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TRABALHO DA PSICOLOGIA DESENVOLVIMENTO 14 05 2016

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FACULDADE SUMARÉ
PERFIL DO SUJEITO
Projeto apresentado como requisito de trabalho de Psicologia do Desenvolvimento 2º bimestre, pelas alunas: Cristiane dos Santos Leal, Jessica Regina, Maria da Conceição de Sena Santana, curso de Pedagogia, 3M. 
Orientadora: Profª. Doutor Maria Elena Roman
São Paulo
2016
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida, e a nossos familiares que sempre se fazem presente em nossas caminhadas e em especial a Letícia G. Silva, Adriana G. Silva e Álvaro L. Silva que colaboraram com a realização deste trabalho.
Agradecimentos aos meus colegas de sala e aqueles que juntos, fizeram com que esse projeto chegasse até o fim. Agradecemos a professora Maria Elena Roman que faz o possível para garantir o nosso aprendizado. 
Agradeço a Faculdade Sumaré por ser essa referência no ensino de qualidade. Obrigado a todos, sem vocês não seria possível realizar este trabalho.
SUMÁRIO
CONSTITUIÇÃO FAMILIAR	4
GESTAÇÃO	6
PRIMEIRA INFANCIA	8
ANOS PRÉ-ESCOLARES	10
ANOS ESCOLARES	11
ADOLESCÊNCIA	13
CONCIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERÉNCIAS	23
INTRODUÇÃO 
Este trabalho foi elaborado como partir da exigência da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento. Para um melhor entendimento da elaboração do trabalho a se desenvolvido é necessário esclarecer que Psicologia do Desenvolvimento Humano e um estudo científico que foi desenvolvido pelo psicólogo suíço Jean Piaget, que descreve as mudanças do comportamento das pessoas ao longo de sua vida, e as fase que cada um passa, caracterizando um comportamento em cada faixa etária. 
Para que possamos compreender as etapas de desenvolvimento do ser humano desde seus primeiros sinais de vida, identificado no percurso de cada fase e os problemas encontrados pelo sujeito de estudo. Foi elabora um roteiro de entrevista com intuito de colher informação que nos ajudasse descrever o perfil do sujeito escolhido por nos. Também teve como instrumento de recurso, levantamento bibliográfico e revisões dos temas estudados.
Sendo realizada entrevista com Letícia G. Silva de dezessete anos e seus pais Adriana G. Silva e Álvaro L. Gomes, visando ter diferentes pontos de vista do percurso de desenvolvimento. 
O trabalho estar organizado na sequência das etapas do desenvolvimento ao saber com forme a família, ou seja, constituição familiar, gestação, primeira infância, anos pré-escolares, anos escolares e adolescência.
 Ao final realizaremos considerações sobre a etapa atual do desenvolvimento do sujeito nas perspectivas teóricas dos autores Piaget (1979), Vygotsky (1996) e Henri Wallon (1975). 
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CONSTITUIÇÃO FAMILIAR
As transformações ocorridas ao longo da História da industrialização, o advento da urbanização, a abolição da escravatura e a organização da população provocou alterações nas feições familiares e sociais. A expansão da economia e a pressão pelo consumo de bens e serviços, antes produzido no espaço doméstico, apertou orçamento familiar e o trabalho salariado passou a ser utilizado pelas mulheres. 
Apesar das transformações, a família contemporânea cultiva traços da família anterior que controla a sexualidade e preserva as relações de classe. Lembrando que, os costumes que marcaram época podem ou não esta distantes nos dias atuais, pois, como mencionamos anteriormente, os conceitos evoluíram ou, até mesmo, mudaram de denominação, mas, se estudarmos esses conceitos atualmente, poderemos verificar que, muitos deles, ainda estão presentes na sociedade, ainda que de forma oculta. 
Diante deste contexto foram realisadas entrevistas em três diferentes situações com, Letícia G. Silva e seus pais Adriana G. Silva e Álvaro L. Silva, para que possamos ter uma melhor compreensão das etapas desenvolvimentos das crianças e adolescentes buscando refletir diante das teorias de nossos pesquisadores Piaget, Wallon, e Vygotsky. 
Os pais da Letícia se conheceram na empresa onde trabalhavam. Começaram a namorar quando foram a uma festa na casa de uma amiga em comum. Letícia e seu pai não veem problema em Adriana, mãe de Letícia, trabalhar fora na época em que conheceu e começou namorar seu pai. E acrescenta ainda, que foi o fato de Adriana trabalhar que chamou atenção de seu pai, por a mesma ajudar no sustento da família. 
