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Avaliação clínica detalhada; Grau de facilidade de intubação traqueal; Compor planos para garantir a ventilação; Definir riscos de aspiração de conteúdo gástrico; Prever estratégias de resgate. Fluxo para controle de VA SEMPRE GARANTIR VENTILAÇÃO DO PACIENTE !!! A avaliação de VA visa antever a presença de VAD. Histórico de VAD é o preditor mais confiante de adversidade. IOT dificil x VA dificil IOT dificil é considerada quando 2 médicos capacitados não conseguem fazer a intubação em 3 tentativas. Quanto maior o número de tentativas maior o risco de complicações Não consegue intubar porém consegue manter a ventilação do paciente. Thais Passos - T1 ECC 2 Classificação Mallampati III e IV Mandíbula protusa Pescoço curto (retrognatia) Língua grande (macroglossia) Abertura da boca pequena (min de 3 cm) Imobilidade do pescoço Obesidade e DM Ronco ou apneia (frouxidão do tec conjuntivo - pct ventila mal) Barba (máscara não adere corretamente) Lesão na coluna cervical Retração cicatricial no pescoço Deformidade de arcada dentária Gravidez (progesterona faz com que a mucosa fique friável e inchada e tem a redução do tempo de esvaziamento gástrico. Na 38˚ sem o útero empurra o diafragma pra cima diminuindo a capacidade residual funcional [volume de reserva + volume residual]) Obstrução de via aérea (sinal clínico: estridor) VA difícil Situação clinica em que um anestesiologista tem dificuldade para ventilar sob máscara facial, intubar ou ambos. Não consegue intubar nem ventilar o paciente Existe dificuldade em manejar a via aérea. A manutenção da ventilação e a oxigenação é a prioridade. Preditores de VA difícil Abordagem das Vias Aéreas ______________________________________________ Comorbidades como Sd de Down, AR, endócrinas, espondilite anquilosante... Edema de laringe Alterações anatômicas #OBS: pé torto congênito tem relação com VAD LEMON L - Look externally Impressão geral do paciente Fáceis anormal, trauma facial, barba, ausência de dentes, obesidade cirurgia prévia de pescoço ... E - Evaluete 3 - 3 - 2 Boca / Tireoide-mento / hioide-tireoide Thais Passos - T1 ECC 2 Mallampati O teste é realizado com o paciente sentado com o pescoço em posição normal (perpendicular ao chão), boca em abertura total e língua em protusão máxima. O observador deve estar sentado, com os olhos à mesma altura do paciente. Classificações I - Palato mole, fauce, úvula e pilares amidalianos visíveis II - Palato mole, fauce e úvula visíveis III - Palato mole e base da úvula visíveis IV - Palato mole parcialmente visível. Classes III e IV são sugestivas de intubação dificil. Commarck-Lehane É uma avaliação durante a laringoscopia Classificações I - Cordas vocais completamente visíveis II - Apenas aritenóides visíveis III - Apenas epiglote visível IV - Epiglote não visível ________________________________________________________ O - Obstruction Voz abafada, salivação excessiva, estridor Distância da junção do pescoço à proeminência laríngea < 2 dedos N - Neck mobility Possibilidade de hiperextensão cervical Mallampati III ou IV M - Mallampati Abertura da boca Distância tireo-mento < 3 dedos Lip face test Avaliação da protusão mandibular (mordida do lábio superior) Para identificar se existe mobilidade da articulação temporomandibular e que consequentemente há possibilidade do deslocamento anterior da mandíbula durante a laringoscopia. Conhecendo bem a anatomia das VAs Tendo domínio sobre os instrumentos de manejo das VAs Mantendo o posicionamento adequado do paciente Reconhecendo situações de potenciais dificuldades Pedindo ajuda quando necessário Paciente com risco de aspiração gástrica Obesidade RGE DM Parada cardiorespiratória (PCR) Paciente comatoso Preparação dos materiais Posicionamento Pré-oxigenação Pré-tratamento Paralisia pós-indução Passa o tubo Cuidados pós-intubação Como evitar problemas Sequência Rápida de Intubação SRI Indução de anestesia por meio de técnica de sequência rápida Utilizada principalmente para proteger as VAs quando há risco de aspiração do conteúdo gástrico. Indicações Sem suspeita de IOT difícil Contraindicações Técnica 7 P's 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Tubos endotraqueais Lâminas do laringoscópio Sondas de aspiração Sonda nasogátrica Medicações Oxímetro Capnômetro Ambu com reservatório Monitor cardíaco Agulha intraóssea Pilhas, lâmpada, furos na bolsa-reservatório Médico habilitado em VA e intubação Médico para compressões torácicas, realizar manobra de Sellick, verificar pulsos, fazer ausculta e monitorização Profissinal de enfermagem para administrar medicações, auxiliar na monitorização e fornecimento de materiais. 