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URI – UNIVERSIDADE REGIONAL 
INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
CURSO DE MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ELISIANE SALETE MENZEN
Frederico Westphalen, novembro, 2017.
ELISIANE SALETE MENZEN
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Matemática na URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus de Frederico Westphalen, como requisito para obtenção de Grau de Licenciado em Matemática.
Orientadora: Profª Janine da Rosa Albarello.
Frederico Westphalen, Novembro de 2017. 
 URI – UNIVERSIDADE REGIONAL 
INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
CURSO DE MATEMÁTICA
Comissão examinadora
	
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Elaborada por:
ELISIANE SALETE MENZEN
Como registro para obtenção do grau de 
Licenciada em Matemática.
COMISSÃO EXAMINADORA
Frederico Westphalen, novembro, 2017.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, porque sem ele não podemos realizar trabalho algum, posteriormente a minha família que sempre deu força, coragem e constante apoio para seguir em busca dos meus objetivos.
AGRADECIMENTO
Primeiramente a Deus, que se fez presente nos momentos mais difíceis, me guiando com sua fonte de luz.
Aos meus pais e demais familiares que sempre estiveram presentes em cada passo desta jornada, ofertando a força, amor e uma imensa dose de paciência.
Aos meus amigos pelas palavras de carinho e por terem aguentado pacientemente minha ausência.
Aos professores, pela dedicação e desempenho.
A minha orientadora, professora Janine da Rosa Albarello e coorientadora Quielen Rosa Souza Albarello, pela dedicação, prontidão nas orientações e incentivos nos momentos de fraqueza.
A todos aqueles que acreditaram e contribuíram para que este sonho se concretizasse.
IDENTIFICAÇÃO
Instituição de Ensino/Unidade
URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Frederico Westphalen
Direção do Campus
Diretor Geral: Profª. Silvia Regina Canan
Diretora Acadêmica: Profª. Elisabete Cerutti
Diretor Administrativo: Prof.Clóvis Quadros Hempel
Departamento/Curso
Departamento de Ciências Exatas e da Terra – Coordenador: Prof. Dr. Antonio Vanderlei dos Santos
Curso de Matemática – Coordenador: Prof. Dr. Carmo Henrique Kamphorst
Disciplina
Trabalho de Graduação II
Orientadora
Profª Msc. Janine da Rosa Albarello
Coorientadora
Profª Msc. Quielen Rosa Souza Albarello
Orientanda
Elisiane Salete Menzen
LISTA DE ABREVATURAS
ENEM: Exame Nacional de Ensino Médio;
IBOPE: Instituto Brasileiro de Opinião Publica e Estatísticas;
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e estatística
IV: Quatro (algarismos romanos)
LDB: Lei de Diretrizes e Bases;
OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico;
PISA: Programme for international srudent asessmente (da organização para a cooperação e desenvolvimento econômico.)
PNAD: Plano Nacional de Amostra por domicilio;
SISU: Sistema de Seleção Unificada;
RCNEI: Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil;
UNESCO: Organização para a Educação, a Ciência e a cultura das Nações Unidas.
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo analisar como os professores da educação infantil, abordam a matemática a partir do que aprenderam enquanto graduandos de Pedagogia. Bem como verificar se os conteúdos de Matemática são trabalhados durante a formação dos discentes, observando as atividades de sala de aula e comparar a realidade trabalhada com as referências Curriculares Nacionais da Educação Infantil, demonstrando a importância do lúdico no ensino aprendizagem da matemática. O eixo principal deste trabalho fundamenta-se em discutir e destacar a importância do ensino de Matemática na Educação Infantil. A Matemática é fundamental em nossas vidas e, se não trabalhada desde cedo de forma divertida, pode ser uma das causas de grande parte das frustrações matemáticas do futuro. Através das obras pesquisadas, buscou-se demonstrar que os alunos desenvolverão melhor os conceitos matemáticos através do lúdico, e desta forma serão melhores preparados para os estudos futuros. As brincadeiras, para o aprendizado da Matemática, devem ser dirigidas e com finalidades, desenvolvendo assim capacidades importantes como: a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção e a atenção. Para que o resultado seja positivo o professor deve estar preparado e abusar da criatividade proporcionando prazer em aprender aos alunos. A pesquisa é de natureza bibliográfica, com o objetivo de colher informações sobre um problema que busca-se uma resposta, uma vez que é percebida a necessidade da adoção de novas técnicas que incentivem o ensino e a aprendizagem dos alunos em matemática.
