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Nutracêuticos no Diabetes

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Nutracêuticos em endocrinologia 
Profª Msc Nut. Sandra Muttoni 
• Esta enfermidade é caracterizada pela elevação 
crônica da glicose sanguínea, que pode ocorrer 
devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina, 
ou ambos. Também é considerado um problema de 
saúde mundial, com alta prevalência e incidência 
crescente, além de associar-se a debilitantes 
complicações crônicas. 
• Para darmos sequência ao assunto, vamos ver agora a 
classificação do diabetes: 
2 
Diabetes mellitus: fisiopatologia, 
classificação etiológica, métodos e 
critérios para o diagnóstico 
• A classificação atual do DM baseia-se na etiologia e não 
mais no tipo de tratamento, portanto, os termos “DM 
insulinodependente” e “DM não insulinoindependente” 
devem ser eliminados dessa categoria classificatória. 
Desta forma, temos: 
Diabetes mellitus Tipo 1 (DM1) 
Diabetes mellitus Tipo 2 (DM2) 
Outros tipos específicos de DM 
Diabetes Gestacional (DG) 
 
3 
Diabetes mellitus: fisiopatologia, 
classificação etiológica, métodos e 
critérios para o diagnóstico 
Classificação Etiológica do Diabetes: 
• Diabetes mellitus Tipo 1: presente em 5% a 10% dos casos. 
É o resultado da destruição de células beta pancreáticas, 
com consequente deficiência de insulina, mediada por 
autoimunidade na maioria dos casos, e associado a genes 
do sistema HLA (antígeno leucocitário humano). 
4 
DIABETES MELLITUS TIPO 1 
5 
• Diabetes mellitus Tipo 2: presente em 90 a 95% dos 
casos. Caracterizado por defeitos na secreção e na 
produção de insulina. Ambas as situações podem 
estar presentes, porém, pode haver predomínio de 
uma delas. Como principais fatores de risco para 
este tipo de DM, estão a Obesidade ou o 
Sobrepeso, assim como a história familiar positiva. 
Os pacientes podem necessitar de insulinoterapia 
para melhor controle metabólico. 
6 
DIABETES MELLITUS TIPO 2 
7 
MEV 
Diagnóstico do Diabetes: 
Atualmente, são três os critérios aceitos para o 
diagnóstico do DM com base na glicemia: 
1) Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal 
acrescidos de glicemia casual ≥ 200 mg/dL. Compreende-se 
por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do 
dia, independentemente do horário das refeições. 
2) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL. Em caso de pequenas 
elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado 
pela repetição do teste em outro dia. 
3) Glicemia de 2 h pós-sobrecarga de 75 g de glicose ≥ 200 
mg/dL 
8 
9 
COMPLICAÇÕES DO DIABETES 
• AGUDAS 
• Hipoglicemia 
• Hiperglicemia 
• CAD 
• CRÔNICAS 
• Microvasculares: 
 -Nefropatias 
 -Retinopatias 
 -Neuropatias 
• Macrovasculares: 
 -Cardiovascular 
 -Cerebrovascular 
 -Doença Vascular Periférica 
10 
11 
TRATAMENTO 
12 
MEV 
Tentativa de normalização do 
perfil metabólico 
+ + 
ALIMENTAÇÃO 
• A importância da terapia nutricional no 
tratamento do diabetes mellitus tem sido 
ressaltada desde a sua descoberta, bem como sua 
função desafiadora na prevenção, no manejo da 
doença existente e na prevenção do 
desenvolvimento das complicações decorrentes. 
13 
ALIMENTAÇÃO 
• Neste contexto, a conduta nutricional preconizada 
atualmente para pessoas com diabetes, baseia-se em 
alimentação variada e equilibrada que atenda às 
necessidades nutricionais, considerando todas as fases da 
vida. 
• Seria a alimentação saudável, ou nutricionalmente 
adequada, que é preconizada para todos os indivíduos, 
independente de apresentarem diabetes ou não. 
• Inclusive, a própria Sociedade Brasileira de Diabetes 
sugere o uso do Guia Alimentar/MS como um ótimo 
instrumento nutricional de cuidado no diabetes. 
14 
15 
• Os nutracêuticos são definidos como um alimento ou 
parte de alimentos que proporcionam benefícios 
médicos para a saúde incluindo a prevenção e/ou 
tratamento de doença. 
• Tais produtos podem variar desde nutrientes isolados, 
suplementos dietéticos e dietas, a alimentos 
geneticamente modificados, produtos herbais e 
alimentos processados tais como cereais, sopas e 
bebidas. 
16 
Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e 
controle do diabetes e das doenças endócrino-
metabólicas 
17 
• Por sua vez, os alimentos funcionais devem conter 
propriedades benéficas além das nutricionais básicas, 
sendo apresentados na forma de alimentos comuns. 
• São consumidos em dietas convencionais, mas 
demonstram capacidade de regular funções corporais 
de forma a auxiliar na proteção contra doenças, tais 
como: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes, 
dislipidemias, câncer, osteoporose, entre outras. 
18 
Nutracêuticos como adjuvantes na 
prevenção e controle do diabetes e 
das doenças endócrino-
metabólicas 
19 
• Entretanto, apesar de possuírem conceitos um tanto 
semelhantes, não se deve confundir nutracêuticos com 
alimentos funcionais. 
20 
O peixe é um 
alimento funcional, 
rico em Ômega-3 
Nutracêutico que tem 
o composto bioativo 
Ômega-3, em cápsulas 
Nutracêuticos como adjuvantes na 
prevenção e controle do diabetes e 
das doenças endócrino-
metabólicas 
O alvo dos nutracêuticos é significativamente diferente 
dos alimentos funcionais: 
A) enquanto que a prevenção e o tratamento de 
doenças são relevantes aos nutracêuticos, apenas a 
redução do risco da doença, e não a prevenção e 
tratamento da doença estão envolvidos com os 
alimentos funcionais; 
B) enquanto que os nutracêuticos incluem 
suplementos dietéticos e outros tipos de alimentos, 
os alimentos funcionais devem estar na forma de um 
alimento comum e fazerem parte da alimentação 
habitual dos indivíduos. 
21 
Nutracêuticos como adjuvantes na 
prevenção e controle do diabetes e 
das doenças endócrino-
metabólicas 
• Sabe-se que um dos pilares do tratamento do 
diabetes é representado pela Terapia Nutricional (TN), 
tanto na prevenção, no gerenciamento da doença 
existente e na prevenção do desenvolvimento das 
complicações decorrentes. 
• Igualmente, quando associado a outros componentes 
do cuidado em diabetes, o acompanhamento 
nutricional pode melhorar ainda mais os parâmetros 
clínicos e metabólicos, decorrentes da melhor 
aderência ao plano alimentar prescrito. 
 