Logo Letícia cita que quando os seus pais começaram o namoro, seus avôs de ambas as partes aceitaram muito bem a relação. E os pais não falavam nada sobre a época inicial do relacionamento, não saberia responder com exatidão. Seus pais disseram que ambos os familiares aceitaram bem e tiveram total apoio já de inicio. 
Quando são questionados a respeito de problema financeiro no inicio da vida
Conjugal, Letícia e seus pais nos disseram que foi bem difícil, que não tinham casa própria, mas não passaram necessidades. Logo depois do casamento sua Adriana ficou grávida. Álvaro lembra que no inicio do casamento precisaram ir morar no quintal de seus pais. Com passar do tempo, foram conquistando seus bens. 
 	Através das respostas de nossos entrevistados, podemos observar que foram seguindo padrões tradicionais para constituição da família, ou seja, os pais de Letícia se conheceram, namoraram, noivaram e contraíram matrimonio. Seguindo a cultura de seus avôs e a organização da sociedade. O que diz respeito ao financeiro, pode-se dizer que esta dentro das estatísticas comparado a maior parte do povo brasileiro.
GESTAÇÃO
Falar em gravidez é lembrar que é uma época que precisa ter um desenvolvimento saudável. É natural que depois de algum tempo, o casal sinta necessidade de ter filhos, mas e preciso lembrar que não muda apenas o corpo da mãe, mudar-se o cenário de sua casa, sendo preciso estabelecer rotinas pela revolução da chegada do bebê. 
Sabe-se que a intenção de ter filhos exige preparo emocional e financeiro, no entanto não se pode negar que muitas vezes e em inúmeras famílias, não se tem tempo de pensar, ou planejar, o bebê chega e nesses casos, a preparação acontece ao longo do desenvolvimento da gestação.
 	A gestação é um período compreendido entre a fecundação e o nascimento, caracterizado por alto nível de progesterona em circulação e intimo contato materno-fetal. Vejamos as resposta de nossos entrevistados, no diz respeito o período de gestação de Adriana mãe de Letícia. 
Perguntamos a Letícia e seus pais o que significativa ser pais, ou seja, ser mãe ou pai. A jovem logo responde que acredita ser uma responsabilidade enorme, e que fato muda a vida da mulher. Sua mãe assemelha o ser mãe com perca da vida própria porque deixa de pensar em si para pensar na criança. De certa forma não podemos deixar de concordar. Quem resiste ao choro de um bebê? Ser pai para Álvaro e sinônimo de grandes responsabilidades, pois ao colocar uma criança no mundo, a preocupação não é só da alimentação, diz ele, mas é preciso dar amor, orientar dos perigos do mundo, mostra que o pai é o amigo, companheiro e principalmente o conselheiro. 
Letícia e sua mãe dizem que a primeira gestação foi aos vinte e um anos. E seu pai passou a ser pai com vinte dois anos. Quando na verdade, seu Álvaro afirma que foi pai com vinte três anos. A partir de suas respostas prosseguirmos perguntando se as gestações de Adriana haviam sido planejadas ou se fez uso de alguma substancia química, pois toda mulher grávida sabe que para garantir uma gestação saudável e o desenvolvimento adequado do bebê é preciso seguir uma rotina de consultas e exames do pré-natal. 
Além do acompanhamento médico, a gestante também precisa se preocupar em manter uma alimentação equilibrada e uma rotina normal. Mas para a gestante que enfrentam a dependência química, este período pode ser um grande desafio. Além das alterações hormonais, físicas e emocionais provocadas pela gravidez, ainda há as complicações que o uso de substâncias lícitas ou ilícitas pode trazer. Além da má formação, vale lembra que as crianças expostas às drogas na gravidez ou na amamentação podem ter atraso no desenvolvimento, problemas de atençãoe de aprendizagem. 
De acordo Letícia, seus pais fizeram planejamento na gravidez de seu irmão. Segundo seus pais, não houve planejamento em ambas as gestação. Álvaro acrescenta que sempre se via na condição de pai e mesmo sem planejamento seus filhos foram muito bem vindos. 
