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AULA 05 - TEORIA DA PERSONALIDADE

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Abordagem Comportamental
Teorias da Personalidade – Aula 5
Comentário inicial
A abordagem comportamental da personalidade é representada pelo trabalho de B.F. Skinner, cujas ideias seguem a tradição watsoniana.
Skinner rejeitou quaisquer pretensas forças ou processos internos por considerá-los irrelevantes. 
Sua única preocupação era o comportamento observável e os estímulos externos que lhe dão forma;
Ele tentou entender o que chamamos de "personalidade" por meio de pesquisas laboratoriais com ratos e pombos, e não do trabalho clínico com pacientes. 
Suas ideias se mostram imensamente úteis no ambiente clínico, por meio da aplicação de técnicas de modificação do comportamento. 
B. F. Skinner: a teoria do reforço
Skinner não apresentou uma teoria da personalidade, nem sua pesquisa tratou especificamente de personalidade.
O seu trabalho tentou dar conta de todo comportamento, não apenas da personalidade, em termos concretos e descritivos. 
Skinner argumentou que os psicólogos devem limitar suas investigações aos fatos, ao que se pode observar, manipular e medir no laboratório. 
Isso significa uma ênfase exclusiva nas respostas observáveis que uma pessoa avaliada fornece e nada mais. 
A Alegação de Skinner era de que a psicologia é a ciência do comportamento, do que um organismo faz.
Seu estudo sobre o comportamento é a antítese das abordagens psicanalítica, de traços, desenvolvimentista, cognitiva e humanista. 
Diferindo delas não apenas quanto ao objeto de estudo, mas também em relação à metodologia e objetivo. 
Ao explicar a personalidade, a maioria dos outros teóricos busca pistas dentro da pessoa. As razões, motivos e impulsos – as forças que direcionam nosso desenvolvimento e comportamento – originam-se dentro de cada um de nós. 
Skinner, ao contrário, não fez referência a estados subjetivos internos para explicar o comportamento. 
Influências inconscientes, mecanismos de defesa, traços e outras forças motrizes não podem ser observados, e portanto, não têm lugar na psicologia científica. 
Organismos vazios
"O interior do organismo é irrelevante, seja como o sítio dos processos fisiológicos, seja como o local das atividades mentais" 
Ele não via necessidade de buscar, dentro do organismo, alguma forma de atividade interna. Para Skinner, os seres humanos são "organismos vazios", termo com o qual sugeria que não há nada dentro de nós que possa explicar o comportamento em termos científicos. 
A escolha dos sujeitos experimentais
Alguns teóricos da personalidade concentram-se em pessoas emocionalmente perturbadas e outros focalizam em indivíduos normais ou medianos, até mesmo em pessoas brilhantes. 
As pesquisas de Skinner utilizaram ratos e pombos, embora suas ideias sobre comportamento tenham sido aplicadas a pessoas. 
O que podemos aprender sobre a personalidade humana a partir de ratos e pombos? 
O interesse de Skinner era por respostas comportamentais aos estímulos, e não por experiências de infância ou sentimentos de adulto. 
Responder a estímulos é algo que os animais fazem bem, algumas vezes, melhor do que as pessoas. 
Skinner admitia que o comportamento humano é mais complexo que o comportamento animal, mas sugeriu que as diferenças estão na intensidade, e não no tipo. 
O trabalho de Skinner teve e tem amplas aplicações práticas.  Técnicas terapêuticas de modificação de comportamento são aplicadas em diferentes contextos distúrbios de ordem psicológica. 
A vida de Skinner
Nasceu na Pensilvânia em 1904, no seio de uma família de pais trabalhadores e tradicionais. "Fui educado para temer a Deus, a polícia e o que as pessoas vão pensar" (Skinner, 1967). 
Sua mãe nunca se desviou de seus rígidos padrões de comportamento.
O pai ensinava-lhe a moral. Um dia mostrou-lhe a cadeia pública e levou-o numa aula sobre a vida numa notória prisão estatal de Nova York.
