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processo do trabalho 4

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DIREITO 
PROCESSUAL DO 
TRABALHO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir a audiência e suas generalidades.
 > Identificar a atuação do juiz e das partes, o arquivamento, a revelia a e 
confissão.
 > Analisar a conciliação, a instrução, os meios de prova e o ônus da prova.
Introdução
Um dos princípios norteadores do direito processual do trabalho é o da ora-
lidade, o qual se combina, de modo indelével, com outros princípios caros à 
sistemática trabalhista, como a efetividade e a celeridade. Todo esse arcabouço 
teórico de princípios atinge seu viés mais prático quando se começa a falar 
de certos procedimentos comuns à seara trabalhista. Um dos procedimentos 
mais benéficos da oralidade, da efetividade e da celeridade é a audiência no 
processo do trabalho.
Em tese, a audiência trabalhista não é propriamente o primeiro ato a ser 
praticado no processo, já que, após a protocolização da petição inicial, o primeiro 
ato jurisdicional, tecnicamente falando, é a distribuição. Isso ocorre mesmo 
nas Varas do Trabalho que só contam com um magistrado (juiz presidente). 
O primeiro ato é a designação da competência (ainda que não haja uma distribuição 
nos moldes ordinários). No entanto, mesmo não sendo o ato inicial do processo, 
a audiência é um dos atos de maior relevância e é o primeiro ato em que há a pre-
sença de todos os atores processuais — ou deveria haver. Caso não haja a presença 
de todos, há alguma incongruência, como arquivamento, revelia ou similares. 
Assim, a audiência trabalhista concentra em si o pressuposto da oralidade. Ela é 
a marca maior do trâmite oral em todas as fases procedimentais do processo — 
A audiência
Lauro Ericksen Cavalcanti de Oliveira
algo que é ainda mais demarcado no processo do trabalho, em virtude de, em tese, 
a audiência ser una, ainda que na prática ela comporte fracionamentos. 
Por causa dessas breves pontuações, é possível observar como a audiência 
é relevante para o procedimento na seara trabalhista. Ou melhor, a partir 
de tais ponderações, percebe-se que a audiência é o verdadeiro epicentro 
procedimental da fase de conhecimento do processo do trabalho, e a partir 
dela as demais etapas vão se desenrolando. Assim, neste capítulo, você vai 
estudar a audiência e as suas generalidades. Você também vai acompanhar os 
desdobramentos mais relevantes que dela são originados e como o processo 
do trabalho depende dela para se perfectibilizar. 
A audiência e suas generalidades
O termo “audiência” é derivado do latim (e também advindo dos pretórios 
romanos), mais precisamente do termo audire, que significa “ouvir” ou “coisas 
que são ouvidas” (SCHIAVI, 2016, p. 552). Assim, a audiência é um ato solene 
que promove a oitiva de várias “coisas”. Ou seja, nesse ato processual, são 
processados os entendimentos orais sobre diversos pontos do processo, das 
partes, das testemunhas e de qualquer outro personagem ou protagonista 
processual. A audiência trabalhista e as suas generalidades mais corriqueiras 
são tratadas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nos arts. 813 a 817, 
que trazem algumas peculiaridades atinentes ao processo do trabalho em 
seu tratamento normativo (BRASIL, 1943).
A audiência é a oportunidade processual que os atores do processo pos-
suem para serem ouvidos. Ou seja, é um ato complexo, que, por mais que 
tenha o objetivo primordial de ouvir as partes (e também as testemunhas, 
se for o caso), é o momento que o juiz tem para conduzir as próximas etapas 
do processo. Trata-se de um ato complexo, processualmente falando, porque 
muitas oportunidades se descortinam com a ouvida das partes e de demais 
terceiros que incidem sobre o processo (testemunhas, Ministério Público do 
Trabalho, peritos, dentre outros). Assim, pode-se alcançar diversos resultados 
a partir do comportamento de cada um dos envolvidos, como: arquivamento, 
sentença, marcação de nova audiência, designação de perícia, dentre muitos 
outros. Dessa maneira, uma miríade de outros atos e procedimentos podem 
(ou não) derivar de um único ato processual: a própria audiência. Ela concentra 
uma grande importância na fase de conhecimento, haja vista que é nesse 
primeiro contato que o magistrado de fato conhece a causa que lhe é posta.
A audiência2
Como já mencionado, os princípios formadores do processo do trabalho — 
oralidade, celeridade e efetividade — se fazem presentes e são materializados 
de forma singular na audiência trabalhista. Esse ato processual é o ápice de 
todos esses princípios elementares ao mesmo tempo. Com o fito de atingir 
sua finalidade fundamental, o processo do trabalho encontra na audiên-
cia trabalhista o mote essencial para a sua efetivação prática. Oralmente, 
as partes e os demais atores envolvidos são capazes de deduzir em termos e 
palavras seus anseios, suas angústias, seus fundamentos fáticos mais próprios 
e mais simplórios. É por meio desse ato que a justiça se faz presente na vida 
de cada um dos presentes, sem rodeios, sem intermediários e sem amarras.
Além dos mencionados princípios processuais trabalhistas, há de se enun-
ciar que, no que diz respeito à audiência e ao desenrolar procedimental 
trabalhista, alguns princípios do processo civil comum também são aplicáveis 
a esse ato em específico, por força das disposições normativas do art. 769 da 
CLT, combinado com o art. 15 do Código de Processo Civil (CPC) (BRASIL, 2015). 
Dessa maneira, normas fundamentais do processo civil, a citar, os princípios 
da boa-fé processual, da cooperação e da primazia da solução do mérito, são 
postulados compatíveis com o processo trabalhista em sua integralidade e 
dão uma solidez prática maior ainda às audiências trabalhistas em sua lida 
cotidiana.
Na seara trabalhista, conforme disposição normativa do art. 813 da CLT, 
as audiências (ou sessões) são públicas e realizadas na sede do Juízo (ou 
Tribunal). Contudo, em situações excepcionais, poderá ser designado local 
diverso para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede 
do Juízo do Tribunal, com a antecedência mínima de 24 horas. Nesse sentido, 
é importante relembrar que a Constituição Federal de 1988, no seu art. 93, 
IX, determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão 
públicos (BRASIL, 1988).
No processo do trabalho, é na audiência que se concentra a quase tota-
lidade dos atos processuais (LEITE, 2019, p. 620). O referido artigo celetista 
ainda dispõe que as audiências devem ser realizadas entre as 8 e as 18 horas 
de dias úteis, não podendo ultrapassar cinco horas seguidas, salvo quando 
houver matéria urgente. Ademais, sempre que for necessário o fracionamento 
da audiência (que é una), poderão ser convocadas audiências extraordinárias, 
observado o prazo do parágrafo anterior (§ 2º do art. 813 da CLT).
