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TCC Educação física licenciatura

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6 REFERENCIAL TEÓRICO
A capoeira possui uma riqueza natural de movimentos corporais que carrega consigo, os elementos que justificam a sua utilização como meio e fim da Educação Física, bem como agrega compromissos nesta área através de valores, conceitos, colaboração e manutenção da saúde. (CAMPOS, 2001)
“A Capoeira é uma excelente atividade física e é de uma riqueza sem precedentes para ajudar na formação integral do aluno. Ela atua de maneira direta e indireta sobre todos os aspectos: cognitivo, afetivo e motor. (CAMPOS, 2001, p. 25)”
Entre tanto, qual a sua origem e como ela pode ser encaixada dentro do contexto das aulas da Educação Física, é o que veremos à seguir :
Capoeira: Um Pouco de sua História.
A origem e nomenclatura da Capoeira variam de acordo com a literatura da época, e estão registradas em livros como o livro do Padre José de Anchieta (A Arte da Língua Mais Falada da Costa do Brasil - 1595), que dizem que "os índios Tupi Guaranis jogavam capoeira”. Guilherme de Almeida e Martin Afonso de Souza (Silva - 1995) também notaram observações sobre o jogo de capoeira entre índios. Graças a essa literatura e a outros estudos da língua indígena, surgiu a palavra capoeira, que segundo Marinho (Silva - 1995) vem do tupi-guarani "Caá + Puéra", em que Caá significa "mato" e puéra com o sufixo do pretérito "era e não existe mais ”, ou seja,“ floresta extinta, arbusto ralo, arbusto caído ”( SANTOS 2002)
Os povos da África foram trazidos à força para o Brasil, com o objetivo de serem escravizados e, portanto, trabalharem, produzirem riquezas sem serem pagos pelos serviços prestados, como escravos. (SANTOS 2002)
Não bastasse a violência de terem suas famílias sendo separada pela escravidão, também sua cultura tentou-se escravizar, impondo-os novos conceitos de sociedade, religião, costumes alimentares, vestuários entre outros. Para aqueles “indomáveis”, que não aceitavam a escravidão, eram castigados violentamente, tanto de forma física como moral. Alguns fugiam e eram caçados como animais pelos Capitães do Mato, os quais eram bem armados.( SILVA 1995) 
Diante dessa nova situação, os africanos, principalmente da Nigéria e de Angola, mantiveram suas tradições e culturas por meio de atos ocultos. Seus rituais religiosos aos poucos se transformaram em festas onde era possível brincar, rezar em uma dança, pelos seus deuses - orixás - que, aliás, eram associados a santos católicos que deviam ser cultuados de forma mais livre e aberta. (SANTOS 2002)
Como defesa contra os ataques dos Capitães Mato, criou-se uma luta disfarçada de dança entre os negros, em que os pés se moviam rapidamente com grande destreza, descrevendo movimentos acrobáticos de equilíbrio e força. (PASTINHA 1988)
Esta "dança" espalhou-se rapidamente, foi praticada e treinada nas senzalas, enquanto os negros fugitivos e as revoltas cresciam, ao mesmo tempo que se fortaleciam, organizavam e derrotavam os Capitães de Mato com os movimentos de força e extrema habilidade do próprio corpo, o corpo então havia se tornado uma arma para a defesa.( REGO1968)
Isso permitia aos escravos praticarem mesmo na frente de seus senhores, sem perceber, pois de fato, o movimento em si é apenas uma “coreografia”, no ritmo dos batuques e berimbaus. Assim, a capoeira conseguiu sobreviver até a libertação dos escravos, elemento fundamental nas revoltas negras. (SANTOS 2002)
Muitos estudiosos têm pesquisado e continuado pesquisas sobre as origens da capoeira, endossando e creditando sua criação como genuinamente brasileira, entre eles o professor austríaco Gerhard Kubic (Silva - 1995), que diz “sempre foi estranho chamar de Capoeira de Angola, porque não há nada neste país que o faria. assemelhava-se a este fato”.