Palavras chave: ensino infantil, matemática, lúdico.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA...................................................................................................................04
AGRADECIMENTO...........................................................................................................05
IDENTIFICAÇÃO...............................................................................................................06
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................07
RESUMO...............................................................................................................................08
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................13
2.1 Contextualização - Educação.............................................................................13
2.1.1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional..............................................13 
2.2 Educação no Brasil ...................................................................................................... 14
2.2.1 Organização e Estrutura.....................................................................................14
2.2.2 Educação Infantil...............................................................................................16
2.2.3 EnsinoFundamental............................................................................................17
2.2.4 Ensino Médio.....................................................................................................18
2.2.5 Ensino Superior..................................................................................................19
2.2.6 Educação de Jovens e Adultos...........................................................................20
2.3 A Matemática na Educação Infantil..................................................................20
2.3.1 A Importância do Lúdico na Matemática em Educação Infantil....;....................21
3 METODOLOGIA.....................................................................................................25
4 RESULTADOS..................................................................................................................26
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................28
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................................29
1 INTRODUÇÃO
A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelas crianças e oferece aos homens, em geral, várias situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Durante quinze anos trabalhando com educação infantil, depara-se em muitos momentoscom situações nas quais percebe-se a necessidade de parar e refletir sobre a prática, a forma como se conduzia o processo de aprendizagem e o porquê de muitas vezes não se obter os resultados esperados. Muitas vezes, buscou-se em livros e revistas especializadas “receitas” de como fazer a criança aprender, em especial à matemática.
Foram muitas as tentativas e muitos os caminhos percorridos até chegar a compreenção que o que faltava era uma reflexão acerca daquilo que se pensava saber, sobre o que foi ensinado a respeito da construção dos números pela criança, e a forma como se relacionava esses conhecimentos com a prática.
Assim, elaborou-se as seguintes questões sobre as quais julgou-se importante refletir: quais as concepções de aprendizagem apresentadas pelo professor que ensina na Educação Infantil e como eles articulam com a prática, os conhecimentos teóricos adquiridos em sua formação inicial.
No intuito de tentar encontrar respostas a essas perguntas inicia-se a presente pesquisa, que teve como objetivo geral analisar as relações existentes entre a teoria estudada 
na formação inicial e a prática desenvolvida pelos professores nas salas de aula da Educação Infantil. Tendo como objetivos específicos analisar como os professores da educação infantil abordam a matemática a partir do que aprenderam enquanto graduandos de Pedagogia. Bem como verificar se os conteúdos de Matemática são trabalhados durante a formação dos discentes, observando as atividades de sala de aula e comparando a realidade trabalhada com as referências Curriculares Nacionais da Educação Infantil, demonstrando a importância do lúdico no ensino aprendizagem da matemática.
	Refere-se, neste trabalho, a uma prática voltada para ensino da matemática para crianças da educação infantil e, para uma teoria que estudada na formação inicial, explique o processo do aprendizado da matemática pela criança, fundamentando o trabalho do professor.
Neste sentido, a importância do trabalho consiste em refletir sobre a questão do ensino da matemática na educação infantil, sobre os professores que atuam nesta área e suas concepções de aprendizagem.
Várias pesquisas são relacionadas às especificidades da educação infantil que são: o cuidar, e o educar; as políticas; a história; os objetivos e as finalidades. No entanto, elas revelam um recorte nos estudos estabelecendo uma separação entre as pesquisas relacionadas às especificidades da educação infantil e o processo de ensino aprendizagem.
As crianças são curiosas, querem saber, já vem para a escola com uma carga de conhecimentos prévios, de hipóteses sobre a leitura e a escrita que veem no mundo. Deste modo, a questão não é simplesmente discutir se deve ou não ensinar já na educação infantil, mas sim como fazê-lo.
A pretensão aqui é ampliar essa discussão com vistas a compreender melhor a dinâmica desse processo dentro das salas de educação infantil. Pretende-se mostrar com a pesquisa que o estudo não somente é necessário em termos de provocar reflexões como também pode trazer contribuições para a construção de novos caminhos à prática dos professores na educação infantil. A proposta aqui não é uma 
crítica à prática existente, mas um trabalho que possa colaborar com ela para tentar melhorá-la.
Acredito que a educação infantil deva atender as crianças pequenas em suas necessidades emocionais, sociais, afetivas, físicas, num espaço onde as ações desenvolvidas estejam voltadas também para o desenvolvimento do conhecimento, da criatividade e da autonomia. Para tanto, é preciso que este espaço seja um ambiente estimulante e rico em desafios, um espaço no qual a criança, entre tantas habilidades desenvolvidas, possa também ampliar seu universo cultural por meio do contato com os números reconhecendo sua função comunicativa.
A investigação realizada mostra sua relevância na medida em que pesquisa um contexto específico, a articulação entre a teoria estudada na formação inicial em nível universitário e a prática utilizada pelos professores que ensinam na educação infantil.
Em uma análise, mesmo ingênua, do quadro de professores que atuam na educação infantil da rede pública de ensino em Frederico Westphalen, especialmente na escola onde a pesquisadora atua, percebe-se que, gradativamente, os professores com formação apenas no curso normal em nível médio ou com alguma complementação, estão sendo substituídos por profissionais com formação em Pedagogia.
Assim, nota-se no cotidiano, a busca dos professores por uma melhor qualidade na formação, por novos cursos, treinamentos, leituras e encontros em que possam realizar trocas de experiências. Está claro que a experiência de ser professor não é um mero “passar de tempo” com crianças. É notável o comprometimento profissional e a vontade de acertar. Então é preciso encontrar os caminhos.
