Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desempenho dinâmico. Critério de Routh-Hurwitz. Sistemas de 1ª e 2ª ordem. Especificações da resposta transitória. Polos dominantes e zeros/resíduos. Prof. Harold Mello harold.uerj@gmail.com UERJ Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Análise de Sistemas Físicos Análise de Sistemas Físicos 2 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico • Análise e projeto de sistemas de controle envolvem definição e medida de desempenho. • Com base no desempenho especificado os parâmetros podem ser ajustados para fornecer a resposta desejada. • Sistemas de controle são inerentemente dinâmicos: desempenho especificado em função da resposta temporal. Análise de Sistemas Físicos 3 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Resposta temporal: Resposta transitória ou natural: desaparece com o tempo e independe do sinal de entrada. Resposta estacionária ou permanente: persiste quando a transitória desaparece e é caracterizada pelo sinal de entrada Resposta do sistema Também chamada de resposta forçada ou solução particular Também chamada de solução homogênea Análise de Sistemas Físicos 4 Prof. Harold Mello Resposta temporal: • Se o sinal de saída final (permanente) não corresponder exatamente ao sinal de entrada, diz-se que o sistema apresenta um erro estacionário. • O erro estacionário deve sempre ser avaliado na análise de sistemas de controle. • A discussão da resposta transitória e do erro em regime permanente é irrelevante se o sistema não tiver estabilidade. Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 5 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Noções de estabilidade: • A estabilidade é a especificação de sistema mais importante. • Propriedade ligada à componente transitória da resposta: Se desaparece com o decorrer do tempo → sistema estável Se não desaparece com o decorrer do tempo: • Crescendo e tendendo ao infinito → sistema instável • Tornando-se constante ou oscilando quando o tempo tende ao infinito → sistema marginalmente estável ou instável Análise de Sistemas Físicos 6 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Noções de estabilidade: • Critério BIBO (bounded-input-bounded-output): Se toda entrada limitada leva a uma saída limitada → sistema estável Se alguma entrada limitada leva a uma saída ilimitada → sistema instável Se o sistema for estável para algumas entradas limitadas e instável para outras → marginalmente estável Análise de Sistemas Físicos 7 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Noções de estabilidade • Seria difícil demonstrar a estabilidade de um sistema a partir do critério BIBO. • Muitos sinais limitados teriam que ser aplicados e as saídas correspondentes observadas. • Existe um resultado que permite determinar a estabilidade de um modo bem mais simples: Um sistema é BIBO-estável se, e somente se, todos os polos da função de transferência de malha fechada estiverem no semiplano s esquerdo. Análise de Sistemas Físicos 8 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Noções de estabilidade • Estabilidade absoluta: interesse em determinar se o sistema é ou não é estável, isto é, se todas as raízes da equação característica do sistema têm ou não têm partes reais negativas; • Estabilidade relativa: se um sistema é estável, interessa determinar o quanto estável é este sistema, estabelecendo margens dentro das quais o sistema permanece estável. Análise de Sistemas Físicos 9 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 1 Determine a estabilidade do seguinte sistema: Extraído de: NISE, N.N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ª edição. São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 10 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 1 Sistema estável, pois todos os polos da FTMF estão no SPE: Extraído de: NISE, N.N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ª edição. São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 11 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 2 Determine