22 
Nutracêuticos como adjuvantes na 
prevenção e controle do diabetes e 
das doenças endócrino-
metabólicas 
• Assim, muitas estratégias podem e devem ser 
utilizadas para melhorar a resposta ao tratamento 
dietoterápico e o uso de compostos bioativos, neste 
sentido, merece atenção. 
• A tendência de aumento na prevalência de 
complicações do diabetes sugere que o uso de 
tratamentos complementares, incluindo alimentos 
funcionais e seus nutracêuticos, poderia aumentar a 
eficácia do controle do diabetes e suas 
complicações. 
 
23 
Nutracêuticos como adjuvantes na 
prevenção e controle do diabetes e 
das doenças endócrino-
metabólicas 
Principais nutracêuticos/compostos bioativos que auxiliam no 
controle do diabetes: 
• Polifenois: Apresentam efeito hipoglicemiante, 
atribuído principalmente à redução da absorção 
intestinal de carboidratos, modulação das enzimas 
envolvidas no metabolismo da glicose, a melhoria da 
função das células beta e da ação da insulina, o maior 
estímulo à secreção de insulina, e as 
propriedades antioxidantes e anti 
inflamatórias destes compostos. 
24 
Uso de nutracêuticos no Diabetes 
• Os polifenóis contidos no chá verde, principalmente 
catequinas e epicatequinas, podem atenuar a 
hiperglicemia e a produção de glicose hepática. 
• Outro composto fenólico muito conhecido, 
o resveratrol, melhora a tolerância à glicose, atenua a 
perda de células beta e reduz o estresse oxidativo nas 
ilhotas pancreáticas. O resveratrol também retarda a 
degradação das ilhotas pancreáticas e o progresso de 
diabetes tipo 2 (DM2). 
25 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• Outro mecanismo de ação destes compostos 
bioativos é que os polifenóis modulam aspectos 
metabólicos, endócrinos e celulares da transdução de 
sinalização do tecido adiposopor intermédio das 
antocianinas. 
• Estes compostos bioativos melhoram a disfunção de 
adipócitos e secreção de adipocitocinas envolvidas na 
resistência à insulina, além de aumentarem a beta 
oxidação e reduzem o acúmulo de gordura nos 
adipócitos. 
26 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• As antocianinas ainda apresentam efeito preventivo 
contra complicações do diabetes em longo prazo, 
incluindo retinopatia, nefropatia e neuropatia. 
• O mecanismo desta ação pode ser explicado pelo fato 
das antocianinas facilitarem o fluxo sanguíneo e 
evitarem a microangiopatia induzida pelo diabetes, 
além de otimizarem a permeabilidade microvascular 
e diminuem a agregação de leucócitos na parede 
vascular. 
27 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
28 
Não há consenso 
quanto à dose 
diária para estes 
nutracêuticos 
Polifenóis 
• Ômega-3 (ω-3): Seu consumo está associado a menor 
incidência de DM2. A suplementação com ácidos 
graxos ω-3 pode reduzir as concentrações de 
triacilgliceróis em pessoas com diabetes, bem como 
modular a resposta inflamatória nesses indivíduos, 
além de reduzir a resistência à insulina. Em altas 
doses (4 a 10 g ao dia), os ácidos graxos ω-3 reduzem 
os triacilgliceróis e aumentam discretamente o HDL-c, 
podendo, entretanto, elevar o LDL-c. 
29 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
30 
Estudos sugerem 
a ingestão de 4 a 
10g/dia 
Ômega-3 
• Fibras: O principal mecanismo pelo qual as fibras 
melhoram o controle glicêmico deve-se ao fato de 
que retardam o esvaziamento gástrico e permitem 
uma ação mais prolongada das enzimas digestivas, 
