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Casos clínicos ● Caso 1: 6 de abril: menina de seis anos de idade, internada com diarreia profusa, dor abdominal e febre (40,3ºC). Inicialmente tratada com reposição de líquidos e eletrólitos. 7 de abril: Salmonella typhimurium isolada em coprocultura. Terapêutica com cefotaxima 500mgx4 iv gastroenterite salmonella ● Caso 2: 24 de março: febre 39.0ºC, taquipneia, tosse e expetoração. – RX de tórax: Infiltrado do lobo médio à direita. Contagem leucocitária: 19.000/mm3 . Sangue, urina e secreções brônquicas cultivadas. – Diagnóstico de pneumonia de aspiração é registado nas notas clínicas – Inciada ampicilina / sulbactam 3g 4x/dia 26 de março: exame bacteriológico da expetoração revela Klebsiella pneumonia resistente à ceftriaxona e ampicilina / sulbactam ● Caso 3:12 de março: sexo feminino, 70 anos, internado por gastroenterite e desidratação grave. Um cateter venoso periférico e um cateter urinário são inseridos. É efetuada reposição de fluidos, com melhoria gradual do quadro clínico 16 de março: febre (38.2ºC), calafrios e dor na região lombar. Leucocitos 14.500 células/mm3 . Exame de urina: piúria e microorganismos abundantes. Iniciada piperacilinatazobactam 3g x 4 (diagnóstico nas notas clínicas: pielonefrite) ● Qual é o leucócito envolvido? Fagocitose ● Infecção bacteriana clássica: primeira célula a atuar na fagocitse = neutrófilo ○ Resposta inespecífica ○ Paciente neutropênico: completamente exposto a processos infecciosos ● Neutrófilos recrutam monócitos para dar continuidade ao processo de fagocitose ● Monócito: é apresentador de antígeno ○ Recrutando assim o Linfócito T - que continua uma resposta específica contra infecção ● Como o hemograma apresenta as fases de uma infecção bacteriana clássica? ○ Fase neutrofílica ■ Fase da luta ■ Fagocitose e resposta inespecífica ■ Início e apogeu da infecção ■ Hiperatividade medular (febre e pus) ■ Leucocitose com neutrofilia ■ D.E. ■ Ausência de eosinófilos - sai da corrente para atuar em nível de tecido ■ Comprometimento do hemograma depende da extensão e localização do processo infeccioso, assim como do agente causador e a idade/condições prévias do paciente ■ Normalmente o série vermelha e plaquetária está normal ■ Série branca: comprometimento dos leucócitos ○ Fase Monocítica ■ Fase de defesa ■ Fagocitose ■ Célula apresentadora de antígeno ■ Início da resposta imune específica ■ Diminui neutrofilia e D.E. ■ Reaparecimento de eosinófilos ■ Monocitose absoluta e relativa ○ Fase linfocítica ■ Fase de cura/reparação ■ Resposta imune específica ■ Produção de anticorpos ■ Número normal de leucócitos e neutrófilos; desaparecimento do D.E. ■ Linfocitose absoluta e relativa ■ Hemograma que praticamente não é feito em laboratório no dia a dia (paciente está curado, não tem porque fazer. Desaparecimento de sintomas como febre; resposta positiva do tratamento) Alterações de granulócitos/Marcadores infecciosos ● Granulação Tóxica ○ Persistência de granulações primárias ricas em enzimas ○ Diminuição do tempo de maturação por contínuo estímulo ○ Processos infecciosos graves (septicemia)/uso de fator estimulante de granulócitos ○ Normalmente é quantificado (muitos/poucos/alguns neutrófilos com granulação tóxica) ● Corpúsculo de Dohl ○ Corpúsculos basófilos redondos ou oval de ribossomas na periferia dos neutrófilos: representa imaturidade celular ○ Afeta todos os leucócitos: exceto linfócitos ○ Processos infecciosos graves ● Vacuolização de Neutrófilos ○ Neutrófilos segmentados e bastão apresentam o citoplasma vacuolizado ■ Indica fagocitose realizada pelo neutrófilo Síndrome da Mononucleose ● Síndrome da mononucleose infecciosa ○ Caracterizada por mal-estar, dor de cabeça, febre, dor de garganta, aumento de gânglios ou ínguas localizadas no pescoço ou generalizadas e inflamação do fígado (hepatite) leve e transitória ● Leucocitose com linfocitose verdadeira ○ Célula mobilizada, atuando no processo do paciente ● Não é desencadeado por apenas pelo Epstein virus (mononucleose verdadeira) ○ A síndrome pode ser desencadeada por agentes etiológicos causadores de ■ Mononucleose ■ CMV ■ Toxoplasmose aguda ■ Hepatite viral A ■ Rubéola ■ Outras viroses eruptivas ■ HIV inicial ■ Dengue hemorrágica ○ Por isso é importante o diagnóstico diferencial Linfocitose Linfócitos Atípicos Plasmócitos Mononucleose ++a+++ ++++ + CMV ++ ++ + Toxoplasmose aguda + + +ou- Hepatite viral A - + +a++++ Rubéola - -ou+ ++++ Outras viroses eruptivas - +ou- +ou- HIV ++ ++ + Dengue hemorrágico - + + ● Resposta imune à infecções virais ○ Vírus é intracelular, então um fragmento do vírus é exposto pela célula infectada ○ Linfócitos T citotóxicos ou célula NK vão reconhecer e a partir da exposição e reconhecimento há a continuação da resposta imune específica ■ Ativação de linfócitos B e outros linfócitos T citotóxicos ● Mononucleose Infecciosa ○ Epstein virus ■ Linfócitos atípicos são muito característicos desse vírus ○ Muito frequente em adolescentes, adultos jovens e crianças ■ Assintomática ou infecção aguda ○ Infecta, principalmente, linfócitos B e células do nariz e faringe ■ Conhecida como doença do beijo - transmissão pela saliva ○ Diagnóstico ■ 3-4 semanas para apresentar sintomas ■ Pode ser desde assintomática até sintomática com sintomas graves (hepatoesplenomegalia) ■ Diagnósticos é feito por detecção sorológica de anticorpos específicos ○ Hemograma ■ Linfocitose com linfócitos atípicos ■ 4º dia de febre: tende à leucopenia, com um pouco de desvio à esquerda, começo de linfocitose relativa. Raros linfócitos atípicos ■ 9 dia após: leucocitose, cai o desvio à esquerda e aumento de linfócitos (linfocitose absoluta). Linfócitos atípicos (+++) ○ Doença é auto-limitante (normalmente) Linfócitos atípicos ● Linfócito T citotóxico ● São maiores, com citoplasma abundante e projeções ○ Saia de baiana ● Citoplasma mais azulado ou coloração heterogênea com bordas mais escurecidas ● Deve ser um achado consistente para ser colocado no laudo Plasmócito ● Linfócitos B ativados (síntese de anticorpos) ● Núcleo excêntrico (polarizado), citoplasma extremamente basofílico, anel perinuclear (zona branca ao redor do núcleo) ● Hepatites ● Mieloma Múltiplo Agranulocitose ● Pacientes deixam de produzir neutrófilos ● Tempo de vida do neutrófilo segmentado na corrente sanguínea: 8-10 horas ○ Por isso temos reserva de neutrófilos segmentados ● Leucopenia profunda ● Redução acentuada ou desaparecimento