A audiência 3
Acerca dessa importante etapa da fase de conhecimento, Schiavi bem 
sintetiza a importância e a singularidade da audiência trabalhista, ao asse-
verar que:
O Processo do Trabalho, na expressão popular, é um processo de audiência, pois 
os atos principais da fase de conhecimento se desenvolvem neste ato. Além disso, 
a lei determina que todos os atores principais do processo estejam presentes na 
audiência. De outro lado, o Juiz do Trabalho, como regra geral, toma contato com 
a inicial pela primeira vez na audiência e também com a defesa, que é apresen-
tada em audiência (escrita ou verbal), tenta a conciliação, instrui e julga a causa 
(SCHIAVI, 2016, p. 553).
A audiência trabalhista é um ato imprescindível, haja vista que a maior 
parte dos atos procedimentais mais caros à processualística laboral são 
desenvolvidos por ocasião de sua ocorrência. Exemplos são: o primeiro con-
tato do juiz com o processo (algo que era alvo de muitas críticas antes de o 
processo passar a ser totalmente virtual, com o Processo Judicial Eletrônico 
— PJe); a apresentação da defesa por parte do reclamado (diferentemente do 
processo civil); o depoimento pessoal das partes; a apresentação e arguição de 
testemunhas; os pedidosde produção de provas sobressalentes não pedidos 
anteriormente. Há também a possibilidade de a sentença ser proferida nesse 
momento, ainda que não seja algo costumeiro na prática.
Resolução nº 94, do Conselho Superior de Justiça do Trabalho (CSJT)
Por meio da Resolução nº 94 do CSJT, o PJe foi implantado de forma 
gradual desde 2012 na Justiça do Trabalho. Esse sistema eletrônico visa:
 � ao controle da tramitação do processo;
 � à padronização de todos os dados e as informações compreendidas pelo 
processo judicial;
 � à produção, ao registro e à publicidade dos atos processuais;
 � ao fornecimento de dados essenciais à gestão das informações necessárias 
aos diversos órgãos de supervisão, controle e uso do sistema judiciário 
trabalhista.
A audiência4
A Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, ampliou a 
competência material da Justiça do Trabalho, estendendo-a para algumas 
relações de trabalho (não celetistas). Porém, há de se dizer, conforme cor-
robora a redação do art. 1º da Instrução Normativa nº 27, de 16 de fevereiro 
de 2005, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que não houve (por causa 
da mencionada Emenda) nenhuma alteração procedimental nas audiências 
trabalhistas (BRASIL, 2004; 2005c). A esses novos casos incluídos em virtude 
dessas novas competências deve-se aplicar todo o procedimento contido no 
diploma celetista; o que varia e se diferencia nesses casos é o direito material 
a ser aplicado — que, no caso, não será o da CLT.
Ao disciplinar a presença de alguns atores processuais na audiência, 
o art. 814 da CLT acabou por falar da presença do juiz e dos servidores do 
judiciário. Com a antecedência devida, deverão comparecer o secretário de 
audiência (a quem cumpre fazer o pregão das partes, ou seja, convocá-las a 
comparecer à sala de audiência) e, eventualmente, o diretor de secretaria. 
Na hora marcada, o juiz decretará a abertura da audiência e ordenará o pregão 
das partes (art. 815 da CLT), fazendo o chamamento das partes, testemunhas 
e demais pessoas que devam comparecer ao ato processual em tela.
O parágrafo único do art. 815 da CLT traz a possibilidade de o juiz se atrasar 
para o início da audiência, colocando o tempo de 15 minutos como tolerável 
para tanto. Essa tolerância de atraso é dada única e simplesmente para o juiz 
presidente da Vara do Trabalho. Tratando desse assunto, mais especificamente 
sobre a possibilidade de atrasos das partes, inclusive dos advogados, o verbete 
da Orientação Jurisprudencial (OJ) nº 245 da Subseção 1 Especializada em 
Dissídios Individuais (SDI-1) enuncia que: “Inexiste previsão legal tolerando 
atraso no horário de comparecimento da parte na audiência” (BRASIL, 2001, 
documento on-line). No entanto, por mais que não exista previsão legal de 
atraso para as partes ou para testemunhas, a depender do caso concreto, 
o juiz pode autorizar a presença de qualquer deles, mesmo que em atraso, 
sem que isso enseje nulidade processual, uma vez que tal atitude contribui 
para o prestígio dos princípios da razoabilidade, da economia processual 
e da cooperação. Nesse sentido, acerca de um possível atraso das partes 
ou das testemunhas, Schiavi (2016, p. 578) enuncia que “[...] deve sempre o 
magistrado pautar-se pelo bom-senso e razoabilidade na hora de avaliar o 
atraso”. O atraso, portanto, nem para as partes nem para o magistrado deve 
ser a regra, mas pode ser excepcionalmente admitido, averiguando-se as 
singularidades práticas de cada caso.
A audiência 5
Outro instituto processual que se encontra albergado nas generalidades da 
audiência trabalhista é o poder de polícia do magistrado ao conduzir esse ato 
solene. As audiências e as sessões trabalhistas devem se pautar pelo respeito 
da lei e da ordem, não se admitindo perturbação, desassossego ou vilipêndio 
da tranquilidade e da urbanidade mútua entre partes, advogados, servidores 
e magistrados. Com o fito de manter essa ordem na condução, o juiz pode 
“[...] mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem” (art. 816 da 
CLT) (BRASIL, 1943, documento on-line). Essa é a definição do poder de polícia 
no diploma celetista. Todavia, essa redação é um tanto quanto simplória, 
motivo pelo qual a maior parte da doutrina recomenda a leitura desse artigo 
em paralelo com a definição conceitual de poder de polícia trazida no art. 78 
do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966, documento on-line): 
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqui-
lidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Cabe também a leitura das disposições do art. 360 do CPC, o qual possibi-
lita ao juiz, por meio do poder de polícia (BRASIL, 2015, documento on-line):
 � manter a ordem e o decoro na audiência;
 � ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem 
inconvenientemente;
 � requisitar, quando necessário, força policial;
 � tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Minis-
tério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe 
do processo;
 � registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados 
em audiência. 
Derradeiramente, o ator processual que causar distúrbio deverá ser retirado 
do local à força e pode até mesmo ser preso por isso.
