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Nutracêuticos em endocrinologia Profª Msc Nut. Sandra Muttoni • Esta enfermidade é caracterizada pela elevação crônica da glicose sanguínea, que pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina, ou ambos. Também é considerado um problema de saúde mundial, com alta prevalência e incidência crescente, além de associar-se a debilitantes complicações crônicas. • Para darmos sequência ao assunto, vamos ver agora a classificação do diabetes: 2 Diabetes mellitus: fisiopatologia, classificação etiológica, métodos e critérios para o diagnóstico • A classificação atual do DM baseia-se na etiologia e não mais no tipo de tratamento, portanto, os termos “DM insulinodependente” e “DM não insulinoindependente” devem ser eliminados dessa categoria classificatória. Desta forma, temos: Diabetes mellitus Tipo 1 (DM1) Diabetes mellitus Tipo 2 (DM2) Outros tipos específicos de DM Diabetes Gestacional (DG) 3 Diabetes mellitus: fisiopatologia, classificação etiológica, métodos e critérios para o diagnóstico Classificação Etiológica do Diabetes: • Diabetes mellitus Tipo 1: presente em 5% a 10% dos casos. É o resultado da destruição de células beta pancreáticas, com consequente deficiência de insulina, mediada por autoimunidade na maioria dos casos, e associado a genes do sistema HLA (antígeno leucocitário humano). 4 DIABETES MELLITUS TIPO 1 5 • Diabetes mellitus Tipo 2: presente em 90 a 95% dos casos. Caracterizado por defeitos na secreção e na produção de insulina. Ambas as situações podem estar presentes, porém, pode haver predomínio de uma delas. Como principais fatores de risco para este tipo de DM, estão a Obesidade ou o Sobrepeso, assim como a história familiar positiva. Os pacientes podem necessitar de insulinoterapia para melhor controle metabólico. 6 DIABETES MELLITUS TIPO 2 7 MEV Diagnóstico do Diabetes: Atualmente, são três os critérios aceitos para o diagnóstico do DM com base na glicemia: 1) Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de glicemia casual ≥ 200 mg/dL. Compreende-se por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições. 2) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL. Em caso de pequenas elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia. 3) Glicemia de 2 h pós-sobrecarga de 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL 8 9 COMPLICAÇÕES DO DIABETES • AGUDAS • Hipoglicemia • Hiperglicemia • CAD • CRÔNICAS • Microvasculares: -Nefropatias -Retinopatias -Neuropatias • Macrovasculares: -Cardiovascular -Cerebrovascular -Doença Vascular Periférica 10 11 TRATAMENTO 12 MEV Tentativa de normalização do perfil metabólico + + ALIMENTAÇÃO • A importância da terapia nutricional no tratamento do diabetes mellitus tem sido ressaltada desde a sua descoberta, bem como sua função desafiadora na prevenção, no manejo da doença existente e na prevenção do desenvolvimento das complicações decorrentes. 13 ALIMENTAÇÃO • Neste contexto, a conduta nutricional preconizada atualmente para pessoas com diabetes, baseia-se em alimentação variada e equilibrada que atenda às necessidades nutricionais, considerando todas as fases da vida. • Seria a alimentação saudável, ou nutricionalmente adequada, que é preconizada para todos os indivíduos, independente de apresentarem diabetes ou não. • Inclusive, a própria Sociedade Brasileira de Diabetes sugere o uso do Guia Alimentar/MS como um ótimo instrumento nutricional de cuidado no diabetes. 14 15 • Os nutracêuticos são definidos como um alimento ou parte de alimentos que proporcionam benefícios médicos para a saúde incluindo a prevenção e/ou tratamento de doença. • Tais produtos podem variar desde nutrientes isolados, suplementos dietéticos e dietas, a alimentos geneticamente modificados, produtos herbais e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas. 16 Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas 17 • Por sua vez, os alimentos funcionais devem conter propriedades benéficas além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. • São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças, tais como: hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes, dislipidemias, câncer, osteoporose, entre outras. 