Perguntamos, se Adriana era fumante, se teria feito uso de cigarros ou qualquer outro substancia durante gestação. Letícia e seus pais confirmaram que sua mãe era fumante na época, mas não fez uso de cigarros e bêbedas alcoólicas durante esse período de gravidez. 
Em dado momento perguntamos para Letícia se saberia nos dizer se nessa época seus pais tiveram suporte de seus avos maternos e paternos. Ela enfatiza que seus avôs paternos e maternos gostaram de saber que iriam ser avôs e deram todo suporte que seis pais precisavam durante todo percurso das duas gestações de sua mãe. Seus pais confirmam acrescentando que a felicidades fora plena para ambos os familiares. 
Letícia e seus pais contaram um pouco de como foi à gestação, disseram que foi um período bem tranquilo, mas que Adriana teve enjoou e cólica. Pedimos para a sua mãe nos falar de como se sentiu ao ver o rostinho de sua filha pela primeira vez. Adriana emocionou-se ao falar do momento que descobriu que estava grávida de uma menina, pois o casal realizaria o sonho de formar um casal de filhos, e se emociona ao lembra-se de ter visto o rosto da menina pela primeira vez dizendo. “Não tenho palavras para descrever, e chorou”.
Adriana nos fala que, no dia do nascimento da Letícia, “foi uma correria”. Tiveram que ir até a casa da sogra para deixar o filho mais velho e para a sogra ir poder ao hospital. Relata que até a menina nascer, ficou sentindo dor durante seis horas. Álvaro nos conta que desse dia não tem muitas lembranças, mas que sentiu cair em suas costas uma enorme responsabilidade.
PRIMEIRA INFANCIA 
Ao perguntarmos a Letícia se seus pais relataram alguns momentos importantes como seus primeiros passos e as primeiras palavras. Letícia nos disse que: segundo pais, ela começou a andar aos nove meses, segurando nos moveis da sua casa e começou a falar com a mesma idade pronunciando a palavra papai. Sua mãe relata que ficou frustrada quando a menina começou a falar, porque esperava que sua primeira pronúncia fosse mamãe já que ficava mais tempo com a menina. Letícia foi um bebê bem independente não tinha problemas para dormir e não gostava de dormir no colo. Seu pai diz que foi ausente, sempre trabalhou muito, e quem acompanhou todo processo foi a esposa, mas se recorda que a menina chegou a andar bem cedo por volta dos nove meses.
Procuramos saber se eles lembravam algum brinquedo ou objeto que a menina gostava. A Própria Letícia diz que gostava muito de uma boneca que a acompanhou até completar quinze anos. Mas que depois acabou doando. Adriana nos diz que sua filha teve inúmeros Brinquedos, fotos ou uma peça de roupa guardada em algum lugar pela casa. Álvaro diz não lembrar quais eram os brinquedos prediletos dos filhos.
Perguntamos se tiveram necessidade de colocar Letícia, quando pequena em creche. Tanto a jovem quantos seus pais disseram que não foi necessário, pois Adriana, a mãe, havia deixou o trabalho para ficar em casa e acompanhar o desenvolvimento de seus filhos, quando preciso contava com a colaboração de sua irmã mais nova. 
Ao serem questionados se tinham alguma recordação triste ou feliz dessa época, Letícia logo responde que não. A mãe nos conta que sua filha se acidentou com a anteninha de um carrinho de controle remoto de seu irmão, e que foi algo horrível. A menina perfurou o globo ocular de um de seus olhos, deixando Adriana desesperada, sem saber o que fazer no primeiro momento. Logo levou a pequena ao medico e tudo não havia passado de um grande susto. Com isso, declarou ser uma época bem difícil, por Álvaro seu esposo trabalhava muito. E o mesmo confirma, acrescentando que seus filhos sempre caíam, mas nada muito serio.
Prosseguimos perguntando quais eram os tipos de distração da família, se passeavam em lugares como: praia, teatro, cinemas, parques ou zoológicos? Letícia diz que seus pais sempre que podiam, faziam passeios desse tipo, mas não tinha ela, recordação dessa época. Os pais, disseram que sempre que possível procuravam levar seus filhos para um passeio, acrescentando que em sua época de criança não tiveram esse tipo de comportamento de seus pais. Em função disso, procuravam proporcionar momentos de lazer para seus filhos Perguntamos a Letícia se foi um bebê travesso, tranquilo ou curioso. A mesma nos diz que seus pais sempre comentavam que ela foi uma belezinha curiosa sim, porém tranquila e maravilhosa. 