Por fim, há de se falar do registro das audiências, panorama tratado 
legalmente no art. 817 da CLT. O artigo continua em vigor e não houve a sua 
revogação nem a sua alteração. Ele dispõe textualmente que o “[...] registro 
das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os pro-
cessos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais” 
A audiência6
(BRASIL, 1943, documento on-line). Por mais que ele não tenha tido nenhuma 
modificação, por o processo atualmente ser totalmente eletrônico, ele deve 
ser lido sob a ótica do processo virtual. Ou seja, não existe mais o “livro 
próprio” — o que existem são os registros virtuais do PJe, local onde todas as 
atas de audiência ficam armazenadas, com todas as suas ocorrências feitas. 
Atuação do juiz e das partes: 
arquivamento, revelia e confissão
A princípio, há de se dizer que a atuação do juiz se dá diretamente por meio 
da audiência, de sua condução, de suas medidas determinantes e de sua 
resolução. Independentemente de qual o procedimento a ser adotado, seja 
ele sumaríssimo (art. 852-C da CLT) ou sumário e ordinário (Lei nº 5.584, 
de 26 de junho de 1970, arts. 2º a 4º e arts. 843 a 852 da CLT), a audiência e 
seus possíveis fracionamentos seguem a mesma dinâmica, não havendo, 
portanto, variação em virtude do rito a ser adotado. A regra básica, adotada 
pelo art. 849 da CLT e mencionada anteriormente, é que a audiência seja una, 
isto é, contínua. Deve ocorrer apenas uma audiência que conglobe em si a 
apresentação da defesa, a produção de provas, a instrução, o julgamento e 
possivelmente a prolação da sentença (seja ela líquida ou ilíquida, cabendo 
nesse último caso liquidação posterior).
Todavia, o regramento que dispõe sobre o caráter contínuo da audiência 
não é absoluto — ele comporta ponderações, descritas tanto no art. 765 
quanto na parte final do disposto no art. 849 da CLT. Por motivo relevante 
ou de força maior, a audiência poderá ser fracionada, e pode ser marcada a 
sua continuação para uma data posterior desimpedida, independentemente 
de nova notificação das partes. 
Por costume, na prática, a audiência tende a ser fracionada em três:
1. audiência inaugural (usualmente chamada de audiência de conciliação);
2. audiência de instrução;
3. audiência de julgamento.
Cabe a ressalva de que, ainda com base no art. 765 da CLT, fracionar ou nãoa audiência acaba sendo uma faculdade do juízo (LEITE, 2019). Desse modo, 
é aconselhável às partes e a seus representantes sempre se comportarem 
como se a audiência fosse una e contínua. Assim, devem levar desde o primeiro 
momento todas as provas que possam ser apreciadas de imediato e também 
A audiência 7
suas testemunhas, mesmo que a audiência marcada seja apenas realizada em 
sua modalidade inaugural e apenas seja tentada a conciliação.
A conciliação, portanto, acaba sendo o primeiro passo a ser dado na 
audiência (seja ela não fracionada ou que sirva apenas como audiência inau-
gural). Essa é a disposição contida no art. 846 da CLT. Logo que aberta a 
audiência, a primeira coisa a se fazer é tentar a conciliação das partes. Caso 
haja acordo, deverá ser lavrado um termo em apartado com as condições e as 
cláusulas, inclusive a que dispõe sobre o seu descumprimento, acarretando 
uma indenização (usualmente uma multa de 100% sobre o valor acordado), 
independentemente do cumprimento do que houver sido convencionado. 
Superada a fase das propostas conciliatórias sem que se logre êxito, o art. 
847 da CLT estabelece que a parte reclamada tem 20 minutos para conduzir 
oralmente a sua defesa, após a leitura da petição inicial, quando essa leitura 
não for dispensada por ambas as partes. Por mais que essa seja a disposição 
literal celetista, na prática, isso não ocorre. A defesa apresentada pelo recla-
mado usualmente é feita na modalidade escrita, entregue em audiência ao 
juiz e posteriormente repassada à parte reclamante, ou juntada aos autos 
virtuais no PJe momentos antes do início da audiência — essa é a disposição 
do parágrafo único do art. 847, incluído pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 
2017, conhecida como Reforma Trabalhista (BRASIL, 2017). Desse modo, não 
ocorre a leitura na íntegra das peças processuais nem da petição inicial do 
reclamante, muito menos da defesa do reclamado, ainda que essa seja a dis-
posição normativa, caso ela fosse interpretada e aplicada em sua literalidade.
Finda a defesa, segundo o art. 848 da CLT, o magistrado deve passar à 
etapa de produção de provas. É nesse momento que, usualmente, na prática, 
os juízes fracionam a audiência, determinando o seu prosseguimento em 
nova data. Todavia, nada impede que essa etapa de produção probatória seja 
contígua com a tentativa frustrada de conciliação, em uma mesma audiência. 
A instrução começa com o interrogatório das partes, ou seja, com o seu depoi-
mento pessoal, tanto da parte reclamada quanto da parte reclamante. Esse 
interrogatório pode se dar de ofício ou a requerimento da parte contrária. 
Em seguida são ouvidas as testemunhas, os peritos e qualquer outro terceiro 
que deva ser ouvido para instruir e formar a convicção do juízo acerca da causa. 
Finalizada a instrução, faculta-se a ambas as partes apresentarem razões 
finais orais pelo lapso temporal máximo de 10 minutos (art. 850 da CLT). 
Encerrado o momento em que a palavra é dada às partes, cabe ao juiz fa-
zer uma última e derradeira proposta de conciliação, a qual, se recusada, 
dá motivo para que ele encerre a audiência proferindo sua sentença (oral). 
No entanto, na prática, o juiz costuma fracionar mais uma vez a audiên-
A audiência8
cia após a última proposta de conciliação, marcando uma nova audiência 
(de julgamento), momento em que a sentença é efetivamente tornada pública.
Todos os atos e procedimentos ocorridos no curso da audiência deverão 
ser resumidos por meio da ata de audiência, na qual deverá constar também 
a íntegra da decisão. Tal documento, segundo a disposição legal do art. 851, 
§ 2º, da CLT, deverá ser assinado pelo juiz e juntado ao processo no prazo 
máximo de 48 horas após a celebração da audiência de julgamento. Esse prazo 
é estabelecido em função de ele servir como termo ad quem (termo inicial) 
para a contagem dos prazos recursais. Caso o prazo de 48 horas para a juntada 
da ata de audiência não seja observado, o TST firmou sua jurisprudência, por 
meio da Súmula nº 30, a qual possui o verbete que estabelece que “[...] o prazo 
para recursos será contado da data em que a parte receber a intimação da 
sentença”, iniciando-se a partir daí o fluxo do prazo recursal em relevo para 
as partes (BRASIL, 2003b, documento on-line).
Acerca do comparecimento das partes, de suas formas de representação e 
das consequências advindas do comparecimento ou de sua ausência, esse é um 
tema que sofreu algumas mudanças profundas no histórico normativo recente. 