favorecendo a absorção dos nutrientes 
(especialmente os carboidratos). 
• Também as fibras alimentares melhoram a 
sensibilidade à insulina, visto que os ácidos graxos de 
cadeia curta (AGCC) são uma fonte alternativa de 
energia para os enterócitos para substituir a glicose, 
sem requerer o uso de insulina. 
31 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
32 
Estudos sugerem 
a ingestão de 10 
a 14g/dia de 
psyllium 
Fibras 
• A betaglucana e a goma guar são exemplos de fibras 
que apresentam alta viscosidade e influenciam 
positivamente na absorção de glicose. O psílio é 
conhecido por reduzir a glicemia, sendo sugerido 
como adjuvante no tratamento de pacientes com 
DM2. O mecanismo de ação desta fibra atua na 
glicemia pós-prandial, na insulinemia e na 
trigliceridemia, justamente por aumentar o tempo 
para absorção intestinal. A dose sugerida de consumo 
é de 10 a 14g/dia de fibra solúvel à base de psílio. 
33 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• Extrato de Yacon: Estudos mostram que o efeito 
antidiabético do yacon é justificado pelo aumento da 
concentração de insulina no plasma e da inibição da 
gliconeogênese no fígado e glicogenólise, sendo a 
redução da glicemia o efeito fisiológico mais 
documentado. Sua ação se dá, principalmente, pela 
presença de FOS (frutooligossacarídeos). 
34 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
35 
Estudos sugerem 
a ingestão de 10 
a 14g/dia de 
psyllium 
Extrato de Yacon 
• Vitaminas: O efeito benéfico de várias vitaminas 
sobre o diabetes tem sido alvo de muitos estudos 
epidemiológicos e também com animais. Os 
principais efeitos estariam relacionados com o 
poder antioxidante de algumas vitaminas, 
incluindo as vitaminas A, C e E, além dos 
carotenoides. Pelo fato do diabetes estar 
associado ao aumento do estresse oxidativo e ao 
processo inflamatório crônico, o consumo de 
vitaminas e compostos antioxidantes pode atuar 
de modo benéfico no curso da enfermidade. 
36 
37 
Vit C = 100 a 200mg/dia 
Vit D = 17,5mg/dia 
Vit E = 15mg/dia 
Vitaminas 
• Os carotenoides parecem proporcionar benefícios no 
controle da glicemia, sendo que estudos sugerem uma 
relação inversa entre os níveis plasmáticos de 
carotenoides e desenvolvimento de DM. 
• A vitamina C é um potente agente antioxidante e pode 
prevenir possíveis complicações do DM, exemplos da 
microangiopatia e formação de placa aterosclerótica, 
além de melhorar a integridade vascular, favorecer a 
cicatrização de feridas e prevenir a formação de 
catarata. Em relação à dose segura, pode-se usar de 
100 a 200mg/dia. 
38 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• A vitamina E está relacionada com a diminuição 
de incidência de doença cardiovascular (DCV), que 
representa uma das principais complicações do 
diabetes. A dose recomendada para pessoas com 
DM é de 15mg/dia. 
• Também o uso de vitamina D estaria relacionado a 
redução dos níveis de glicemia de jejum e da 
resistência à insulina, em dose diária de 
17,5mg/dia em forma de suplementação. 
39 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• Curcumina: Estudos têm demonstrado que este 
composto bioativo possui a capacidade de reduzir 
a glicemia, além de efeitos anti-inflamatórios e 
antioxidantes, que podem diminuir o risco de 
doenças cardíacas e outras complicações do 
diabetes. A dose utilizada em estudos é de 
300mg/dia. 
 