A autobiografia de Skinner contém muitas referências ao impacto dessas advertências na infância em seu comportamento adulto. 
A conclusão de Skinner foi de quem seus comportamentos adultos haviam sido determinados pelas recompensar e punições (reforços) que recebera quando criança. 
Assim, seu sistema de psicologia e visão das pessoas como "sistemas comportamentais complexos de acordo com a lei" refletiam as suas próprias experiências na infância. 
Seu interesse pelo comportamento animal é proveniente da infância. Ele tinha tartarugas, cobras, sapos, lagartos e esquilos como animais de estimação. 
Uma apresentação de pombos adestrados numa feira municipal o deixou fascinado.
Posteriormente, Skinner treinaria pombos para jogar pingue-pongue e para conduzir um míssil até o seu alvo. 
Encontrando uma identidade
Graduou-se em inglês em Nova York e esperava tornar-se romancista após a graduação. 
Ao tentar escrever, os resultados foram desastrosos. Skinner tinha 22 anos e era um fracasso na única coisa que desejava fazer. 
Mais tarde referiu-se a esse período como ano sombrio. Sua baixa autoestima em virtude do fracasso profissional, complicou o desenvolvimento de relações afetivas. 
Skinner vivia o que podemos chamar de crise de identidade. 
Quando já havia perdido as esperanças, descobriu uma nova identidade que lhe cabia bem: estudar o comportamento humano pelos métodos da ciência, não da ficção. 
Leu livros de Ivan Pavlov e John B. Watson e resolveu tornar-se behaviorista. Essa foi a marca que determinou a identidade de Skinner para sempre. 
Skinner ingressou em Harvard para estudar psicologia. 
Ao optar pelo behaviorismo, rejeitou os sentimentos e emoções que tentara retratar como escritor. 
Processos psíquicos aparecem no trabalho de Skinner apenas como objeto de escárnio. 
Por volta dos 40 anos de idade passou por um período de depressão, que resolveu voltando à sua fracassada identidade como escritor. 
Ele projetou seu descontamento emocional e intelectual no protagonista de um romance, Walden II, dando vazão, por meio do personagem, a suas frustrações pessoais e profissionais. 
O livro já vendeu mais de 2 milhões de cópias e descreve uma sociedade na qual todos os aspectos da vida são controlados por reforço positivo, que é o princípio básico da sua teoria. 
Reforço: a base do comportamento
A abordagem skineriana, conceitualmente simples, é fundamentada em milhares de horas de pesquisas bem controladas. 
Sua ideia fundamental é que o comportamento pode ser controlado por suas consequências, ou seja, pelo que o acompanha. 
Skinner acreditava que um animal ou um ser humano poderia ser treinado para desempenhar praticamente qualquer ação e que o tipo de reforço que se seguisse  ao comportamento seria o responsável por determiná-lo. 
Assim, quem quer que  controle o reforço tem o poder de controlar o comportamento humano, da mesma forma que um experimentador controla o comportamento de um rato de laboratório. 
Comportamento respondente
Skinner diferenciou dois tipos de comportamento: respondente e operante.
O comportamento respondente envolve uma resposta produzida ou originada a partir de um estímulo específico. 
Um comportamento reflexivo, tal como a contração ou reflexo do joelho é um exemplo. 
Aplica-se um estimulo e ocorre uma resposta. Esse comportamento não é adquirido. Ocorre automática e involuntariamente. 
Não precisamos ser treinados ou condicionados para produzir resposta adequada. 
Condicionamento
Num nível mais alto que o respondente, está um comportamento que é aprendido.
Esse aprendizado, chamado condicionamento, compreende a substituição de um estímulo por outro. 
Exemplo dos cães salivando.
Reforço
O experimento clássico de Pavlov demonstrou a importância do reforço. 
Os cães não aprenderiam a responder aos sinos, a menos que fossem recompensados por proceder assim. Neste exemplo dos cães, o reforço era a comida. 
A partir da experiência, Pavlov formula uma lei fundamental para o aprendizado de comportamentos: não se pode estabeleceruma resposta condicionada na ausência de reforço. O ato de reforçar uma resposta fortalece e aumenta a probabilidade de que a resposta se repita. 