De modo bastante categórico, o art. 843 da CLT impõe como um dever o com-
parecimento pessoal das partes à audiência trabalhista, independentemente 
de seus causídicos comparecerem ou não. Faz-se apenas a exceção quando 
se tratar de reclamações plúrimas ou de ações de cumprimento, hipóteses 
em que os empregados poderão ser representados pelo ente sindical de sua 
categoria profissional ou econômica. Sobre ser um dever o comparecimento, 
Nascimento (1996, p. 239) expõe que, “[...] a audiência é ato procedimental 
concentrado que exige a presença da própria parte, que deverá não apenas 
contestar como também depor”.
O § 1º do artigo já analisado estabelece a possibilidade de o empregador 
ser “substituído” (o termo correto é “representado”, já que a ação trabalhista 
continua a tramitar contra o empregador, e não contra o preposto) por um 
preposto que tenha conhecimento dos fatos a serem discutidos. Antes de a 
Reforma Trabalhista entrar em vigor, existia um intenso debate jurisprudencial 
sobre a questão de o preposto dever ser necessariamente empregado do 
reclamado ou não. Existia a possibilidade de ele não o ser, para os casos de 
reclamação de empregados domésticos contidos na disposição do verbete 
da OJ nº 99 da SDI-1, e para os casos de pequenas e microempresas expostos 
no art. 54 da Lei Complementar nº 132/2006. Em virtude disso, o TST editou 
a Súmula nº 377, que, em seu verbete, exigia a qualidade de empregado ao 
preposto, exceto nos casos de reclamações domésticas ou contra micro 
e pequeno empresário. Todavia, o § 3º, inserido no art. 843 da CLT, com a 
A audiência 9
mencionada Reforma Trabalhista, solapou qualquer dúvida, rechaçando essa 
necessidade ao estatuir que: “O preposto a que se refere o parágrafo primeiro 
deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada” (BRASIL, 2017, 
documento on-line). Ou seja, a partir da entrada em vigor da Reforma, não se 
exige mais que o preposto seja empregado da parte reclamada. 
Outra dúvida usualmente levantada é se o advogado que atua na causa 
pode atuar como preposto do reclamado. Bezerra Leite (2019) levanta o dilema 
que existe entre o dever de sigilo dos advogados e a necessidade de o preposto 
ser conhecedor dos fatos a serem debatidos em audiência. No entanto, alguns 
julgados da SDI-1 (TST-E-RR 588317/1999.5, j. 26-9-2005, Rel. Min. Lelio Bentes 
Corrêa, SBDI-1, DJ 21-10-2005) (BRASIL, 2005c) vêm admitindo essa atuação 
dupla, algo que tem sido ainda mais fortalecido após a alteração trazida 
pelo § 3º do art. 843, dispensando a qualidade de empregado ao preposto.
O § 2º do art. 843 traz a possibilidade de o empregado se fazer substituir 
por outro, desde que integrante da mesma categoria profissional, ou por um 
representante sindical, desde que em caso de doença ou por outro motivo 
“poderoso”. Por mais que o termo utilizado no diploma celetista seja “pode-
roso”, o correto a se interpretar é motivo “ponderoso”, que cause ponderação 
ao juízo — ou seja, um motivo relevante para que se justifique o seu não 
comparecimento pessoal (BRASIL, 1943, documento on-line). Ademais, a sua 
representação por outro empregado ou por dirigente sindical serve apenas 
para que não se consolide o arquivamento da reclamação sem julgamento 
de mérito, haja vista que quem o representar não poderá confessar, transigir 
ou conciliar. 
Uma das hipóteses que pode ocorrer no curso do processo é a da ausência 
simultânea de reclamante e reclamado. Não existe um consenso doutriná-
rio nem jurisprudencialsobre o que deve ocorrer nesse caso emblemático. 
Há quem defenda que o juiz deverá julgar o processo no estado em que se 
encontra, distribuindo o ônus probatório de acordo com o quinhão de cada 
parte (se a matéria comportar dilação probatória fática) ou proferindo de 
plano a sentença, caso a matéria seja unicamente de direito. Bezerra Leite 
(2019, p. 632) tem um entendimento mais razoável, segundo o qual se deve 
aplicar a primeira parte do art. 844 da CLT: “O não comparecimento do re-
clamante à audiência importa o arquivamento da reclamação” e promover o 
arquivamento dos autos (BRASIL, 1943, documento on-line).
O mencionado art. 844 da CLT é que cuida das consequências das par-
tes na audiência. Ele designa que: “O não comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento 
do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato” 
A audiência10
(BRASIL, 1943, documento on-line). Para compreender melhor a dicção legal 
desse artigo, é melhor separar a hipótese do não comparecimento por parte 
do reclamante da hipótese do não comparecimento do reclamado, haja vista 
que suas consequências são diversamente onerosas para cada um.
Caso o autor não compareça, deverá ocorrer o arquivamento dos autos, 
em virtude da extinção do processo sem resolução do mérito (CPC, art. 267, VI; 
CPC, art. 485, VI) e em virtude da ausência do interesse de agir superveniente, 
uma das formas de carência da ação. O não comparecimento não equivale a 
uma desistência da ação (TST-RR 6570920125080119, Rel. Min. Aloysio Corrêa 
da Veiga, 6ª T., DEJT 23-5-2014)(BRASIL, 2014). A Reforma Trabalhista trouxe a 
inovação normativa que condena o reclamante que der causa ao arquivamento 
dos autos em virtude de não comparecimento a pagar as custas processuais, 
na forma do art. 789 da CLT, mesmo que beneficiário da Justiça Gratuita, exceto 
se houver motivo relevante que justifique a ausência. Tal pagamento é con-
dição para que o reclamante intente uma nova ação. Se, porém, o reclamante 
ocasionar dois arquivamentos consecutivos, sem motivo relevante, mesmo 
que pague a condenação das custas, ficará impedido de intentar qualquer 
nova ação pelo período de seis meses, conforme estabelecem os arts. 731 
e 732 da CLT.
Existindo a possibilidade de fracionamento da audiência, em audiência 
de prosseguimento (ou de instrução), pode haver o comparecimento do re-
clamante à inaugural (o que ilide o arquivamento), mas a sua ausência na 
audiência subsequente, hipótese essa que pode lhe gerar consequências 
processuais, como a confissão. Nesse caso, pode-se falar na sua confissão 
no que tange à matéria fática. Nesse sentido, o verbete da Súmula nº 9 do TST 
deixa claro que não há de se falar em arquivamento. No entanto, o verbete 
da Súmula nº 74, no seu item I, sustenta que, se o autor for intimado para 
audiência de prosseguimento e houver a cominação expressa da aplicação 
da confissão ficta caso ele falte, será aplicado esse ônus processual a ele 
(BRASIL, 2003a; 2016).