Ao professor, cabe conhecer também seus alunos e buscar o melhor caminho para o desenvolvimento do seu trabalho de orientação da aprendizagem. Deste modo, propõe-se a pesquisar o que os professores da educação infantil sabem sobre o processo de aprendizagem da matemática, e como este professor articula seus conhecimentos teóricos com a prática.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O presente capitulo esta dividido em três partes. Na primeira será abordada a contextualização da educação: que tem como objetivo apresentar as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.na segunda destaca-se a historia da educação no Brasil: que visa explanar um pouco de como surgiu o processo educacional, bem como sua organização e estrutura.e a terceira parte traz a matemática na educação infantil: onde é abordado a importância do lúdico nas atividades de Matemática.
2.1 Contextualização- Educação
Considera-se importante contextualizar o tema para que assim consiga-se visualizar e compreender o assunto no texto que segue.
2.1.1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
A LDB - Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394 foi promulgada em 20 de dezembro de 1996. Assim, ela vem abrangendo os mais diversos tipos de educação: educação infantil (agora sendo obrigatória para crianças a partir de quatro anos); ensino fundamental; ensino médio (estendendo-se para os jovens até os 17 anos). Além de outras modalidades do ensino, como a educação especial, indígena, no campo e ensino a distância. Cabe aos brasileiros, segui-la, tornando a educação muito mais humana e formativa. Mesmo porque o sistema educacional envolve a família, as relações humanas, sociais e culturais.
É por meio da LDB que encontramos os princípios gerais da educação, bem como as finalidades, os recursos financeiros, a formação e diretrizes para a carreira dos profissionais da educação. Além disso, essa é uma lei que se renova a cada período, cabendo à Câmara dos Deputados atualizá-la conforme o contexto em que se encontra nossa sociedade. Como exemplo, antes o período para terminar o ensino fundamental era de oito anos. Após a atualização da LDB, o período se estendeu para nove anos, com idade inicial de seis anos. Outras atualizações foram feitas, como a revogação dos parágrafos 2º e 4º do Artigo 36, da seção IV, que trata do ensino médio. Daí a importância de sua publicação, visando nortear o povo, assegurando-lhe seus direitos e mostrando os seus deveres.
Desde sua promulgação, ocorreram várias atualizações na LDB. A última atualização ocorreu em março de 2017, por meio da Lei nº 13.415. Essas alterações visam buscar melhorias para a nossa educação, sempre primando pelo direito universal à educação para todos.
2.2 Educação no Brasil
A educação é um processo coletivo que vem sendo construído ao longo dos anos, permitindo que os homens criem padrões de comportamento, assimilem e compartilhem novos conhecimentos
A partir das relações que estabelecem entre si, os homens criam padrões de comportamento, instituições e saberes, cujo aperfeiçoamento é feito pelas gerações sucessivas, o que lhes permite assimilar e modificar os modelos valorizados em uma determinada cultura. É a educação, portanto, que mantém viva a memória de um povoe dá condições para a sua sobrevivência. Por isso dizemos que a educação é uma instância mediadora que torna possível a reciprocidade entre indivíduo e sociedade. (ARANHA, 2005, p.15)
No contexto da educação escolar, a importância dada às disciplinas revela um compromisso em garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, pois estes se constituem como instrumentos para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania e a atuação no sentido de reformular os conhecimentos, as imposições de crenças e valores. Através da educação estamos tratando do ato de educar, orientar, acompanhar e nortear seu desenvolvimento.
2.2.1 Organização e estrutura
A educação no Brasil, segundo o que determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) deve ser gerida e organizada separadamente por cada nível de governo. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação.
Segundo dados da UNESCO, em 2012, o analfabetismo ainda afetava 8,7% da população (ou 13,9 milhões de pessoas). Além disso, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE, 18,3% dos brasileiros eram classificados como analfabetos funcionais em 2012. No entanto, o Instituto Paulo Montenegro, organização vinculada ao IBOPE, estimou que cerca de 27% dos brasileiros eram analfabetos funcionais em 2012. Estes índices, no entanto, variam muito entre os estados do país. Segundo dados do IBGE, em 2011 o tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 25 anos foi, em média, de 7,4 anos. A qualidade geral do sistema educacional brasileiro ainda apresenta resultados fracos. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2012, elaborado pela OCDE, o país foi classificado nas posições 55ª em leitura, 58ª em matemática e 59ª em ciências, entre os 65 países avaliados pela pesquisa.
O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós-graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, desde que o aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou auditiva. Outro requisito é ter um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma prova realizada pelo Ministério da Educação, utilizada para avaliar a qualidade do ensino médio e cujo resultado serve de acesso a universidades públicas através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O Enem é o maior exame do país e o segundo maior do mundo, atrás somente do vestibular da China. Em 2012, cerca de 11,3% da população do país tinha nível superior.