Extinção
A resposta anteriormente aprendida pode ser removida, ou extinta, porque os reforços ou recompensas a ela não foram mais fornecidos. 
Extinção seria então o processo de eliminação de um comportamento pela retirada do reforço. 
Muitas pesquisas demonstraram que, quanto maior o reforço durante o treino, mais resistente será a extinção à resposta condicionada. Cedo ou tarde, entretanto, a extinção ocorrerá. 
Comportamento operante
O comportamento respondente depende do esforço e está diretamente relacionado a um estímulo físico. 
Toda resposta é eliciada por um estímulo específico. 
Para Skinner, o comportamento respondente era menos importante que o comportamento operante. 
Somos condicionados a responder diretamente a muitos estímulos em nosso meio, mas nem todos os comportamentos podem ser explicados assim. 
Muito do comportamento humano parece ser espontâneo e não pode ser diretamente relacionado a um estímulo específico. 
Tal comportamento é emitido e não motivado por um estímulo.  Implica agir de uma forma que parece voluntária, e não reagir involuntariamente a um estímulo ao qual tenhamos sido condicionados. 
Comportamento operante: comportamento emitido espontânea ou voluntariamente que atua no ambiente para modificá-lo. 
A natureza e a frequência do comportamento operante serão determinadas ou modificadas pelo reforço que acompanha o comportamento.
O comportamento respondente não tem efeito sobre o ambiente.
No experimento de Pavlov, a resposta de salivação do cão ao toque do sino nada fez para mudar o sino ou o reforçador (a comida) que veio a seguir. 
Em contraposição, o comportamento operante atua sobre o ambiente e, como resultado, modifica-o. 
Condicionamento operante e a caixa de Skinner
Condicionamento operante: o procedimento por meio do qual uma mudança nas consequências de uma resposta afetará a taxa na qual a resposta ocorre. 
Skinner acreditava que a maior parte do comportamento humano e animal é adquirida por meio de condicionamento operante. 
Comportamentos que funcionam são exibidos frequentemente e os que não funcionam não se repetem. 
Portanto, o comportamento do organismo atua sobre o ambiente, o qual atua sobre o comportamento do organismo sob a forma de reforço. 
"O condicionamento operante molda o comportamento como um escultor molda um pedaço de argila". 
Se esse pedaço de argila (organismo) necessitar demais desse reforçador, não haverá limite para moldar o seu comportamento. 
A partir da infância, exibimos diversos comportamentos e aqueles que são reforçados irão se fortalecer e formar padrões. 
Era assim que Skinner concebia a personalidade, como um padrão ou conjunto de comportamentos operantes. 
O que os outros psicólogos chamariam de comportamento neurótico ou anormal, para Skinner não continha mais mistérios do que o desempenho contínuo de comportamentos indesejáveis que haviam sido reforçados. 
_______________________________________________
Esquemas de reforço
Skinner aponta que na vida cotidiana, nosso comportamento raramente é reforçado toda vez que ocorre. 
Esquemas de reforço são padrões ou razões de fornecimento e retirada de reforçadores. 
Intervalo fixo
Razão fixa
Intervalo variável
Razão variável
Intervalo fixo
Significa que o reforçador é fornecido a partir da primeira resposta que ocorre depois de ter passado um intervalo fixo de tempo, que pode ser um minuto, três minutos ou qualquer outro período fixo. 
A sincronização do reforço não tem nada a ver com o número de respostas. 
Há muitas situações que ocorrem seguindo o esquema de reforço a intervalos fixos. Um emprego no qual o seu salário é pago uma vez por semana ou uma vez por mês funciona num esquema de intervalo fixo. 
Razão fixa
Os reforçadores são fornecidos somente após o organismo realizar um número determinado de respostas. Por exemplo, o experimentador reforçaria após toda décima ou vigésima resposta. 
Nesse esquema, diferente do intervalo fixo, a apresentação dos reforçadores depende de quão frequentemente o avaliado responde. 
