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[RESUMO] NEUROANATOMIA DAS MENINGES E VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA

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MENINGES E VASCULARIZAÇÃO – AULA XVII 
 
▪ ARTÉRIAS QUE SUPREM O ENCÉFALO 
O encéfalo é suprido vascularmente por duas artérias principais: a artéria vertebral e a artéria carótida 
interna. A artéria vertebral forma o sistema vértebro-basilar, que irriga o tronco encefálico, cerebelo, lobo 
occipital, face medial do lobo temporal, diencéfalo. Já a artéria carótida interna forma o sistema carotídeo 
interno, que irriga o restante do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR 
A artéria vertebral emerge da artéria subclávia e depois percorre o pescoço nos forames transversários das 
vértebras cervicais, atravessa a membrana atlantooccipital e chega até a cavidade craniana pelo forame 
magno, percorrendo a face anterior do bulbo. Em seu trajeto, dá alguns ramos antes de se juntar com a sua 
contralateral. O primeiro ramo é a artéria espinal anterior, que supre as colunas e os funículos anterior e 
lateral da medula. Depois, observa-se a artéria cerebelar inferior posterior que supre a as porções inferior e 
posterior do cerebelo. Essa artéria dá as artérias espinais posteriores, que suprem a coluna e o funículo 
posterior da coluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As artérias vertebrais, após ascender no forame magno, se apoiam sobre a parte basilar do osso occipital, 
depois ascendendo anteriormente ao tronco encefálico, onde se unem, a nível de sulco bulbopontino, 
formando a artéria basilar, que mantém trajeto no sulco basilar da ponte. A artéria basilar, já em seu início, 
dá a artéria cerebelar inferior anterior, que supre a parte anterior da face inferior do cerebelo. Essa artéria 
tem como ramo a artéria do labirinto, que penetra pelo poro acústico interno e supre a orelha interna. Ainda, 
a artéria basilar tem como ramo os ramos pontinos, que irrigam a ponte. Depois, emergem as artérias 
cerebelares superiores, que suprem o mesencéfalo e a parte superior do cerebelo. Por fim, parte a artéria 
cerebral posterior, ramo terminal, que supre o lobo occipital do telencéfalo, após contornar o mesencéfalo. 
Entre as artérias cerebelar superior e cerebral posterior emerge o nervo oculomotor, uma importante 
relação anatômica. A artéria basilar pode desviar, ou seja, passar fora do sulco basilar, podendo comprimir o 
nervo trigêmeo na sua origem aparente na ponte. Em geral, esses vasos passam muito perto da origem 
aparente dos nervos cranianos, podendo estes serem comprimidos e comprometidos em aneurisma dos 
vasos, constituindo um risco nessas ocasiões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ SISTEMA CAROTÍDEO-INTERNO 
Esse sistema supre as outras áreas do cérebro, tendo como a principal vaso a artéria carótida interna. A 
artéria carótida interna percorre o pescoço, entra no crânio pelo canal carótico do osso temporal e atravessa 
o seio cavernoso, no interior do qual descreve uma dupla curva, formando um S (sifão carotídeo). Em 
seguida, perfura dura e aracnoide-máter, e no início do sulco lateral divide-se em seus ramos terminais. A 
artéria carótida interna, nesse trajeto, possui partes cervical, petrosa, cavernosa e cerebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A artéria carótida interna tem como ramos a artéria cerebral anterior; a artéria cerebral média, que é seu 
ramo principal e constitui junto com a 1ª os ramos terminais da ACI; a artéria oftálmica, que emerge abaixo 
do processo clinoide anterior e irriga o globo ocular; a artéria comunicante posterior; e a artéria corióide 
anterior, que também pode ser ramo da artéria carótida interna, penetrando no corno inferior do ventrículo 
lateral e suprindo grande parte da cápsula interna, plexos corióides, núcleos da base e diencéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ POLÍGONO DE WILLIS 
O polígono de Willis, ou círculo arterial do cérebro, é uma rede anastomótica entre os sistemas vértebro-
basilar e carotídeo-interno na base do cérebro, que circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo, 
relacionando-se com a fossa interpeduncular. Os vasos que compõem esse círculo arterial são as artéria 
cerebrais posteriores, artérias cerebrais médias, artérias cerebrais anteriores, artéria comunicante anterior 
(que conecta as duas cerebrais anteriores, adiante do quiasma óptico), e artérias comunicantes posteriores 
(que conecta a ACI e a artéria cerebral 
posterior de cada lado, fazendo a 
comunicação entre os sistemas carotídeo 
e vértebro-basilar). O polígono de Willis dá 
diversos pequenos ramos, entre eles os 
centrais e os corticais. O ramos centrais, 
ou perfurantes, irrigam o diencéfalo, a 
cápsula interna e os núcleos da base, 
atravessam as substâncias perfuradas e 
irrigam essas estruturas. Já os ramos 
corticais irrigam o córtex cerebral e a 
substância branca subjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ TRAJETO E TERRITÓRIOS DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS 
A artéria cerebral anterior dirige-se para anterior e para cima, curva-se em torno do joelho do corpo caloso 
e ramifica-se na face medial de cada hemisfério, desde o lobo frontal até o sulco parietooccipital, suprindo 
toda a face medial, exceto o lobo occipital, e a parte mais alta da face dorsolateral. 
A artéria cerebral posterior contorna o pedúnculo cerebral e percorre a face inferior do lobo temporal até 
o lobo occipital. Supre a face medial do lobo occipital, lábios do sulco calcarino, face inferior do telencéfalo, 
e uma parte do diencéfalo. 
A artéria cerebral média percorre o sulco lateral em toda a sua extensão, suprindo a maior parte da face 
dorsolateral de cada hemisfério, compreendendo as áreas motora, somestésica e o centro da linguagem 
falada. Além disso, irriga parte da cápsula interna e alguns núcleos da base. 
Uma observação importante é sobre a artéria corióidea anterior, já citada anteriormente, que supre a maior 
parte da cápsula interna, principalmente no joelho e na perna anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ SINAIS CLÍNICOS E RELAÇÕES COM O SUPRIMENTO VASCULAR 
Assim como já descrito em aulas anteriores, parte-se do princípio de que a extensão da representação cortical 
depende da importância funcional dessa parte para a biologia da espécie. Assim, o comprometimento das 
artérias descritas anteriormente leva a perdas nas áreas do SNC. 
CASO 1: fraqueza (hemiparesia) ou paralisia (hemiplegia) do membro inferior contralateral, déficit sensitivo 
(hemihipoestesia) do membro inferior contralateral, déficit de atenção e distúrbios de memória e 
emocionais, apatia (“tamponamento psíquico”). Artéria acometida: Artéria Cerebral Anterior. 
CASO 2: fraqueza (hemiparesia) ou paralisia (hemiplegia) do membro superior e face contralateral, déficit 
sensitivo (hemihipoestesia) do membro superior e face contralateral. Dor e temperatura são menos afetados. 
Distúrbios de linguagem (afasias) e negligência da metade esquerda do corpo ou do espaço. Artéria 
acometida: Artéria Cerebral Média. 
CASO 3: Perda de campo visual contralateral, déficit contralateral de todas as modalidades sensitivas, perda 
visual nos dois olhos (cegueira cortical), mas com manutenção dos reflexos pupilares. Artéria acometida: 
Artéria Cerebral Posterior. 
CASO 4: Hemiplegia contralateral da face, membro superior, tronco e membro inferior, hemihipoestesia ou 
hemianastesia contralateral da face, membro superior, tronco e membro inferior, perda de campo visual e 
défici auditivo contralateral. Artéria acometida: Artéria Corióidea Anterior. 
CASO 5: Sinal/Sintoma: “4 D com achados cruzados”, isto é, diplopia, disartria (dificuldade de articular som/), 
disfagia (dificuldade de deglutir) e vertigem (Dizziness). Sinais cerebelares também. Artéria acometida: 
Artérias Vértebro-Basilares (tronco encefálico) 
 