18 Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas 19 • Entretanto, apesar de possuírem conceitos um tanto semelhantes, não se deve confundir nutracêuticos com alimentos funcionais. 20 O peixe é um alimento funcional, rico em Ômega-3 Nutracêutico que tem o composto bioativo Ômega-3, em cápsulas Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas O alvo dos nutracêuticos é significativamente diferente dos alimentos funcionais: A) enquanto que a prevenção e o tratamento de doenças são relevantes aos nutracêuticos, apenas a redução do risco da doença, e não a prevenção e tratamento da doença estão envolvidos com os alimentos funcionais; B) enquanto que os nutracêuticos incluem suplementos dietéticos e outros tipos de alimentos, os alimentos funcionais devem estar na forma de um alimento comum e fazerem parte da alimentação habitual dos indivíduos. 21 Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas • Sabe-se que um dos pilares do tratamento do diabetes é representado pela Terapia Nutricional (TN), tanto na prevenção, no gerenciamento da doença existente e na prevenção do desenvolvimento das complicações decorrentes. • Igualmente, quando associado a outros componentes do cuidado em diabetes, o acompanhamento nutricional pode melhorar ainda mais os parâmetros clínicos e metabólicos, decorrentes da melhor aderência ao plano alimentar prescrito. 22 Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas • Assim, muitas estratégias podem e devem ser utilizadas para melhorar a resposta ao tratamento dietoterápico e o uso de compostos bioativos, neste sentido, merece atenção. • A tendência de aumento na prevalência de complicações do diabetes sugere que o uso de tratamentos complementares, incluindo alimentos funcionais e seus nutracêuticos, poderia aumentar a eficácia do controle do diabetes e suas complicações. 23 Nutracêuticos como adjuvantes na prevenção e controle do diabetes e das doenças endócrino- metabólicas Principais nutracêuticos/compostos bioativos que auxiliam no controle do diabetes: • Polifenois: Apresentam efeito hipoglicemiante, atribuído principalmente à redução da absorção intestinal de carboidratos, modulação das enzimas envolvidas no metabolismo da glicose, a melhoria da função das células beta e da ação da insulina, o maior estímulo à secreção de insulina, e as propriedades antioxidantes e anti inflamatórias destes compostos. 24 Uso de nutracêuticos no Diabetes • Os polifenóis contidos no chá verde, principalmente catequinas e epicatequinas, podem atenuar a hiperglicemia e a produção de glicose hepática. • Outro composto fenólico muito conhecido, o resveratrol, melhora a tolerância à glicose, atenua a perda de células beta e reduz o estresse oxidativo nas ilhotas pancreáticas. O resveratrol também retarda a degradação das ilhotas pancreáticas e o progresso de diabetes tipo 2 (DM2). 25 Uso de nutracêuticos no Diabetes • Outro mecanismo de ação destes compostos bioativos é que os polifenóis modulam aspectos metabólicos, endócrinos e celulares da transdução de sinalização do tecido adiposopor intermédio das antocianinas. • Estes compostos bioativos melhoram a disfunção de adipócitos e secreção de adipocitocinas envolvidas na resistência à insulina, além de aumentarem a beta oxidação e reduzem o acúmulo de gordura nos adipócitos. 26 Uso de nutracêuticos no Diabetes • As antocianinas ainda apresentam efeito preventivo contra complicações do diabetes em longo prazo, incluindo retinopatia, nefropatia e neuropatia. • O mecanismo desta ação pode ser explicado pelo fato das antocianinas facilitarem o fluxo sanguíneo e evitarem a microangiopatia induzida pelo diabetes, além de otimizarem a permeabilidade microvascular e diminuem a agregação de leucócitos na parede vascular. 