1 - Preparação dos materiais Avaliação da VA + plano de abordagem Monitorização + oximetria + acessos venosos Relacionar o equipamento adequado de acordo com a faixa etária do paciente Teste os equipamentos Deixe os equipamentos com acesso fácil e a medicação pré-preparada e identificada. Equipe médica: mínimo 3 profissionais #OBS: manobra de Sellick é a compressão. digitopressão da cricóide que é realizada para evitar broncoaspiração. Não deve ser feita quando o profissional não for habilitado e nem se o paciente tiver lesão raquimedular. A manobra NÃO PREVINE a aspiração mas DIMINUI chance. Thais Passos - T1 ECC 2 ________________________________________________________ Posição olfatória/ olfativa Alinha os eixos oral, faríngeo e laríngeo - o que promove melhor visualização das pregas vocais, grande abertura da boca, desloca a epiglote para fora do eixo e diminui a resistência à passagem do ar. Consiste na flexão do pescoço sobre o tórax com hiperextensão da cabeça sobre o pescoço Usa coxim para manter a posição e sua altura varia de acordo com o tamanho e característica de cada pct. #OBS: para pacientes obesos usar coxim triangular com começo no occipital indo até a região sub-escapular Profissional na cabeceira do leito Paciente em decúbito dorsal Ajustar a cabeceira e altura do leito (melhora a visão do médico) Coxim em região occipital - alinha os eixos faríngeos e laríngeos Extensão cervical, inclinação do dorso, "sniff position" ou "posição olfatória" 2 - Posicionamento Thais Passos - T1 ECC 2 Fornecer oxigênio e reservatório por 2 min (ou 3 a 5 min) Não é necessário fazer ventilação por pressão positiva (VPP), exceto em pct sem respiração espontâneo ou incapaz de uma ventilação efetiva que necessita de VPP Pressão na cricóide (Manobra de Sellick) Tredenleburg reverse 30˚ Cabeça 20˚ pra cima Manobras para potência de VA (Jaw-Thrust e Chin-lift) Opióide - fentanil Hipnótico - propofol, etomidato Relaxante muscular Otimiza medidas para previnir hipotensão Reconhecer órgãos vulneráveis Descompressão de pneumotórax (comprimido não faz IOT) Lidocaína 3 - Pré-oxigenação Tem como objetivo saturar o máximo possível os pulmões e tecidos corporais possibilitando maior tempo de apneia após a indução. Denitrogena o paciente melhorando a capacidade residual funcional. Posicionar: 4 - Pré-tratamento #OBS: Ordem das drogas 1. 2. 3. Anestesia Proteção da pressão intracraniana (PIC), reduz aumento da PIC que pode ocorrer com a laringoscopia (devido ao efeito anestésico no SNC) Dose: 1-2 mg/kg *Convulsões podem ocorrer com repetições da dose ________________________________________________________ Fentanil Atropina Midazolan - Benzodiazepínico Anestesia / Analgesia Opiáceo 100x mais potente que a morfina Dose: 1-4 mcg/kg lentamente (1min) após atropina *usa geralmente em crianças - Início de ação: 1 min - Duração: 30-60 min - Apresentação: 50 ug/ml - Antagonista:Naloxone Dimimui efeitos cardiovasculares pois estimula o SN simpático Potente hipotensor Indicado para sangramento intracraniano ativo, hipertensão intracraniana ou dissecção aórtica Hipnótico Ideias por provocarem inconsciência rapidamente, com curto período de ação e mínimos efeitos colaterais. Rápido início de ação, potente efeito amnésico, curta duração Dose: 0,1-0,3 mg/kg (0,2-0,6 mg/kg) antes do agente paralisante *pode ser repetida a cada 3-5 min Efeitos colaterais: depressão respiratória e hipotensão (evitar infusão rápida Início de ação: 1-2 min Duração: 