▪ MENINGES ENCEFÁLICAS 
As meninges encefálicas são revestimentos que protegem o encéfalo, envolvendo-o. A estratimeria de 
organização das meninges no encéfalo desde o crânio é: 
Crânio –> folheto externo dadura-máter –> folheto interno da dura-máter –> aracnoide máter –> espaço 
subaracnóideo com vasos e líquido cerebroespinal –> pia máter – encéfalo. 
 
▪ MENINGES ENCEFÁLICAS: DURA-MÁTER 
A DURA-MÁTER é a meninge mais externa, sendo formada, no encéfalo, por dois folhetos: um interno e um 
externo. O folheto externo comporta-se como o periósteo do crânio, enquanto o folheto interno se continua 
com a dura-máter espinal, e se projeta para o interior do crânio, formando pregas no interior das quais 
formam-se seios entre os folhetos. 
Assim, a dura-máter apresenta ainda as funções do compartimentalização do encéfalo, pelas pregas, e de 
drenagem, pelos seios. 
As pregas são algumas, e serão descritas a seguir. A foice do cérebro está localizada longitudinalmente na 
linha mediana, separando os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. Fixa-se na crista frontal anteriormente 
e na protuberância occipital interna posteriormente. Termina-se tornando contínua com o tentório do 
cerebelo. Já a foice do cerebelo está situada na parte posterior da fossa posterior do crânio, e essa prega 
separa parcialmente o cerebelo em 2 hemisférios. 
O tentório do cerebelo, por sua vez, tem aparência semelhante a uma tenda, dividindo a cavidade craniana 
em dois compartimentos chamados de supratentorial e infratentorial. Apresenta uma abertura, a incisura do 
tentório, que permite a extensão do tronco encefálico da fossa posterior para a média. O diafragma da sela 
 