a estabilidade de um sistema de piloto automático de um avião que possui a seguinte função de transferência de malha fechada: 𝜃(𝑠) 𝜃𝑟(𝑠) = 150𝑠3 + 900𝑠2 + 165𝑠 + 900 𝑠5 + 15𝑠4 + 240,5𝑠3 + 1303,6𝑠2 + 1667,4𝑠 + 924 Análise de Sistemas Físicos 12 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 2 Solução a partir de comandos do MATLAB: >> den = [1 15 240.5 1303.6 1667.4 924]; >> roots(den) >> den = −0.76031528969315 + 0.6220263618622i −0.76031528969315 − 0.6220263618622i −5.46396983603400 −4.00769979228985 + 12.61666768027732i −4.00769979228985 − 12.61666768027732i Análise de Sistemas Físicos 13 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz: • Routh-Hurwitz encontraram condição necessária e suficiente para determinar a estabilidade de um SLIT. • Sem fatorar a equação característica, este critério permite calcular o número de polos do sistema em malha fechada no semiplano esquerdo, no semiplano direito e sobre o eixo jω. • Desenvolvido por volta de 1870, este critério é utilizado em projetos de controladores. Análise de Sistemas Físicos 14 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz: • Considere a forma padronizada das funções de transferência em malha fechada: 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 𝑏0𝑠 𝑚 + 𝑏1𝑠 𝑚−1 +⋯+ 𝑏𝑚−1𝑠 + 𝑏𝑚 𝑎0𝑠 𝑛 + 𝑎1𝑠 𝑛−1 +⋯+ 𝑎𝑛−1𝑠 + 𝑎𝑛 , com 𝑎 e 𝑏 ctes. e m ≤ 𝑛. Passo 1: • Escreva a equação característica: 𝑎0𝑠 𝑛 + 𝑎1𝑠 𝑛−1 +⋯+ 𝑎𝑛−1𝑠 + 𝑎𝑛 = 0 Passo 2: • Verifique se qualquer destas constantes (𝑎𝑖) é igual a zero ou negativa na presença de pelo menos uma constante positiva. Se isto ocorrer, conclui-se que o sistema é instável e não é necessário executar os próximos passos. Do contrário, nada se pode concluir, seguindo para o 3º passo. Análise de Sistemas Físicos 15 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz: Passo 3: • Se todos os coeficientes estiverem presentes e forem positivos (condição necessária mas não suficiente para a estabilidade), organize a tabela ou array de Routh, de acordo com o padrão: onde: Análise de Sistemas Físicos 16 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz: Passo 4: • Verifique o número de mudanças de sinal nos elementos da primeira coluna da tabela, isto é, em (𝑎0, 𝑎1, 𝑏1, 𝑐1, … , 𝑔1) e aplique o critério de estabilidade de Routh-Hurwitz: O número de polos de G(s) com parte real maior que zero (positivo) é igual ao número de mudanças de sinal dos coeficientes da primeira coluna da tabela de Routh construída no passo 3. Análise de Sistemas Físicos 17 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 3 Determine a estabilidade de um sistema com a seguinte equação característica: 𝑠6 + 4𝑠5 + 3𝑠4 + 2𝑠3 + 𝑠2 + 4𝑠 + 4 Análise de Sistemas Físicos 18 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 3 𝑠6 + 4𝑠5 + 3𝑠4 + 2𝑠3 + 𝑠2 + 4𝑠 + 4 = 0 Análise de Sistemas Físicos 19 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 4 Construa a tabela de Routh para o sistema: Extraído de: NISE, N.N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ª edição. São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 20 Prof. Harold Mello Exemplo 4 𝑠3 + 10𝑠2 + 31𝑠 + 1030 = 0 • Os coeficientes de qualquer linha podem ser multiplicados ou divididos por um número positivo. Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 21 Prof. Harold Mello Caso especial I • Se um elemento da primeira coluna se anula, mas na linha correspondente existe ao menos um elemento não nulo: 1) Substitua o elemento nulo pelo número 𝜖. 2) Prossiga calculando os demais elementos da tabela em função de 𝜖. 3) Após concluir a tabela, os sinais dos elementos da primeira coluna são determinados fazendo-se 𝜖 → 0. 4) Se houver trocas de sinal na primeira coluna qualquer que seja o sinal assumido para 𝜖, o número de trocas de sinal é igual ao número de polos com partes reaispositivas. 