O não comparecimento da parte reclamada e a sua revelia (e confissão 
ficta quanto à matéria de fato) são os assuntos tratados na parte final do 
art. 844 da CLT. Mais bem definido conceitualmente é o art. 344 do CPC, que, em 
redação mais clara, dispõe: “Se o réu não contestar a ação, será considerado 
revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor” 
(BRASIL, 2015, documento on-line). Inicialmente, cumpre salientar que toda 
ausência à audiência inaugural por parte do reclamado importa revelia, mas 
pode haver revelia mesmo que ele compareça e deixe de apresentar defesa 
ou impugnar especificadamente os pontos fáticos levantados pelo autor. 
A audiência 11
Ademais, é importante dissociar a revelia da confissão ficta. Nesse sentido, 
Martins expõe que (2015, p. 318): 
Distingue-se a confissão da revelia. Revelia é a ausência de defesa do réu, que 
foi regularmente citado para se defender. Confissão é um dos efeitos da revelia. 
Havendo revelia, há presunção de serem considerados verdadeiros os fatos ale-
gados na inicial.
 Mesmo que haja a revelia, nada impede que o magistrado busque a verdade 
real dos fatos, como bem pontua Oliveira (2015, p. 61): 
Poderá [o magistrado] prosseguir na produção de provas, sempre que julgar neces-
sário. [...] em algumas [hipóteses] a revelia foi neutralizada, simplesmente porque 
a petição inicial havia ‘industriada’ os fatos, [...] restou comprovado que os fatos 
não eram verdadeiros. 
Dessa maneira, em alguns casos pelo depoimento do próprio autor, com 
peso de confissão real, pode-se chegar à verdade dos fatos, nulificando-se 
até os efeitos da revelia.
Cabe destacar também que a revelia não é uma pena ou uma condena-
ção — ela é uma condição, um ônus que o reclamado assume ao não propor 
sua defesa. Como consequência desse comportamento, são considerados 
presumidos como relativamente válidos os fatos narrados pela parte con-
trária. Outro efeito da revelia é a não intimação ou notificação para início 
da contagem dos prazos processuais e recursais (art. 346 do CPC). Todavia, 
o reclamado revel deve ser intimado da sentença proferida nos autos (conforme 
se depreende da parte final da redação do art. 852 da CLT).
Todavia, a revelia não é uma decorrência automática da ausência do recla-
mado. Os parágrafos do art. 844 da CLT trazem algumas excepcionalidades. 
Assim, não haverá revelia se (BRASIL, 1943, documento on-line): 
 � houver vários reclamados, e algum deles contestar a ação;
 � o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
 � a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei 
considere indispensável à prova do ato;
 � as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis 
(por exemplo, o reclamante alegar que trabalhou ininterruptamente 
por 50 horas seguidas por semana, ou qualquer outra coisa humana-
mente impossível) ou estiverem em contradição com prova constante 
dos autos.
A audiência12
Por fim, há de se trazer o entendimento jurisprudencial consagrado no 
verbete da Súmula nº 122 do TST, o qual assevera que: 
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda 
que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia 
mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, 
a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da 
audiência (BRASIL, 2005a, documento on-line).
Essa Súmula deve ser adequada ao entendimento de que não basta o 
advogado comparecer com a defesa da parte reclamada — esse fato por si só 
não ilide a revelia. Ademais, não é qualquer atestado que afasta o status de 
revel — é necessário que seja comprovada a impossibilidade de se deslocar 
até o local da audiência.
Revelia em ação rescisória — Súmula nº 398 do TST 
A ação rescisória é, para todos os efeitos, uma nova ação, e deve 
preencher a todos os requisitos de uma ação autônoma. Todavia, ao se falar 
de ação rescisória, não se aplica a revelia (e seus efeitos). Isso porque, como 
depreende o verbete da Súmula nº 398 do TST, nessa ação, “[...] o que se ataca é 
a decisão, ato oficial do Estado, acobertado pelo manto da coisa julgada. Assim, 
e considerando que a coisa julgada envolve questão de ordem pública, a revelia 
não produz confissão na ação rescisória” (BRASIL, 2017a, documento on-line).
Conciliação e instrução na audiência: 
ônus e meios probatórios
A conciliação é uma das tônicas do processo do trabalho; ela alicerça toda 
a tramitação processual e é um dos seus princípios fundamentais. Assim, 
ao se falar da conciliação na audiência trabalhista, há de se mencionar que há 
dupla tentativa conciliatória, primeiro na audiência inaugural (art. 846, CLT) e 
também antes de o magistrado proferir a sentença (art. 831, CLT), ainda que 
esses não sejam os únicos momentos em que ela pode ocorrer.
A conciliação pode se dar tanto processualmente (em qualquer momento 
do trâmite processual,inclusive na execução) quanto extraprocessualmente, 
por tentativa das próprias partes, sendo necessária a sua homologação por 
sentença para que tenha plena validade. É importante destacar que não cabe 
A audiência 13
recurso do termo homologado na conciliação, exceto para a Previdência Social, 
sobre as suas respectivas contribuições previdenciárias devidas.
Assim, a conciliação deve ser algo buscado antes mesmo do início da 
audiência propriamente dita e é tida como uma condição de validade da 
sentença trabalhista (dada a sua obrigatoriedade de ser proposta antes da 
prolação da sentença), ainda que ela não fique restrita a esses dois momentos 
processuais. Assim, ela deve ser perseguida em diversas ocasiões processuais 
e tentada sempre que possível.
Há de se concluir que não há um direito líquido e certo de que o acordo 
firmado entre as partes no momento conciliatório seja homologado (LEITE, 
2019, p. 651). O juiz não está obrigado a ratificar algo que seja flagrantemente 
ilegal ou que viole direitos e garantias fundamentais, por exemplo. O inde-
ferimento do acordo formulado não viola direito líquido e certo, ainda que 
caiba ao magistrado fundamentar a sua decisão de não homologar o acordo 
apresentado (art. 93, IX, da CF/1988). Por causa desse entendimento, o TST 
editou a Súmula nº 418, que estabelece em seu verbete que a homologação de 
acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável 
pela via do mandado de segurança. Nesse caso, só será cabível o mandado de 
segurança caso não haja fundamentação da rejeição dos termos do acordo 
por parte do juiz da causa (BRASIL, 2017b).