é uma lâmina circular, suspensa entre os processos clinoides, que forma um teto parcial sobre a hipófise (na 
fossa hipofisial da sela turca), deixando uma abertura para passagem do infundíbulo da hipófise e veias. A 
cavidade trigeminal não é exatamente uma prega da dura-máter, mas se trata de uma cavidade onde se 
localiza o gânglio trigeminal, que fica entre as lâminas da dura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os seios são canais triangulares, na maior parte das vezes contidos entre os 2 folhetos da dura-máter, sendo 
revestidos por endotélio, contínuo com o das veias que neles desembocam. São eles: 
Seio sagital superior, que se situa na margem fixada da foice do cérebro; seio sagital inferior, menor que o 
anterior, seguindo na margem inferior da foice do cérebro, terminando no seio reto; seio reto, que surge da 
união do seio sagital inferior com a veia cerebral magna, seguindo em sentido inferoposterior até a 
confluência dos seios; seio occipital, que situa-se na margem fixada da foice do cerebelo e termina também 
na confluência dos seios. 
Os seios sagital reto, sagital superior e occipital desembocam em uma região comum chamada de 
confluência dos seios (prensa de Herófilo). A drenagem continua desse ponto pelos seios transversos. 
Normalmente, a drenagem do seio sagital superior continua pelo seio transverso direito, enquanto a dos 
demais seios continua pelo seio transverso esquerdo. 
 Além desses, existem vários outros seios, descritos a seguir. O seio transverso segue lateralmente a partir 
da confluência, ao longo das margens do tentório do cerebelo, desembocando no seio sigmóideo; o seio 
esfenoparietal, que segue pela asa menor do esfenoide, desembocando no seio cavernoso; o seio cavernoso, 
localizado lateralmente a cada sela turca, recebe sangue de diversas veias (como as oftálmicas), estendendo-
se desde a fissura orbital superior até a parte petrosa do temporal posteriormente, abrigando várias 
estruturas que passam nesse seio, como nervos; o seios intercavernosos, que são vários seios localizados 
anterior e posteriormente ao pedículo da hipófise, conectando os seios cavernosos. 
O seio petroso superior, localizado na margem superior da parte petrosa do temporal, segue até onde o seio 
transverso se torna seio sigmoide; o seio petroso inferior, que, seguindo em um sulco entre a parte petrosa 
do temporal e a parte basilar do occipital, drena o seio cavernoso diretamente para a transição do seio 
sigmóideo para a veia jugular interna no forame jugular; o plexo basilar, localizado na parte basilar do osso 
occipital, recebe drenagem do seio cavernoso; e o seio sigmóideo, que segue em trajeto em forma de S na 
fossa posterior do crânio, desembocando na VJI. 
A vascularização da dura-máter é feita pela artéria meníngea média, que chega ao crânio pelo forame 
espinhoso. 
 