27 Uso de nutracêuticos no Diabetes 28 Não há consenso quanto à dose diária para estes nutracêuticos Polifenóis • Ômega-3 (ω-3): Seu consumo está associado a menor incidência de DM2. A suplementação com ácidos graxos ω-3 pode reduzir as concentrações de triacilgliceróis em pessoas com diabetes, bem como modular a resposta inflamatória nesses indivíduos, além de reduzir a resistência à insulina. Em altas doses (4 a 10 g ao dia), os ácidos graxos ω-3 reduzem os triacilgliceróis e aumentam discretamente o HDL-c, podendo, entretanto, elevar o LDL-c. 29 Uso de nutracêuticos no Diabetes 30 Estudos sugerem a ingestão de 4 a 10g/dia Ômega-3 • Fibras: O principal mecanismo pelo qual as fibras melhoram o controle glicêmico deve-se ao fato de que retardam o esvaziamento gástrico e permitem uma ação mais prolongada das enzimas digestivas, favorecendo a absorção dos nutrientes (especialmente os carboidratos). • Também as fibras alimentares melhoram a sensibilidade à insulina, visto que os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são uma fonte alternativa de energia para os enterócitos para substituir a glicose, sem requerer o uso de insulina. 31 Uso de nutracêuticos no Diabetes 32 Estudos sugerem a ingestão de 10 a 14g/dia de psyllium Fibras • A betaglucana e a goma guar são exemplos de fibras que apresentam alta viscosidade e influenciam positivamente na absorção de glicose. O psílio é conhecido por reduzir a glicemia, sendo sugerido como adjuvante no tratamento de pacientes com DM2. O mecanismo de ação desta fibra atua na glicemia pós-prandial, na insulinemia e na trigliceridemia, justamente por aumentar o tempo para absorção intestinal. A dose sugerida de consumo é de 10 a 14g/dia de fibra solúvel à base de psílio. 33 Uso de nutracêuticos no Diabetes • Extrato de Yacon: Estudos mostram que o efeito antidiabético do yacon é justificado pelo aumento da concentração de insulina no plasma e da inibição da gliconeogênese no fígado e glicogenólise, sendo a redução da glicemia o efeito fisiológico mais documentado. Sua ação se dá, principalmente, pela presença de FOS (frutooligossacarídeos). 34 Uso de nutracêuticos no Diabetes 35 Estudos sugerem a ingestão de 10 a 14g/dia de psyllium Extrato de Yacon • Vitaminas: O efeito benéfico de várias vitaminas sobre o diabetes tem sido alvo de muitos estudos epidemiológicos e também com animais. Os principais efeitos estariam relacionados com o poder antioxidante de algumas vitaminas, incluindo as vitaminas A, C e E, além dos carotenoides. Pelo fato do diabetes estar associado ao aumento do estresse oxidativo e ao processo inflamatório crônico, o consumo de vitaminas e compostos antioxidantes pode atuar de modo benéfico no curso da enfermidade. 36 37 Vit C = 100 a 200mg/dia Vit D = 17,5mg/dia Vit E = 15mg/dia Vitaminas • Os carotenoides parecem proporcionar benefícios no controle da glicemia, sendo que estudos sugerem uma relação inversa entre os níveis plasmáticos de carotenoides e desenvolvimento de DM. • A vitamina C é um potente agente antioxidante e pode prevenir possíveis complicações do DM, exemplos da microangiopatia e formação de placa aterosclerótica, além de melhorar a integridade vascular, favorecer a cicatrização de feridas e prevenir a formação de catarata. Em relação à dose segura, pode-se usar de 100 a 200mg/dia. 38 Uso de nutracêuticos no Diabetes • A vitamina E está relacionada com a diminuição de incidência de doença cardiovascular (DCV), que representa uma das principais complicações do diabetes. A dose recomendada para pessoas com DM é de 15mg/dia. • Também o uso de vitamina D estaria relacionado a redução dos níveis de glicemia de jejum e da resistência à insulina, em dose diária de 17,5mg/dia em forma de suplementação. 39 Uso de nutracêuticos no Diabetes • Curcumina: Estudos têm demonstrado que este composto bioativo possui a capacidade de reduzir a glicemia, além de efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que podem diminuir o risco de doenças cardíacas e outras complicações do diabetes. A dose utilizada em estudos é de 300mg/dia. 40 Uso de nutracêuticos no Diabetes 41 Estudos sugerem a ingestão de 300mg/dia Curcumina • Ainda na linha dos nutracêuticos, há um produto no mercado, derivado de algas marrons que, segundo informações do fabricante, o produto agiria inibindo a ação de duas enzimas: a alfa-glucosidase e a alfa-amilase. • Uma vez inibidas ambas as enzimas, não haveria degradação dos carboidratos, fazendo com que não ocorra absorção dos mesmos. • Este nutracêutico é indicado, ainda, para auxílio no gerenciamento de peso e da redução da glicemia, além de melhorar a sensibilidade à insulina. A dose recomendada no rótulo é de 250mg a 500mg por dia, sempre 30 minutos antes das refeições. 