A instrução processual pode ser compreendida como uma fase da au-
diência una ou como uma audiência fracionada apenas com esse intuito, a 
qual recebe a nomenclatura de audiência de prosseguimento ou audiência 
de instrução. O momento instrutório serve para que o magistrado colete as 
provas necessárias para formar o seu livre convencimento motivado, o qual 
versará sobre os fatos narrados pelo reclamante, pelo reclamado ou por um 
terceiro que necessite intervir para fornecer elementos básicos de formação 
desse convencimento material. Por esses motivos, o art. 832 da CLT determina 
que, na sentença, o magistrado aprecie as provas trazidas aos autos.
Há de se pontuar que a redação celetista acerca da instrução probatória 
contida no art. 848 é bastante econômica e escassa. Assim, é necessário 
se socorrer, por meio do art. 769 da CLT, das disposições do CPC. O art. 848 
da CLT enuncia que, após finalizada a defesa, inicia-se a instrução, com o 
interrogatório dos litigantes. A sistemática laboral do ônus da prova e dos 
meios probatórios se encontra disciplinada nos arts. 818 a 830 da CLT, os 
quais serão abordados adiante.
O ônus da prova é uma pertinência jurídica que se desdobra no questio-
namento: quem deve provar o quê? Certamente que a resposta mais insólita 
A audiência14
é a redação antiga do art. 818 da CLT: cada um deve provar aquilo que alega. 
Todavia, essa é uma resposta muito parca para um assunto tão complexo. 
Por causa dessa escassez normativa, a Reforma Trabalhista trouxe uma nova 
redação ao artigo em tela, que o aproximou das definições legais contidas no 
CPC, que eram bem mais robustas. De maneira sintética, como ainda o faz o 
art. 818 celetista, o ônus da prova incumbe (BRASIL, 1943, documento on-line):
 � ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; ou
 � ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do reclamante.
Todavia, a própria CLT, nos parágrafos do art. 818, traz algumas hipóteses 
de distribuição diversa do ônus da prova. Assim, em função de dificuldade 
excessiva (ou impossibilidade), ou em virtude de uma maior facilidade para a 
apresentação da prova e de sua ratificação em juízo, o ônus probatório pode 
ser atribuído de modo diverso pelo juízo, desde que por decisão fundamentada 
(que aponte a impossibilidade ou grande dificuldade de uma parte em provar, 
e, consequentemente, a maior facilidade da outra em assumir tal ônus), sempre 
dando à parte recém-incumbida o ônus de se desincumbir.
Tal distribuição pouco ortodoxa determinada pelo juízo deve ser profe-
rida logo que aberta a instrução, e ela gera o fracionamento automático da 
audiência, em respeito ao princípio da não surpresa, dando tempo para que 
a parte incumbida desse novo ônus possa se programar para tal novidade. 
Ademais, há de se ter o entendimento de que a distribuição diversa do ônus 
probatório não pode gerar a situação adversa de impor uma impossibilidade 
ou uma dificuldade extrema da parte em se desincumbir de seu novo ônus. 
Isso vale sob pena de violar o devido processo legal e o princípio da igual-
dade (por mais que vigore o princípio da hipossuficiência do reclamante no 
processo do trabalho). 
No que tange ao caput do art. 818, não existe muita incerteza sobre a 
primeira parte de sua disposição. Cabe ao reclamante provar os fatos cons-
titutivos dos seus direitos, como (BRASIL, 1943, documento on-line): 
 � provar o vínculo empregatício com os requisitos legais;
 � provar o trabalho noturno ou extraordinário;
 � provar o eventual dano moral alegado, dentre outras proposições 
petitórias possíveis.
A audiência 15
Já quanto ao reclamado, ele tem que dar existência a fatos que sejam 
impeditivos, extintivos ou modificativos. Assim, quando se fala de fato im-
peditivo, o reclamado até reconhece que o alegado pelo reclamante existiu, 
de fato, mas opõe outro fato que lhe impede os efeitos (MARQUES, 1999) — 
por exemplo, compensação de horários ou folgas compensatórias. Quando 
se fala de fatos extintivos, se está diante de fatos que se opõem ao direito 
alegado, negando-o — ou seja, que se o fato alegado pelo reclamante por-
ventura existiu, ele cessou antes da propositura da ação. Um bom exemplo 
disso é a quitação das verbas devidas, com recibo ou qualquer outro título 
probatório. Os fatos modificativos, por fim, não negam o fato constitutivo, mas 
alteram de sobremaneira os seus efeitos jurídicos — por exemplo, alegando 
que o trabalho prestado era com fins altruísticos e voluntários, não sendo 
devida remuneração, e que sequer eram obrigatórios.
Existem casos em que o ônus da prova não está designado a uma das 
partes, mas que ela acaba por atraí-lo. Esse é o exemplo dado pelo verbete da 
Súmula nº 212. Cabe ao empregado provar a relação de emprego; no entanto, 
caso o reclamado não negue a prestação de serviços, atrai o ônus de se 
desincumbir disso, tendo que provar a existência de uma relação de trabalho 
diversa da relação empregatícia. Nesse sentido, assevera o verbete da Sú-
mula mencionada que: “O ônus de provar o término do contrato de trabalho, 
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado” (BRASIL, 2003d, documento on-line). Assim, cria-se 
uma presunção relativa de veracidade, e inverte-se o ônus da prova, caso 
não se negue a prestação de serviços.
Já acerca dos meios probatórios, eles dizem respeito ao modo como se 
prova algo nos autos. Para responder corretamente à indagação sobre como 
se pode provar algo, é necessário combinar o art. 5º, LVI, da CF/1988 com o 
art. 369 do CPC. De modo geral, admite-se todo e qualquer meio de prova, 
desde que legal e moralmente legítimo, desde que não obtido por meios de 
provas ilícitos, ainda que não especificados textualmente nos diplomas legais. 
Em síntese, qualquer meio que não seja ilegal ou imoral, ainda que não previsto 
especificamente no CPC (ou na CLT, que é mais restrita ainda), é admitido no 
processo do trabalho. Diante dessa conceituação, os meios de prova mais 
usuais serão analisados de maneira sintética a seguir.
Um dos principais meios probatórios é o depoimento pessoal ou interro-
gatório, previsto no caput do art. 848. Ele pode se dar de ofício pelo juízo ou 
a requerimento de qualqueruma das partes. É importante deixar claro que 
a principal função do depoimento ou do interrogatório das partes é alcançar 
A audiência16
a confissão (ficta ou real) sobre determinado ponto controvertido. Nesse 
sentido, Carrión (2006, p. 632) considera que: "A confissão é a declaração, pela 
parte, da verdade dos fatos afirmados pelo adversário e contrário a quem faz; 
restringe a indagação do juiz". Ela é a assunção de fatos que fazem prova em 
prol da outra parte processual. Há de se levar em conta o entendimento de 
Bezerra Leite (2019, p. 743), o qual compreende que, caso o magistrado não 
determine o depoimento pessoal (interrogatório) da parte, a parte contrária 
pode requerê-lo, de modo fundamentado, com base no art. 820 da CLT.