A educação brasileira é regulamentada pelo Governo Federal, através do Ministério da Educação, que define os princípios orientadores da organização de programas educacionais. Os governos locais são responsáveis por estabelecer programas educacionais estaduais e seguir as orientações utilizando os financiamentos oferecidos pelo Governo Federal. As crianças brasileiras têm que frequentar a escola no mínimo por nove anos, porém a escolaridade é normalmente insuficiente. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece que "educação" é um direito para todos, um dever do Estado e da família, e está a ser promovida com a colaboração da sociedade, com o objetivo de desenvolver plenamente o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação nos trabalhos com vista ao bem-estar comum, preparando os indivíduos e a sociedade para dominar recursos científicos e tecnológicos que permitirão a utilização das possibilidades existentes, defesa, difusão e expansão do patrimônio cultural, condenando qualquer tratamento desigual resultante de cunho filosófico, político ou de crença religiosa, assim como qualquer classe social ou de preconceitos raciais.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é, sem dúvida nenhuma, um grande marco para a educação contemporânea à medida que promove a universalização do ensino. Nela está garantida a educação de qualidade para todos, sendo um dever do Estado oferecê-la com igualdade a todos os cidadãos independente de origem, raça ou religião.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL,2008) 
A educação é um processo cíclico que continua a evoluir com uma queda considerável no analfabetismo e um grande aumento de alunos no ensino superior, no entanto fica claro que a história da educação no Brasil desde seu início influiu e ainda influi para a educação que se pratica hoje no país.
A educação nacional é organizada, em regime de colaboração, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios. A Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996a) estabelece as diretrizes e bases da educação no Brasil. Assim esta prevê a autonomia e liberdade de organização dos sistemas de ensino, desde que respeitada os termos descritos na mesma.
A educação brasileira tem apenas dois níveis, a saber: Educação Básica e Educação Superior. O primeiro é composto pelas seguintes modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio; o segundo, pelas seguintes modalidades: Graduação e Pós-Graduação.
2.2.2 Educação Infantil
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade principal, segundo a LDB o desenvolvimento da criança até os cinco anos de idade, em seus aspectos corpo humano, psicólogo, intelecto e social, complementando a ação da família e da comunidade. Ela é oferecida em creches (para crianças de até três anos de idade) e pré-escolas (para crianças de quatro a cinco anos de idade). Esta modalidade de ensino promove o desenvolvimento da autonomia de forma lúdica e através do brincar insere a criança no processo educativo.
Faz-se necessário destacar que os pais não são obrigados a matricular as crianças na educação infantil, no entanto o Estado deve garantir que estas crianças possam frequentar as instituições de ensino, já que esta faz parte da educação básica que é de dever do governo proporcionar a todos sem nenhum tipo de distinção.
Ainda conforme a Resolução n°5, de 17 de dezembro de 2009 (BRASIL, 2009), é dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.
Na etapa da educação infantil a avaliação se faz mediante um acompanhamento e registro do desenvolvimento de cada aluno, sem o objetivo de promoção (até mesmo para a passagem ao ensino fundamental).
2.2.3 Esino Fundamental
O ensino fundamental é obrigatório para crianças entre as idades de seis e quatorze anos. Existem nove séries nesse nível de educação. A atual 1º ano em grande medida corresponde à antiga pré-escola do passado, de instituições privadas, e seu objetivo é conseguir a alfabetização. De modo geral, o único requisito para matricular uma criança no primeiro ano é de que ela tenha seis anos de idade, mas alguns sistemas educacionais permitem que crianças com menos de seis anos se matriculem no primeiro ano. Os alunos mais velhos que, por alguma razão não tenham completado a sua educação fundamental estão autorizados a participar, embora pessoas com mais de dezoito anos fiquem separados das crianças.
O Conselho Federal de Educação define uma grade curricular constituídade língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências, artes e educação física (do 1º ao 5º ano). 
A partir do 6ª ano as línguas inglesa e espanhola também são adicionadas. Algumas escolas também incluem informática como uma matéria.
Cada sistema educacional completa esta grade com um currículo diversificado definido pelas necessidades da região e as habilidades individuais dos alunos.
O ensino fundamental é dividido em duas fases, denominado Ensino Fundamental I (1º a 5º anos) e Ensino Fundamental II (6º a 9º anos). Durante o Ensino Fundamental I cada grupo de alunos geralmente é assistido por um único professor. Como para Ensino Fundamental II, há tantos professores como disciplinas.
A duração do ano escolar é fixada em pelo menos duzentos dias pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. As escolas fundamentais devem dar aos alunos com pelo menos oitossentas horas de atividades por ano. Em determinadas escolas o calendário escolar é fixado pelas temporadas de semeadura e colheita.
Conforme o artigo 32 da Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996a) “o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão”.
2.2.4 Ensino Médio
O ensino médio dura três anos. O mínimo é de 2400 horas de aula ao longo de três anos. Os estudantes devem ter concluído o Ensino Fundamental antes de serem autorizados a inscrever-se no Ensino Médio. O ensino médio compreende a grade curricular em Português (incluindo o idioma Português e as literaturas portuguesa e brasileira), língua estrangeira (inglês geralmente, também espanhol e francês hoje muito raramente), História, Geografia, Matemática, Física, Química e Biologia. Recentemente Filosofia e Sociologia, que foram proibidos durante a ditadura militar(1964-1985), tornaram-se obrigatórios novamente.