Waldeloir do Rego (1968), afirma que a Capoeira foi criada no Brasil pelos negros africanos, posição reforçada por Edson Carneiro (1936), que diz que “a Capoeira de Angola é assim denominada porque era praticada pelos negros de Angola em seus rituais místicos, utilizando inclusive instrumentos de percussão para embalar sua ginga e seus saltos”. Câmara Cascudo registrou que os povos Banto-Congo-Angoleses tinham em seus rituais, danças litúrgicas cujos ritmos eram semelhantes, sendo transformadas depois em luta.
Após a libertação dos escravos, a imigração europeia para o Brasil seguiu, levando os escravos ao desemprego. Para sobreviver, muitos começaram a usar a capoeira para cometer crimes terríveis. Assim, surgiram os Maltas (grupo de capoeiristas, que utilizavam navalha nos dedos dos pés durante a capoeira),que passaram a atacar e servir partidos políticos como cabos eleitorais armados com facas, navalhas e cassetetes, nos quais eram invencíveis, praticando desde motins até assassinatos políticos (SOARES 1994).
Por isso, a capoeira tornou-se mais perseguida e banida pelo código penal de 1890, obrigada a suportar uma perigosa sobrevivência. Com o deslocamento da prática da capoeira, outras artes marciais surgiram, dentre elas as artes marciais orientais, incluindo o jiu-jitsu, o judô, o karatê, o aikido e o tae-kon-dô. (SANTOS 1990).
Além daqueles que usaram a capoeira de forma errada, também houve grandes mestres que adoraram e deram continuidade. Mestre Pastinha e Mestre Bimba se destacam entre esses mestres. Este último, por volta de 1932, fundou a primeira Academia de Ensino de Capoeira, dando-lhe maior importância social.(PASTINHA 1988)
A capoeira foi percebida pela sociedade como agressiva, violenta, marginal ao longo de sua existência, praticada por preguiçosos e vagabundos. Essa rotulação é histórica, como vimos durante e após a escravidão, perpetuada pelos abusos de alguns praticantes. (SANTOS 2002).
A historicidade da capoeira continua, mas seus conceitos originais são rediscutidos e desenvolvidos, teoria e pratica se encontram em academias, escolas e universidades, a fim de salvar e resguardar o significado cultural deste evento.
A Capoeira DA Escola.
Desde que surgiu como forma de repressão aos brancos pela escravidão, passando pela marginalidade dos guarda-costas políticos e do final do século XIX, pela obscuridade dos “leões de chácara” dos cassinos e cabarés do Rio de Janeiro, os quais se fundem com a própria história da malandragem carioca do início do século XX, até chegar às academias, escolas e Universidades dos dias de hoje, é que se busca mostrar a importância de sua prática, como riqueza histórico-cultural de um país que, apesar de formado por uma grande e diversificada mistura de raças, possui em suas raízes, traços fortes da cultura negra africana. (SOARES 1994) 
Desde o seu início, a capoeira passou por várias “rótulos”, descritas como dança, luta, jogo, manifestação místico-religiosa, sempre servindo a finalidades específicas, ora por seus praticantes, ora pela ideologia da classe dominante da época, que sempre teve como objetivo manter e ganhar poder. ( SILVA 1995).
A partir da publicação da LDB (9394/96), a Educação Física foi regulamentada, demonstrando assim, sua grande e real importância, não somente no contexto educacional, como nas suas mais diversas áreas de atuação.
A capoeira, introduzida na escola através dos pressupostos da Educação Física, enquadra-se perfeitamente em todos os aspectos que a orientam, pois além de ser importante para tudo o que acontece na sua prática, são alicerces que permitem ao aluno desenvolver-se de melhor e de forma mais apta, daí a razão de Mestre Xaréu, ser um grande defensor da capoeira na escola, pois acredita na sua prática num sistema globalizado, aberto, dinâmico que estimula a criatividade, integrando-se com a proposta da escola de ensino da Educação Física junto à Capoeira. (SANTOS 1990)
Mestre Xaréu (Campos – 1996), diz ainda ser a capoeira, um método de ginástica genuinamente brasileira, porém, para que a mesma não perca sua identidade, deve-se trabalhá-la em suas diversas formas:
· - Capoeira luta; 
· - Capoeira dança e arte; 
· - Capoeira folclore; 
· - Capoeira educação;
· - Capoeira como lazer; 
· - Capoeira como filosofia de vida. 