Um dos meios probatórios mais usuais no processo do trabalho é a prova 
testemunhal. Por mais que seja tida por alguns juristas como o meio de prova 
menos robusto e mais susceptível de inconsistências e, por isso, mais inse-
guro (GIGLIO, 2005), no processo laboral, não raras vezes, ela é o único meio 
probatório constitutivo de prova, algo que de maneira alguma a invalida por si 
só. O que importa é a qualidade dos fatos narrados no discurso testemunhal 
e como ele é capaz de influenciar no convencimento fundamentado do juízo 
(arts. 765 da CLT e 371 do CPC).
Existem algumas limitações legais sobre quem pode testemunhar (ou sobre 
quem está apto a testemunhar). Nesse ponto, a CLT é bastante econômica 
em seu art. 829, que limita a condição de testemunha e estabelece que quem 
for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das 
partes não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples 
informação. Ou seja, essas pessoas que podem ter algum interesse indireto na 
causa não podem ser ouvidas como testemunhas, somente como informantes, 
e seu depoimento terá que ser sopesado com o seu grau de relacionamento 
com a parte envolvida. 
Dada a escassez normativa do artigo citado, é necessário buscar no 
art. 447 do CPC, nos parágrafos 2º, 3º e 4º, outros elementos limitativos da 
condição de testemunha: é necessário que ela seja pessoa civilmente capaz, 
não impedida e não suspeita. Ademais, o art. 228 do Código Civil inadmite 
como testemunhas (BRASIL, 2015, documento on-line):
 � os menores de 16 anos;
 � o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
 � os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o 
terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade.
Isso porque todos eles podem ter, em menor ou maior grau, algum interesse 
no deslinde da causa em prol de alguma das partes.
A audiência 17
Acerca da suspeição ou impedimento de testemunhas que sejam parte 
em processos contra o mesmo empregador, o TST já firmou o entendimento 
jurisprudencial na Súmula nº 357, que, em seu verbete, aduz que: “[...] não 
torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter liti-
gado contra o mesmo empregador” (BRASIL, 2003e, documento on-line). Esse 
entendimento foi firmado levando em conta que não haja outro impedimento 
para que a testemunha atue, como ser amigo íntimo da parte ou seu parente. 
Assim, para que ela seja suspeita, é necessário que haja outro elemento que 
comprove essa condição, além do fato de estar litigando contra o mesmo 
reclamado.
Em termos quantitativos, o processo do trabalho, em seu rito ordinário, ad-
mite que sejam indicadas três testemunhas, exceto para os casos de inquérito 
de apuração de falta grave, quando se dobra essa quantidade, admitindo-se 
até seis por cada parte (art. 821 da CLT). Há um regramento diferenciado para 
o procedimento sumaríssimo, no qual só são admitidas duas testemunhas por 
cada parte (art. 852-H, § 2º da CLT). O número total de testemunhas poderá 
ser excedido quando o próprio juízo indicar que alguém deverá ser ouvido na 
qualidade de testemunha, mesmo que não seja alguém apresentado pelas 
partes — é a figura doutrinária da “testemunha do juízo” (autorizada pela 
inteligência dos arts. 769 da CLT e 15 do CPC).
No processo do trabalho, diferentemente do que ocorre no processo 
civil comum, não é necessária a apresentação do rol de testemunhas. Cabe 
às partes comparecerem acompanhadas de suas respectivas testemunhas 
(art. 845 da CLT). Dessa maneira, mesmo que o nome das testemunhas já tenha 
sido anteriormente mencionado, como na petição inicial, não há vedação para 
que elas sejam substituídas por ocasião da audiência, sem que haja comu-
nicação prévia, já que as testemunhas comparecem independentemente de 
comunicação oficial (art. 825 da CLT). Nesse sentido, caso convidadas e não 
compareçam, o parágrafo único determina a intimação das testemunhas, de 
ofício ou a requerimento da parte, podendo até mesmo serem conduzidas 
coercitivamente (nos termos do art. 455, § 5º do CPC), caso não tenham algum 
motivo justificável para a ausência. Isso porque elas sequer podem alegar que 
não podem faltar ao trabalho, já que esses dias devem ser abonados, conforme 
dispõe o art. 822 da CLT. Mesmo entendimento é aplicado ao empregado que 
figure como parte na ação trabalhista (conforme elucida o verbete da Súmula 
nº 155 do TST) (BRASIL, 2003c).
Com relação ao depoimento prestado pelas testemunhas, há uma pe-
quena diferença normativa acerca de sua inserção nos autos do processo. 
No procedimento ordinário, segundo o art. 828 da CLT, os depoimentos devem 
A audiência18
ser reduzidos a termo pelo juiz da causa. No procedimento sumário, a Lei 
nº 5.584/1970, em seu art. 2º, § 3º, dispensa o resumo dos depoimentos, de-
vendo constar apenas a conclusão do juiz sobre os fatos narrados. Quando se 
tratar de procedimento sumaríssimo, o art. 852-F da CLT enuncia que apenas 
as afirmações e informações úteis devem ser resumidas e registradas na ata 
de audiência. 
A testemunha, em momento prévio ao seu depoimento, deve ser qualifi-
cada, com a indicação de seu nome, nacionalidade, profissão, idade, residência 
e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando 
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais (CLT, art. 828), prestando o com-
promisso de dizer a verdade. Após sua qualificação, poderá a parte contrária 
contraditá-la, arguindo o que achar devido (que é impedida ou suspeita, por 
exemplo). Caso a testemunha não fale a língua oficial, o depoimento deverá 
ser feito por meio de intérprete juramentado (CLT, art. 819). O § 2º desse 
artigo estabelece que as despesas da tradução serão arcadas pela parte 
sucumbente, exceto se beneficiária da justiça gratuita.
Diferentemente da prova testemunhal, a prova documental não possui uma 
seção exclusiva de destaque no texto celetista. Existem alguns artigos, como 
os arts. 777, 780, 787 e 830 da CLT, que fazem menção a documentos e provas, 
mas sem um tratamento detido sobre os documentos como meios probatórios. 
Daí a necessidade de se aplicar supletiva e subsidiariamente o processo civil 
comum às regras sobre prova documental no processo do trabalho (LEITE, 
2019). Assim, hermeneuticamente, há de se compreender que os documentos 
que estiverem na posse do reclamante e do reclamado devem ser anexados 
aos autos na primeira oportunidade que tiverem de falar nos autos, seja na 
petição inicial (art. 787 da CLT) ou na defesa (art. 434 do CPC), ante o preceito 
da bilateralidade da ação e o devido tratamento igualitário entre as partes. 