É possível ter uma formação técnica, juntamente com as bases do ensino médio, através de cursos específicos em diversas áreas. Esses cursos normalmente são iniciados durante o 2º e 3º ano do ensino médio, ou iniciados após o término desses anos. Essas escolas têm geralmente uma maior quantidade de horas por semana. A instrução do curso completo tem duração normalmente de 1 ano e meio, dependendo do curso e modalidade de ensino.
A Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996a) em seu artigo 21 integra o ensino médio como educação básica, ou seja, é considerado como uma etapa básica dentro do processo educacional, necessário para a plena formação da cidadania. O ensino médio tem duração de três anos e é de responsabilidade dos Estados, sendo a última etapa da educação básica, servindo de base para o estudante ingressar no ensino superior.
2.2.5 Ensino Superior
O ensino médio ou equivalente é obrigatório para aqueles que pretendem prosseguir com os estudos universitários. Além disso, os estudantes devem passar por um exame vestibular para o seu curso específico de estudo. A partir de 2009, os estudantes passaram a poder utilizar a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para ingressar em algumas universidades do país.
A educação superior no Brasil, nível mais elevado entre as modalidades de ensino, é oferecida por instituições públicas e privadas, onde o estudante poderá optar por um dos três tipos de graduações existentes: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. As universidades também podem oferecer cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. 
Segundo a Lei n°9.394 (BRASIL, 1996a), caberá a União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para a manutenção e desenvolvimento das instituições de ensino superior por ela mantidas.
O número de candidatos por vaga na universidade pode ser superior a trinta ou quarenta para um dos mais competitivos em cursos de universidades públicas. Em alguns cursos com pequeno número de vagas disponíveis, este número pode ser tão alto quanto duzentos.
O ensino superior no Brasil, como em muitas nações, pode ser dividido em ambos em licenciados e não licenciados trabalho.
A norma brasileira para o grau de tecnologia, licenciatura, ou bacharelado, é atribuída, na maioria das áreas, das artes, humanas, ciências sociais, ciências exatas, ou ciências naturais, e exige normalmente dois anos para os cursos superiores de tecnologia, quatro anos para os cursos superiores de licenciatura e cinco anos para cursos de bacharelado como a arquitetura, engenharias, medicina veterinária, direito, etc. O profissional licenciado em medicina exige, por sua vez, seis anos de estudos pós-secundários. Residência, e cinco anos de estágio em um hospital de ensino. Apesar de não obrigatório o estágio é perseguido por muitos profissionais, especialmente aqueles que desejam se especializar em uma determinada área.
Os alunos que ocupam quatro anos de bacharelado ou de um diploma profissional de cinco anos são qualificados para a admissão no curso de doutorado (pós-graduação). Licenciatura de mestrados são normalmente concedidas após a conclusão de um programa de dois anos que exigem desempenho satisfatório em um número mínimo de cursos avançados (normalmente entre cinco e oito classes), mais a apresentação, pelo candidato do grau de mestrado, uma tese, que é analisada por um painel oral de pelo menos três membros da faculdade, incluindo pelo menos um examinador externo. Doutorado em contrapartida normalmente requer quatro anos de estudos, durante o qual o candidato é o grau necessário para concluir a graduação cursos mais avançados, passar um exame qualificação doutorado, e apresentar uma extensa dissertação doutoral (tese de doutorado), que devem representar uma original e relevante contributo para o conhecimento atual no campo do estudo a que pertence o tópico da dissertação. A dissertação doutoral é examinada em um exame oral final público administrado por um painel de pelo menos cinco membros da faculdade, dois dos quais devem ser examinadores externos.
2.2.6 Educação de Jovens e Adultos
O contexto que envolve a vida de um analfabeto é de desejos, sonhos e carências, sobretudo de lutas para enfrentar o seu cotidiano. Lembra GADOTTI (2000), que a vivência do analfabeto em suas lutas para superar suas más condições de vida em moradia, saúde, emprego, etc., está na raiz do problema do analfabetismo. Tais situações comprometem o viver e a alfabetização dos jovens e dos adultos não alfabetizados. As urgências da vida moderna conduzem o ser humano a buscar a qualificação cada vez maior e mais exigida pelo empregador, é quesito que força a ida ou o regresso à escola.
2.3 A Matemática na Educação Infantil
Na educação infantil, a aprendizagem matemática se dá a partir da curiosidade e do entusiasmo das crianças e cresce em função do tipo de experiências vivenciadas nas aulas. Experiências desafiadoras incentivam a explorar ideias, levantar e testar hipóteses, construir argumentos de maneira cada vez mais sofisticada. Contudo, a despeito de haver muita matemática ao redor dos alunos, nem sempre as ideias matemáticas aparecem por sorte ou espontaneamente. Elas são elaboradas ao longo do tempo, estruturando-se na criança e organizando-se em uma rede de relações construídas todos os dias, com aulas bem planejadas pelo professor.