Para que o aluno vivencie todo esse contextoda capoeira, o professor deve trabalhar uma sequência de fundamentos, tocando, instrumentos e cantando durante o processo ensino-aprendizagem, como forma de estimular, motivar e engajar mais naturalmente com a capoeira.
Santos apud Campos (1996) justifica a capoeira na escola, pois traz uma certa ordem social aos alunos, incluindo aspectos afetivos e emocionais, uma ordem cultural para trabalhar o folclore historicamente construído, uma ordem econômica que não necessita de facilidades especiais para praticá-la, enfim uma ordem pedagógica que atua de forma lúdica, despertando o lado artístico e a criatividade por meio da expressão corporal.
Ainda defendendo a Capoeira na Educação Física escolar, Campos (1996) cita Mestre Xaréu no trabalho científico do professor Evilázio de Azevedo, da Academia da Gendarmaria Militar de El Salvador, que em 1973 realizou o teste de Cooper com seus alunos com resultados significativos. Ele dedicou seus alunos ao treinamento de capoeira por sete semanas. Após esse período, ele realizou novos testes e afirmou:
 “... podemos afirmar que, efetivamente, atingimos nosso objetivo que era o de comprovar que a capoeira é realmente, um excelente meio de desenvolver a aptidão física geral de seus praticantes...”(CAMPOS, 1996, pág30). 
Assim como a Educação Física Escolar brasileira busca repensar seus resultados a cada dia para transformar seus fundamentos teóricos e filosóficos em uma prática científico-pedagógica, com o objetivo de finalmente encontrar sua verdadeira identidade, este trabalho também visa reexaminar a prática da capoeira, encontrando para em si o espaço que merece como riqueza cultural e expressão humana.
Pretende-se, portanto, democratizar esse conhecimento, disseminando a capoeira na escola como prática regular de Educação Física, dentro de uma metodologia que proporcione a alunos de todas as idades, classes sociais, religiosas e étnicas uma integração cada vez melhor, visando reduzir distâncias socioculturais institucionalizadas. por esta sociedade capitalista e injusta em que vivemos.
Santos e Oliveira (2001) destacam a importância da incorporação da capoeira na Educação Física escolar, revelando vários aspectos que justificam essa inclusão, tais como: origem afro-brasileira e toda a sua expressão cultural; seu surgimento como resultado da luta de classes; combate que se mistura com movimento de dança, etc.
Outros aspectos apresentados são as múltiplas formas de explorar a capoeira, ou seja, como forma de luta, dança, brincadeira, arte, esporte, educação, recreação e folclore, sempre atuando de forma interdisciplinar, integrando-se com outras disciplinas incluídas na proposta pedagógica da escola.
Como parte da integração da Capoeira na escola, ainda para cumprir o disposto na Lei 10.639 / 2003 sobre o ensino da disciplina “História e cultura afro-brasileira" nas escolas públicas e privadas do Brasil, é necessária a realização de Educação Física interdisciplinar com outras áreas do conhecimento como a disciplina de história, uma vez que é responsável por examinar e analisar todo o contexto social, político e econômico da vida dos povos africanos; Geografia, pela importância de conhecer as regiões de origem da África e os destinos para onde foram levadas no Brasil; a disciplina de artes, porque entre tantos assuntos, podemos conhecer melhor a música, as roupas do dia a dia e o artesanato; a biologia que nos fornece o estudo das características físicas e biológicas dos africanos; O português também é fundamental, pois permite uma melhor contextualização do tema. 
