos 
com sinusoides hepáticos (formados por uma camada 
descontínua de células endoteliais fenestradas) entre eles que 
se dispõe radialmente ao redor da veia centrolobular 
Entre lóbulos existe o espaço porta (existem de 3 a 6 por 
lóbulo) que contém a tríade portal composta por um ramo 
da veia porta, um da artéria hepática e um do ducto biliar 
(transporta a bile produzida pelos hepatócitos até os sistemas 
de ductos biliares) além vasos linfáticos. Todos esses 
componentes estão envolvidos por uma bainha de tecido 
conjuntivo frouxo 
 
Os chamados Espaços de Disse, são espaços subendoteliais 
dos sinusoides que separam a célula endotelial do hepatócito. 
Nesse espaço se tem microvilos dos hepatócitos e células 
estreladas hepáticas (ou Células de Ito) que armazenam 
lipídios e retinoides (vitamina A), produzem proteínas e 
secretam fatores de crescimento além de regular o 
diâmetro sinusoidal. 
 
 
. 
Fluidos provenientes do sangue atravessam rapidamente a 
parede endotelial e fazem um contato muito próximo com 
a parede dos hepatócitos, o que possibilita uma troca fácil de 
macromoléculas entre o lúmen sinusoidal e os hepatócitos, e 
vice-versa. Essa troca é importante não apenas devido ao 
grande número de macromoléculas secretadas dos 
hepatócitos para o sangue, mas também porque o fígado 
capta e cataboliza muitas moléculas grandes 
Os sinusoides também contêm macrófagos conhecidos 
como Células de Kupffer, que fazem parte do sistema 
mononuclear fagocitário, suas funções são metabolizar 
hemácias velhas, digerir hemoglobina e destruir bactérias. Elas 
se encontram na superfície luminal das células endoteliais 
Suprimento Sanguíneo 
80% vem da veia porta (é um sangue desoxigenado, mas 
rico em nutrientes que provém do trato digestivo, pâncreas 
e baço) e 20% da artéria hepática (é um sangue oxigenado 
com lipídios complexos provindo da aorta abdominal) 
SISTEMA PORTAL VENOSO 
A veia porta se ramifica em vênulas portais (são 
interlobulares e estão no espaço porta), que se ramificam 
em vênulas distribuidoras (ficam ao redor da periferia do 
lóbulo) que se ramificam em capilares sinusoides que correm 
entre os cordões de hepatócitos e se encontram no centro 
do lóbulo para formar a veia centrolobular. Ao deixar o lóbulo, 
essa veia se funde com a veia sublobular que, ao se fundir 
com outras sublobulares, formará as veias hepáticas que 
desembocam na veia cava inferior 
SISTEMA ARTERIAL 
A artéria hepática se ramifica em arteríolas interlobulares 
(encontradas no espaço porta), que se ramificam nos 
capilares sinusoides onde há um encontro de sangue arterial 
e venoso. As células periféricas dos lóbulos irão receber 
primeiramente todas as substâncias transportadas pelo 
sangue uma vez que ele corre da periferia ao centro 
SISTEMA DE DUCTOS 
No encontro de hepatócitos se tem a delimitação (por meio 
das membranas dos hepatócitos) de um espaço tubular que 
forma um canalículo biliar. Ele apresenta microvilos e junções 
de oclusão (importante para toda a bile produzida ser 
drenada apenas por esse canalículo). A bile segue um fluxo 
contrário ao do sangue 
*junções comunicantes também existem entre os 
hepatócitos para permitir a comunicação intercelular 
Canalículos formam dúctulos biliares (canais de Hering) que 
formam ductos biliares (se encontram no espaço porta). A 
partir dos ductos biliares se tem os ductos hepáticos direito 
e esquerdo que formam o ducto hepático comum que deixa 
o fígado e, associado ao ducto cístico, forma o ducto 
colédoco (desemboca no duodeno) 
Os ductos biliares são compostos por uma mucosa com 
epitélio simples cilíndrico e a lâmina própria, uma camada 
bem fina de músculo liso, o esfíncter de Oddi (espessamento 
da camada muscular bem próxima ao duodeno) que regula 
o fluxo de bile 
Regeneração Hepática 
Mesmo lenta, a renovação celular no fígado consegue, em 
alguns casos de remoção cirúrgica por exemplo, restaurar a 
massa original 
Vesícula Biliar 
É um órgão oco piriforme que está aderido à superfície 
inferior do fígado que se conecta à via biliar pelo ducto 
cístico. Pode armazenar de 30 a 50 ml de bile e a secreta 
quando necessário 
Suas funções são armazenar, concentrar (absorvendo água) 
e secretar a bile ao trato digestivo 
Apresenta uma mucosa com pregas abundantes, epitélio 
simples cilíndrico com microvilos rico em mitocôndrias (pois 
a vesícula faz um transporte ativo de sódio e isso permite a 
absorção passiva de água) e o núcleo sendo encontrado no 
terço basal das células. 
Na mucosa existem glândulas tubuloacinosas mucosas 
(secretam muco para auxiliar a secreção biliar) próximas ao 
ducto cístico, e a lâmina própria. Abaixo da mucosa existe 
uma camada de músculo liso que auxilia na contração da 
vesícula 
Abaixo da mucosa há um tecido conjuntivo denso não 
modelado (chamado de adventícia por não ter mesotélio) 
que é contínuo à capsula hepática. Por fim, a parte não 
contínua ao fígado é revestida por uma membrana serosa 
A contração da vesícula é estimulada pelo hormônio 
colecistoquinina (hormônio produzido no intestino delgado 
quando acontece a chegada do conteúdo alimentar nele, 
principalmente ácidos graxos)

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