O esquema de razão fixa produz uma taxa mais rápida de respostas que o esquema de intervalo fixo. 
Exemplo dos trabalhadores que cumprem metas e recebem por comissão. 
Intervalos variáveis
O reforçador pode aparecer após duas horas na primeira vez, uma hora e meia na segunda vez e após duas horas e quinze minutos na terceira. 
Uma pessoa que passa o dia pescando deve ser recompensada, quando muito, com base em intervalos variáveis. O esquema de reforço é determinado pelo aparecimento aleatório de mordiscadas de peixe na isca. 
Razão variável
É baseado num número médio de respostas entre reforçadores, porém com grande variação em torno da média. 
Caça-níqueis, roletas, corridas de cavalo e loterias pagam segundo um esquema de reforço de razão variável, o que é um meio altamente eficiente de controlar comportamentos. 
Os esquemas de reforço variável resultam em comportamentos de resposta duradouros, que tendem a resistir à extinção. 
A maior parte dos aprendizados diários ocorre como resultado de esquemas de reforço da intervalos variáveis ou de razões variáveis. 
Aproximações sucessivas: a modelagem do comportamento
Explicação para aquisição de comportamento complexo. Um comportamento, tal como aprender a falar, somente será reforçado quando convergir ou se aproximar do comportamento final desejado. 
O organismo é reforçado conforme o seu comportamento vai se aproximando, em estágios sucessivos ou consecutivos, do comportamento desejado. 
Comportamento supersticioso
Comportamento persistente que tem uma coincidência, e não uma relação funcional, com o reforço recebido. 
Com intervalos curtos entre os reforçadores, os comportamentos supersticiosos são adquiridos rapidamente. Nos seres humanos os comportamentos supersticiosos podem persistir por toda vida e requerer apenas reforços ocasionais para sustentá-los. 
Diferenças culturais podem influenciar a extensão e intensidade dos comportamentos supersticiosos. 
O autocontrole do comportamento
A capacidade de exercer controle sobre as variáveis que determinam nosso comportamento. 
Skinner não estava falando de agir sobre o controle de algum self misterioso, ele sugeriu que podemos, até certo ponto, agir para alterar o impacto de eventos externos. 
Evitação do estímulo: seria o afastamento proposital do evento que afeta seu comportamento. 
Saciedade autoadministrada: Exercer o controle para curar maus hábitos a partir da extrapolação do comportamento.  Exemplo: fumar até não aguentar mais e eliminar assim o uso do cigarro. 
Estimulação aversiva: envolve consequências desagradáveis ou repugnantes. 
Autorreforço: nós nos recompensamos por exibirmos  comportamentos bons ou desejáveis. 
Assim, para Skinner, o ponto crucial é que variáveis externas moldam e controlam o comportamento. Mas, às vezes, por meio de nossas próprias ações, podemos modificar os efeitos dessas forças externas. 
Programas de modificação de comportamento
Punição: Aplicação de um estímulo aversivo após uma resposta, visando diminuir a probabilidade de que a resposta volte a ocorrer. 
O que está errado com as punições é que elas funcionam imediatamente, mas não fornecem resultados de longo prazo. 
Reforço negativo: Fortalecimento de uma resposta por meio da remoção de um estímulo aversivo. Não é o mesmo que punição.
Skinner se opunha ao uso de estímulos nocivos para modificar o comportamento, dizendo que as consequências não eram tão previsíveis como com o reforço positivo. 
Conclusões para teoria da personalidade de Skinner
As pessoas são produtos da aprendizagem, modeladas mais pelas variáveis externas do que por fatores genéticos. 
As experiências infantis são mais importantes que as experiências mais recentes, porque nossoscomportamentos básicos são formados na infância. 
O que é adquirido na infância ou em qualquer fase da vida pode ser modificado. 
Cada pessoa aprende um comportamento de maneira única. Por sermos moldados pela experiência - e todos nós possuímos experiências diferentes, particularmente na infância -, não haverá duas pessoas que se comportem exatamente da mesma maneira. 
 
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