dos granulócitos no sangue periférico ● Causas ○ Idiopáticas ○ Iatrogênicas (drogas) ■ Antitireoidianos ■ Fenotiazinas ■ Sulfonamidas ■ Antibióticos ■ Drogas antiepilépticas ■ Analgésicos (dipirona) ● Série vermelha e plaquetas: normais ● Tratamento ○ Suspensão da droga ○ Antibioticoterapia ○ Granulócitos reaparecem após 7 dias Agranulocitose - Mecanismos ● Imunológico ○ Ac induzido por drogas ■ Dipirona (droga clássica) ■ 1-3 semanas após primeiro contato ■ Após o segundo contato: detecção de ac no soro; diminuição de precursores granulocíticos; outras linhagens permanecem normais ● Depressão tóxica da hematopoese ○ Fenotiazínicos: supressão dos progenitores das 3 linhagens ■ Aparecimento lento da agranulocitose ■ Granulócitos - curto tempo na circulação ■ Medula óssea - hipocelular nas 3 linhagens ■ Lembra a anemia aplástica ■ Supressão da droga = volta a produzir Hemograma ● Hemograma de emergência ○ Paciente chega com infecção e com febre (alguns dias) ■ Ex: febre normalmente é tratada com dipirona, que pode ser o fármaco que está gerando agranulocitose, impedindo que o corpo tenha imunidade suficiente para combater a infecção (por isso os casos vistos normalmente já são casos emergenciais/graves) ○ Índices hematimétricos e plaquetas: normais ○ Leucopenia ○ Linfocitose relativa (valor absoluto normal = não há aumento de linfócitos na corrente) ○ Neutropenia relativo e absoluto Reação Leucemóide ● É uma leucocitose reacional e excessiva ● Usualmente caracterizada pela presença de células imaturas no sangue periférico ● Normalmente de origemmielóide, mas em casos ocasionais reações linfocíticas ● Causas = correlação com infecções ou processos malignos ● SEMPRE EXISTE UMA CAUSA Principais causas ● Infecções graves ● Infecções crônicas ● Hemólises intensas ● Câncer metastático Linfocitoses Reacionais ● Número de leucócitos: 20.000-150.000/uL ● Linfócitos: 30-90% ● Sarampo, caxumba, varicela, mononucleose, coqueluche e catapora ○ Atualmente não se vê tantos casos graves por conta das vacinas ● Linfócitos normais ou atípicos Neutrofilias reacionais ● Número de leucócitos: 20.000-100.000/uL ● D.E. ● Anemia hemolítica, tuberculose hemorrágica, malária, pneumonia, sífilis ● Células normais ou com granulações tóxicas/vacuolizações ○ Diferente das neoplasias Diagnóstico diferencial Reação Leucemóide Leucemia Resposta a processo infeccioso Doença hematopoética Sem eosinófilos Com eosinófilos Resposta escalonada Hiato leucêmico Eri e Pit normais Eri e Pit alterados Resposta policlonal Resposta monoclonal Fosfatase alcalina (+) Fosfatase alcalina (-) Outras Alterações Leucocitárias ● Neutrófilos hipersegmentados ○ 5 ou mais lóbulos ○ Defeito genético raro sem significado clínico ○ Pode aparecer em: ■ Insuficiência renal crônica ■ Uso de corticóides ■ Anemia megaloblástica ■ Síndromes mieloproliferativas ○ Colocar no laudo “neutrófilo hipersegmentado” ● Anomalia de Pelger Huet ○ Herança dominante ○ Neutrófilos bilobulados (ou em bastões bem gordinhos) ○ Sem clínica, sem anormalidades funcionais ○ Normalmente hemograma aparece com muitos bastões (40%) ■ No lauda vai “sugestivo de Pelger Huet” pois pode ser confundido com quadro infeccioso. Nesse caso cabe ao médico analisar a clínica do paciente (ele está com quadro clínico infeccioso?) Características dos Tumores Hematológicos ● Proliferação clonal e desregulada das células da medula óssea ● Pode atingir qualquer linhagem ● Pode provocar metástase ● Normalmente substituem as células normais da medula óssea ● Proliferação em locais extramedulares ○ Fígado, baço, linfonodos ● Invasão de outros órgãos ○ SNC, pele, testículos, TGI ● Repercussão (eventual) no SP ○ Não se sabe quando isso vai acontecer e não é todo paciente que apresenta essa repercussão. Por causa disso o exame confirmatório é a biópsia no tecido de origem (medula óssea, linfonodo…). Neoplasias Hematológicas ● Acúmulo de células neoplásicas, próprias da MO, ou invadindo-a → Substituição parcial ou total da hematopoese normal → Pode invadir outros órgãos ● São doenças da medula óssea ou linfonodos (materiais padrão ouro para diagnóstico), mas com repercussão no sangue periférico (se não tratada certamente haverá essa repercussão) Classificação das Neoplasias Hematológicas ● FAB ○ Primeira classificação mundialmente aceita ○ Ainda se usa em alguns laboratórios, mas ela está sendo substituída progressivamente pela classificação da OMS ○ Critérios: morfológicos e citoquímicos ● Classificação da OMS ○ Foi evoluindo havendo 2 grandes revisões, uma em 2008 e outra em 2016 ○ Critérios: morfologia, citoquímica, imunofenotipagem, citogenético, molecular, clínicos Diagnóstico das Neoplasias ● Clínico - médico ● Hemograma ○ Aspectos gerais ■ Hemácias: anemia normocítica e normocrômica ■ Plaquetas: trombocitopenia ou trombocitose ■ Leucócitos: leucemias crônicas normalmente aumentado; leucemias agudas: aumentado, normal ou diminuído ■ Comprometimento linfócitos/neutrófilos - somados ao comprometimento do sistema imune, outros processos de fagocitose e barreiras ■ Aviso ao médico: LA obrigatório; LC desnecessário ● Mielograma ● Citoquímica - resultado limitado ○ Mieloperoxidase - MPO ■ Lâmina do medulograma ■ Descrição: encontrada nos grânulos primários dos precursores dos neutrófilos, monócitos e eosinófilos ■ Princípio: oxidação de substratos pela MPO, na presença de peróxido de hidrogênio ■ Interpretação: presente desde blastos mielóides até o final da maturação granulocítica ■ Não é possível saber qual o estágio ou qual alterações estão ocorrendo ■ Resultado negativo não afasta a hipótese ○ Sudan Black ■ Também marca as células da linhagem mielóide ■ Descrição: similar a MPO, porém com especificidade menor (aproximadamente 2% das LLA ■ Princípio: marca lipídios encontrados nos grânulos primários e secundários da linhagem granulocítica ■ Interpretação: presente desde blastos mielóides até o final da maturação granulocítica ○ Ácido Periódico de Schiff - PAS ■ Princípio: oxidação do glicogênio, mucoproteínas e carboidratos para aldeídos ■ Interpretação: perfil difuso linfoblastos (não é específica para LLA); Precursores eritróides normais negativos; LMA eritrocitária positiva ○ Fosfatase Alcalina Leucocitária ■ Descrição: para diferenciar LMC e reação leucemóide ■ Princípio: encontrada nos grânulos secundários. O substrato naftol é hidrolizado pela LAP ■ Interpretação: normal entre 20-100 ■ LMC: diminuição ○ Perl’s ■ Descrição: coloração