5) Se houver trocas de sinal na primeira coluna somente se 𝜖 > 0 ou 𝜖 < 0, não existem polos com partes reais positivas; o polinômio possui raízes imaginárias puras. Desempenho dinâmico Extraído de: FERREIRA, P.V. Notas de aulas de EA721 – Princípios de Controle & Servomecanismos. Unicamp, 2016. Análise de Sistemas Físicos 22 Prof. Harold Mello Exemplo 5 (caso especial I) • Se 𝜖 → 0+ ou 𝜖 → 0− ocorrem duas trocas de sinal na primeira coluna. Então, este sistema possui dois polos no semiplano direito. + Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 24 Prof. Harold Mello Caso especial II • Se todos os elementos de uma linha da tabela forem nulos: 1) Os coeficientes da linha imediatamente acima definem (em ordem decrescente de potências) um polinômio auxiliar A(s), cujas raízes são também raízes da equação característica. 2) O polinômio auxiliar é um polinômio par, isto é, A(s) possui apenas potências pares de s. 3) A construção da tabela de Routh prossegue com a substituição da linha nula pela derivada de A(s) em relação a s. Desempenho dinâmico Extraído de: FERREIRA, P.V. Notas de aulas de EA721 – Princípios de Controle & Servomecanismos. Unicamp, 2016. Análise de Sistemas Físicos 25 Prof. Harold Mello Exemplo 6 (caso especial II) • A linha 𝑠1 torna-se nula. O polinômio auxiliar e sua derivada em relação a s são: A(s) = 𝑠2 + 2 e A′ 𝑠 = 2𝑠 + 0. A linha 𝑠1 é substituída por A′ 𝑠 e a construção da tabela prossegue: Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 26 Prof. Harold Mello Exemplo 6 (caso especial II) • As informações extraídas desta tabela são ligeiramente diferentes do caso especial I: 1) Se houver trocas de sinal na primeira coluna da tabela, o número de trocas é igual ao número de polos no semiplano direito; 2) Se não houver trocas de sinal, não existem polos com partes reais positivas; o polinômio possui raízes imaginárias puras. • No exemplo anterior, as raízes imaginárias puras são as raízes de A 𝑠 = 𝑠2 + 2 = 0, ou seja, 𝑠1 = 𝑗 2 e 𝑠2 = −𝑗 2. Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 27 Prof. Harold Mello Exemplo 7 (projeto de controlador) Considere o sistema mostrado no diagrama de blocos seguinte. Determine a faixa de valores de K para que haja estabilidade. A função de transferência de malha fechada é: 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 𝐾 𝑠 𝑠2 + 𝑠 + 1 𝑠 + 2 + 𝐾 Desempenho dinâmico OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 5ª edição. São Paulo: Editora Pearson Education do Brasil, 2011. Análise de Sistemas Físicos 28 Prof. Harold Mello Exemplo 7 (projeto de controlador) A equação caraterística é: A tabela de Routh correspondente: Para que haja estabilidade, K e todos os coeficientes na primeira coluna devem ser positivos. Assim, Neste caso, todos os termos na primeira coluna serão positivos e, como não há mudanças de sinal, o sistema terá quatro polos no semiplano da esquerda e será estável. Desempenho dinâmico 𝑠4 + 3𝑠3 + 3𝑠2 + 2𝑠 + 𝐾 = 0 0 < 𝐾 < 14 9 Análise de Sistemas Físicos 29 Prof. Harold Mello Exemplo 7 (projeto de controlador) • Se 𝐾 > 14 9 , o termo 𝑠1 na primeira coluna será negativo. Há duas mudanças de sinal, indicando que o sistema tem dois no semiplano da direita e dois polo no semiplano da esquerda, o que faz com que o sistema seja instável. • Quando 𝐾 = 14 9 , a linha de 𝑠1 será toda de zeros, indicando polos em 𝑗𝜔 (caso especial II). Retornado à linha 𝑠2 e substituindo K por 14 9 , obtém-se o polinômio auxiliar 𝐴 𝑠 = 7 3 𝑠2 + 14 9 . Derivando em relação a s: 𝑑𝐴 𝑑𝑠 = 14 3 𝑠 + 0 Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 30 Prof. Harold Mello Exemplo 7 (projeto de controlador) • Substituindo a linha de zeros com os coeficiente da equação anterior, obtém-se a tabela de Routh para o caso em que 𝐾 = 14 9 : • Como não há mudanças de sinal, o polinômio tem um par de polos complexos em 𝑠1 = 𝑗 2/3 e 𝑠2 = −𝑗 2/3. As outras duas raízes estão no semiplano esquerdo. Portanto, o sistema é marginalmente estável quando 𝐾 = 14 9 . Desempenho dinâmico Análise de Sistemas Físicos 31 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico Exemplo 7 (projeto de controlador) • O critério de Routh-Hurwitz oferece uma prova nítida de que mudanças no ganho de um sistema de controle realimentado resultam em diferenças na resposta