 ANOS PRÉ-ESCOLARES
Perguntamos a Letícia e seus pais, se recordam da primeira escola, da primeira professora ou de algum colega na época da pré-escola. A jovem rapidamente responde que se recorda da professora porque a acompanhou por vários anos, mas não tem recordações da escola. Por outro lado diz que nunca teve muitos amigos, porém preserva uma amizade que vem dês bebê. Sua mãe diz que se recorda da primeira escola da filha, dos coleguinhas e acrescenta que a menina teve uma professora maravilhosa de quem gostava muito, pois a professora era atenciosa, dedicada e que todas as crianças tinham um carinho enorme pela mesma. O pai nos diz que sobre o desenvolvimento dos filhos na escola e que se encarregava desse procedimento.
Prosseguimos com nossa entrevista procurando saber qual foi a maior dificuldade de Letícia na aprendizagem e como superou essa dificuldade. A mesma nos responde que nunca teve dificuldades. Sua mãe confirma dizendo: Letícia nunca teve dificuldades, ela sempre foi bem esperta, e teve uma professora muito atenciosa que a deixava ciente do que acontecia em sala. O pai diz que sua filha em momento algum demonstrou dificuldade na pré-escola.
Perguntamos se Letícia se recortava de algumas atividades ou brincadeiras que gostava. Ela disse que não, apenas gostava da escola. Por outro lado, seus pais falaram que Letícia fez balé e sempre praticava educação física na escola.
Em seguida perguntamos se os pais tinham hábito de ler para ela nessa fase. Letícia diz não se recordar, mas que sua mãe lhe dizia que sempre lia. A mãe diz que não sabe se a jovem lembra, mas que fazia uso da prática da leitura tanto para Letícia como para seu irmão. O pai fala que passa muito tempo se dedicando ao trabalho, mas nas horas vagas direcionava essa dedicação aos seus filhos aproveitando o tempo livre para ler para os pequenos.
 
ANOS ESCOLARES
Foram questionadas sobre as dificuldades de ingressar no ensino fundamental. Letícia diz que não teve dificuldades, mas que era bem diferente da pré-escola, pois segundo ela, tudo era novo, e se considerava uma pessoa de sorte porque a professora da pré-escola fez seu acompanhamento até o quinto ano do ensino fundamental. Sua mãe diz que a menina não teve problemas algum quanto a isso. Seu pai acha que ela teve bastante suporte nessa fase, pois além do acompanhamento que sua esposa dava para seus filhos, eles contavam com ajuda da tecnologia que na época já tinham acesso.
Perguntamos se lembravam de quem foi sua professora favorita. A jovem responde que a professora Dorley, era muito querida e atenciosa, á comparando com uma mãe para todos, dizendo que sua mãe fez boas amizades com a professora que facilitou ainda mais seu desenvolvimento. Sua mãe afirma toda a versão da filha, acrescentando que a professora Dorley procurava deixar os pais cientes de todo andamento de seus filhos na escola, colocando ênfase que a professora realmente gostava do que fazia e Letícia teve aulas com ela da primeira a quarta serie. O pai reafirma que não acompanhou muito, mas afirma que sua filha gostava muito da professora nessa época. 
Aproveitamos para saber se Letícia se considerava uma boa aluna. Ela diz que sim, porque a direção da escola ou até mesmo a professora nunca precisou chamar seus pais para resolver nenhum problema referente à indisciplina na escola. Sua mãe falacom orgulho que a menina era ótima aluna e que a única reclamação, era que ela conversava na classe, e riu, afirmando não ter problemas quanto isso. O pai afirma a mesma coisa.
Ao ser questionado sobre qual matéria escolar que Letícia mais se identificou, ela nos fala que na época era matemática. Porque era ali que segundo ela, começou aprender inúmeras coisas novas, difíceis e ao mesmo tempo interessantes. A mãe diz que a filha nunca teve uma matéria preferida e que apenas pedia ajuda em matemática, quando levava lição para casa. O pai acha que sua filha gostava mais de português porque está relacionado com o dia-a-dia e acha que sua filha fala e escreve muito bem.
