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Obesidade Infantil e a Influência da Publicidade

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL
Thais Antelmo de Souza Cruz
RA 8057131
Nutrição e Dietética
Adeline Conceição Rodrigues
Araraquara
2020
Descrição da Atividade:
Lançado em novembro de 2012 o documentário Muito Além do Peso, em um contexto de amplo debate sobre a qualidade da alimentação das crianças brasileiras e os efeitos da comunicação mercadológica de alimentos direcionadas a elas. O vídeo é fruto de uma longa trajetória da Maria Farinha e do Instituto Alana na sensibilização e mobilização da sociedade sobre os problemas decorrentes do consumismo na infância. Muito Além do Peso, aborda o tema da obesidade infantil ao discutir por que 33% das crianças brasileiras pesam mais do que deviam. 
As respostas deste tema envolvem a indústria, a publicidade, o governo e a sociedade de modo geral; com histórias verídicas e alarmantes, o filme promove uma discussão sobre a obesidade infantil no Brasil e no mundo.
Objetivos
1) Buscar informações atuais, em fontes científicas, artigos científicos.
2) Desenvolver uma crítica das informações vinculadas ao vídeo relacionar a
algum artigo científico.
3) Relacionar no estudo dirigido sempre que possível o aspecto: antropológicos,
psicológicos, sociológicos, culturais da formação do hábito alimentar, direito
humano na alimentação, educação das relações étnico-raciais, cultura afro-brasileira e indígena, políticas de educação ambiental, diversidade humana, inclusão de pessoas com necessidades especiais. 
Documentário: Muito Além do tempo
O documentário nos faz refletir, sobre o que nosso País está fazendo com nossas crianças. Permitindo que as propagandas publicitárias as influenciem, para terem mais lucros, aproveitando da inocência delas. Ligando fast food a brinquedos, onde as crianças só pensem em consumir por causa dos brinquedos. Esses alimentos - rápidos e de fácil acesso - não saudáveis, que uma vez consumidos na maioria das vezes, pelo fato deste tipo de alimentação não conter fibras suficientes, acabam instigando a consumi-los novamente, pois alimentos vazios com muito sódio, muito açúcar e pouca ou nenhuma fibra não causam saciedade. Sabe-se que o padrão alimentar brasileiro, influenciado pelo estilo de vida americano apresenta um maior consumo de alimentos industrializados, em substituição às tradicionais comidas caseiras, levando ao consumo excessivo de produtos gordurosos, açucares, doces e bebidas açucaradas (com elevado índice glicêmico) e à diminuição da ingestão de cereais, produtos integrais, frutas e verduras, os quais são fontes de fibras. (LIMA; ARRAIS; PEDROSA, 2004, p.151-157).
Antigamente a preocupação era com a desnutrição das crianças, pois não tinham o que comer, mas hoje muita coisa mudou, pois os pais trabalham muito e com a falta de tempo procuram comidas rápidas, pois antes era feita em casa com alimentos saudáveis e com essa troca cada vez mais as crianças estão ganhando mais peso. 
Atualmente, há também a questão do aumento do uso da tecnologia, onde estudos mostram que cada vez mais as crianças estão deixando de praticar atividades físicas para ficarem na frente da televisão, dos vídeos games, celulares, onde acabam ficando muito tempo usando e comendo. Isso ajuda no ganho de peso e com o sobrepeso não conseguem as vezes nem realizar atividades do cotidiano, no caso brincarem, caminharem, até mesmo respirarem de maneira correta. Infelizmente com os pais trabalhando muito não conseguem dar a real atenção para essas crianças e aí que entra a recompensa, eles se sentem culpados e oferecem todo tipo de “porcaria” que tanto as crianças gostam, brinquedos etc. A mídia sabendo do uso abusivo dessas “ferramentas” tecnológicas, colocam cada vez mais alimentos com recompensas que estão na moda, pois sabem que as crianças irão gostar e pedirão a seus pais para que comprem e talvez por sentimento de culpa acabam comprando. Então a mídia usa do psicológico tanto das crianças, quanto dos pais, porém esse comportamento dos pais só mostra a falta de desinformação, o fato é que apesar de toda a informação existente e divulgada, parece que ainda não é suficiente para os pais levarem realmente a sério, pois cada vez mais vemos crianças obesas com doenças crônicas com: hipertensão, diabetes. 
De acordo com Costa (2012) as consequências da obesidade infantil podem ser vistas a curto e longo prazo. Em curto prazo estão às desordens ortopédicas, os distúrbios respiratórios, a diabetes, a hipertensão arterial e as dislipidemias, além dos distúrbios psicossociais; em longo prazo ocorre aumento da mortalidade por diversas causas e por doenças coronarianas nos indivíduos que desenvolveram obesidade na infância ou na adolescência.
Acredito que com educação escolar consigamos mudar esse cenário para o futuro, pois com boas aulas de nutrição inseridas na grade curricular desde o ensino fundamental, as crianças passariam a compreender o que elas de fato estão consumindo e o porquê mais disso ou daquilo em suas refeições diárias, pois junto com a educação alimentar, incentivo de atividades físicas, participação da família e lógico um governo que faça leis que proíbam propagandas de marketing ligando alimentos a brinquedos, teremos menos crianças obesas, com doenças crônicas.
Referências:
“Muito Além do Peso”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8UGe5GiHCT4. Acesso em: 02 jun. 2020
http://repositorio.unis.edu.br/handle/prefix/521
LIMA, Severina Carla Vieira Cunha; ARRAIS, Ricardo Fernando; PEDROSA, Lúcia de Fátima Campos. Avaliação da Dieta Habitual de Crianças e Adolescentes com Sobrepeso e Obesidade. Revista de Nutrição, Campinas, v.17, n4, p 151-157, 2004. COSTA RF, Cintra IP, Fisberg M. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Santos, SP.Arq Bras Endocrinol Metab 2012; 50: 60-7.

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