2.3.1 A Importância do Lúdico na Matemática em Educação Infantil
A palavra lúdico vem do latim ludìcru que quer dizer “que diverte”, “recreativo”. Segundo o dicionário on-line infopédia, lúdico significa divertimento, ou que se refere a jogos ou divertimentos. Tendo como base esta definição, pode-se considerar que desde o nascimento se esta sujeito a atividades lúdicas, quando os pais oferecem guizos para brincar, quando fazem “caretas” para que o riso aconteça, quando se brinca com os amigos no recreio da escola, entre outros. Este tipo de atividades e brincadeiras estão presentes na sociedade desde sempre, uma vez que o lúdico está ligado ao ser humano e às suas atitudes. Em consonância com o que foi referido anteriormente OLIVEIRA & SOUZA (2008, p. 3) refere que “a mente lúdica do ser humano transforma,desde tenra idade, os objetos em símbolos que lhe dão prazer, nisto consiste o brincar, o brinquedo e a brincadeira.”
Um assunto muito discutido ultimamente são as atividades lúdicas e suas finalidades na Educação Infantil. Conduzir a criança à busca e ao domínio de um conhecimento mais abstrato, misturar habilmente uma parcela de esforço e uma boa dose de brincadeira, transformaria o aprendizado num jogo bem-sucedido. 
Atualmente, um dos grandes desafios do educador é possibilitar diferentes estratégias de aprendizagem que auxiliem o aluno na construção de uma aprendizagem significativa. A ludicidade como instrumento pedagógico é uma maneira diferente e divertida de aprender. A abordagem da matemática na Educação tem como finalidade proporcionar oportunidade para que as crianças desenvolvam a capacidade de estabelecer aproximações a algumas noções de matemática presentes no seu cotidiano.
A ludicidade em sala de aula facilita a aprendizagem permitindo que o aluno interaja e, por conseguinte desenvolva aptidões muitas vezes ocultas além de sair da rotina das aulas.
A matemática durante muito tempo foi ensinada de forma que os alunos passaram a ficar cheios de receio e até medo da disciplina, ainda é visível este desestímulo pela matemática. A pesquisa indica que a ludicidade pode ser um elo facilitador do aprendizado matemático, o uso do lúdico como motivação para as aulas, poderá desmistificar que o ensino da matemática não é “chato sem graça” e difícil. Ao contrário o processo pode ser passando a ser divertido, estimulador do raciocínio lógico, deixando os alunos com autoconfiança, com concentração, criatividade, proporcionando a socialização entre os indivíduos. Porém é preciso que os professores tenham a consciência, interesse e o estímulo para por isto em prática. 
O lúdico é uma ferramenta alternativa que pode ser utilizada como instrumento que quebra paradigmas no ensino da matemática, ou seja, o lúdico é uma inovação na forma de ensinar esta ciência. O aspecto que o diferencia é o fato de mostrar os conteúdos através da utilização de jogos em que o professor não interfere de modo preponderante no desenvolvimento da atividade.
O lúdico proporciona sensação de prazer e bem estar. KISHIMOTO (1994) afirma que o jogo é importante para o desenvolvimento infantil, porque propicia a descontração, a aquisição de regras, a expressão do imaginário e a apropriação do conhecimento.
Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, reduz a consequência os erros e dos fracassos da criança, permitindo que ela desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade séria que não tem consequência frustrante para a criança. (SMOLE, 1996, p. 138)
Tal como acontece nas restantes disciplinas, o lúdico na Educação Matemática é um pouco ambíguo, uma vez que nem sempre se percebe se determinada atividade, que o professor está a planificar, vai ter ou não carácter lúdico, se os alunos vão aceitá-la e aprender com ela. Para que isto não aconteça, os professores podem recorrer a alguns suportes para a aprendizagem, tais como jogos, fichas de trabalho (motivadoras), lápis de cor, cartolinas.
Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes positivas frente a seus processos de aprendizagem. (GROENWALD, 07/2008)
As origens dos bloqueios em matemática são múltiplas. O aluno não entende para que ela serve, a não ser para ter boas notas e passar de ano na escola. Sendo assim os jogos matemáticos são de fundamental importancia para sanar esta dificuldade encontrada pelos mesmos.
No ensino da Matemática devem proporcionar-se atividades desafiadoras, agradáveis e divertidas, contudo, estas também devem ser sérias e significativas de forma a motivar o aluno na sala de aula e consecutivamente na escola.
A Matemática lúdica é uma ferramenta essencial pronta a atender à necessidade de elaborar pedagogicamente aulas com maior aproveitamento e entretenimento, ajudando o aluno a analisar, compreender e elaborar situações que possam resolver determinados problemas que sejam propostos pelo professor permitindo a análise e compreensão da proposição exposta pelo aluno,o resultado e assim adquirir conhecimento, interpretar e articular métodos para argumentar e concretizar problemas.
 O objetivo do lúdico no processo ensino-aprendizagem: "[...] é modificar as estratégias relacionais do indivíduo e levá-lo a desenvolver o mais plenamente possível sua capacidade de ação inteligente e criadora, seja seu potencial íntegro ou esteja ele afetado por deficiências‖ (HUIZINGA, 1980, p. 17).