40 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
41 
Estudos sugerem 
a ingestão de 
300mg/dia 
Curcumina 
• Ainda na linha dos nutracêuticos, há um produto no mercado, 
derivado de algas marrons que, segundo informações do 
fabricante, o produto agiria inibindo a ação de duas enzimas: 
a alfa-glucosidase e a alfa-amilase. 
• Uma vez inibidas ambas as enzimas, não haveria degradação 
dos carboidratos, fazendo com que não ocorra absorção dos 
mesmos. 
• Este nutracêutico é indicado, ainda, para auxílio no 
gerenciamento de peso e da redução da glicemia, além de 
melhorar a sensibilidade à insulina. A dose recomendada no 
rótulo é de 250mg a 500mg por dia, sempre 30 minutos antes 
das refeições. 
42 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
Dentro da linha dos fitoterápicos, as seguintes plantas 
apresentam possíveis efeitos no diabetes: 
• Anacardium occidentale, Linn: Conhecida 
popularmente como cajueiro. O efeito do uso de seu 
extrato tem sido estudado no controle do DM em 
animais, mostrando redução na glicemia de jejum. 
Este efeito seria provocando pela presença de 
saponinas e alcaloides, além de inibidores da enzima 
alfaglicosidase (cataliza a etapa final do processo 
digestivo dos carboidratos). 
43 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
44 
Anacardium occidentale, Linn 
• Annona squamosa, Linn: Conhecida como pinha, ata, 
ou fruta-do-conde. O uso de seu extrato também 
estaria relacionado à redução da glicemia de jejum, 
além do aumento dos níveis plasmáticos de insulina. 
Segundo estudos em animais, os efeitos benéficos 
podem ser observados a curto prazo e com ausência 
de sinais de toxicidade, sugerindo uma boa opção 
como adjuvante no tratamento do DM. 
45 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
46 
Annona squamosa, Linn 
• Bauhinia fortificata: Conhecida populamente como 
“pata-de-vaca”, é uma espécie bastante estudada, 
sobretudo por seu efeito hipoglicemiante. Este efeito 
tem sido atribuído a um flavonoide presente nas 
folhas, o kaempferitrina. O efeito do extrato foi 
testado em animais, e mostrou redução nos valores 
da glicemia de jejum. Em humanos, foi testado o uso 
da infusão de folhas, por 75 dias, demonstrando 
resultados semelhantes. 
 
