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Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Semiologia médica Abdome Marcos anatômicos 1. Músculo reto do abdome 2. Processo xifoide (entre a parte superior do músculo reto do abdome) 3. Rebordo costal 4. Linha alba (acima do umbigo) 5. Umbigo 6. Crista ilíaca 7. EIAS 8. Ligamento inguinal 9. Sínfise púbica Quadrantes 1. Hipocôndrio direito (associado a dor por vesícula biliar ou pâncreas) 2. Epigástrio (associado a pirose ou pancreatite) 3. Hipocôndrio esquerdo 4. Flanco direito 5. Mesogástrio 6. Flanco esquerdo 7. Fossa ilíaca direita 8. Hipogástrio 9. Fossa ilíaca esquerda Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Inspeção © Analisar a forma e o volume do abdome (variam de acordo com idade, sexo e estado de nutrição do paciente) © Se tem alguma lesão de pele abdominal © Se tem cicatrizes, abaulamentos ou retrações © Se tem circulação colateral © Contorno abdominal © Se peristalses estão visíveis © Se tem alguma pulsação anormal da aorta abdominal Tipos de abdome 1. Abdome normal ou atípico © Compreende grandes variações de acordo com cada indivíduo © Sua característica morfológica é a simetria © 2. Abdome globoso ou protuberante © Diâmetro ântero-posterior maior que o transverso © Exemplo: gravidez, ascite, obesidade 3. Abdome em ventre de batráquio © Diâmetro transverso maior © Exemplos: ascite em regressão 4. Abdome pendular ou ptótico © Protusão da parte inferior da parede abdominal pelas vísceras © Exemplo: flacidez puerperal 5. Abdome em avental © A parede abdominal cai como um avental sobre as coxas do paciente © É mais evidente quando o paciente está em pé © Exemplo: obesidade de longa duração 6. Abdome escavado (escafoide ou côncavo) © Retração da parede abdominal © Exemplo: pessoas muito magras, geralmente portadoras de doenças consuntivas Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Cicatrizes © Flanco direito → colecistectomia (cicatriz de Kocher, vesícula) © Flanco esquerdo → colectomia © Fossa ilíaca direita → apendicectomia (cicatriz de McBurney), herniorrafia © Fossa ilíaca esquerda → herniorrafia © Hipogástrio → histerectomia © Linha média → laparotomia © Região lombar → nefrectomia © Linha vertebral → laminectomia © Corte cesariano → cicatriz de Pfannenstiel © Obs.: tem também a cicatriz umbilical localizada na linha média e é invertida Circulação Colateral Superficial © Circulação colateral do tipo portal corresponde ao tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do fluxo venoso em direção ao fígado © Geralmente é perceptível por meio da característica de “cabeça de medusa” quando estão dilatadas próximas ao umbigo © Circulação colateral tipo cava inferior consiste na obstrução da veia cava inferior por conta de uma trombose, observa-se os vasos na região inferior e lateral do abdome, com fluxo ascendente Movimentos peristálticos visíveis © Também chamados de ondas peristálticas © O aparecimento de movimentos peristálticos visíveis indica obstrução em algum segmento do tubo digestivo © É importante observar a localização e a direção das ondas para ter um raciocínio diagnóstico © Um exemplo é paciente com síndrome de Crohn, caracterizada por peristaltismo visível chamado de ondas de Kussmaul, geralmente na região do mesogátrio Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Ausculta © Nessa parte irá ser auscultado o transito intestinal do paciente © Deve -se auscultar no mínimo 1 minuto em cada quadrante © Notar se os ruídos hidroaéreos estão presentes, ausentes, aumentados ou diminuídos (ver se tem algum grau de obstrução intestinal) © Auscultar também os vasos (aorta abdominal, artérias renais – sopro pode indicar estonose relacionada com hipertensão arterial secundária – artéria ilíaca, artéria femoral) © Obs.: onde tem peristalse tem ruído hidroaéreo Percussão © Deve percutir todos os quadrantes para ver a intensidade e distribuição dos gases © Pode observar massas ou visceromegalias (encontrar maciço onde deveria ser timpânico) © Hepatimetria → deve ser feita de cima para baixo, para poder delimitar a borda superior do fígado e de baixo para cima, para poder delimitar a borda inferior do fígado (no lobo direito e esquerdo) © Obs.: tem uma técnica de hepatimetria por meio da ausculta = apoia-se o estetoscópio no fígado e vai “raspando” o dedo pelos espaços intercostais até chegar no fígado, vai ser notado aumento do som quando o raspado for em cima do fígado © © Obs2.: tamanho normal do fígado = na linha esternal média é normalmente 4 a 8 cm e na linha hemiclavicular direita é normalmente de 6 a 12 cm © © Entre a linha axilar anterior e a linha axilar média, nos 2 ou 3 últimos espaços intercostais e faz a percussão – nela encontrará a bulha de ar gástrica (espaço de Traube) – deve ser timpânico mas se o baço estiver aumentado será maciço Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Ascite © pede para o paciente realizar decúbito lateral esquerdo, nesse