Caso o documento não seja juntado na primeira oportunidade, o juiz pode 
indeferir o pedido de fracionamento da audiência para que o documento seja 
juntado posteriormente (desde que não haja fundamento para tal) e pode 
ocorrer a desconsideração de documento juntado a posteriori e a preclusão 
da matéria tratada. 
Ademais, com a nova redação do art. 830 da CLT, os documentos colaciona-
dos aos autos podem ser declarados como autênticos pelo próprio advogado, 
sob sua responsabilidade pessoal. Havendo impugnação da autenticidade 
pela parte contrária, o advogado será intimado para trazer os originaispara 
conferência, podendo responder criminalmente se atestada a falsidade do 
documento.
A audiência 19
Todas as vezes que algum fato alegado pela parte demandar um conheci-
mento técnico, científico ou acadêmico específico, o juiz poderá se valer de 
um assistente denominado perito na área, o qual é considerado um auxiliar 
da justiça (art. 156 do CPC). Leite (2019, p. 759) define que “[...] a prova pericial 
pode consistir em exame, vistoria ou avaliação, cabendo ao expert elaborar 
laudo pericial, que conterá os dados técnicos necessários ao esclarecimento 
dos fatos e à formação da convicção do juiz”. Por mais que a perícia possua 
uma pujança técnica e científica, um verdadeiro argumento de autoridade, 
não contido em outras provas, ela não é vinculante ao juiz, o qual pode re-
jeitar a perícia, desde que se embase em outros critérios para fundamentar 
sua decisão.
Há de se fazer uma breve distinção entre a figura do perito e a do assis-
tente técnico (que não presta compromisso). O perito é nomeado pelo juízo 
e presta compromisso com a verdade, não estando adstrito a nenhuma das 
partes, apenas sendo remunerado pela sucumbente (art. 790-B da CLT). Já o 
assistente técnico não presta compromisso e tem o dever de auxiliar a parte, 
sendo por ela remunerado, independentemente de ela ser a sucumbente ou 
não. Cabe ao juiz arguir os peritos ou os técnicos e rubricar os laudos dos 
técnicos a serem acostados aos autos, conforme determina o art. 827 da CLT.
Quando se tratar de audiência de processo submetido ao rito suma-
ríssimo, o art. 852-H, em seu § 4º, prevê a suspensão e remarcação 
da audiência, no caso de necessidade de prova técnica exigida pelo fato a ser 
analisado, cabendo às partes se manifestar sobre o laudo no prazo comum de 
cinco dias.
Por fim, há de se falar da inspeção judicial como meio de prova. A CLT 
não regula especificamente essa matéria, todavia, com base no princípio 
inquisitivo (art. 765 da CLT), afigura-se possível a aplicação supletiva do 
art. 481 do CPC, podendo o juiz a qualquer tempo ou fase do processo “[...] 
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse 
à decisão da causa” (BRASIL, 2015, documento on-line). O art. 482 do CPC faculta 
a possibilidade de o juiz ser auxiliado ou assistido por um ou mais peritos. 
É prática forense que o juiz não compareça presencialmente e sim expeça 
mandado de verificação a ser cumprido pelo oficial de justiça, evitando o seu 
A audiência20
deslocamento até o local e apenas apreciando a certidão consubstanciada 
a ser exarada pelo meirinho.
O art. 483 estabelece alguns requisitos para que a inspeção judicial acon-
teça (BRASIL, 2015, documento on-line):
 � que o magistrado julgue necessária a inspeção para melhor verificação 
ou interpretação dos fatos que deva observar;
 � que a coisa não possa vir a ser apresentada em juízo sem consideráveis 
despesas ou graves dificuldades; ou
 � para que se determine a reconstituição dos fatos.
Todos esses preceitos relativos à inspeção judicial civilista são plenamente 
aplicáveis ao processo do trabalho.
Por fim, há de se concluir que os meios de prova são vastos e bastante 
mutáveis com o tempo, sempre surgindo novas maneiras de se provar algo. 
Por isso, a CLT não é taxativa em prevê-los ou elencá-los. Dessa maneira, 
neste capítulo, foram apresentados apenas os principais, sem se excluir 
outros que existam ou possam vir a ser formulados pelas partes no trâmite 
de um processo.
Inversão do ônus da prova do processo do trabalho 
A jurisprudência vem admitindo a inversão do ônus da prova, miti-
gando a rigidez da redação do caput do art. 818 da CLT e do caput do art. 373 
do CPC, aplicando, mutatis mutandis, a disposição do art. 6º, VIII, do Código de 
Defesa do Consumidor. Um dos exemplos dessa inversão do ônus probatório é a 
questão dos cartões de ponto e do registro de horário para fins de comprovação 
de horas extras, contida no verbete da Súmula nº 338 do TST (BRASIL, 2005b). 
Referências
BRASIL. Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Resolução nº 94, de 23 de março de 
2012. Institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT como 
sistema de processamento de informações e prática de atos processuais e estabelece 
os parâmetros para sua implementação e funcionamento. Diário Eletrônico da Justiça 
do Trabalho, Brasília, DF, n. 946, 26 mar. 2012. Caderno Jurídico do Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho, p. 5-12. Disponível em: http://www.csjt.jus.br/c/document_library/
get_file?uuid=9b2979a4-718e-4f8a-ab34-65cb9da49d9b&groupId=955023. Acesso em: 
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A audiência 21
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126, 127, 128, 129, 134 e 168 da Constituição Federal, e acrescenta os arts. 103-A, 103B, 
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DF: TST, 2003a. Disponível em: http://www.tst.jus.br/sumulas. Acesso em: 10 dez. 2020.
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DF: TST, 2005a. Disponível em: http://www.tst.jus.br/sumulas. Acesso em: 10 dez. 2020.
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A audiência22
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da empresa. Relator: Min. Lelio Bentes Corrêa, 26 set. 2005c. Disponível em: https://
tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1931612/embargo-em-recurso-de-revista-e-
-rr-5883172119995015555-588317-2119995015555/inteiro-teor-10295680. Acesso em: 
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em: https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/120958631/recurso-de-revista-
-rr-6570920125080119/inteiro-teor-120958653. Acesso em: 10 dez. 2020.
CARRIÓN, V. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 31. ed. São Paulo: 
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Leituras recomendadas
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2013.
SARAIVA, R. Curso de Direito Processual do Trabalho. 11. ed. São Paulo: Método, 2014.
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A audiência 23

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