do ferro medular ■ Princípio: oxidação do ferro pelo azul da prússia ■ Interpretação: avaliação de anemia ● Citogenética ○ Aplicações ■ Classificação/Identificação ■ Prognóstico ■ Evolução/DRM ○ Cariótipo ■ Cultura prévia ■ Células em metáfase ○ FISH ■ Mais rápida ■ Células em interfase - mais sensível ■ Pesquisa específica ● Biologia Molecular ○ Vantagem: elevada sensibilidade ○ Aplicações: efetividade de terapia, DRM, predição de progressão de doença ● Imunofenotipagem ○ Identificação de antígenos celulares específicos associados à linhagem e ao grau de maturação e diferenciação das células ○ Onde estão as células? Material para análise ○ Aplicações ■ Presença de clone anormal ■ Determinação da clonalidade ■ Determinação da linhagem celular ■ Estágio de maturação das células ■ Diferencial entre hipercelularidade reacional e proliferação neoplásica ■ Detecção de doença residual mínima ● Biópsia de MO - Normalmente realizados por patologistas e hematologistas ○ Medulograma - (“hemograma da MO”) ■ Aspiração da medula óssea ■ Características citológicas ■ Processo de maturação das linhagens hematopoéticas ■ Determinações qualitativas/quantitativas dos blastos ■ Avaliação semi-quantitativa dos depósitos de ferro ○ Biópsia de MO ■ Análise mais precisa da celularidade (relação tecido adiposo/tecido hematopoético) ● Biópsia de linfonodos Classificação das neoplasias hematológicas - Simplificada ● Leucemias ○ Neoplasia maligna de células hematológicas com população neoplásica mielóides ou linfóides que se originam ou precocemente disseminam na MO e que costumam invadir o sangue ○ Agudas ou Crônicas ■ Critério de nº de blastos ● Linfomas ○ Neoplasia maligna de células linfóides que se originam como tumores sólidos nodais ou extranodais e eventualmente invadem a MO e o sangue *Ambas são alterações qualitativas e eventualmente quantitativas (no sangue periférico)* Classificação didática das leucemias ● Leucemias Agudas - Precursores da MO perdem capacidade maturativa e diferenciação; expansão clonal é rápida; presença de blastos ○ L. Mielóides - LMA ○ L. Linfóides - LLA ● Leucemias Crônicas - Precursores da MO mantém capacidade maturativa e diferencial;expansão clonal é lenta; raros blastos ○ L. Mielóides - LMC ○ L. Linfóides - LLC Classificação: aguda ● Existe um acúmulo de progenitores ou precursores da linhagem linfóide ou mielóide - Blastos = célula jovem ○ Pelo menos 20% de blastos no material em investigação (MO ou SP) ● Blastos ○ São incapazes de se diferenciar em células maduras, devido a um bloqueio de maturação ○ São extremamente capaz de proliferação Manifestações Clínicas ● Quando pensar em LA ○ Tríade - algumas vezes mais significativo que a presença de blastos ■ Astenia - consequência da anemia ■ Sangramento - consequência da trombocitopenia ■ Febre - consequência da neutropenia ○ Outros sintomas ■ Infiltração em outros órgão ■ Sintomas neurológicos ■ Sintomas pulmonares ○ Anemia é inversamente proporcional à agressividade do clone leucêmico. ■ Se normal, indica instalação rápida na MO ■ O mesmo não vale para plaquetas, já quea meia vida é muito menor Síndrome de Lise Tumoral ● Destruição maciça de células malignas e consequente liberação do seu conteúdo no espaço extracelular (espontânea ou após início do tratamento) ○ Hiperuricemia; Hipercalemia; Hiperfosfatemia e Hipercalemia ■ Insuficiência renal aguda, convulsão e morte Leucemia Mielóide Aguda ● Grupo heterogêneo de doenças clonais do tecido hematopoético que se caracteriza pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mielóide (mieloblastos) resultado de alteração genética adquirida (não herdada) ● Linhagens afetadas ○ Granulocítica ○ Monocítica ○ Megacariocítica ○ Eritrocitária ● Afeta mais adultos do que crianças ○ Adultos: 80% das leucemias ○ Crianças: 20% das leucemias - rara em crianças mais velhas e adolescentes = prognóstico ruim ○ Neonatos: a mais comum ● Manifestações clínicas - comuns a todas leucemias agudas ● Achados sugestivos ○ Medula - hipercelular (mieloblastos) ○ CIVD (pró-mielocítica) ○ Hiperuricemia - aumento turnover celular (aumento do ácido úrico) ○ Hipercalemia - destruição celular (cálcio é produto da degradação dos blastos - insificiência renal aguda) ○ LDH - fração leucocitária ○ Hepatoesplenomegalia ○ Rara linfoadenomegalia e envolvimento SNC ● Medulograma ○ Hipercelular ○ Hipoplasia eritrocitária (exceções para proliferações eritróides) ○ Hipoplasia megacariocítica (exceções para proliferações megacariocíticas) ○ Mais de 20% de blastos presentes ■ Com citogenética e biologia molecular, a confirmação da alteração é confirmatório da leucemia, sem a necessidade de % de blastos ○ Anomalias morfológicas, mitoses anômalas ○ Bastonete de Auer pode estar presente ● Hemograma - pode refletir um estágio aleucêmico, subleucêmico ou já leucêmico ○ Série Branca - pode estar aumentado, normal ou diminuído ■ Se aumentado - parte são blastos ■ Se normal ou diminuídos - os blastos podem não ter infiltrado no SP ■ Blasto com bastão de Auer (Mieloblasto - bastão de auer pode ser citado no laudo), sem granulação, cromatina frouxa e nucléolo bem aparente ■ Presença de hiato leucêmico é comum - blastos e neutrófilos maduros sem formas intermediárias ○ Série Vermelha ■ Anemia normocítica e normocrômica (RDW aumentado) ■ Reticulócitos diminuídos ○ Plaquetas ■ Normalmente diminuídas ● Terapia de Suporte ○ Transfusão de plaquetas ■ se plaquetas <30.000/uL - com sangramento ■ se plaquetas <10.000/uL - sem sangramento ○ Transfusão de concentrado de hemácias ■ Anemia severa ○ Antibióticoterapia ■ se neutrófilos <1.000/uL com febre ■ se neutrófilos <500/uL ● Terapia Específica ○ QT mielotóxica 2 fases (Esquema 7+3: chance de cura em 50% dos casos) ■ 1 - fase de indução da remissão: citarabina + antraciclina (daunorubicina + idarubicina) ■ 2 - fase da consolidação da remissão: citarabina altas doses ■ Pacientes mais velhos: agentes hipometilantes ○ Remissão Completa (RC): MO < 20% blastos + SP 1.500 neutrófilos e 100.000 plaquetas ○ Transplante de MO alogênico: chance de cura aumenta para 65% Classificação das LMAs ● LMA com t(8:21)(q22;q22.1) ○ Marcador citogenético t(8:21)(q22;q22.1) - AML1/ETO = prognóstico favorável ■ Leva ao desligamento do gene RUNX1-RUNX1T1 e bloqueio da diferenciação celular ○ 5-15% das LMA ○ Medula óssea 30-80% de blastos ○ MPO e Sudan Black positivos na maioria dos blastos ○ Presença mais evidente de bastão de Auer ○ IFT: idêntico a LMA sem