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Contagem de CHO

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Introdução à Contagem de 
Carboidratos do Diabetes 
Mellitus
PROFA ALANE NOGUEIRA BEZERRA
Diabetes Mellitus
 Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que 
apresenta em comum a hiperglicemia, resultada de 
defeitos na ação e/ou secreção da insulina.
Diabetes Mellitus
Despesas com o tratamento ambulatorial de indivíduos com DM no SUS: US$ 2.108 por indivíduo, dos 
quais US$ 1.335 (63,3%) são custos diretos!
Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus tipo 1
 Também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes
infanto-juvenil e diabetes imunomediado.
 Diagnosticado em crianças ou adultos jovens.
 Caracterizado por destruição das células-β, levando à deficiência da 
insulina.
 O tratamento medicamentoso depende da reposição da insulina, 
utilizando esquemas alimentares e estabelecendo “alvos glicêmicos” 
pré e pós-prandiais para serem alcançados.
Diabetes Mellitus tipo 1
Diabetes Mellitus tipo 1
 Etiologia:
 Autoimune (5-10%): destruição imunomediada das células-β, com
consequente deficiência de insulina.
 Fatores genéticos: condição poligênica, sendo que os principais
genes envolvidos são os do sistema do antígeno leucocitário
humano (HLA).
 Fatores ambientais: infecções virais, fatores nutricionais (ex.
introdução precoce do leite bovino), deficiência de vitamina D,
entre outros.
Diabetes Mellitus tipo 1
 Etiologia:
 Autoimune:
 Marcadores: anticorpos anti-insulina, antidescarboxilase do ácido
glutâmico (GAD 65), antitirosina-fosfatases (IA2 e IA2B) e
antitransportador de zinco (Znt).
 LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults): forma lentamente
progressiva que ocorre em adultos.
Diabetes Mellitus tipo 1
 Etiologia:
 Idiopática: etiologia desconhecida.
 Ausência de marcadores de autoimunidade contra as células-β e
não associação a haplótipos do sistema HLA.
Diagnóstico
Tratamento
Tratamento
Medicamentoso
Alimentação 
adequada
Atividade 
física
Educação do 
paciente e da 
família
Controle Glicêmico
Metas da Terapia Nutricional
 Promover adesão aos padrões alimentares saudáveis, enfatizando uma
variedade de alimentos nutritivos e em porções adequadas,
objetivando atingir controle de glicemia, pressão arterial, níveis séricos
de lipídios e peso corporal adequado e contribuindo para
atrasar/evitar complicações;
 Atender as necessidades nutricionais individuais, respeitando as
preferências pessoais e culturais, entendimento em saúde e
alfabetização, acesso a opções de alimentos saudáveis, vontade e
capacidade para fazer mudanças comportamentais, e modificar as
barreiras;
Metas da Terapia Nutricional
 Manter o prazer de comer fornecendo mensagens positivas sobre
escolhas alimentares;
 Limitar as escolhas alimentares apenas com evidência científica;
 Proporcionar ao diabético ferramentas práticas para o planejamento
de refeições ao invés de focar apenas nos macronutrientes,
micronutrientes ou alimentos individuais.
Terapia Nutricional
 Apresenta impacto importante na redução da HbA1c em DM1 e DM2, 
após 3 a 6 meses de seguimento com profissional especialista, 
independentemente do tempo de diagnóstico da doença.
A palavra “dieta”, que traz consigo um sentido de “proibição”, deve ser abolida.
Terapia nutricional reduz 1-2% da HbA1c.
Terapia Nutricional
Fracionamento de refeições (6)
CHO: 45-60%
≥130g/dia
PTN: 15-20% LIP: 20-35%
Fibras: 
Mín:14g/1000Kcal
DM2: 20g/1000Kcal 
4g de FOS ou 
Inulina para MI!!
0,8 -1g/Kg/dia
Sat: <10%
Mono: 5-15%
Poli: ≤ 10%
Colesterol: <300mg
Sacarose: ≤ 
5-10%
Vitaminas 
e minerais: 
DRIs
Sódio ≤ 
2000mg
Atenção: 
B1, B9, B12.
Carboidratos
Macronutrientes e Glicemia
Nutrientes Conversão em glicose
Carboidratos 90-100% - 15 min a 2 horas
Proteínas 35-60% - 3 a 4 horas
Lipídios Até 10% - 5 horas ou mais
Carboidratos
 Preditor de glicemia pós-prandial, palatabilidade da dieta e fonte de
energia, fibra, vitaminas e minerais.