caso o liquido vai estar para o lado esquerdo tendo som maciço na região, e acima onde há o gás haverá som timpânico. Pede- se então que assuma decúbito dorsal direito, no qual o liquido irá migrar para o lado direito gerando as mesmas condições. (macicez móvel) © semicírculo de Skoda (quando tem um pouco mais de líquido ascístico). Em decúbito dorsal, o líquido escorrega para os lado e para frente, por isso o meio da barriga é timpânico e as extremidades maciço (gerando um semicírculo de líquido ascístico © teste da onda líquida (piparote); precisa de dois avaliadores; o primeiro avaliador coloca a mão no meio do abdome impedindo a passagem de líquido de um lado para o outro; o segundo avaliador coloca a mão de um lado da barriga e da um peteleco no outro lado da barriga. Se for ascite a vibração vai passar pela barreira e chegar à outra mão, caso contrário (se for muscular, por exemplo), não chega Punho-percussão das lojas renais – Sinal de Giordano © Nas costas do paciente, nas ultimas costelas flutuantes, o examinador dá um “soquinho”, que é a punho-percussão. Quando o paciente apresenta dor (INTENSA) é sinal de que a manobra foi positiva, podendo indicar, por exemplo, uma pielonefrite © Como relatar = punho-percussão das lojas renais sem alteração, ou se positivo, sinal de Giordano presente Palpação © Primeiro superficial – em todos os quadrantes, notar se tem alguma resistência, se o abdome está rígido ou flácido, se tem hipersensibilidade, ou se tem massas (hérnias, tumores, cicatrizes) © Posteriormente profunda – mesmo que a superficial, mas utilizando as duas mãos e delimitando massas e órgãos, além das pulsações Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Irritação peritoneal © Localização da dor com precisão © Descompressão dolorosa (a compressão é dolorosa mas na descompressão a dor é muito mais intensa) © Deve saber o ponto exato da dor Palpação do fígado © Pode-se palpar com as duas mãos (em garra/ Sinal de Mattieu Cardarelli, por baixo do panículo adiposo) ou (processo de Lemos Torres (colocar uma mão em região posterior trazendo o fígado para mais próximo daparede abdominal e palpar com a outra mão) © Importante fazer a palpação do fígado durante uma inspiração profunda pois o diafragma desce empurrando o fígado mais para baixo © Analisar: 1. Borda – deve ser romba (arredondada) 2. Contorno – dever ser arredondado 3. Consistência 4. Superfície – deve ser mais lisa (quando nodulado indica degeneração do órgão) 5. Tamanho 6. Sensibilidade – normal sentir desconforto, mas não muita dor 7. Refluxo hepatojugular Palpação do baço © Tenta-se trazê-lo para superfície e palpá-lo abaixo do rebordo costal © Assume a posição de Schuster – o paciente posicionado em decúbito lateral direito com membro inferior fletido a 90 graus e o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa do exame, garantindo o equilíbrio ao paciente © Geralmente ele é impalpável © Se for palpável, possivelmente é uma esplenomegalia Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Palpação da bexiga © Normalmente não palpável © Se houver uma obstrução distal à bexiga, pode haver uma distensão © Bexigoma – bexiga palpável, distendida, desconfortável ao paciente e muito dolorosa Achados importantes Apendicite © Sinal de Blumberg = traça-se uma linha entre o umbigo e a crista ilíaca do paciente, divide essa linha em 3. No ultimo terço, faz-se a palpação profunda e retira. A descompressão dolorosa nesse ponto (ponto de McBurney) indica apendicite © Sinal de Rovsing = faz a palpação profunda do outro lado, próximo à crista ilíaca esquerda, havendo o deslocamento dos gases pelo cólon descendente, transverso e ascendente que gera uma distensão do ceco e o apêndice já inflamado passa a doer mais Colecistite © Sinal de Murphy = no hipocôndrio direito, com a mão na região da vesícula biliar, pede para o paciente soltar todo o ar, e com a mão já lá, pede para o paciente inspirar. O diafragma vai empurrar a vesícula mais para baixo e ela inflamada vai tocar a mão do examinador e o paciente automaticamente vai parar a inspiração por conta da dor Outras manobras © Sinal de Jobert = a presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente encontra-se macicez hepática. Caracteriza pneumoperitonio © Sinal de Torris-Homini = dor intensa despertada pela percussão abdominal de áreas da zona de projeção do fígado Hérnias da parede abdominal © Ver o tamanho, a localização, se ela é redutível ou não Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 2 período – UNL Massas abdominais © Analisar se ela é intra-abdominal ou se é da parede abdominal © Se durante a contração do músculo ela ficar impalpável, é uma massa intra-abdominal © Se ela não sofrer alteração é da parede abdominal © Obs.: diferencia-se massa de ascite pois a massa é solida e não possui mobilidade, já a ascite é líquida, tendo mobilidade e sofrendo ação da gravidade
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