47 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
48 
Bauhinia fortificata 
• Momordica charantia, Linn: Estudos em animais e 
em humanos mostrou o efeito hipoglicemiante, além 
de auxiliar na redução do peso corporal e no 
metabolismo lipídico. Tais efeitos seriam decorrentes 
da presença de compostos fotoquímicos bioativos na 
planta, sendo os mais estudados: charantina, vicina e 
o polipeptídeo-p (semelhante estruturamente à 
insulina), além de saponinas. 
 
49 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
50 
Momordica charantia 
• Bidens pilosa, Linn: Popularmente conhecida como picão ou 
picão-preto. Seu efeito antidiabético está associado aos 
poliacetilenos, os flavonoides e os polifenois, proporcionando 
redução da glicose sérica, aumento da insulinemia e redução 
do peso corporal. Não há estudos em humanos sobre estes 
possíveisbenefícios. 
• Stevia rebaudiana, Bertoni: Conhecida como estévia e 
popularmente chamada de folha-de-mel. Em sua composição 
está o esteviosídeo, responsável pelos possíveis efeitos na 
redução da glicemia e dos níveis pressóricos, aumento na 
secreção de insulina e recuperação da sensibilidade a esse 
hormônio. 
51 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
52 
Bidens pilosa 
Stevia 
rebaudiana 
• Ressalta-se que estudos com humanos são escassos, 
no sentido de avaliar os possíveis efeitos e benefícios 
dos fitoterápicos, trazendo limitações quanto à 
prescrição dessas plantas e seus extratos como 
alternativa de tratamento no DM. 
• Além disso, consta nas Diretrizes da Sociedade 
Brasileira de Diabetes, que os suplementos à base de 
ervas (herbais) não são recomendados para pessoas 
com diabetes e podem apresentar interações 
medicamentosas, além de trazerem muitas dúvidas 
quanto à composição e dosagem. 
 
53 
Uso de nutracêuticos no 
Diabetes 
• As doenças endócrino metabólicas mais referidas 
são: diabetes, dislipidemia e os distúrbios da 
tireoide, especificamente o hipo e o 
hipertireoidismo. 
• O diabetes já foi amplamente discutido, sendo 
assim, abordaremos agora o uso de 
nutracêuticos nas dislipidemias e nos distúrbios 
da tireoide: 
54 
OUTRAS DOENÇAS ENDÓCRINO-METABÓLICAS 
DISLIPIDEMIAS 
• Ácido graxo Ômega-3: Favorece a manutenção e/ou aumento 
das concentrações de HDL-c. Além disso, estimula a oxidação 
lipídica, diminui as concentrações de triacilglicerois e LDL-c. 
• Ácido graxo Ômega-6: Ação positiva na hipercolesterolemia, 
por estimular a oxidação lipídica, diminuir as concentrações de 
triacilglicerois e de LDL-c circulantes, além de favorecer a 
manutenção e/ou o aumento das concentrações de HDL-c. 
• Ácido graxo Ômega-9: Oportuniza a manutenção e/ou 
aumento das concentrações de HDL-c. Também contribui para 
diminuir as concentrações de colesterol e da fração de LDL-c, 
pois aumenta a excreção fecal destes. 
 
55 
ÔMEGA-3, ÔMEGA-6 E ÔMEGA-9 
56 
Estudos sugerem a 
ingestão de 4 a 8g/dia 
de ômega-3. 
Sem consenso 
quanto à dose de 
W-6 e W-9. 
DISLIPIDEMIAS 
 - Antioxidantes: Atuam positivamente na 
hipercolesterolemia pelos seguintes mecanismos: (1) 
diminuem a absorção de colesterol e aumentam sua 
excreção fecal, diminuindo as concentrações de 
colesterol total e de LDL-c; (2) diminuem a absorção 
de colesterol e aumentam sua excreção fecal, 
diminuindo as concentrações de colesterol total e de 
LDL-c, mantendo ou aumentando os níveis séricos de 
HDL-c. Exemplos: licopeno, luteína e zeaxantina. 
 