Na Base Nacional Comum Curricular encontramos que :
“É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural” (BRASIL, 2017, p. 211) 
Dos variados conteúdos que a Educação Física pode contemplar (conhecimentos do corpo, esporte, jogos, lutas, ginásticas, danças, atividades rítmicas e expressivas e práticas corporais de aventura), o tema pluralidade deve estar presente para a discussão e reflexão sobre o respeito às diferenças humanas, e a Capoeira é um conteúdo propício para esta discussão uma vez que a capoeira é composta por gestualidade, simbolismo, interações além de valores de uma manifestação integrante do “alento da alma do povo brasileiro, e que, em determinado momento da história, o Estado negou ao povo o direito à vivência operativa da Capoeira” (ZULU, 1995, p.20).
Dessa forma, a Capoeira pode ser considerada uma linguagem, assim como entendemos a Educação Física, que em sua complexidade pode contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano, pois tem efeito direto e indireto sobre todos os aspectos humanos, dando sentido a cada ação. sua essência entra no âmbito do movimento do “homem consigo mesmo, homem com o mundo e homem com os outros”, que passa a se configurar como Motricidade Humana (FEITOSA, 1999), que pode levar o aluno a viver no mundo porque a intenção não é abandonar os capoeiristas, mas constituindo-se em entidades que podem ler a sua realidade, interpretá-la e modificá-la, refletindo no todo, como qualquer atividade pedagógica principalmente Educação Física escolar.
Assim, a Capoeira pode ser vista como uma prática integradora da dimensão humana, contribuindo para a educação, a busca pela educação integral e o desenvolvimento integral da disciplina, uma vez que inclui em sua estrutura curricular.
“luta-dança-jogo, estética-esportiva, folclore-cultura, história- tradição, lazer-lúdico, filosofia-educação, teoria-prática, etc. Dimensões essas que estão juntas, ligadas, imbricadas umas às outras e não separadas. (ARRUDA, 2014, p.22)”
Esses são apenas alguns exemplos de como podemos explorar um tópico tão vasto e rico em nossa cultura. Outras sugestões serão sempre apreciadas, pois o mais importante é proporcionar aos nossos alunos acesso a todas as formas de conhecimento, principalmente quando está intimamente relacionado com a sua história e cultura.
7 METODOLOGIA
Projeto: Capoeira para TODOS.
A partir das discussões teóricas, até aqui realizadas, foi possível fazer uma proposta que busque a formação integral do sujeito, abordando a Capoeira numa perspectiva pedagógica envolvendo os diversos ritmos, a coordenação motora, a noção de tempo e espaço, a criatividade, a expressão corporal, sem padrões a serem seguidos e, ainda, proporcionar estímulos para a expressão das singularidades no espaço coletivo.
 No entanto, para fundamentar a proposta de maneira significativa no campo da Educação Física se fez necessário considerar a pluralidade cultural e suas interferências no contexto escolar, uma vez que a pluralidade cultural constitui uma temática relevante no campo da educação, sobretudo, pelo seu caráter democrático e abrangente, pois se aproxima do multiculturalismo. 
 [...]conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valio- 93 so para a integração entre as pessoas e entre diferentes grupos étnicos (BRASIL, 1998, p.63). 
Nesse sentido, o reconhecimento do outro se faz necessário para haja a integração entre as pessoas, pois é por meio da valorização do diálogo entre as culturas que se estimula a boa convivência e se estimula o aprendizado para que se possa apreciar as diversidades existentes nas múltiplas esferas das relações sociais. 
A Capoeira, por tudo o que significa, poderia ser trabalhada, a nível escolar, até mesmo como uma disciplina, tamanha sua riqueza, em termos de história, cultura, arte, folclore, motricidade humana, entre outros.
Como foi apresentada anteriormente, a Capoeira pode muito bem contemplar outras disciplinas escolares, sendo assim fica inviável não pensar em desenvolver um projeto de Capoeira, que não seja de forma interdisciplinar.
O projeto busca dar ênfase a questões culturais de caráter popular, lutando pela cidadania, no combate ao preconceito racial, na elevação da autoestima da criançae do adolescente; auxiliando na construção de sua identidade social, buscando reaproximar a escola das culturas populares. 