maturação ■ CD34, CD13, CD33, MPO, CD19 e CD59 (aberrantes) ● LMA com inv16 ○ 10% dos casos de LMA ○ Inv16 ou t(16:16) - prognóstico favorável ○ Presença de mieloblastos, monoblastos e promonócitos na MO e SP ○ Aumento de displasias eosinofílicas ○ IFT característica: ■ CD34 e/ou CD117 ■ Grupos de células granulocíticas (CD13, CD33, CD15, MPO) ■ Monocítico (CD4, CD11b, CD11c, CD14, CD64) ■ Envolvimento extra-medular frequente ● LPA com PML-RARA (LMA pró-mielocítica) ○ 5-10% das LMAs ○ Citogenética: t (15;17) - (PML/RARα) = prognóstico favorável ○ Medula óssea 30% blastos e (muito) pró-mielócitos (precisa ser relatado) ■ Processo de degranulação do pró-mielócito é o que causa o risco de CIVD no paciente ■ Avisar ao médico quando tem muito pró-mielócitos por causa do risco de evolução para CIVD ○ Presença abundante de Bastão de Auer ○ Alta positividade para MPO e Sudan Black ○ PAS negativo ○ IFT ■ CD33, CD13, MPO, CD117 e CD64 ■ ausência de HLA DR e CD34 ○ Variantes ■ Hipogranular (M3v) 20% ■ Hipergranular 80% ○ Tratamento específico ■ ATRA: ácido transretinóico - Droga nao-quimioterápica tem o seu efeito induzindo a maturação dos promielócitos neoplásicos ■ ATO: trióxido de arsênio - Intensa atividade antiapoptótica ● LMA mutação gene FLT3 ○ Prognóstico desfavorável ○ Envolvida na ativação da PI3K (phosphatidilinositol 3-kinase) da via RAS/ERK/MAPK (mitogen-activated protein kinase) e também a via STAT5 (signal transducers and activators of Transcription 5), resultando no aumento da proliferação e inibição da apoptose ○ Mutações induzem uma tirosina kinase: proliferação blástica mielóide ○ Dois tipos de mutações ■ internal tandem duplications (ITD) - mutações repetidas ■ mutações de ponto ○ Mutações ITD: 20 a 35% das LMA e 5 a 10% das LLA ■ As mutações resultam em sinalização constitutiva para as rotas de proliferação envolvendo RAS, PI3- kinase e STAT5, o que leva também à quimioresistência ○ Mutações: relacionadas à leucocitose, presença de blastos e pior prognóstico ○ Mutação FLT3-D835: 5% a 10% das LMA ○ ITK utilizados são efetivos no início porém a aquisição de mutações secundárias os torna refretários ● LMA mutação gene NPM-1 ○ Prognóstico favorável ○ Responsável pela síntese de nucleofosmina: participação no reparo celular e transcrição multifuncional, ligando-se no p53, pRb , supressor tumoral AR ○ até 35% de mutações em LMA ○ Mutações ■ mutação tipo A: prognóstico favorável ■ mutação não-A: prognóstico desfavorável ○ Mutações secundárias em FLT3 e DNMT3A, também IDH1, KRAS, NRAS (prognóstico ruim) ● LMA Gene CCAAT/enhancer-binding protein alpha (CEBPA) ○ Prognóstico favorável ○ Importante na mielopoese ○ Mutações bialélicas em CBPA: prognóstico favorável ○ Pacientes devem ser avaliados para síndrome familiar ○ Em torno de 5% das LMA em crianças e adultos jovens ○ Presença de displasia multilinhagem ○ IFT: HLA- DR, CD7, CD15 e fraco CD56 ● LMA com alterações mielodisplásicas relacionadas ○ Apresenta morfologia característica de SMD ○ Em pacientes com histórico de SMD ou NMP e sem histórico de tratamento citotóxico ou radiação ○ Normalmente em jovens com pancitopenia severa ou idosos ○ Anormalidades genéticas: semelhante à SMD ○ Normalmente associado a mau prognóstico ● LMA não especificada (com mínima diferenciação) ○ Medula óssea ■ >90% das células são blastos (sem morfologia mielóide) ○ MPO e Sudan Black não diferencia (blastos ainda não expressam; < 3%) ○ Bastão de Auer ainda não são visualizados (ainda não tem granulação) ○ Blastos semelhantes ao blastos de linfóides (logo IFT é fundamental) ○ Única maneira para identificar: IFT ou citogenética ● LMA não especificada (sem maturação) ○ Medula óssea ■ >90% blastos com grânulos azurófilos ○ Raros blastos já são MPO e Sudan Black + ○ PAS negativo ○ Não apresenta um marcador citogenético ○ Blastos morfologicamente semelhantes a aos linfóides) ○ Raros casos já podem ser visualizados bastões de Auer ○ SP: comum presença de hiato leucêmico ○ IFT: MPO, CD13, CD33 e CD117 ● LMA não especificada (mielomonocítica) ○ Medula óssea ■ > 30% não eritróides são granulócitos, monócitos e pró-monócitos ○ Se monócitos > 5.000/µL no SP: forte indicativo ○ Deve ser feita a análise na MO e SP ○ MPO e Sudan Black + ○ 5% da M4 apresentam eosinofilia na MO ○ IFT: CD13, CD33 (mielo) e CD14, CD11b (mono) ○ Citogenética: 16 (inv [16][p13q22]) em quase 100% dos casos: melhor remissão pós QT ● LMA não especificada (monoblástica) ○ Medula óssea ■ > 80% não eritróides são monoblastos, pró-monócitos ou monócitos ○ MPO e SudanBlack – ○ PAS – ○ M5a: pobremente diferenciada: pacientes maisjovens, contagens de blastos mais altas e pior prognóstico ■ Blastos >80% = monoblástica ○ M5b: mais diferenciada com contagens de monócitos no SP mais altas ■ Blastos < 80% = monocítica ○ IFT: CD13, CD33 (mielo) e CD14, CD15 (mono) ● LMA não especificada (eritróide pura) ○ Medula óssea ■ > 80% de células eritróides ■ > 30% cels nucleadas são precursores eritróides (eritroblastos) ○ Eritroblastos: multilobulado, multinucleado, vacuolizado (bizarro) ○ PAS + ○ Sudan Black e MPO – ○ Geralmente precedida de SMD ○ IFT: CD13, CD33, MPO, glicoforina + ● LMA não especificada (megacarioblástica aguda) ○ Comum em crianças ○ Subestimada: difícil reconhecimento e diferenciação morfológica dos blastos ○ Medula óssea ■ >30% dos blastos são megacarioblastos ○ MPO e Sudan Black – ○ PAS + ○ IFT: anti-IIb/IIIa, CD41, CD42b CD61 Leucemia Linfóide Aguda ● Rápida proliferação e acúmulo de células linfóides imaturas (linfoblastos) que substituem progressivamente a MO ● Mais comum em crianças do que em adultos ○ Infância (2-10 anos): 30% das neoplasias ○ Adultos: 15% das neoplasias (elevada morbidade) ■ Tipo B - 85% ■ Tipo T - 15% ● Causas: 95% desconhecidas ● Prognóstico ○ Crianças > adolescente > adulto ○ Tem melhor prognóstico que LMA (90% de chance de remissão completa) ○ B imatura: melhor prognóstico (comparação com B e T diferenciada) ○ Presença de t(9;22) ● Manifestações clínicas - além das manifestações comuns à Leucemias agudas ○ Infecções virais ○ Dores ósseas - infiltração da MO ○ Linfoadenomegalia ■ 50% das LLA (raras na LMA) ○ Envolvimento SNC - comum nas LLA ● Hemograma ○ Série vermelha ■ Anemia normocítica e normocrômica ○ Plaquetas ■ Trombocitopenia ○ Série branca ■ Leucócitos: diminuído, normal ou aumentado ● Geralmente T com mais leucocitose do que B ■ Linfócitos com aparência imatura (linfoblastos) ● Medulograma ○ Presença de