Segundo BATISTA (2012, p. 23): 
O professor precisa conhecer a bagagem de conhecimento prévio que cada criança traz consigo, e agir no sentido de ampliar suas noções matemáticas, ou seja, é necessário respeitar a criança na sua inteligência, no seu aprendizado construído, para que a aprendizagem seja significativa e prazerosa. 
Dessa forma, o ensino da matemática poderá percorrer diversos caminhos, cabendo ao professor essa projeção, incorporando as brincadeiras, histórias, cantigas, jogos de regras, atividades lúdicas como fonte de aprendizagem. É importante que as crianças desenvolvam e conservem com prazer o aprendizado pela matemática.
Pode-se observar o quanto é importante a atividade lúdica como ferramenta de aprendizado. É natural que o professor não deve somente utilizá-la sem método, mas trabalhar qualquer conteúdo matemático através dela e trazer o pensamento e a interpretação do aluno para mais próximo da realidade, lhe dando maior possibilidade de moldar e trabalhar sua aula segundo o entendimento do aluno.
O aprendizado lúdico desenvolve a confiança, fazendo com que a criança participe ativamente de cada atividade sem ter medo de errar. Desta forma cria-se um ambiente para o trabalho em grupo, em que as crianças aprendem a compartilhar, dividir e ajudar o próximo em qualquer situação.
Segundo KISHIMOTO (1994), o jogo estimula a exploração e a solução de problemas e, por ser livre de pressões cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções.
Os jogos trazem situações de problemas onde cada indivíduo deve encontrar o caminho correto para chegar ao final, com isso, a criança aprende a desenvolver diferentes estratégias a partir de cada desafio criado.
É preciso frisar que a ludicidade quando bem trabalhada proporciona ao professor grande produtividade no exercício profissional desenvolvendo no aluno habilidades nunca imaginadas numa aula tradicional. Os benefícios são inúmeros principalmente no que diz respeito à interação dos alunos com o professor criando um clima afetivo na sala de aula além, é claro, de desenvolver no aluno maior capacidade de concentração, intuição e criatividade frente aos desafios dos jogos que devem ser muito bem pensados para que estimulem todas essas habilidades. 
A matemática forma cidadãos para a vida profissional e uma relação com o meio social. O professor deve ser um pesquisador intencional manter uma relação da sua metodologia com a realidade dos alunos, observando quais os seus interesses, para ter uma relação entre a aprendizagem e o conhecimento matemático do aluno.
A inserção dos jogos no contexto escolar aparece como uma possibilidade altamente significativa no processo de ensino aprendizagem, por meio da qual, ao mesmo tempo em que se aplica a idéia de aprender brincando, gerando interesse e prazer. (RIBEIRO, 2009, p. 19)
Para BONIN (1998) a introdução dos jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos dos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la.
É importante destacar que as atividades farãocom que o aluno busque a solução do problema proposto havendo uma maior interação com seus colegas, promovendo assim à cooperação e o diálogo, ou seja, os alunos juntamente com o intermédio do professor são agentes ativos no processo de ensino aprendizagem.
O lúdico é sim uma ferramenta capaz de romper as barreiras da rotina e do comodismo, características estas que o ensino da Matemática apresenta, em geral, no contexto da educação brasileira. Portanto, a ludicidade é sem dúvida uma grande oportunidade que o professor de Matemática possui para desenvolver outras habilidades e competências no aluno. Assim, o lúdico deverá ser utilizado como motivação no ensino da Matemática, objetivando deixar as aulas mais atrativas e estimulantes, sendo a ferramenta mais eficiente para desmistificar a ideia que as pessoas possuem desse campo de conhecimento como sendo detentor de um conteúdo de difícil compreensão e para poucos. 
3 METODOLOGIA
Sabendo que a revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é a análise crítica, meticulosa e ampla das publicações correntes em uma determinada área do conhecimento (TRENTINI E PAIM, 1999).
A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas, publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado tema ( MARTINS,2001).
Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (MARCONI E LAKATOS,2007).
Desta forma segundo os autores acima, a pesquisa bibliográfica não é apenas uma mera repetição do que já foi dito ou escrito de um determinado assunto, mas sim proporciona o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.
DEMO(2000) completa dizendo que a ideia da pesquisa é induzir o contato pessoal do aluno com as teorias, literaturas, levando a interpretação própria.
Neste estudo adotou-se como estratégia metodológica, a pesquisa bibliográfica, a qual valeu de teóricos clássicos e contemporâneos que trabalham com a questão da educação Infantil, a matemática na educação infantil, a importância do lúdico na educação infantil, buscando obter o máximo de informações e esclarecimentos que contribuíssem para a resolução dos problemas aqui apresentados. De fato, o estudo revelou novos conhecimentos no que se refere à necessidade e à importância da aplicação do lúdico como instrumento de ensino-aprendizagem de matemática. 
