Segurança do Paciente: Identificação Correta

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Acadêmicas: Crystal Dias D’Labanca
		 Karina Elza Lima Cardoso
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Definição 
Segurança do Paciente pode ser definida como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde (REBRAENSP, 2013).
O Ministério da Saúde instituiu em abril de 2013, por meio da Portaria n° 529/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
Com o PNSP, é esperado que a participação de profissionais de saúde, pacientes e familiares seja ativa na captação de informações sobre procedimentos que tenham provocado dano ao usuário, como por exemplo, queda de paciente da cama, aplicação errada de medicamento, falha durante cirurgia, etc.
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Identificação Correta do Paciente – O que é?
Processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo erros e enganos que possam lhe causar dano.
Destacar “Processo” e problematizar isso. 
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Por que este processo é tão importante?
A identificação incorreta pode ocasionar sérias consequências para a segurança do paciente. 
Falhas na identificação do paciente podem resultar em:
Erros de medicação; 
Erros durante a transfusão de hemocomponentes;
Erros em testes diagnósticos; 
Procedimentos realizados em pacientes errados e/ou em locais errados; 
Entrega de bebês às famílias erradas, entre outros.
Estratégias para identificar corretamente o paciente
Instituições de saúde:
Enfatizar a responsabilidade dos profissionais de saúde na identificação correta de pacientes antes da realização de exames, procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos/hemocomponentes e realização de cuidados.
Incentivar o uso de pelo menos dois identificadores (ex.: nome e data de nascimento) para confirmar a identidade de um paciente na admissão, transferência para outro hospital e antes da prestação de cuidados. 
Em pediatria, é também indicada a utilização do nome da mãe da criança.
Estratégias para identificar corretamente o paciente
Padronizar a identificação do paciente na instituição de saúde, como por exemplo:
Os dados a serem preenchidos;
O membro de posicionamento da pulseira ou de colocação da etiqueta de identificação;
Uso de cores para identificação de riscos e placas do leito;
Estratégias para identificar corretamente o paciente
Desenvolver protocolos para identificação de pacientes com identidade desconhecida, com o mesmo nome, comatosos, confusos ou sob efeito de ação medicamentosa. 
Encorajar o paciente e a família a participar de todas as fases do processo de identificação e esclareça sua importância. 
Realizar a identificação dos frascos de amostra de exames na presença do paciente.
Estratégias para identificar corretamente o paciente
Confirmem a identificação do paciente na pulseira, na prescrição médica e no rótulo do medicamento/hemocomponente, ANTES de sua administração.
Verifiquem rotineiramente a integridade das informações nos locais de identificação do paciente (ex.: pulseiras).
Façam diversas verificações para evitar a multiplicação de um erro relacionado a um registro informatizado.
Estratégias para identificar corretamente o paciente
NUNCA UTILIZE idade, sexo, diagnóstico, número do leito ou do quarto para identificar o paciente. 
O identificador deve estar especificamente relacionado ao paciente, ou seja, deve estar diretamente associado ao indivíduo.
Utilize, pelo menos, dois identificadores!
 Identificadores:
Nome; data de nascimento; endereço; telefone; número do registro de identidade; foto.
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Como identificar?
Use pelo menos dois códigos identificadores.
 Por exemplo: Nome completo e número do prontuário ou o nome da mãe e a data de nascimento.
ATENÇÃO!
O número do leito é localizador e não identificador.
Estratégias para identificar corretamente o paciente
Pergunte ao paciente o nome e a data de nascimento dele. Em seguida, confirme verificando a pulseira de identificação.
Nunca pergunte: 
“Esse é você?" ou “A senhora é Maria da Silva?”
Caso houver problemas na identificação de:
Bebês e crianças, Pacientes inconscientes, Pacientes com deficiência cognitiva, auditiva, mental ou de linguagem, Pacientes com nomes iguais.
Solicite auxílio a cuidadores, familiares ou intérpretes para verificar a identificação correta.
Quando identificar o paciente?
Na admissão do paciente externo ou transferido;
Sempre que a identificação for retirada;
Sempre que a identificação apresentar danos.
Quando checar a identificação do paciente?
Antes da realização de quaisquer serviços ou procedimentos, ressaltando-se:
Antes da administração de medicamentos, sangue e hemoderivados;
Na coleta de amostras de sangue e outras para testes clínicos;
Padronize a identificação do paciente:
Os dados a serem preenchidos;
O membro de colocação da pulseira;
A sequência de escolha no caso de impossibilidade de identificação;
O uso de cores para identificação de riscos e alergias;
No caso de impossibilidade de identificação nos membros, por exemplo, amputados, totais, utilizar outras formas para confirmar os dados como uso de crachás ou etiquetas;
Identificação de Riscos
Riscos relacionados a outras Metas Internacionais de Segurança do Paciente, podem ser sinalizados visualmente através de um código de cores nas pulseiras.
Notificação de eventos adversos
A notificação é uma comunicação feita por profissionais de saúde, a fim de relatar o aparecimento de queixas técnicas e/ou eventos adversos relacionados a produtos ou medicamentos.
Notificar, é um ato de cidadania, de compromisso com o paciente, com os profissionais de saúde, com a instituição e mais, compromisso com a população brasileira
Aqui vcs podem relacionar a notificação de eventos adversos com a questão da identificação em alguma situações que a identificação não foi checada: ao fazer uma medicação, ao infundir um hemocomponente, ao encaminhar o paciente a um exame ou ao submetê-lo a qualquer procedimento. 
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Esses danos são chamados de eventos adversos;
Por que notificar?
Proporcionar à equipe de Enfermagem um meio de comunicação a respeito das ocorrências inesperadas; 
Possibilita o reconhecimento das falhas para a promoção de modificações necessárias;
Colabora para o sucesso do desenvolvimento assistencial.
O que notificar?
Toda suspeita de desvio de qualidade ou evento adverso causado por produto de saúde ou medicamento (Hospital Sentinela).
Exemplos:
Queda:
Do leito;
Da maca;
Da cadeira;
Mesmo nível.
Terapia Medicamentosa: 
Medicação incorreta;
Dose incorreta;
Diluição incorreta;
Via incorreta;
Paciente incorreto;
Horário incorreto.
Pele:
Úlcera de pressão;
Lesão bolhosa;
Assadura;
Escoriação;
Queimadura.
Sondas/Drenos/Cateteres:
Dreno;
Cateter;
Tuboendotraqueal;
SNG;
SVD.
Exames:
Paciente incorreto;
Solicitação incorreta;
Amostra incorreta;
Resultado incorreto.
Referências Bibliográficas
ANVISA. Investigação de Eventos Adversos em Serviços de Saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasilia- DF: All type assessoria editorial ltda, 2013. 66p.
Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP) Polo São Paulo. 10 Passos Para a Segurança do Paciene. São Paulo, 2010.
Miasso Al, Cassiani MHB, Erros na Administração de Medicamentos: Divulgação de Conhecimentos e Identificação do Paciente como Aspectos Relevantes. Ver. Esc. Enf. USP, v.34, n.1, p. 16-25, mar. 2000.
MS; ANVISA; FIOCRUZ. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 2- Protocolo de Identificação do Paciente. 2013.
MS; ANVISA. Boletim Informativo Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Brasília, VOL 1, N.1, Jan-Jul de 2011.