transitória em decorrência de mudanças nas posições dos polos em malha fechada. • Variações de ganho podem mover os polos de regiões estáveis do plano s para o eixo jω e, em seguida, para o semiplano da direita. Análise de Sistemas Físicos 32 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico • Sinais de entrada de teste: • Sendo o sistema estável, a resposta temporal para uma sinal de entrada específico irá fornecer várias medidas de desempenho. • Sinais de entrada geralmente são desconhecidos • Análise e projeto de sistemas de controle Deve-se ter uma base de comparação de desempenho de vários sistemas de controle Deve-se detalhar os sinais de teste da entrada frente aos diversos tipos de sistemas de controle Análise de Sistemas Físicos 33 Prof. Harold Mello Desempenho dinâmico • Sinais de entrada de teste: • Típicos: funções degrau, rampa, parábola de aceleração, impulso, senoidal • São funções que podem ser derivadas umas das outras por integração ou diferenciação • O sinal degrau é o mais fácil de ser gerado e avaliado e por isso é comumente escolhido para teste de desempenho. Análise de Sistemas Físicos 34 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Utilizados para descrever uma série de processos simples, tais como: velocidade de uma massa, temperatura de um reator, nível de um tanque, tensão em um circuito RC em série. • Sistema de primeira ordem assume a forma padrão: 𝐺 𝑠 = 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 𝑘 𝑠+𝑎 ou 𝐺 𝑠 = 𝑘𝑔 𝜏𝑠+1 onde: 𝑘𝑔 = 𝑘 𝑎 é a constante de ganho estático do sistema 𝜏 = 1 𝑎 é a constante de tempo Análise de Sistemas Físicos 35 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Polo: 𝑝 = −𝑎 • Resposta ao impulso unitário: 𝑐 𝑡 = ℒ−1 𝑘 𝑠 + 𝑎 = 𝑘𝑒−𝑎𝑡, 𝑡 ≥ 0 • Se 𝑎 > 0, polo no semiplano esquerdo → sistema estável • Se 𝑎 < 0, polo no semiplano direito → sistema instável Análise de Sistemas Físicos 36 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Velocidade da resposta, 𝑘 = 1: c( t) c( t) Análise de Sistemas Físicos 37 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Resposta ao degrau unitário (𝑹 𝒔 = 𝟏/𝒔): 𝐶 𝑠 = 𝑘 𝑠 + 𝑎 𝑅 𝑠 = 𝑘 𝑠 𝑠 + 𝑎 𝐶 𝑠 = 𝑘/𝑎 𝑠 − 𝑘/𝑎 𝑠 + 𝑎 𝑐 𝑡 = 𝑘 𝑎 (1 − 𝑒−𝑎𝑡) ou 𝑐 𝑡 = 𝑘𝑔 (1 − 𝑒 − 𝑡 𝜏) 𝑐 𝑡 = 𝑘𝑔 − 𝑘𝑔𝑒 − 𝑡 𝜏, 𝑡 ≥ 0 • O polo da entrada situado na origem gerou a resposta forçada 𝑘𝑔 e o polo do sistema em −𝑎 gerou a resposta natural −𝑒−𝑎𝑡 Análise de Sistemas Físicos 38 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Fazendo 𝑘𝑔 = 1: c(t) Análise de Sistemas Físicos 39 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Velocidade da resposta: Análise de Sistemas Físicos 40 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Especificações de desempenho da resposta transitória: Constante de tempo 𝜏 = 1 𝑎 Tempo de subida 𝑇𝑟 = 2,2 𝑎 Tempo de acomodação 𝑇𝑠 = 4 𝑎 Análise de Sistemas Físicos 41 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Resposta à rampa unitária (𝑹 𝒔 = 𝟏/𝒔𝟐): 𝐶 𝑠 = 1 𝜏𝑠 + 1 1 𝑠2 𝐶 𝑠 = 1 𝑠2 − 𝜏 𝑠 + 𝜏2 𝜏𝑠 + 1 𝑐 𝑡 = 𝑡 − 𝜏 + 𝜏𝑒− 𝑡 𝜏, 𝑡 ≥ 0 • O sinal de erro 𝑒 𝑡 : 𝑒 𝑡 = 𝑟 𝑡 − 𝑐 𝑡 = 𝜏(1 − 𝑒− 𝑡 𝜏) lim 𝑡→∞ 𝑒 𝑡 = 𝜏 Análise de Sistemas Físicos 42 Prof. Harold Mello • Quanto menor a constante de tempo, menor o erro estacionário ao seguir a entrada rampa. Sistemas de 1ª ordem c(t) r(t) c(t) r(t)=t Análise de Sistemas Físicos 43 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Seja o sistema de 1ª ordem e seu respectivo diagrama de polos e zeros: • Para mostrar as propriedades dos polos e zeros é preciso determinar a resposta do sistema aodegrau unitário Análise de Sistemas Físicos 44 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Um polo sobre o eixo real gera uma resposta exponencial da forma 𝑒−𝛼𝑡, onde −𝛼 é a localização do polo sobre o eixo real. Análise de Sistemas Físicos 45 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Assim quanto mais à esquerda no eixo real negativo, estiver um polo, mais rápido o decaimento da resposta transiente exponencial para zero. Análise de Sistemas Físicos 46 Prof. Harold Mello • Propriedade de Sistemas Lineares Invariantes