4. resultados
Com as novas tendências e exigências da sociedade, pode-se não produzir a eficácia necessária diante da acirrada competitividade existente onde terá sucesso sempre o melhor. E é diante dessa nova realidade social, na qual estamos inseridos que o educador deve preocupar-se na aquisição de novas técnicas que possibilitem uma melhor preparação dos alunos. O desenvolvimento das atividades lúdicas em sala de aula traz significados importantes e visíveis de mudanças na metodologia de ensino e busca pelo aperfeiçoamento e crescimento pessoal dos discentes e professores.
Atualmente os alunos vêm mais e mais demonstrando uma mudança de perfil em relação há alguns anos atrás, devido às novas tecnologias que se encontram a disposição de todos, da grande quantidade de informações que essas crianças recebem diariamente e também dos problemas sociais que as crianças visualizam no seu dia-a-dia. As crianças já não brincam mais nas calçadas, amarelinha, pique - esconde entre outras brincadeiras que antes eram tão comuns. Consequentemente, o espaço das mesmas está reduzido ao de seus apartamentos, condomínios ou o seu próprio quarto. As brincadeiras de hoje acontecem na frente do computador ou do vídeo game, e as interações mais comuns entre os adolescentes se dá através da internet. 
É voltado a esse novo perfil de aluno, precocemente maduro quanto à realidade da vida, que precisamos desenvolver novos métodos de ensino, visando adequar a construção do conhecimento ao contexto no qual os alunos estão inseridos. A realidade é que hoje temos que trabalhar com alunos que estão indiferentes aos conteúdos trabalhados, desmotivados e desinteressados pelas atividades propostas pelos professores.
O lúdico no ensino da matemática tem grande relevância para o êxito das práticas educativas, tendo em vista que é preciso que os professores, tenham clareza sobre as seleções e organizações dos conteúdos que serão trabalhados na sala de aula. Assim, o ensino da matemática é considerado pelos educadores e pesquisadores uma disciplina bastante complexa, no entanto o lúdico como ferramenta pedagógica pode flexibilizar os conteúdos, no intuito de relacionar a realidade do aluno com ensino sistematizado transmitido pelo educador.
O lúdico contribui positivamente para que a criança obtenha sucesso na busca por novos conhecimentos e compreenda que possa acertar ou errar. Com a realização do jogo notou-se nas crianças a utilização de habilidades como, por exemplo, a contagem, coordenação motora, atenção, saber esperar a vez, noção espacial e conferência dos resultados apresentados. O ensino da matemática na educação infantil deve oferecer oportunidades de situações significativas de aprendizagem, e que o lúdico deve estar sempre presente, auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando a aquisição de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras.
Vale considerar que a inclusão da ludicidade no planejamento escolar e nas atividades desenvolvidas na sala de aula, acarreta a propagação de uma educação flexível direcionada para a qualidade e a significação de todo o processo educativo, norteando aspectos e características que serão a chave principal para o aprendizado do educando e sua inserção no meio social do qual faz parte. Essa inclusão visa, portanto, a flexibilização e dinamização das atividades realizadas ao longo de toda a prática docente, oportunizando a eficácia e significação da aprendizagem.
O lúdico não deve e não pode ser aplicado de qualquer maneira, precisa antes de tudo ter um objetivo, um significado e um fim, ou seja, as atividades têm que ser planejadas, detalhadas e observadas para que não se saia do foco. O educando por sua vez tem uma grande responsabilidade, pois esta ferramenta deve ser desenvolvida com um fim de ensinar de uma forma que os alunos se sintam responsáveis pela aquisição de conhecimento, tais atividades não devem ser vistas apenas como uma brincadeira qualquer, mas, também, como forma de envolver e facilitar a aprendizagem.
O professor é o sujeito da ação, que conduz a aprendizagem com novos significados na sua prática, fazendo com que o discente compreenda e enfrente as dificuldades com as quais se depara no dia a dia, no sentido em que melhore a qualidade do ensino e o rendimento escolar.
Sendo assim, o presente estudo é relevante por apresentar um tema relativamente novo e que necessita de mais contribuições no que se refere ao conhecimento da técnica, aplicabilidade, adoção dos instrumentos e divulgação por docentes da área matemática.
Nota-se que o aprendizado enquanto curso de Pedagogia na área de matemática, é de suma importância, sendo que deveia ser mais aprofundado e mudando gradativamente conforme a realidade do momento, sugerindo variações para adequações necessárias. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todas as informações contidas nesse estudo pode-se concluir que é importante mencionar que os jogos e as brincadeiras na sala de aula, podem ser considerados como sendo atividades sociais privilegiada de interação específica e fundamental que garante a interação e construção do conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito-criança como sujeito produtor da história.
Os objetivos buscados na presente pesquisa foram alcançados, notando-se que mesmo sendo poucas cadeiras referente ao estudo da matemática no curso de Pedagogia, os professores atuantes na educação infantil, estão em constante estudo para conseguirem se adequar e transmitir o ensino da melhorforma possível, conforme a realidade encontrada em cada turma, tornando o aprendizado agradável, trabalhando com a ludicidade e muita criatividade, assim a criança não sente as dificuldades da matemática pois consegue aprender brincando.
REFERÊNCIAS
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