30-60 min Apresentação: ampola de 5 mg/kg Antagonista: Flumazenil 0,1-0,2 mg/kg Thais Passos - T1 ECC 2 Propofol Ketamina Etomidato Capaz de provocar anestesia geral e amnésia Indicado para sedação profunda Lipossolúvel: atravessa barreira hemoencefálica - diminui a PIC e tem propriedades anticonvulsivantes Ação ultrarrápida: <1 min Rápido despertar: 3-5 min Doses: 2 mg/kg [crianças menores que 1 ano fazer 3 mg/kg) Pode causar hipotensão e dor no local da injeção Evitar em pct com hipovolemia e sinais de choque Único agente capaz de produzir analgesia, rápida sedação e amnésia, preservando o drive respiratório e reflexos protetores das VAs. Induz a liberação de catecolaminas - mantendo a pressão estável e elevação da FC Dose: 1-4 mg/kg Início de ação: 1-2 min Duração: 30-60 min Apresentação: ampola 10ml com 50 mg/kg Efeitos colaterais: aumento da PIC, efeitos alucinatórios e excessiva secreção das vias aéreas (usas BZD e Atropina em crianças) Pode ser adm via IM mas tem início mais demorado. Hipnótico de ação ultra curta Menor depressão respiratória Diminui a PIC - escolha em pct com TCE Dose: 0,2-0,4 mg/kg ________________________________________________________ Succinilcolina Rocurônio Mulher: 7-7,5 Homem: 8-8,5 Efeitos colaterais: vômitos, supressão da síntese de cortisol, tosse, soluços, flebite, requer experiência em seu uso principalmente em crianças menores de 6 anos. 5 - Paralisia pós-indução Provocam paralisia por impedirem a ação da acetilcolina na junção neuromuscular Despolarizante: Succinilcolina Não despolarizante: Rocurônio Era mais utilizada por seu rápido início de ação e curta duração porém tem diversos efeitos colaterais como: mioglobinúria, dor muscular, hiperpotassemia, aumento da PIC, aumento da pressão introcular, fasciculação, hipertermia maligna, bradicardia, arritmia e hipotensão *crianças acima de 5 anos são mais suscetíveis a esses efeitos Dose: 1-2mg/kg (crianças <10 kg) ou 1-1,5 mg/kg (crianças >10 kg) Início de ação: 60s Duração: 30-60 min Apresentação: solúvel, pré-misturada - facilitando administração - frasco amploa de 10 mg/kg 6 - Passa o tubo - Inserção do laringoscópio (colocar lateralizado, empurra a língua para que a boca seja visualizada e coloca o tubo) - Visualiza a abertura glótica - Passa o tubo - Insufla o cuff e retira o fio guia - Confirma posição do tubo. Thais Passos - T1 ECC 2 Radiografia de tórax Gasometria 2,2 ml/kg de espaço morto, volume corrente (volume de reserva) normal 6- 7 ml/kg. Como iniciar o manejo de VA de um pct com histórico de PCR na cirurgia prévia e que necessita de IOT para realização de endoscopia eletiva? 7 - Pós-intubação Cartografia é o melhor método diagnóstico rápido de intubação - Fixar o tubo com tapes/ esparadrapos - Acoplar ao ventilador - Observar parâmetros: hipotensão e queda de saturação Se parâmetro ruim: buscar qual é a complicação - Pneumotórax - Ruptura de cuff - Interrupção de O2 - Tampão mucoso Questões 1. R: Contraindicado SRI e intubar acordado 2. Pct de 80 anos, em insuf respiratória grave na sala de emergência, portador de DRGE, DM e artrite reumatóide avançåda. Como manejar a VA deste pct? R: VAD + estomago cheio = intução acordado ________________________________________________________ 3. Contraindicações para IOT acordado? R: HIC, SCA ou hipertensão intraocular 4. No caso de IOT e não ventilação, qual conduta mais adequada? R: Chamar ajuda e tentar uso de dispositivo supreglótico e preparar o material da cricotireoidostomia 5. Quando não fazer pressão na cricóide? R: Quando o profissional não for habilitado e se tiver trauma raquimedular. Lembrando que não previne a aspiração mas diminui a chance 6. Via aérea definitiva R: Tubo com cuff insuflado na traqueia conectado a ventilação mecânica como fonte de oxigênio Thais Passos - T1 ECC 2 Referência: Bases do Ensino da Anestesiologia / Editores: Airton Bagatini, Luiz Marciano Cangiani, Antônio Fernando Carneiro e Rogean Rodrigues Nunes Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Anestesiologia/SBA, 2016.
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