no Tempo. c 𝑡 = 𝑡 − 𝜏 + 𝜏𝑒− 𝑡 𝜏, 𝑡 ≥ 0 𝑐 𝑡 = 1 − 𝑒− 𝑡 𝜏, 𝑡 ≥ 0 𝑐 𝑡 = 1 𝜏 𝑒− 𝑡 𝜏, 𝑡 ≥ 0 Sistemas de 1ª ordem Análise de Sistemas Físicos 47 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Exercício 1: O rotor a seguir pode girar livremente em torno de seu eixo, sujeito apenas ao atrito viscoso nos mancais. O momento de inércia do rotor é de J = 0,03 kgm2 e o coeficiente de atrito viscoso, 2 = 0,0015 Nm/(rad/s). A velocidade de rotação inicial do rotor é Ω0 = 120 rad/s. Determine a resposta de velocidade do sistema. Qual a constante de tempo do sistema? Extraído de: MAYA, P.A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ªed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 48 Prof. Harold Mello Sistemas de 1ª ordem • Exercício 2: Uma esteira rolante transporta um bloco de massa M com velocidade vo, sem que haja escorregamento entre a esteira e o bloco. Em um certo instante, a esteira para bruscamente. Qual a velocidade subsequente do bloco? Qual a constante de tempo envolvida no caso? Qual a distância percorrida pelo bloco até parar? M = 10 Kg, vo= 0,25 m/s, B = 0,5 Ns/m Extraído de: MAYA, P.A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ªed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 49 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • São sistemas que envolvem apenas a primeira e a segunda derivada da saída na sua equação. • Sistema de segunda ordem assume a forma padrão: 𝐺 𝑆 = 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 𝐾𝑅𝜔𝑛 2 𝑠2 + 2𝜉𝜔𝑛𝑠 + 𝜔𝑛 2 onde: 𝜔𝑛: frequência natural não amortecida 𝜉: fator de amortecimento 𝐾𝑅: ganho de regime • Polos: 𝑠1,2 = −𝜉𝜔𝑛 ±𝜔𝑛 𝜉2 − 1 • Atenuação: σ = 𝜉𝜔𝑛 • Frequência natural amortecida: 𝜔𝑑 = 𝜔𝑛 𝜉2 − 1 Análise de Sistemas Físicos 50 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem Extraído de: NISE, N.N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ª edição. São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 51 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem Extraído de: NISE, N.N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ª edição. São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 52 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta transitória de um sistema de 2ª ordem para uma entrada degrau. Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 59 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 1. Sistema subamortecido (0 < 𝜉 < 1): Os polos de malha fechada são complexos conjugados e se situam no semipleno esquerdo de s. A resposta transitória é oscilatória Análise de Sistemas Físicos 60 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 1. Sistema subamortecido (0 ≤ 𝜉 ≤ 1): Para entrada degrau unitário, 𝐶(𝑠) pode ser escrita como: A transformada inversa de Laplace pode ser obtida facilmente se 𝐶(𝑠) for escrita da seguinte forma: Análise de Sistemas Físicos 61 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 1. Sistema subamortecido (0 ≤ 𝜉 ≤ 1): Da tabela de transformadas: Então, a transformada inversa de Laplace é: Análise de Sistemas Físicos 62 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 1. Sistema subamortecido (0 ≤ 𝜉 ≤ 1): c(t ) 𝑐 𝑡 = 𝐾1 + 𝐾2𝑒 −𝜉𝜔𝑛𝑡sen 𝜔𝑑𝑡 + 𝜃 , onde 𝜃 = tg −1 1−𝜉 2 𝜉 Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 63 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 1. Sistema subamortecido (0 ≤ 𝜉 ≤ 1): O sinal de erro para esse sistema: Esse sinal representa uma oscilação senoidal amortecida. Em regime permanente ou em 𝑡 = ∞, não existe erro entre a entrada e a saída. Análise de Sistemas Físicos 64 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 2. Sistema não amortecido (𝜉 = 0): Quando 𝜉 = 0, os polos serão complexos imaginários em 𝑠1,2 = ±𝑗𝜔𝑛. Neste caso, a resposta do caso subamortecido reduz-se a: ⇒ oscilação permanente 𝑐 𝑡 = 𝐾1 + 𝐾2cos𝜔𝑛𝑡 Análise de Sistemas Físicos 65 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 3. Sistema criticamente amortecido (𝜉 = 1): Os polos de malha fechada são reais e iguais, situados em 𝑠1,2 = −𝜔𝑛 Para uma entrada degrau 𝑅 𝑠 = 1/𝑠, tem-se