O objetivo fundamental da capoeira escolar não é o desempenho dos alunos, tão pouco seu desempenho físico, visando apenas atingir a consciência do aluno. Não se trata, então, de formar capoeiristas, mas de ajudar na formação de seres humanos capazes de lidar com a diferença, com a austeridade, tornando-se mais livre de preconceitos e mais tolerantes. 
Conheço a influência da Capoeira em vários domínios da vida de crianças, adolescentes e jovens e certamente é uma oportunidade ímpar para que esses alunos entrem em contato com uma parte da cultura brasileira, usufruindo dos benefícios da prática de Capoeira. 
No primeiro momento, o projeto “Capoeira para TODOS”, irá contar com a ação das disciplinas:
Português, nas busca da etimologia das palavras usadas na Capoeira, exemplo:
· o Berimbau
· o Atabaque
· o Pandeiro...
Historia, pesquisa de fatos históricos da luta da escravidão do negro, até a criação e desenvolvimento da Capoeira.
Geografia, os negros recém chegados ao Brasil , vindos do continente Africano, todos os fatos dessa “migração”.
É claro que gerindo esse projeto esta a Educação Física, o projeto ocorrera da seguinte forma:
A turma será dividida em 3 equipes, Historia , Geografia e Português. 
Cada equipe ira realizar pesquisas, sobre os assuntos de todas as disciplinas, respectivamente, junto com a parte teórica também esta a parte pratica e é onde entram as apresentações de dança, simulação de combate e música.
Essa ultima parte os ensaios e as apresentações, serão na quadra do colégio e durante as aulas de Educação Física.
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS 
ARRUDA, E. O. Capoeira, corpo e educação física: por uma pedagogia corporal e humanista.1ªed. Curitiba, PR: CRV, 2014
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/ Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.v.10. Brasília: MEC/SE, 1998
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/ Secretaria de Educação Fundamental. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SE, 2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/, acesso em 2020-11-09.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/ Secretaria de Educação Fundamental.
 CAMPOS, H. Capoeira na Escola, Salvador, EDUFBA, 2001
CAMPOS, H. Capoeira Regional: a escola de Mestre Bimba- Salvador. EDUFBA, 2009
CAMPOS, Hélio J. B. C. (Mestre Xaréu). – Capoeira na escola – Sprint Magazine. RJ: nº 86 – setembro/outubro – 1996.
CARNEIRO, Edson. – Religiões Negras nº 7. Biblioteca de Divulgação Científica, Editora Civilização Brasileira S.A., 1936
FEITOSA, A. M. A ciência da motricidade humana (C.M.H.). In: SÉRGIO, Manoel etal. O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999.
MARINHO, Inezil P. - Capoeira Nasceu no Brasil. Muzenza, Curitiba, n. 7, dez. 1995.
Parâmetros Curriculares Nacionais.v.10. Brasília: MEC/SE, 1998
PASTINHA, Mestre – Capoeira Angola – Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1988
REGO, Waldeloir. – Capoeira Angola: Ensaio Sócio-Etnográfico, Salvador: Ed. Itapuã, 1968. 416 p.
SANTOS, L. S. Educação - educação física - capoeira. Maringá. Fundação Universidade Estadual de Maringá, 1990
SILVA, Gladson de Oliveira. – Capoeira: Do Engenho à Universidade, 2ª edição. – São Paulo, CEPEUSP, 1995. 263 p.
SOARES, Carlos Eugênio Líbano. – A Negregada Instituição: Os Capoeiras no Rio de Janeiro – 1850-1890. Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural, Divisão de Editoração, 1994. 340 p.
SOUZA, Sérgio A. R. de; OLIVEIRA, Amauri A. B. de – Estruturação da Capoeira como Conteúdo da Educação Física no Ensino Fundamental e Médio – Revista da Educação Física da UEM – Maringá: vol. 12 – nº 2/2º semestre, 2001.
VIEIRA, L. R.O jogo de Capoeira: cultura popular no Brasil. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
ZULU, Mestre. Idiopráxis de Capoeira. Brasília, 1995.

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