Perguntei a Letícia e seus pais ser nesta fase ela teve uma boa relação com seus colegas e se sofreu bullying. Rapidamente ela e sua mãe respondem que tinham um bom convívio com os colegas e que não descriminou ninguém e também nunca sofreu descriminação. O pai diz que nunca ficou sabendo se seus filhos sofreram, ou fizeram alguém passar por esse tipo de coisa, falaram que sempre procuro ensinar aos filhos a tratarem as pessoas bem.
Continuamos perguntando se Letícia, praticava esportes. Ela nos diz que fez balé um tempo, mas que depois só ficou fazendo educação física na escola. Versão confirmada pelos pais. 
ADOLESCÊNCIA
Chegamos à fase em que Letícia se encontra atualmente, ou seja, adolescência. Perguntamos a ela como sua relação familiar dentro de casa. Logo nos responde com firmeza, que sua relação com pais sempre foi boa, mas que algumas vezes brigava com seu irmão. Sua mãe afirma ser tranquilo. Álvaro diz que absorveu muitas coisas de seus pais e uma delas e manter a família unida e em paz, que faz questão de passar isso aos seus filhos.
Demos andamento, perguntando a Letícia e seus pais como foi aceito as transformações no seu corpo. Imediatamente a jovem nos diz que foi normal, que depois que seu corpo começou a desenvolver e teve sua primeira menstruação, ela amadureceu bastante. Percebeu que havia mudado sua maneira de pensar a respeito de muitas coisas. Mas enfatiza ter aceitado numa boa. Sua mãe confessa ter sentido ciúmes, pois o corpo da jovem se desenvolvido muito rápido. Com apenas nove anos, Letícia teve sua primeira menstruação e depois disso madureceu muito. O pai fala que quando percebeu o desenvolvimento físico da filha, procurou orientar para que soubesse se defender e se comportar como uma mocinha. E confessa ter muito ciúmes da filha também.
Desta forma aguçou ainda mais nossa curiosidade em saber como Letícia administra a pressão dos pais em relação à escola agora que está no ensino médio. Ela falou que no mínimo uma pessoa tem que ter o ensino médio, tanto meu pai, como a mãe exige isso. Ela fala que consegue administrar da melhor maneira possível, que estuda nas horas vagas e procura conciliar com o curso de inglês. Sua mãe acha que a jovem, vem se organizar bem, que não vê Letícia com dificuldades, mas que não é de falar sobre isso. E cobra a filha para que um dia venha a terminar seus estudos e através de seus esforços consiga conquistar seus objetivos. Seu pai diz que sua filha tem oportunidade de estudar sem precisar trabalhar, logo no mínimo deve estudar para ter maiores chances de um dia ser bem sucedida. 
Ainda buscando respostas as nossas perguntas, questionamos Letícia em relação às diferentes fases escolar. Procuramos saber se existem muitas diferencias em relação aos professores da pré-escola e do ensino médio, ou seja, se havia mudado a relação professor/aluno. Imediatamente responde. “Muda tudo! O professor não tem mais paciência nem carinho com os alunos”. Sua mãe diz que os professores não tem mais atenção, paciência e carinho pela profissão como tinham antes. Eles cobram dois alunos mais pouco importa se os alunos fazem a lição ou entregam o trabalho. Adriana acha que os professores não tem mais a mesma responsabilidade. Álvaro nos fala que antigamente os professores eram muito mais ignorantes e rígidos, porem o primeiro ano de antes é equivalente à quarta serie de agora. E acrescenta dizendo que nos dias de “hoje é muito bagunçado”.
Nesse mesmo tempo, indaguei aos nossos entrevistados, o que foi mais forte em relação às mudanças e quais foram as maiores exigências dos pais se tratando dos estudos de Letícia? A jovem nos diz que seus pais cobram responsabilidade nos afazeres da casa, mas que, por outro lado, à ajudam com administração dos horários entre os estudo, curso e diversão. Sua mãe nos fala que cobra ajuda nos afazeres domésticos, e que, quando Letícia sai, controla os horários do seu retorno. Exige que termine o ensino médio, pois não tiveram a mesma chance que esta dando a filha. O pai afirma que quando criança a responsabilidade é toda dos pais, e conforme ela vai crescendo procura dividir isso e saber com quem ela anda, para onde vai, quem namora e qual a índole da pessoa com quem ela namora. Fica em cima, se tratando os estudos e sempre conversando para que não venha fazer coisa errada.
Então, procuramos saber o que Letícia faz para se divertir. A moça nos conta que gosta de ir ao cinema faz alguns passeios e adora ficar com sua família, amigos e seu namorado. A mãe diz que Letícia adora reunião de família, seu pai confirma e acrescenta, ela gosta de ir ao cinema. 