Algumas diferenças entre as meninges encefálicas em relação as meninges espinais estão relacionadas a 
dura-máter. Uma delas é que na medula espinal a dura-máter não apresenta dois folhetos como no 
encéfalo. Outra diferença está relacionada aos espaços epidural e subaracnóideo, descritos na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse contexto, muitas situações clínicas estão relacionadas a defeitos ou anomalias associadas a anatomia 
das meninges. A fístula carótido-cavernosa ocorre quando há uma comunicação anômala entre o seio 
cavernoso e a artéria carótida interna. Pode ocorrer também um aneurisma intracavernoso da artéria 
carótida interna, que pode prejudicar o retorno venoso no seio e até comprimir os nervos que lá passam. 
Além disso, é comum a trombose no seio cavernoso, que se caracteriza como um coágulo que pode se alojar 
no seio cavernoso e fazer uma oclusão na região. Normalmente, os sinais clínicos dessas condições são: 
oftalmoplegia, edema palpebral (periorbital) e exoftalmia. 
É importante citar também as hérnias intracranianas, geralmente causadas pelo aumento de pressão em um 
dos compartimentos gerado por um aumento de volume (tumor, hemorragia). 
A hérnia transtentorial se caracteriza pela passagem do úncus e giro parahipocampal, pela incisura do 
tentório, para o compartimento infratentorial. Essa hérnia pode acometer outras estruturas como: nervo 
oculomotor, artéria cerebral posterior, pedúnculo cerebral. 
A hérnia subfalcina se caracteriza pela passagem do giro do cíngulo, através da foice do cérebro, para o 
hemisfério oposto. Essa hérnia pode acometer outras estruturas como: artéria cerebral anterior. 
A hérnia transforaminal se caracteriza pela passagem das tonsilas cerebelares pelo forame magno. Essa 
hérnia pode acometer outras estruturas como: parte posterior do bulbo. 
Ainda vale citar as hemorragias que, de certa forma, podem levar às herniações citadas acima. Na 
hemorragia epidural há um acúmulo de sangue entre o osso e o folheto externo da dura-máter, podendo 
ser gerado por traumatismos cranianos e pode levar rapidamente à morte. A hemorragia subdural ocorre 
entre a dura-máter e a aracnoide, sendo consequência da ruptura de "veias em ponte", atravessando o 
espaço subdural para entrar em um seio; ocorre crescimento lento do hematoma. 
A inervação da dura-máter é feita majoritariamente pelo nervo trigêmeo, mas também do nervo vago e C1 
e C2 na parte posterior do crânio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ LÍQUIDO CEREBROSPINAL 
O líquido cerebrospinal é produzido nos plexos corióides dos ventrículos. Proteção contra choques 
mecânico, diminuição de peso encefálico, transporte de substâncias como hormônios, metabólitos e 
eletrólitos, protege o tecido nervoso das pulsações arteriais, impede a compressão de vasos sanguíneos e 
nervos cranianos contra a base do crânio. 
O líquido tem uma circulação, passando por todos os ventrículos, e está demonstrada abaixo: 
Ventrículos laterais -> Forames interventriculares -> III ventrículo -> Aqueduto -> IV ventrículo -> espaço 
subaracnóideo. 
A absorção do liquor é feita pelas granulações aracnoideas e depois passa para o seio sagital superior. 
 
▪ MENINGES ENCEFÁLICAS: ARACNÓIDE-MÁTER 
A aracnoide é uma meninge muito importante, relacionada ao espaço subaracnóideo. Se localiza entre a 
dura-máter e a pia-máter. A aracnoide emite projeções chamadas de granulações aracnoideas, que são tufos 
que penetram os seios venosos da dura-máter, ao atravessar o folheto interno da dura em direção ao seio 
sagital superior e suas lacunas laterais. 
O espaço subaracnóideo apresentaestruturas 
chamadas de cisternas subaracnóideas, 
importantes para oferecer amortecimento 
mecânico, impedindo que o peso do encéfalo em 
contato com a base do crânio comprima os vasos 
ali localizados. A cisterna cerebelobulbar é 
chamada de cisterna magna, se localiza entre 
esses dois órgãos que lhe dão nome e continua-
se Caudalmente com o espaço subaracnóideo da 
medula e comunica-se com o IV ventrículo por 
sua abertura mediana. Essa cisterna é utilizada na 
obtenção de líquido cerebrospinal em punções 
suboccipitais, realizadas entre o osso occipital e 
a primeira vértebra cervical. Existem ainda as 
cisternas pontina (pontocerebelar), 
interpeduncular, quiasmática e a colicular (superior). 
 
O quadro de hidrocefalia tem dois tipos e está relacionado ao liquor. Na hidrocefalia comunicante há uma 
produção de liquor maior que o normal ou a absorção ocorre em uma quantidade menor que o normal. Já a 
hidrocefalia não-comunicante decorre da obstrução na circulação do líquido cerebrospinal nos forames 
interventriculares, aqueduto do mesencéfalo, aberturas do IV ventrículo ou incisura do tentório. 
 
▪ MENINGES ENCEFÁLICAS: PIA-MÁTER 
A pia-máter acompanha os sulcos e giros cerebrais e sua porção mais profunda recebe inúmeros 
prolongamentos dos astrócitos. 
 
▪ DRENAGEM VENOSA DO ENCÉFALO 
As veias do encéfalo drenam para os seios da dura-máter, sendo que elas podem ser cerebrais superficiais e 
profundas. As veias cerebrais superficiais superiores drenam do sulco lateral para cima e desembocam no 
seio sagital superior. Já as veias cerebrais inferiores drenam do sulco lateral para baixo, levando sua 
drenagem para o seio da dura-máter mais próximo, como o cavernoso ou o transverso. Uma veia importante 
é a veia cerebral superficial média, que percorre o sulco lateral e desemboca no seio cavernoso. 
Na parte profunda, existem as veias que drenam a parte profunda do encéfalo, como a cápsula interna, o 
diencéfalo, entre outras estruturas. As veias cerebrais profundas drenam para a veia cerebral magna, ou 
veia de Galeno, que se localiza abaixo do esplênio do corpo caloso e desemboca no seio reto. 
Na hemorragia subdural, já citada anteriormente, está relacionada a essas veias, quando essas atravessam a 
dura-máter para chegar ao seios. Nesse momento, elas podem se romper, gerando o acúmulo de sangue.

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