a saída: Aplicando a transformada inversa de Laplace: 𝑐 𝑡 = 𝐾1 + 𝐾2𝑒 −𝜔𝑛𝑡 + 𝐾3𝑡𝑒 −𝜔𝑛𝑡 Análise de Sistemas Físicos 66 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 4. Sistema superamortecido (𝜉 > 1): Os polos de malha fechada são reais e distintos, situados em 𝑠1 = −𝜉𝜔𝑛 +𝜔𝑛 𝜉 2 − 1 e 𝑠2 = −𝜉𝜔𝑛 −𝜔𝑛 𝜉 2 − 1 Para entrada degrau: 𝑐 𝑡 = 𝐾1 + 𝐾2𝑒 −𝑠1𝑡 + 𝐾3𝑒 −𝑠2𝑡 c(t) C(s) Análise de Sistemas Físicos 67 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta ao degrau 4. Sistema superamortecido (𝜉 > 1): Se 𝑠1 ≪ 𝑠2 , então 𝑒 −𝑠2𝑡 decai muito mais rapidamente do que 𝑒−𝑠1𝑡, 𝑠1 é polo dominante e a resposta pode ser aproximada por um sistema de 1ª ordem: Análise de Sistemas Físicos 68 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Resposta transitória de um sistema de 2ª ordem para uma entrada degrau. Análise de Sistemas Físicos 69 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Influência de 𝜔𝑛 na resposta de um sistema subamortecido com 𝜉 = 0,5. Análise de Sistemas Físicos 70 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Exercício 3: Determine 𝜉e 𝜔𝑛 para a função de transferência: 𝐺 𝑠 = 36 𝑠2 + 4,2𝑠 + 36 Análise de Sistemas Físicos 71 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Exercício 4: Para cada uma das funções de transferência a seguir, escreva, por inspeção, a forma geral da resposta ao degrau: Análise de Sistemas Físicos 72 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Exercício 4: Respostas Análise de Sistemas Físicos 73 Prof. Harold Mello Sistemas de 2ª ordem • Exercício 5: Para cada uma das funções de transferência do Exercício 2, faça o seguinte: (1) determine os valores de 𝜉e 𝜔𝑛; (2) caracterize a natureza da resposta. Análise de Sistemas Físicos 74 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória • Em muitos casos práticos, as características de desempenho de um sistema de controle são especificadas em termos de grandezas no domínio do tempo. • Usualmente, estas características são especificadas em termos da resposta transitória ao degrau unitário. • Características da resposta transitória: Tempo de subida, 𝑡𝑟 Tempo de atraso, 𝑡𝑑 Tempo de pico, 𝑡𝑝 Máximo sobressinal (ou apenas sobressinal), 𝑀𝑝 Tempo de acomodação, 𝑡𝑠 Análise de Sistemas Físicos 75 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Análise de Sistemas Físicos 76 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Tempo de subida, 𝑡𝑟 Para sistemas subamortecidos: Fazendo-se 𝑡 = 𝑡𝑟 na equação de resposta ao degrau unitário: Como 𝑒−𝜉𝜔𝑛𝑡𝑟 ≠ 0, então: ou Assim, o tempo de subida é: 𝑡𝑟 = 𝜋−𝜃 𝜔𝑑 Análise de Sistemas Físicos 77 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Tempo de pico, 𝑡𝑝 Derivando-se 𝑐(𝑡) no tempo e igualando o resultado a zero : Análise de Sistemas Físicos 78 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Máximo sobressinal, 𝑀𝑝 Ocorre em 𝑡 = 𝑡𝑝 = 𝜋 𝜔𝑑 : A porcentagem de máximo sobressinal é: %𝑀𝑝= 𝑒 − 𝜉/ 1−𝜉2 𝜋 × 100% E sua relação inversa: 𝜉 = − ln %𝑀𝑝/100 𝜋2+ln2 %𝑀𝑝/100 Se o valor de saída não for unitário: 𝑀𝑝 = 𝑐 𝑡𝑝 −𝑐(∞) 𝑐(∞) Análise de Sistemas Físicos 79 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Tempo de acomodação, 𝑡𝑠 Para um sistema subamortecido de 2ª ordem, a resposta transitória é obtida a partir da equação: As curvas 1 ± 𝑒−𝜉𝜔𝑛𝑡/ 1 − 𝜉2 são curvas envoltórias da resposta transitória à entrada degrau unitário. A curva da resposta 𝑐(𝑡) permanece sempre dentro do par de envoltórias A constante de tempo dessas curvas envoltórias é 1/𝜉𝜔𝑛 Análise de Sistemas Físicos 80 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Tempo de acomodação, 𝑡𝑠 Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 81 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Tempo de acomodação, 𝑡𝑠 É o instante no qual 𝑐 𝑡 alcança e permanece dentro da faixa de ±2% ou ±5% em torno do valor em regime permanente. Se 0 < 𝜉 < 0,9, pode-se aproximar 𝑡𝑠 por: Análise de Sistemas Físicos 82 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória • Na maioria dos casos, é desejável que a resposta transitória seja rápida e amortecida. O