Quando perguntamos se namora e se é difícil à vida amorosa nessa fase, Letícia nos conta que tem uma vida amorosa tranquila. E seus pais afirma que a vida de Letícia é estável e feliz.
Quando questionada quanto ao tipo de músicas e filmes que gosta. Letícia se alto denomina eclética em relação à música e adora filmes de terror e comédia. Sua mãe diz que a filha gosta de quase tudo, se referindo à música, quanto a filmes não deu nenhuma referência. O pai diz que sua filha aprecia músicas como pagode, funk, sertanejo, entre outras que não vem em sua memória. Em referencia a filmes, sua preferência é filmes de terror e comédia, mesmo assim assiste um pouco de tudo.
Perguntamos a Letícia e seus pais se a jovem gosta de manter-se informada sobre acontecimentos no Brasil e no mundo, e que meios utiliza, se gosta de ler livros, jornais revistas ou internet. Sua resposta foi bem objetiva, não gosta de ler, se mantém atualizada por meio de transmissão televisiva e pele internet. Sua mãe diz que ela faz leituras ocasionais, pois Letícia não tem muita paciência para leitura. O pai riu ao dizer que a filha não gosta de ler, mas adora televisão e internet. 
Voltando um pouco ao convívio familiar, pergunto para a jovem e seus pais, se tem contato com seus avos, (paterno, materno ou parente) tios, primos. Letícia e seus pais respondem que sim, que são bem apegados uns com os outros, e com a jovem não é diferente, ela é bem apegada avó e parentes por parte da mãe até por que seus avos paternos já são falecidos e tem pouco contato com os irmãos de seu pai que moram distante.
Depois perguntamos a Letícia se sua mãe tinha prática de tirar duvida com sua avó a respeito de sexo, amizade ou namoro antes de namorar ou casar. Letícia, fala que sua avó era uma pessoa antiga que nunca conversava com sua mãe a respeito de nada, comparando com sua mãe que procura esclarecer as suas duvidas. 
A mãe acrescenta que acha importante passar algumas informações para a filha. E seu pai diz que em sua época, os pais dele não falavam de drogas ou namoro, muito menos sobre sexo. Mas que procura conversar com seus filhos abertamente. 
Em seguida, perguntamos a Letícia se seguiria os exemplos de seus pais para constituir sua própria família. Ela nos diz maravilhada que não teria duvidas para seguir, pois seus pais seguiram uma tradição que estar ficando incomum na nossa sociedade. Diz que namoraram, noivaram e casaram e tudo direitinho. Na sua concepção é um exemplo a ser seguido. Seus pais respondem que acham que Letícia se espelharia sim, em seus exemplos quando for pensar em formar família. Ainda enfatiza Álvaro dizendo: somos humildes, mas sempre ensinamos que nossos filhos devem ser trabalhadores e honestos, que não desejem ascoisas dos outros, que procurem ajudar o próximo e passem para seus filhos tudo de bom que procuramos passar para eles.
 Letícia e seus pais o que a jovem pretende fazer para chegar aos seus objetivos? Rapidamente Letícia responde “estudar e trabalhar”. Sua mãe diz que sua filha vai trabalhar e casar-se. O pai fala que a filha vai trabalhar bastante, pois está sendo preparada para isso. 
Procurando saber da jovem e dos seus pais, se em algum momento pensou na velhice ou em como gostaria de chegar a ela. Disse-nos que nunca havia pensado nisso. Sua mãe diz que espera que Letícia esteja casada, com saúde e que lhe de netos. Seu pai espera vê-la financeiramente estruturada e feliz.
Para finalizar fizemos uma última pergunta para Letícia e seus pais: Apesar de todos os problemas econômicos no país e no meio ambiente acreditam numa velhice feliz .Letícia responde que não acredita que ira ter uma velhice tranquila, no entanto, se as coisas melhorarem em relação a esse aspecto poderia sim ter uma velhice feliz e tranquila. Sua mãe fala que otimismo é tudo, e que todos devem acreditar na melhora na economia do país e do meio ambiente. Sei pai deseja que Letícia pense positivo, que tudo pode mudar e a coisa melhora para que não só ela, mas todos possam envelhecer com tranquilidade. 
CONCIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho mostrou que o desenvolvimento do sujeito estudado se deu de uma maneira tranquila, onde podemos perceber que Letícia G. Silva obteve total participação de sua família em todo seu percurso de seu desenvolvimento. Podemos obsevar que seus pais, antes de começar o relacionamento se conheciam por trabalharem numa mesma empresa. Apesar das dificuldades iniciais encontradas pelos seus pais no inicio da constituição familiar, por não terem situação econômica estável, não foram impediu de aceitarem as gestações que não planejadas. Observamos também que seus pais amam imensamente seus filhos procurando proporcionar o melhor, no que diz respeito à educação, união entre parentes e participação no trajeto percorrida pela filha. 
Podemos constatar que na primeira infância Letícia foi um bebê tranquilo e começou a andar por volta dos nove meses, na mesma época em que pronunciou sua primeira palavra. Nesta fase seus pais não viram a necessidade de colocar a menina em creche, pois tinham total acompanhamento de Adriana que na época não trabalhava na época.
Chegando à idade pré-escolar, seus pais viram a necessidade de um acompanhamento profissional na formação intelectual e formal de sua filha, todas as providências foram tomadas para que a mesma pudesse se adaptar a sua nova fase, abrindo caminho para novos conhecimentos, ou seja, conhecer o que é escola, professora, brincadeiras diferenciadas e principalmente ter convívio com pessoas de diferentes faixas etárias. 
Desta forma, ao chegar aos anos escolares, Letícia não teve dificuldades para lidar com as diversidades, buscando compreender ainda mais a importância de sua formação no ensino fundamental, onde se encontra um pouco mais amadurecida para lidar com os desafios dos novos conhecimentos. Nessa etapa, foi acompanhada pelos pais, mesmo que às vezes a distância como enfatizou seu pai pelo motivo de trabalho. A jovem diz ter sorte por estar com a mesma professora desde o inicio da pré-escola, deixando margem para que possamos concluir que seu relacionamento com colegas era bom o suficiente a ponto nunca ter sofrido nenhum preconceito ou ter contribuído com 
sentimento negativo a qualquer outra pessoa.
Hoje, Letícia encontra-se com 17 anos, gosta de estar com seus familiares e parentes em eventuais festas e no seu dia-a-dia, adora ir ao cinema com seu namorado e fazer passeios com os amigos. A jovem, não gosta muito de ler livros, mas sempre que pode, procura manter-se informada dos acontecimentos no país e no mundo via internet ou televisão. Seu passa tempo é ouvir música diversificada e assistir filmes de terror ou comédia. Na sua concepção de mundo, buscou avaliar que sua velhice não seria agradável.
 De acordo com o perfil traçado do nosso sujeito, faremos uma reflexão tomando como base as teorias dos nossos pesquisadores.
 Segundo a perspectiva de Wallon, o estagio da puberdade e adolescência, aparece como ultimo e movimentada etapa que começa aos 11 anos e que separa a criança do adulto que ele tende a ser. Ocorrendo modificações fisiológicas impostas pelo amadurecimento sexual, provocando profundas transformações corporais acompanhadas por desenvolvimento psíquico, marcado pela vida de um fenômeno muito importante. O jovem adquire a posse da função reprodutora e a capacidade de exercitar a função sexual que vai efetivando-se ao longo do estágio da adolescência. Segundo o autor, os jovens expressam seus sentimentos com o corpo e falta de habilidade para dominar todo o potencial do que o novo corpo e capaz. De modo que volta a predominar as funções afetivas, fazendo com que a vida afetiva torna-se bastante intensa. 
As características mais marcantes da adolescência é a ambivalência de atitudes e sentimentos, resultante da riqueza da vida efetiva e imaginativa que traduz o desequilíbrio interior, alternando-se no desejo de imposição e conformismo, posse e sacrifício, renuncia e aventura. O jovem tende a experimentar necessidades novas e ainda confusos e vagos que impele a sair de si. O desejo de posse de ter para si e de absorver em sim o outro, convive com o desejo de sacrificar totalmente pelo o outro, e ambos representam o prelúdio de atração de sexo oposto. 
Conforme a teria Walloniana, reconhecer que o jovem também pode procurar satisfazer suas necessidades de conquistas e aventuras não apenas em sonhos e fantasias, mas em ações reais em que efeitos podem ser positivos ou negativos, dependendo da ordem social e moral em que o jovem passa nessa fase de desenvolvimento. Tratando-se de uma escolha de valores e morais que o jovem precisa fazer influencia no estabelecimento de suas relações com a sociedade que pode ser adequados ou não, conforme as orientações recebidas dos adultos.