57 
ANTIOXIDANTES 
58 
Estudos sugerem a 
ingestão de 20 a 40mg/dia 
de licopeno; 20mg/dia de 
luteína e de zeaxantina 
DISLIPIDEMIAS 
 - Fibras solúveis e insolúveis (prebióticos): São 
compostos que apresentam atuação favorável na 
hipercolesterolemia, uma vez que reduzem a 
absorção de colesterol e aumentam sua excreção 
fecal, diminuindo as concentrações de colesterol total 
e de LDL-c e mantendo ou aumentando os valores de 
HDL-c. Exemplos: betaglucana, psyllium, quitosana. 
 
59 
PREBIÓTICOS 
60 
Estudos sugerem a 
ingestão de 20 a 
30g/dia, sendo 6g de 
fibras solúveis 
 - Proteína vegetal: Ação benéfica na 
hipercolesterolemia, por estimular a oxidação lipídica, 
diminuir as concentrações de triacilglicerois e de LDL-
c circulantes, além de favorecer a manutenção e/ou o 
aumento das concentrações de HDL-c. As proteínas 
mais referidas são as da soja e seus derivados. 
 
61 
DISLIPIDEMIAS 
PROTEÍNA VEGETAL 
62 
Estudos sugerem a 
ingestão de 25g/dia 
de proteínas da soja 
 - Fitoesterois: auxiliam na redução do colesterol 
sérico, beneficiando o controle da 
hipercolesterolemia. Seu mecanismo de ação dá-se 
pela maior excreção de colesterol nas fezes, 
reduzindo a absorção de LDL-c. 
 
63 
DISLIPIDEMIAS 
FITOESTEROIS 
64 
Estudos sugerem a 
ingestão de 3 a 4g/dia 
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE 
 - Selênio: Representa um dos compostos mais 
estudados e que poderia servir de terapia adjuvante 
nos distúrbios da tireoide. A deficiência de selênio 
facilita a destruição dos tecidos tireoidianos. Porém, 
o excesso pode exercer influência negativa no 
metabolismo dos hormônios da tireoide. Desta 
forma, deve-se buscar sempre o consumo adequado 
(alguns autores preconizam um consumo máximo de 
500mcg/dia). 
 
 
65 
SELÊNIO, ZINCO E FERRO 
66 
Alguns estudos 
preconizam o consumo 
máximo de 500mcg/dia 
Sem consenso de uso, 
nem de dose diária 
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE 
 - Zinco: A suplementação poderia suavizar a queda 
dos níveis de T3 em dietas restritivas (hipocalóricas). 
A carência de Zn reduz a síntese de e a atividade 
biológica de T3 e T4. Não há consenso quanto ao uso, 
nem em relação à dose. 
- Ferro: A deficiência está relacionada ao mau 
funcionamento da tireoide, interferindo na síntese 
dos hormônios tireoidianos. Também não há 
consenso quanto ao uso de suplementação, assim 
como em relação à dose benéfica. 
 
 
 67 
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE 
- Fucus vesiculosus: Conhecido popularmente como 
alface do mar apresenta grande quantidade de 
oligoelementos e sais minerais, com alto conteúdo de 
iodo. É empregado como terapia auxiliar nas 
endocrinopatias. Devido ao seu conteúdo de iodo, em 
nível tireoidiano, estimula o metabolismo basal, 
podendo ser empregado no tratamento de dietas de 
emagrecimento. 
 
 
 
68 
Fucus vesiculosus 
69 
Uso de nutracêuticos no diabetes e nas 
doenças endócrino-metabólicas 
• Finalizando a aula, é importante destacar que 
diversas dúvidas ainda existem sobre os possíveis 
benefícios desses componentes. 
• Esta é uma área promissora na qual muitos estudos 
clínicos ainda são necessários, com o intuito de 
oportunizarem maiores esclarecimentos quanto aos 
efeitos potenciais, em curto, médio e longo prazos, 
dos nutracêuticos, alimentos funcionais e 
fitoterápicos na prevenção e tratamento do diabetes 
e das doenças endócrino-metabólicas. 
• Um abraço a vocês e até mais! 
70 
OBRIGADA!

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