no mínimo 25% de linfoblastos ○ Medula hipercelular com substituições de espaços adiposos e elementos normais por células leucêmicas ○ Precursores mielóides e eritróides tem aspecto normal ○ Megacariócitos: diminuídos ou ausentes ● Terapia de Suporte ○ Igual LMA ● Terapia específica ○ 4 fases: ■ 1- Indução da Remissão: Prednisona 60 mg/m2/dia + Vincristina + L-asparaginase ■ 2- Consolidação da Remissão: ciclofosfamida + o arabinosfdeo-C + metotrexato ■ 3- Profilaxia do Sistema Nervoso Central: metotrexato intra-tecal ■ 4- Manutenção: 6-Mercaptopurina ia + Metotrexate VO ○ RC: chance de cura e de 85% para as crianças e de 30-45% para os adultos ○ anti-CD22: Epratuzumab, Inotuzumab ozogamicin (InO), Moxetumomab pasudodotox ○ anti-CD19 e CD22: Combotox ○ anti-CD20: Ofatumumab. Obinutuzumab ○ Bortezomib, Ruxolitinib, inibidores de 5-PI3K/mTOR, entre outros ○ TMO alogênico ● Fatores de Prognóstico ○ Idade: pior evolução em pacientes mais velhos ○ Leucocitose ao diagnóstico ■ > 30.000/uL para LLA-B ■ > 100.000/uL para LLA-T ○ Baixo risco (sem fatores de risco de idade e leucócitos) ○ Intermediário (idade > 35 ou leucócitos elevados) ○ Alto risco (idade > 35 e leucócitos elevados) ○ Presença de cromossomo Ph (15 a 50%) – péssimo prognóstico ○ Outras anormalidades: ■ Ruim: rearranjo MLL, t(4;11), translocação KMT2A, t(8;14), cariótipo complexo ■ Bom: del(9p) Classificação das LLA ● Leucemia / linfoma linfoblástico de células B, SOE ○ 80% dos casos ○ Perfil imunofenotípico varia conforme estágio de maturação linfocitário ○ Alterações frequentes - impacto decisivo no prognóstico do paciente ■ NOTCH-I, PAX5, IZKF1, EBF1 e LMO2: desenvolvimento linfóide ■ CDKN2A / CDKN2B, PTEN e RB1: regulação do ciclo celular e supressão de tumor ■ BTLA, CD200, TOX, receptor de glucocorticóide NR3C1sinalização linfóide ■ TBL1XR1, ETV6 e ERG: regulação da transcrição e coativação ■ BCR-ABL ■ ATM ■ c-MYC ● Leucemia / linfoma linfoblástico de celulas B ○ LLA-B com amplificação intracromossomal do cromossomo 21 (iAMP21) ■ Em crianças mais velhas com baixas contagens de leucócitos ■ Boa evolução quando tratada como de alto risco (respode mau a QT padrão) ■ 5 ou mas cópias de RUNX1 em uma célula ou 3 ou mais cópias no crom.21 ○ LLA-B com t(9;22)(q34.1;q11.2);BCR-ABL1 ■ Prognóstico ruim ■ Resposta eventual com TKI ■ Alterações adicionais: CRLF2 e receptor de EPO ○ LLA-B com translocação envolvendo receptores da TKI (BCR-ABL1-like ALL) ■ Elevado risco: prognóstico ruim ■ 10% das LLA em crianças e 25% das LLA em adultos ■ Presença de alterações adicionais em outros genes ○ Leucemia linfoblastica de célula T precursora ■ 10 a 15% das LLA-T ■ IFT: CD34, CD117, HLA-DR, CD11b, CD65, CD33, ouCD13, mas não MPO associada a mutações de LMA (FLT3, NRAS/KRAS, DNMT3A, IDH1, IDH2 ) ■ Mau prognóstico ● Leucemias agudas de linhagem Ambíguas ○ 2 populações de blastos distintas ○ Não apresentam evidências de diferenciação para uma linhagem específica e expressam antígenos associados a mais de uma linhagem ● Leucemia Aguda de Fenótipo Misto ○ 1 população com marcadores mistos ○ Não existem marcadores linhagem - específicos e os blastos expressam antígenos associados à imaturidade celular ● Proliferação clonal não responsiva aos mecanismos de controle ○ As alterações moleculares ocorrem em células hematopoéticas que permitem a manutenção da capacidade de diferenciação e maturação celular ■ CÉLULAS MADURAS NO SP Classificação: crônico ● Acúmulo lento e gradativo de clones neoplásicos leucocitários na medula óssea e sangue periférico ● Pode haver uma pequena quantidade de blastos ● Crônico para mielóide ○ pró-mielo, mielo, meta, bastão (desvio a esquerda) ● Crônico para linfóide ○ Linfocitose madura Neoplasias mieloproliferativas - classificação ● Neoplasias Mieloproliferativas ○ Representantes ■ LMC (variantes morfológicas) é a neoplasia mieloproliferativa e tem presença de Ph+ ● Leucemia Eosinofílica Crônica ● Leucemia Neutrofílica Crônica ● Leucemia Basofílica Crônica ■ Policitemia Vera ■ Trombocitemia Essencial ■ Mielofibrose com Metaplasia Mielóide ■ Leucemia Mielomonocítica crônica ○ Caracterizadas por produção excessiva, que acontece no precursor mielóide (que dá origem à granulócitos, plaquetas e eritrócitos - podendo haver hiperproliferação de todas essas células - célula predominante = caracterização da doença) ○ Achados clínicos e morfológicos sobreponíveis; Produção exagerada de células maduras, Hemopoese extramedular e Hepatoesplenomegalia ○ Ph+ = LMC; Ph- = qualquer uma das outras doenças mieloproliferativas listadas anteriormente ● LMC ○ Expansão clonal da célula tronco hematológica pluripotente ○ Presença de Ph:t (9;22) BCR-ABL1 (95% do pacientes) ■ Conhecida como cromossomo filadélfia ■ Por causa dessa mutação: síntese de tirosina quinase (mantém na medula óssea) - ativa proliferação granulocítica (mas acaba afetando todas as linhagens); causa também bloqueio da apoptose ■ Inibidor para a tirosina quinase alterada: é utilizado o mesilato de imatinibe que impede a ligação do ATP ○ Presente em granulócitos, eritrócitos, monócitos e linfócitos B ○ Raramente em linfócitos T ○ LMC atípica: Ph - ■ Associado a mutações SETBP1 e/ou ETNK1 ○ Afeta todas as idades, sendo mais rara na infância por se tratar de uma neoplasia crônica (maior frequência: > 50 anos) ○ Etiologia: radiação, benzeno, agentes aquilantes ○ Manifestações clínicas: comuns à todas leucemias ■ Variam de acordo com a fase da doença, fazendo com que o paciente apresente mais ou menos manifestações clínicas ○ Descobrimento da doença ocorre muitas vezes de maneira casual ■ Início assintomático ■ Baço e fígado aumentados ■ Fraqueza, fadiga, perda de peso ○ Hemograma / “Descoberta” ■ Leucocitose neutrofílica acentuada (>80.000/uL) ■ Esplenomegalia comum ■ Hepatomegalia mais rara ○ Suspeita: >25.000 leucócitos com neutrofilia e esplenomegalia ○ Sobrevida do paciente era baixa (4-5 anos desde a descoberta), mas esse fato mudou bastante com a implementação do inibidor de tirosina quinase (imatinibe), fazendo com que a sobrevida dos pacientes esteja cada vez maior (+10 anos após a descobertada doença) ○ Se doença não for tratada ou for refratária ao tratamento há a evolução para um quadro agudo ■ Normalmente evolui para LMA (75%), mas pode evoluir para LLA (25%) ○ Evolução LMC ○ Diagnóstico laboratorial ■ Hemograma - normalmente hemograma é bem característico ● Faz pensar que estamos na presença de uma mieloproliferação ■ Fosfatase alcalina leucocitária - diferenciação da reação leucemoide ● Habitualmente há a redução no escore da fosfatase alcalina de neutrófilos na fase crônica, porém este exame não tem maior valor diagnóstico ■ Biologia Molecular ● Monitoramento resistência ao TKI ● BCR-ABL1 ■ Medulograma - estadiamento ■ Citogenética - Ph+ ○ Hemograma LMC ■ Gráfico de imaturidade - apresenta muitas células, mostrando que há muito granulócito imaturo ■ Leucograma > 100.000/uL (normalmente) ■ Aparelho normalmente não conta o diferencial (muita célula imatura) ● Pode ter blasto presente (em pequena quantidade) - quanto maior o nº de blasto mais evoluída está a doença para uma fase aguda ● Grande desvio à esquerda ● Poucos monócitos e linfócitos ● Aumento de eosinófilos e basófilos ■ Plaquetas - normalmente trombocitose (maior na fase crônica) ■ Eritrograma - anemia normocítica e normocrômica ■ Como não confundir com o hemograma de uma infecção? Parâmetro LMC R. Leucemóide Total de leucócitos Muito aumentado Aumetado Diferencial D.E. franco D.E. menor Blastos Comum Raro Basófilos/Eosinófilos Aumentado Normal Anemia Comum Rara Plaquetas Alteradas Normais/discretamente alteradas ○ Trombocitemia essencial ■ Diferença das outras Mieloproliferativas - não envolve demais linhagens ■ Fisiopatologia Trombótica ● Plaquetas com maior afinidade pelo fibrinogênio; maior geração de TXA2 ■ Fisiopatologia Hemorrágica ● Plaquetas com deficiência receptores de epinefrina; microgranulares ■ Manifestações clínicas ● Pode ser assintomático ● Hemorragia (função plaquetária alterada) - TGI; Mucosas ● Trombose microvascular (elevado número de plaquetas) - Dor e gangrena digital; sensação de queimação nas extremidades ■ Critérios da OMS ● Plaquetas > 450.000/uL ● BMO: proliferação MK; nenhum critério para outras NMP ● Mutações: JAK2; CALR ou MPL ● Presença de outro marcador clonal ou ausência de trombocitose reativa ○ Mielofibrose com metaplasia mielóide ■ Engloba tanto a MMM em si quanto às fases avançadas da PV e TE (secundária à hiperplasia dos MK) ■ Características ● Fibrose e hematopoese esplênica (metaplasia mielóide) ■ Hiperplasia da MO anormal com presença de fibroblastos ● Aumento MK na MO; Tose ou Tenia no sangue periférico ● Mielofibrose - reação secundária estimulada pelas citocinas produzidas pelos MK estimulando a formação de tecido fibroso e neoangiogênese (não pode ser único critério) ● Leucocitose; granulócitos imaturos ● Anemia; eritroblastos ■ Hemograma ● Hemácias em gota (agressão esplênica)(muito comum/característico) ● Eritroblastos ● Anemia normocítica e normocrômica ● Reticulocitose leve ● Leucócitos elevados (desvio à esquerda) ● Plaquetas normalmente elevadas ■ Medulograma ● Hipocelular ou seco (maioria) ● Hipercelular (10%) ● Normocelular (5%) ● Disgranulopoese ● Aumento do número de MK ● Biópsia da MO: essencial para o diagnóstico ■ JACK2 - 50-60% + ■ LAP e LDH - aumentada ■ Cariótipo - Ph - ■ Clínico ● Hematopoese extramedular (=metaplasia mielóide) ● Hepatoesplenomegalia ● Acúmulo celular no baço, fígado, rins e linfonodos ■ Critérios OMS ● MO com proliferação MK com reticulina (grau 1) ● MO com proliferação MK com reticulina (grau 2 ou 3) ● MO com proliferação granulocítica e depleção eritróide ● Ausência de critério para outras NMP, SMD ● Mutação em JACK2, CALR ou MPL ● Anemia ● Leucocitose > 11.000/uL ● Esplenomegalia ● Aumento LDH ● Leucoeritroblastose ● Síndromes Mielodisplásicas ○ Grupo de desordens pré-leucêmicas, clonais com características semelhantes ○ Importante: condições neoplásicas podem levar a quadros semelhantes ○ (alteração para excluir causas reacionais) Citopenias periféricas progressivas oriundas de displasias medulares (MO hipercelular) ○ Defeitos de maturação mielóide: eritróide e megacariocítica ○ Pode afetar 1-3 linhagens ○ Até 4/100.000 habitantes (predomínio >60 anos) ○ Características comuns ■ >10% de displasia no MO (independente da linhagem) ■ Citopenia persistente e refratária no SP ○ Tipos ■ De novo ■ Relacionada à terapia (normalmente pós-QT) ■ Hereditária ○ Mecanismo de Ação ■ Defeito na célula-tronco iniciando proliferação desregulada (hematopoese ineficaz) ■ Alteração na apoptose ● Fase inicial - citopenia: apoptose exagerada ● Fase leucêmica: apoptose diminuída ○ Além de alterações morfológicas, células apresentam alterações nas funções ■ Granulócitos - Leucopenia às custas de neutropenias <1.800/uL ● Diminuição na adesão; deficiência na fagocitose; diminuição na quimiotaxia; diminuição níveis MPO e LAP ■ Eritrócitos - anemia hipo regenerativa em quase todos os casos <10g/dL ● Encurtamento m½ ■ Plaquetas - frequentemente trombocitopenia < 100.000/uL ○ Ferramentas laboratoriais para diagnóstico de SMD ■ Sangue Periférico ● Hemograma ● Reticulócitos ● Plaquetas ● Metabolismo do ferro ● LDH ● Vitamina B12 ● Função renal/hepática/tireoidiana ● Sorologia HIV, hepatites, CMV ■ Medula Óssea ● Imunofenotipagem (blastos, 3 linhagens) ● Medulograma (com ferro) ● Biópsia ● Cariótipo - estudo da clonalidade; alterações cariótipo/fenótipo/morfologia = diagnóstico diferencial de outras citopenias periféricas e de exclusão ○ Diseritropoese ■ Sangue periférico ● Presença de macro-ovalócitos (diferencial de anemia megacarioblástica) ● Presença de micrócitos hipocrômicos (depósitos de ferro normais) ● Dismorfismo eritrocitário (RDW alto): indica clonalidade ● Pecilocitose ● Presença de corpos de Howell-Jolly ■ Medula óssea ● Aumentados em número mas com alterações displásicas: multinucleados, diferentes formatos, multilobulados, pontes internucleares, cariorrexis, sideroblastos em anel, vacuolização citoplasmática ○ Dismielopoese ■ Presença de basofilia citoplasmática nos leucócitos maduros ■ Assincronismo de maturação (N/C) ■ Hipogranulação ou agranulação ■ Alterações no formato do núcleo ■ Hipersegmentação ou hiposegmentação ■ Pseudo Pelger-Huet ○ Dismegacariopoese ■ Plaquetas com morfologia anormal SP ■ Granulação anormal, hipogranulação, agranulação ■ Presença de MK no SP ■ Na MO, MK apresentam alterações morfológicas, agrupados ○ Critérios de Classificação OMS ■ % de mieloblastos no SP e MO ■ Tipo de displasia - pelo menos duas linhagens ■ Contagem de neutrófilos, Hb, plaquetas diminuídas - pelo menos 1 ■ Presença de sideroblastos em anel ■ Presença de anormalidade citogenéticas (cariótipo) ■ Número e tipo de mutação em gene como ● SF381, TET2, SRSF2, ASXL1, DNMT3A, RUNX1, U2AF1, TP53 e EZH2 ○ Tipos de SMD ■ Com displasia