Para o autor, a fase da adolescência existe a tomada de consciência das muitas possibilidades que o futuro oferece. Tudo pode ser conhecido, tentado, mudado, imaginado, ao mesmo tempo, torna-se consciente das limitações pessoais e externas do presente imposto pelo meio em que vive.
Para Piaget (1979:53), a adolescência é uma fase da vida de um sujeito, etapa chamada de período operatório-formal. É o período das operações finais que correspondem ao período da adolescência, até chegar à vida adulta ocorre à passagem do pensamento formal, abstrato, isso é o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referencias concreta como no período anterior. É capaz de tirar conclusões de puras hipóteses.
O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente submeter ao mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isso se vai atenuando de forma crescente através da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é se contradisser, porém se adiantar e interpretar a experiências.
Nas relações sócias o adolescente passa por um processo que se caracterizar por uma fase de interiorização, que pode no princípio ser identificado como antissocial, ele se afasta da família, não aceita conselhos de adulto, contudo, na realidade, o ponto chave de sua conclusão é a sociedade. Depois ele atinge o equilíbrio de pensamento e realidade quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real.
No período da afetividade o adolesceste vive conflito quer ser liberta - se do adulto, mas, ainda depende dele, deseja ser aceito pelos amigos e adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando as palavras às vestimentas e outros aspectos de seus comportamentos. Aqui ele começa a estabelecer sua moral individual, que é referencial a moral do grupo. Entretanto o desejo do adolescente é são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidadechega quando está próxima da vida adulta.
Para Vygotsky (1989), adolescência decorre entre os 14 e os 18 anos. De acordo com o autor, essa idade não é considerada um momento critica, uma vez que se trata de uma idade de grande vigor vital e pessoal, 
 	Vygotsky esclarece a ideia de que a imaginação e a criatividade exigem como premissa a liberdade interna do pensamento da ação do conhecimento que tem alcançado tão somente que domina a formação do conceito, qualquer alteração nessa função altera a imaginação e criatividade.
O essencialmente novo na transição consiste que a imaginação do adolescente estabelece estreita relação com o pensamento em conceitos, contextualiza-se integra no sistema da atividade intelectual e começa a desempenhar uma função totalmente nova, na nova estrutura da personalidade do adolescente.
A nova estrutura surge nas necessidades do adolescente suas crises, inclusive sua força motivacional e afetiva. Esse processo do desenvolvimento, sobre o ponto de vista das mudanças que ocorrem no comportamento do adolescente é ponto de partida para a formação da personalidade. A crise da adolescência é mais prolongada. E complicada ela está marcada na sua primeira fase dos 12 aos 14 anos pelo aparecimento da capacidade de se orientar em direção a metas objetivas, que se estende além do momento presente, e durante a segunda fase 15 aos 18 anos, pela consciência do adolescente diante o seu lugar no futuro de pensar em uma perspectiva de vida.
Essa perspectiva envolve também, o conceito de um eu ideal e o que gostaria de se alcançar na vida, dinâmica estrutura e personalidade do adolescente. Os fatores biológicos e sociais não determinam diretamente o desenvolvimento, ao contrário eles estão incluídos no processo do desenvolvimento e se tornam componentes internos da estrutura psicológica que cresce em virtude do próprio processo desenvolvimento do adolescente.
Dentre estas práticas teorias que se desenvolveram exercícios propostos, procurando entender o objetivo e o processo de realização de cada fase de desenvolvimento da criança do adolescente, temos a seguinte reflexão, nosso sujeito teve sua infância tranquila com acompanhamento em todas as etapas, tornando-se uma adolescente participativa e que agrega grandes valores a convivência dentro e fora do núcleo familiar tomando como exemplo os ensinamento de seus pais e atenção que recebeu de colegas e professora ao longo de sua formação intelectual.
REFERÉNCIAS 
FONSECA, V, Da. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. Disponível no Link: http://www.waece.org/AMEIcongresocompetencias/ponencias/victor_da_fonseca.pdf Acesso: 13/05/2016. 
MARTINS, L, A. O Livro Da Psicologia. 6ª Edição. São Paulo, Editora Globo, 2012. 
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