coeficiente de amortecimento deve estar entre 0,4 e 0,8. • Valores pequenos (𝜉 < 0,4) resultam em sobressinal excessivo. • Valores grandes (𝜉 > 0,8) resultam em sistemas que respondem muito lentamente. • O máximo sobressinal e o tempo de subida são conflitantes entre si. • Nos cálculos do tempo de subida, tempo de pico, sobressinal e tempo de acomodação, haverá a suposição de que o sistema é subamortecido. Análise de Sistemas Físicos 83 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória Importante: • As equações anteriores de 𝑡𝑟 , 𝑡𝑝, 𝑡𝑠 e𝑀𝑝 são válidas para o sistema padrão de 2ª ordem. • Se o sistema tiver um ou mais zeros, a curva de resposta ao degrau será muito diferente da apresentada anteriormente. Análise de Sistemas Físicos 84 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória • Movimento do polo na vertical. Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 85 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória • Movimento do polo na horizontal. Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 86 Prof. Harold Mello Especificações da resposta transitória • Movimento do polo na diagonal. Extraído de: DORF, R.C., BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 87 Prof. Harold Mello Sistemas de ordem superior • A resposta dos sistemas de ordem superior é a soma das respostas de sistemas de primeira e segunda ordem. Análise de Sistemas Físicos 88 Prof. Harold Mello Sistemas de ordem superior • Seja um sistema com função de transferência dado por: Análise de Sistemas Físicos 89 Prof. Harold Mello • 1º caso: Polos reais e distintos onde 𝑎1é o resíduo do polo em 𝑠 = −𝑝1 • Com todos os polos de malha fechada no semiplano esquerdo 𝑠, os valores dos resíduos determinarão a importância relativa dos componentes da forma expandida de 𝐶(𝑠). • Zero próximo a um polo → resíduo pequeno nesse polo • Polos muito afastados da origem → resíduo nesses polos são pequenos, portanto o sistema pode ser aproximado por um de ordem menor. Sistemas de ordem superior Análise de Sistemas Físicos 90 Prof. Harold Mello • 2º caso: Polos reais e pares complexos conjugados • Um par de polos complexos conjugados resulta em um termo de segunda ordem, então tem-se: • Portanto, a resposta é dada por: Sistemas de ordem superior Análise de Sistemas Físicos 91 Prof. Harold Mello • 2º caso: Polos reais e pares complexos conjugados • Se todos os polos de malha fechada estiverem no semiplano esquerdo do plano 𝑠, então os termos exponenciais (primeira ordem) e os termos exponenciais amortecidos (segunda ordem) tenderão a zero a medida que 𝑡 aumentar. • A saída em regime permanente é 𝑐 ∞ = 𝑎 • Sendo o sistema estável: os polos de malha fechada que estiverem distantes do eixo 𝑗𝜔 terão grandes partes reais negativas. Os termos exponenciais que correspondem a esses polos decrescem rapidamente tendendo a zero. Sistemas de ordem superior Análise de Sistemas Físicos 92 Prof. Harold Mello • Relembrando: • Tipo de resposta transitória: determinado pelos polos de malha fechada • Forma da resposta transitória: determinada, principalmente, pelos zeros de malha fechada. • Polos da entrada R(s): resultam em termos da resposta de regime permanente na solução • Polos de C(s)/R(s): introduzem termos da resposta transitória exponencial ou senoidal amortecida • Os zeros de C(s)/R(s): não afetam os expoentes dos termos exponenciais, mas afetam os valores e os sinais dos resíduos. Sistemas de ordem superior Análise de Sistemas Físicos 93 Prof. Harold Mello Polos dominantes de malha fechada • O domínio relativo dos polos de malha fechada é determinado pela relação das partes reais dos polos de malha fechada, bem como pelo valor dos resíduos calculados nos polos. • As magnitudes dos resíduos dependem tanto dos polos como dos zeros de malha fechada. • Se as relações das partes reais forem maiores do que 5 e não houver zeros nas proximidades, então os polos de malha fechada mais próximos do eixo 𝑗𝜔 serão dominantes no comportamento da resposta transitória porque correspondem aos termos da resposta transitória que decrescem lentamente. • Os polos que tem efeitos dominantes no comportamento da resposta transitória são chamados polos dominantes de malha fechada. Análise de Sistemas Físicos 94 Prof. Harold Mello Polos dominantes de malha fechada • Muito frequentemente, os polos dominantes apresentam-se sob a forma de um par complexo conjugado. • Os polos dominantes de malha fechada são os de maior importância entre todos os polos de malha fechada. 