em uma única linhagem ■ Com displasia em linhagens múltiplas ■ Com sideroblastos em anel (única linhagem/linhagens múltiplas/somente del) ■ Com excesso de blastos (tipo 1 ou 2) ■ Não classificadas Doenças Linfoproliferativas ● Linfocitoses ○ VR 1.000 - 4.000/uL ○ Fisiológica: em crianças 10.000-18.000/uL ○ Patológica ■ <6.000/uL e <40 anos = virose ■ >6.000/uL e >40 anos = pensar em LLC ■ >6.000/uL e >55 anos: probabilidade de LLC ○ Realizar diagnóstico diferencial de reação leucemóide linfocitária ■ Infecção bacteriana e viral ■ Drogas ■ Inflamação crônica ■ Hipersensibilidade *Nem toda linfocitose é leucemia (infecções virais, vacinação…); porém na LLC há hipogamaglobulinemia* ● LLC ○ Leucemia mais comum de todas que atinge normalmente linfócitos B ○ Adultos mais velhos >50 anos ○ Fator prognóstico importante ■ Estado de hipermutação nos genes da porção variável de Ig pesada (IgVH) - prognóstico favorável ■ 60% dos pacientes com IgVH mutado ■ 40% dos pacientes com IgVH não mutado ○ Diagnóstico difícil: confusão com linfoproliferações benignas (vacinação) ○ Sobrevida: depende da extensão da doença e velocidade de proliferação do clone ○ Tempo médio de sobrevidaapós descoberta: meses-décadas ○ Sintomas inespecíficos ■ Diagnóstico acidental na etapa assintomática ○ Linfócitos acumula na MO, SP e órgãos linfóides (hepatoesplenomegalia) ○ Tratamento: tratar sintomas e comorbidades, sendo rara a quimioterapia ○ Critérios da OMS ■ Precedida de linfocitose monoclonal B e “alta contagem” (>50.000/uL) ■ Citopenias e sintomas relacionados são insuficientes quando linfócitos <50.000/uL ■ Presença de centros proliferativos são indicativos de prognóstico adverso ■ Mutações de relevÂncia clínica: TP53, NOTCH1, SF3B1, ATM e BIRC3 *Diferencia-se da linfocitose monoclonal B - LMB (<50.000/uL)* ○ Hemograma clássico ■ Doença crônica, não observamos blastos ■ Leucocitose às custas do aumento de linfócitos ■ Linfócitos pequenos de aparência madura, funcionalmente incompetente ■ Anemia e trombocitopenia normalmente associados à estágio avançado da doença (associado ao envolvimento da MO - linfócitos>30%) ■ Má evolução: transformação para o estágio pró-linfocítico ■ Suspeita forte: linfocitose persistente (>5.000/uL no SP) + linfoadenomegalia ○ Imunofenotipagem - teste importante ■ Marcadores: CD5+ 58,6%; CD19+ 95,2%; CD23+ 99,3%; FMC7+ 34% ■ Presença de pelo menos 50.000 linfócitos com este imunofenótipo confirma o diagnóstico de LLC ■ Única maneira de identificar origem B ou T ● Origem LLC-B (95%); LLV-T (5%) ■ Morfologia: célula madura ■ Imunofenotipagem: célula imatura ○ Pior prognóstico ■ Idosos ■ Duplicação do número de linfócitos em 6 meses ■ Aumento de pró-linfócitos ■ Infiltração difusa da MO na biópsia ■ Alterações citogenéticas ■ Transformação blástica ■ Transformação em linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) - Síndrome de Richter 10% do casos ○ Evolução ■ LDGCB ■ Leucemia pró-linfocítica ■ LLA (<1%) ○ Tipos ■ Clássica: maioria linfócitos ■ LLC em transformação: 10-50% de pró-linfócitos ■ Mista: pró-linfócitos <10% ● Leucemia Pró-linfocítica ○ Raras ○ Mais agressiva que LLC ○ Expectativa de vida ~1 ano ○ Pró-linfócitos: mais imaturos, maiores, com mais citoplasma e com presença de nucléolo ○ B ■ Não é evolução da LLC-B ■ Fisiopatogenia: mTP53I; del12q14 ■ Rápida progressão ● Leucócitos > 100.000 - pior que LLC ■ Esplenomegalia intensa ■ Presença de linfócitos grandes ● >100.000/uL no SP com >55% de Pl ■ Linfócitos maiores, nucléolo muito proeminente ■ Imunofenotipagem ● CDS- ● CD23+ ● CD22+ ● FMC7+ ● sig monoclonal ○ T ■ Fisiopatogenia: TCL-1, ATM ■ Mais agressiva: sobrevida baixa ■ Hepatoesplenomegalia ■ Linfoadenomegalia ■ Comprometimento cutâneo ■ Presença de linfócitos grandes ● <100.000/uL no SP ■ Linfócitos médios com ou sem necléolos ■ Imunofetipagem ● TdT-; CD2+; CD3+; CD5+; CD7+ ● Leucemia Hairy Cell ○ Rara (2% das leucemias) ○ Linfocitose B ○ IFT: CD22+, FMC7+, CD5-, CD23- CD11+, CD25+, CD103+, sig+ ○ Pacientes de meia idade (>50 anos) ○ Pancitopenia no hemograma ○ MO com fibrose (“dry”): infiltração da MO pelas hairy cells ○ Também ocorre no baço e fígado (hepatoesplenomegalia) ○ Classificação OMS ■ Mutação: V600E em BRAF (maioria); MAP2K1 (variante) ○ Tricoleucemia variante ■ Leucocitose; padrão de IFT diferente, MO não “dry” ○ Hemograma - Contagem das 3 séries são normais ou reduzidas ■ Anemia normocítica e normocrômica ■ Não há leucocitose ■ Linfócitos aumentados ■ Diminuição de plaquetas ■ Presença de hairy cells ■ Monocitopenia - deve-se prestar atenção nesses quadros Sistema Linfóide ● Reconhecimento e processamento de antígenos ● Linfopoese ● Distribuído por todo organismo ○ Linfonodos ○ Baço ○ Timo ○ Amigdalas ○ MALT ● Linfoadenoaptias ○ Benignas - Hiperplasia ○ Não benignas - Linfomas ■ Doença linfoproliferativa originárias do tecido linfóide com proliferação nodal ou extranodal ao longo do processo de formação dos linfócitos B e T ■ Origem: translocações, mutações em genes supressores tumorais, imunodeficiências primárias, imunodeficiências secundárias à drogas, infecções virais, infecções bacteriana ○ Diagnóstico laboratorial ■ Participação pequena do laboratório de Ac tradicional ● Biópsia/análise histopatológica (imunohistoquimica) ● Imunofenotipagem ● Citogenética ● Tissue microarray ● Tomografia computadorizada ● Tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) ■ Participação maior do laboratório (linfomas leucemizados) ● Medulograma/Biópsia MO ● Hemograma ○ Linfoma agressivo ■ Início agudo ■ Normalmente mais localizado (massa) ■ Sintomas: cansaço, febre e sudorese ■ Normalmente curável com tratamento intenso e urgente ○ Linfoma Indolente ■ Início mais lento ■ Disseminado (invade MO) ■ Mais assintomático (diagnóstico por acaso) ■ Incurável e pode transformar em agressivo ○ Linfoma não hodgkin -LNH ■ Etiologia desconhecida ■ Fatores predisponentes: ● HIV: imunossupressão (queda de CD4) ● Agentes infecciosos ● Transplantes de órgão ● Doenças auto-imunes ● Fatores ambientais ■ Linfoma Folicular in situ ● Prognóstico desfavorável ● Grau de lesões não são proporcionais à gravidade ■ Linfoma de Grandes células B com rearranjo ● Acomete crianças e adultos jovens ● Mais agressivos que FLP ■ Linfoma do manto ● agressivo ● 2 tipos: clássico (IGHV não mutado e expressão de SOX11) e LM leucêmico não nodal (perfil contrário) ■ Linfoma de Burkitt ● Muito agressivo ● Relacionado à imunodeficiência (40%) ■ Linfoma de grandes células B difuso ■ Linfoma de Grandes células B difuso com EBV+ ● Normalmente aos 50 anos ■ Linfoma de célula B de alto grau ○ Linfoma de Hodgkin - LH ■ ⅓ das linfoproliferações malignas ■ Normalmente em paciente jovens (20-30 anos) e a partir dos 55 anos ● Bimodal ■ Manifestações clínicas ● Linfoadenomegalia localizada (não extra-nodal) ● Se for extranodal - pior prognóstico (ex: boca) ■ Prognóstico bom, mas pode leucemizar (15%) ou tumores sólidos (secundário ao tratamento) ■ Característica histológica: célula B circundada por proliferação de linfócitos, histiócitos, plasmócitos, eosinófilos, neutrófilos e fibroblastos (inflamação) Gamopatias Clonais ● São leucemias/linfomas de células B (plasmócitos) que secretam imunoglobulinas monoclonais ● OMS: mutação L265P no gene MYD88 ● Mutações MYD88 ○ Positiva ■ Linfoma linfoplasmocitóide ■ Macroglobulinemia de Waldenstrom ■ MGUS IgM ○ Negativa ■ MGUS IgA ■ MGUS IgG ■ Mieloma Múltiplo ● Mieloma múltiplo ○ Linfoma linfoplasmocitóide: infiltrado de linfócitos e plasmócitos nos linfonodos ■ 10% das neoplasias hematológicas ■ Normalmente pacientes mais velhos (>60 anos) ■ Etiologia: radiação, pesticida, vírus ○ Espectros de uma mesma doença ○ Plasmócitos: produção de proteína M (monoclonal) - IgG, IgA, IgD ou IgE ■ Produção só de Ig de cadeias leves: eliminação na urina ■ Não produção de Ig: mieloma não-secretor ○ Todas as consequências da doença são oriundas da hipersecreção dos fatores produzidos por plasmócitos ■ Plasmócitos secretam fator ativador de osteoclastos e osteólise = lesões ósseas e fraturas ■ Proteinúria - Insuficiência renal ■ Hipercalcemia e aumento de beta2-microglobulina - destruição óssea ■ Aumento da viscosidade sanguínea (alteração da cascata de coagulação) ■ Anemia normocítica e normocrômica ■ Depósitos de proteínas nos rins - disfunção renal ■ Sobrevida baixa - 60 meses (5 anos) ○ Critérios da OMS ■ Plasmócitos clonais >10% MO ■ Presença de proteína M ■ Dano tecidual evidenciado por (qualquer um dos eventos): ● Hipercalemia (C) ● Insuficiência renal (R) ● Anemia (A) ● Lesões ósseas (B) ■ Relação de cadeias livres ■ Cadeia leve livre produzida pelo tumor (envolvida) é >100mg/L e a relação entre a envolvida/não envolvida é >100 ■ Mais de uma lesão em RMN (pelo menos 5mm) *MGUS e Smoulering Myeloma não atinge esse critério* ○ Suspeita de Mieloma múltiplo ■ Presença de proteína monoclonal ■ Anemia de início insidioso ■ Dores ósseas/fraturas ■ Insuficiência renal ● Macroglobulinemia de Waldenstrom ○ Linfoma “semelhante” ao MM ○ Secretor de IgM (>5g/dL) ○ Muito mais raro que MM e em pessoas mais idosas ○ Características ■ Hiperviscosidade ■ Disfunção plaquetária ■ Inibição dos fatores de coagulação○ Ao contrário do MM ■ Não causa lesão óssea, hipercalcemia e disfunção renal ■ Causa anemia precoce ■ Causa linfoadenopatia ■ Causa hepatoesplenomegalia ■ Causa síndrome da hiperviscosidade ○ Atenção: idosos podem apresentar pico de IgM sem ser MW ● O que é? ○ Método de análise citológica, através de instrumento equipado com laser, que permite a identificação, a caracterização, a contagem e a separação física de células em suspensão ● Amostras ○ Sangue periférico, medula óssea, cordão umbilical, aférese (CTHP) ○ Líquor e líquidos - sem anticoagulante ○ Linfonodo e tumores sólidos; aspirados ○ Cultivo celular *LCR - levar imediatamente ao laboratório* ● O que pode ser analisado? ○ Metabolismo ○ Antígenos celulares ○ Enzimas ○ Citocinas ○ DNA ○ Receptores ○ Complexidade ○ Tamanho ● Aplicações ○ Imunofenotipagem linfocitária ■ Imunodeficiências adquiridas: diagnóstico e monitoramento de SIDA ■ Imunodeficiências congênitas: combinada severa ■ Imunologia de transplantes: prova cruzada ○ Quantificação de Células troncos - Para terapia celular em geral ■ Células precursoras hematopoéticas ■ Células precursoras não-hematopoéticas, endoteliais e mesenquimais ○ Diagnóstico das leucemias agudas ■ Determinar a linhagem celular ■ Maturação celular ■ Monitoramento terapêutica ○ Plaquetas e hemácias ■ Trombastenia de glanzmann ■ Síndrome de Bernard-Soulier ■ Trombocitopenias imunes ■ Hemoglobinúria paroxística noturna ● Definição ○ Mede a velocidade de separação, em um período, entre glóbulos vermelhos e o plasma, em sangue anticoagulado ○ Expresso em milímetros ○ Também avalia a estabilidade da suspensão de hemácias no plasma que, por ser menos denso, favorece a sedimentação dos glóbulos por ação da gravidade ○ Eritrócitos apresentam carga negativa (ác. siálico) em sua superfície (tendência a repelirem-se uns aos outros) → Presença de proteínas com carga deslocam o equilíbrio (fibrinogênio, Ig, proteínas de fase aguda) → Formação de agregados de hemácias ○ VSG = medida da influência das proteínas com carga que deslocam o equilíbrio ● Métodos ○ Tubo de Wintrobe ■ Volume: 2mL ■ Altura: 100mm ■ Tempo: até 1h ○ Pipeta de Westergren ■ Volume: 2mL ■ Altura: 200mm ■ Tempo: até 2h ● Valor de referência (Westergren) ○ Criança: 0-10mm ○ Homens ■ <50 anos: 0-15mm ■ >50 anos: 0-20mm ○ Mulheres ■ <50 anos: 0-20mm ■ >50 anos: 0-30mm ● Índice de Katz ○ IK=1h+2h/2 /2 ● Fatores que influenciam ○ Fatores plasmáticos ■ Diminuição do potencial zeta ■ Aumento da concentração de fibrinogênio ■ Aumento da concentração de globulinas ■ Aumento da concentração de colesterol ■ Aumento de cargas positivas ■ Rompimento de cargas negativas ■ Diminuição da repulsão entre hemácias ○ Fatores eritrocitários ■ Diminuição do número de hemácias (anemia) ■ Elevados conteúdo de hemoglobina (maior peso) ■ Forma da hemácia ○ Fatores fisiológicos ■ RN > número de hemácias (↓) ■ Mulheres < número de hemácias (↑) ■ Gravidez: hemodiluição (↑) ■ Menstruação: retenção de líquidos (↑) ■ Exercício físico: liberação de células (↓) ○ Fatores técnicos ■ Quantidade de anticoagulante: excesso de citrato (↑) ■ Coágulos (↑) ■ Inclinação da pipeta (↑) ■ Limpeza da pipeta (sujeira=aglutinação) (↑) ■ Presença de espuma/bolhas (↓) ■ Demora na execução do teste (ideal até 2h) (↓) ■ Temperatura (>27ºC ↑ <22ºC ↓) ■ Calibre das pipetas (diâmetro < 2.55mm) (↓) ● Automação ○ Extrapolação exponencial ○ Leitura visual ○ Agregação eritrocitária *Atenção para valores de referência* ● VSG ○ Exame com muito interferentes - alta recomendação para automação ○ Apresenta elevada (?) e baixa (?) ■ Correlação com outros marcadores com o mesmo comportamento ○ Utilizado para triagem e monitoramento
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