 A sacarose não aumenta mais a glicemia do que outros CHO, quando
ingerida em quantidades equivalentes (isocalóricas).
 Sacarose deve ser substituída por outra fonte de carboidrato ou, se
adicionada, deve ser compensada com doses adicionais de insulina
ou outro medicamento hipoglicemiante.
Carboidratos
 A quantidade de CHO e a insulina disponível podem ser os fatores mais
importantes que influenciam a resposta glicêmica após as refeições e
devem ser considerados ao desenvolver o plano de alimentação.
Carboidratos
 A observação do índice e carga glicêmica podem oferecer benefícios
adicionais quando o total de carboidratos da refeição é
contabilizado.
 Dietas de baixo IG reduzem HbA1C de 0,2-0,5% (evidência ?).
 Deve-se monitorar a ingestão de CHO considerando a insulina
disponível para melhorar o controle glicêmico pós-prandial.
Carboidratos
 Índice Glicêmico (IG) fornece uma avaliação da qualidade dos
carboidratos contidos nos alimentos baseada em sua habilidade de
aumentar a glicose no sangue.
 IG como estratégia nutricional de primeira escolha é controversa.
Porém o IG e a Carga Glicêmica (CG) podem trazer benefícios
adicionais, quando o total de CHO da refeição é contabilizado.
Índice glicêmico e Carga Glicêmica
 Avalia e classifica a resposta glicêmica dos alimentos.
 Determinação do IG: variabilidade dos métodos de avaliação e
apresentação dos resultados, variação em relação a dieta estudada,
variação entre os indivíduos e variabilidade de um dia para outro,
processamento térmico dos alimentos, presença de fatores
antinutricionais, quantidade de CHO e outros componentes do
alimento (fibra).
Índice glicêmico e Carga Glicêmica
 IG = área de uma curva gerada
pelo aumento de glicemia em
2hs (curva glicêmica) induzida
por 50g de CHO de um
alimento / área glicêmica do
alimento referência (pão
branco ou glicose – 50g) x 100.
Índice glicêmico e Carga Glicêmica
 100g de batata tem 11,9g de CHO.
 Quantidade de batata consumida?
 100g de feijão tem 13,6g de CHO.
 Quantidade de feijão consumido?
Índice glicêmico e Carga Glicêmica
 Classificação de Brand Miller et al. (1999):
Índice glicêmico Classificação
< 55 Baixo IG
55-69 Médio IG
≥ 70 Alto IG
Índice glicêmico e Carga Glicêmica
IG IG IG
Carga glicêmica
Carga glicêmica = índice 
glicêmico x quantidade 
de CHO no alimento/ 
100
Exemplo
 1 colher de sopa de batata inglesa (1 x 5g = 5g) possui a mesma 
quantidade de carboidratos de 1 colher de sopa de batata doce (1 x 
5g = 5g).
 Carga glicêmica = IG x qtd de CHO (g)/ 100
 Batata inglesa: 93 x 5/100 = 4,65
 Batata doce: 77x 5/100 = 3,85
Exemplo
 Mas...
 O que é melhor? Consumir 3 colheres de sopa de batata doce ou 1 
colher de sopa de batata inglesa?
 Batata doce: CG = 77 x 15 = 11,55 
 Batata inglesa: CG = 93 x 5 = 4,65
Carga glicêmica
 A CG diária é considerada baixa quando o somatório
das refeições for < 80 e alta quando for > 120.
Carga glicêmica Classificação
≤ 10 Baixa CG
11-19 Média CG
≥ 20 Alta CG
Calcule a Carga Glicêmica da Refeição
 2 colheres de sopa de feijão (IG: 69 / Qtd CHO: 4,62g)
 4 colheres de sopa de arroz integral (IG: 79 / Qtd CHO: 25,8g)
 2 colheres de sopa de Batata doce (IG: 83 / Qtd CHO: 14g)
 3 colheres de sopa cenoura (IG: 83 / Qtd CHO: 3g)
 2 colheres de sopa de Beterraba (IG: 83 / Qtd CHO: 2g)
 1 und M bife bovino grelhado.
 1 banana (IG: 83 / Qtd CHO: 11,4g)
 79 participantes/ 6 meses.
 Dieta de baixo IG.
 Redução da HbA1c (↓0,7%).
 Redução não significativa da glicemia 
pós-prandial e do LDL e do aumento do 
HDL.
Dietas de baixo IG são 
capazes de melhorar o 
controle glicêmico. 