95 Prof. Harold Mello Os parâmetros anteriores podem ser usados para cálculos apenas em sistemas com um ou dois polos, mas não para sistemas com mais polos ou com zeros Sob certas condições, um sistema com mais polos ou com zeros pode ser aproximado para um sistema de segunda ordem que tem apenas dois polos complexos dominantes Vamos analisar o efeito de um polo adicional em um sistema de segunda ordem Resposta de sistema com polos adicionais 96 Prof. Harold Mello Analisando as condições que devem existir para aproximar o comportamento de um sistema de três polos para um de dois polos: Considere um sistema de três polos com polos complexos e um polo real em: −𝜉𝜔𝑛 ± 𝑗𝜔𝑛 1 − 𝜉 2 −𝛼𝑟 A saída é então: , ou Resposta de sistema com polos adicionais 97 Prof. Harold Mello Termo 1 Termo 2 Termo 3 A exponencial com expoente 𝑎𝑟 é o termo novo derivado do fato do sistema ter três polos, portanto, é o elemento a ser analisado Consideraremos três casos: Caso I: 𝑎𝑟 = 𝑎𝑟1 e não é muito maior que 𝜉𝜔𝑛 Caso II: 𝑎𝑟 = 𝑎𝑟2 ≫ 𝜉𝜔𝑛 Caso III: 𝑎𝑟 → ∞ Resposta de sistema com polos adicionais 98 Prof. Harold Mello Termo 1 Termo 2 Termo 3 Caso II: 𝑎𝑟 = 𝑎𝑟2 ≫ 𝜉𝜔𝑛 O termo 3 tende a decair bem mais rápido que o termo 2 que traz a resposta ao degrau subamostrada Assim, o sistema tende a um sistema de segunda ordem puro Caso III: 𝑎𝑟 → ∞ Igual a antes, o termo 3 decai rapidamente e tendemos a ter um sistema de segunda ordem puro Caso I: O sistema não pode ser aproximado para um de segunda ordem Resposta de sistema com polos adicionais 99 Prof. Harold Mello Resposta de sistema com polos adicionais 100 Prof. Harold Mello Adicionando um zero a um sistema de segunda ordem: Como visto anteriormente, os zeros afetam a amplitude da resposta. Considere, porexemplo, o sistema: e analise o comportamento para a = 3, 5 e 10 Polos: −1 ± 𝑗2,828 Resposta de sistema com zero adicional 101 Prof. Harold Mello Resposta de sistema com zero adicional 102 Prof. Harold Mello À medida que o zero se afasta dos polos dominantes (aumenta seu valor absoluto), a resposta se aproxima de um sistema de segunda ordem Quanto mais perto estiver dos polos dominantes, mais o zero afeta a resposta transitória Considere um sistema sem zeros com resposta 𝐶(𝑠) Adicionar um zero ao sistema é o mesmo que se ter: s + 𝑎 𝐶 𝑠 = 𝑠𝐶 𝑠 + 𝑎𝐶(𝑠) Assim, a resposta de um sistema com um zero consiste de duas partes: a derivada da resposta original e uma versão em escala da resposta original. Resposta de sistema com zero adicional 103 Prof. Harold Mello Se 𝑎, o negativo do zero, é muito grande, a transformada de Laplace será aproximadamente 𝑎𝐶(𝑠), ou seja, apenas a versão em escala da resposta original Se a não for tão grande, a resposta tem um componente adicional que é a derivada da resposta original À medida que a diminui, o termo derivativo contribui mais para a resposta e tem um efeito maior (vide figura anterior) Resposta de sistema com zero adicional 104 Prof. Harold Mello Se a for negativo, o zero passa a estar no semiplano direito, o resultado para um sistema de segunda ordem pode ser visto a seguir: o sinal de entrada é invertido (tem um undershoot) para resultar em um valor positivo em regime permanente. Tal sistema é chamado de sistema de fase não-mínima Somente os zeros positivos são considerados de fase não- mínima, pois os negativos não configuram resposta inversas Se um carro é um sistema de fase não-mínima, ele vai primeiro virar um pouco para a esquerda quando receber o comando para virar à direita Resposta de sistema com zero adicional 105 Prof. Harold Mello Resposta de sistema com zero adicional
Compartilhar