42 Uso de nutracêuticos no Diabetes Dentro da linha dos fitoterápicos, as seguintes plantas apresentam possíveis efeitos no diabetes: • Anacardium occidentale, Linn: Conhecida popularmente como cajueiro. O efeito do uso de seu extrato tem sido estudado no controle do DM em animais, mostrando redução na glicemia de jejum. Este efeito seria provocando pela presença de saponinas e alcaloides, além de inibidores da enzima alfaglicosidase (cataliza a etapa final do processo digestivo dos carboidratos). 43 Uso de nutracêuticos no Diabetes 44 Anacardium occidentale, Linn • Annona squamosa, Linn: Conhecida como pinha, ata, ou fruta-do-conde. O uso de seu extrato também estaria relacionado à redução da glicemia de jejum, além do aumento dos níveis plasmáticos de insulina. Segundo estudos em animais, os efeitos benéficos podem ser observados a curto prazo e com ausência de sinais de toxicidade, sugerindo uma boa opção como adjuvante no tratamento do DM. 45 Uso de nutracêuticos no Diabetes 46 Annona squamosa, Linn • Bauhinia fortificata: Conhecida populamente como “pata-de-vaca”, é uma espécie bastante estudada, sobretudo por seu efeito hipoglicemiante. Este efeito tem sido atribuído a um flavonoide presente nas folhas, o kaempferitrina. O efeito do extrato foi testado em animais, e mostrou redução nos valores da glicemia de jejum. Em humanos, foi testado o uso da infusão de folhas, por 75 dias, demonstrando resultados semelhantes. 47 Uso de nutracêuticos no Diabetes 48 Bauhinia fortificata • Momordica charantia, Linn: Estudos em animais e em humanos mostrou o efeito hipoglicemiante, além de auxiliar na redução do peso corporal e no metabolismo lipídico. Tais efeitos seriam decorrentes da presença de compostos fotoquímicos bioativos na planta, sendo os mais estudados: charantina, vicina e o polipeptídeo-p (semelhante estruturamente à insulina), além de saponinas. 49 Uso de nutracêuticos no Diabetes 50 Momordica charantia • Bidens pilosa, Linn: Popularmente conhecida como picão ou picão-preto. Seu efeito antidiabético está associado aos poliacetilenos, os flavonoides e os polifenois, proporcionando redução da glicose sérica, aumento da insulinemia e redução do peso corporal. Não há estudos em humanos sobre estes possíveisbenefícios. • Stevia rebaudiana, Bertoni: Conhecida como estévia e popularmente chamada de folha-de-mel. Em sua composição está o esteviosídeo, responsável pelos possíveis efeitos na redução da glicemia e dos níveis pressóricos, aumento na secreção de insulina e recuperação da sensibilidade a esse hormônio. 51 Uso de nutracêuticos no Diabetes 52 Bidens pilosa Stevia rebaudiana • Ressalta-se que estudos com humanos são escassos, no sentido de avaliar os possíveis efeitos e benefícios dos fitoterápicos, trazendo limitações quanto à prescrição dessas plantas e seus extratos como alternativa de tratamento no DM. • Além disso, consta nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, que os suplementos à base de ervas (herbais) não são recomendados para pessoas com diabetes e podem apresentar interações medicamentosas, além de trazerem muitas dúvidas quanto à composição e dosagem. 53 Uso de nutracêuticos no Diabetes • As doenças endócrino metabólicas mais referidas são: diabetes, dislipidemia e os distúrbios da tireoide, especificamente o hipo e o hipertireoidismo. • O diabetes já foi amplamente discutido, sendo assim, abordaremos agora o uso de nutracêuticos nas dislipidemias e nos distúrbios da tireoide: 54 OUTRAS DOENÇAS ENDÓCRINO-METABÓLICAS DISLIPIDEMIAS • Ácido graxo Ômega-3: Favorece a manutenção e/ou aumento das concentrações de HDL-c. Além disso, estimula a oxidação lipídica, diminui as concentrações de triacilglicerois e LDL-c. • Ácido graxo Ômega-6: Ação positiva na hipercolesterolemia, por estimular a oxidação lipídica, diminuir as concentrações de triacilglicerois e de LDL-c circulantes, além de favorecer a manutenção e/ou o aumento das concentrações de HDL-c. • Ácido graxo Ômega-9: Oportuniza a manutenção e/ou aumento das concentrações de HDL-c. Também contribui para diminuir as concentrações de colesterol e da fração de LDL-c, pois aumenta a excreção fecal destes. 55 ÔMEGA-3, ÔMEGA-6 E ÔMEGA-9 56 Estudos sugerem a ingestão de 4 a 8g/dia de ômega-3. Sem consenso quanto à dose de W-6 e W-9. DISLIPIDEMIAS - Antioxidantes: Atuam positivamente na hipercolesterolemia pelos seguintes mecanismos: (1) diminuem a absorção de colesterol e aumentam sua excreção fecal, diminuindo as concentrações de colesterol total e de LDL-c; (2) diminuem a absorção de colesterol e aumentam sua excreção fecal, diminuindo as concentrações de colesterol total e de LDL-c, mantendo ou aumentando os níveis séricos de HDL-c. Exemplos: licopeno, luteína e zeaxantina. 57 ANTIOXIDANTES 58 Estudos sugerem a ingestão de 20 a 40mg/dia de licopeno; 20mg/dia de luteína e de zeaxantina DISLIPIDEMIAS - Fibras solúveis e insolúveis (prebióticos): São compostos que apresentam atuação favorável na hipercolesterolemia, uma vez que reduzem a absorção de colesterol e aumentam sua excreção fecal, diminuindo as concentrações de colesterol total e de LDL-c e mantendo ou aumentando os valores de HDL-c. Exemplos: betaglucana, psyllium, quitosana. 59 PREBIÓTICOS 60 Estudos sugerem a ingestão de 20 a 30g/dia, sendo 6g de fibras solúveis - Proteína vegetal: Ação benéfica na hipercolesterolemia, por estimular a oxidação lipídica, diminuir as concentrações de triacilglicerois e de LDL- c circulantes, além de favorecer a manutenção e/ou o aumento das concentrações de HDL-c. As proteínas mais referidas são as da soja e seus derivados. 61 DISLIPIDEMIAS PROTEÍNA VEGETAL 62 Estudos sugerem a ingestão de 25g/dia de proteínas da soja - Fitoesterois: auxiliam na redução do colesterol sérico, beneficiando o controle da hipercolesterolemia. Seu mecanismo de ação dá-se pela maior excreção de colesterol nas fezes, reduzindo a absorção de LDL-c. 63 DISLIPIDEMIAS FITOESTEROIS 64 Estudos sugerem a ingestão de 3 a 4g/dia DISTÚRBIOS DA TIREOIDE - Selênio: Representa um dos compostos mais estudados e que poderia servir de terapia adjuvante nos distúrbios da tireoide. A deficiência de selênio facilita a destruição dos tecidos tireoidianos. Porém, o excesso pode exercer influência negativa no metabolismo dos hormônios da tireoide. Desta forma, deve-se buscar sempre o consumo adequado (alguns autores preconizam um consumo máximo de 500mcg/dia). 65 SELÊNIO, ZINCO E FERRO 66 Alguns estudos preconizam o consumo máximo de 500mcg/dia Sem consenso de uso, nem de dose diária DISTÚRBIOS DA TIREOIDE - Zinco: A suplementação poderia suavizar a queda dos níveis de T3 em dietas restritivas (hipocalóricas). A carência de Zn reduz a síntese de e a atividade biológica de T3 e T4. Não há consenso quanto ao uso, nem em relação à dose. - Ferro: A deficiência está relacionada ao mau funcionamento da tireoide, interferindo na síntese dos hormônios tireoidianos. Também não há consenso quanto ao uso de suplementação, assim como em relação à dose benéfica. 67 DISTÚRBIOS DA TIREOIDE - Fucus vesiculosus: Conhecido popularmente como alface do mar apresenta grande quantidade de oligoelementos e sais minerais, com alto conteúdo de iodo. É empregado como terapia auxiliar nas endocrinopatias. Devido ao seu conteúdo de iodo, em nível tireoidiano, estimula o metabolismo basal, podendo ser empregado no tratamento de dietas de emagrecimento. 68 Fucus vesiculosus 69 Uso de nutracêuticos no diabetes e nas doenças endócrino-metabólicas • Finalizando a aula, é importante destacar que diversas dúvidas ainda existem sobre os possíveis benefícios desses componentes. • Esta é uma área promissora na qual muitos estudos clínicos ainda são necessários, com o intuito de oportunizarem maiores esclarecimentos quanto aos efeitos potenciais, em curto, médio e longo prazos, dos nutracêuticos, alimentos funcionais e fitoterápicos na prevenção e tratamento do diabetes e das doenças endócrino-metabólicas. • Um abraço a vocês e até mais! 70 OBRIGADA!
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