Introdução a Contagem de CHO
 Importante ferramenta no tratamento do diabetes e deve ser inserida 
no contexto de uma alimentação saudável.
 Prioriza o total de CHO consumidos por refeição, considerando que sua 
quantidade é determinante para a resposta glicêmica pós-prandial.
 100% do CHO ingerido é convertido em glicosesanguínea entre 15 min
a 2 horas após a ingestão.
Introdução a Contagem de CHO
 É considerado a chave do tratamento nutricional do DM1, mas pode 
ser utilizado por qualquer diabético. 
 Oferece um resultado bastante objetivo e facilita o cálculo da dose de 
insulina a ser administrada antecedendo cada refeição. 
 Participação em um intenso e flexível programa de educação de
terapia de insulina usando a contagem de CHO podem resultar na
melhora do controle glicêmico.
Contagem de Carboidratos
 Consiste em quantificar os gramas de CHO de
cada refeição para se calcular a dose correta
de insulina de ação rápida ou ultrarrápida a ser
aplicada, buscando o controle glicêmico pós-
prandial.
Contagem de Carboidratos
 Vantagens:
 Flexibilidade nas escolhas alimentares.
 Diminuição dos episódios de hipoglicemia.
 Atingir o melhor controle glicêmico, com
diminuição da HbA1C.
 Melhorar a aceitação da doença e da dieta
pelo paciente.
 Ajudar a prevenir complicações agudas e
crônicas decorrentes das hiperglicemias.
 Manter e atingir o peso ideal (?).
Contagem de Carboidratos
 Desvantagens:
 Pode levar ao ganho de peso excessivo.
 Exige que o paciente:
 Saiba ler e escrever.
 Tenha noções de medidas caseiras.
 Esteja motivado a receber novas orientações.
 Realize monitorização glicêmica diariamente
antes e depois das refeições.
 Tenha disciplina para aderir ao tratamento.
 37 participantes.
 Verificar a acurácia da contagem: 80 fotografias 
reais de porções alimentares.
 Tendem a superestimar os CHO de alimentos que 
têm pequenas quantidades.
 Tendem a subestimar os CHO de alimentos que têm 
quantidades maiores que 60g de CHO.
 Indivíduos inexperientes: dificuldade na contagem 
de CHO de alimentos de alto teor calórico e 
glicídico. Ex: frituras e sobremesas.
A contagem de CHO é 
útil e indica a 
importância de orientar 
os pacientes quanto aos 
“modelos” de porções 
alimentares
Definindo a Dose de Insulina
 Ao se definir a dose (ou bolus) de insulina antes da refeição, 
deve-se considerar dois componentes principais: o bolus de 
alimentação e o bolus de correção.
Bolus Alimentação (BA): quantidade de insulina rápida ou 
ultrarrápida que o organismo necessita para utilizar a 
quantidade de CHO consumidos em uma refeição. 
Definindo a dose de insulina
Bolus de Correção (BC): quantidade de insulina rápida ou 
ultrarrápida necessária para a correção da hiperglicemia antes 
das refeições, calculada através do Fator Sensibilidade (FS).
BC = Glicemia do momento – Meta glicêmica
Fator Sensibilidade
Metas Glicêmicas
Metas glicêmicas no tratamento do DM
Idade Jejum/Pré-Prandial
(mg/dL)
Pós-Prandial /Madrugada 
(mg/dL)
HbA1c (%)
0-6 anos 100-180 110-200 7,5-8,5
6-12 anos 90-180 100-180 < 8
12-19 anos 90-130 90-150 7-7,5
> 19 anos 90-120 <140 7-7,5
7,5-8,5*
Definindo a dose de insulina
Insulina Rápida Insulina Ultrarrápida
1500/Total de insulina diária
Ex: 30UI NPH + 20UI rápida
1500/30+20 = 30
1800/Total de insulina diária
Ex: 30UI NPH + 20UI ultrarrápida
1800/30+20 = 36
Fator Sensibilidade (FS): Estima o quanto 1U de insulina rápida 
ou ultrarrápida diminui a glicose no sangue.
E entre as refeições????
Insulina basal tem como função suprimir a produção de glicose 
entre as refeições e a noite. Deve corresponder 40-50% da dose 
total de insulina do dia.
Insulinas
Insulinas
Métodos de Contagem de CHO
 Método de substituições ou escolha de CHO: 
 Os alimentos são agrupados em porções, de modo que cada 
porção possua 15g;
 Método de contagem de gramas de CHO:
 Consiste em somar os gramas de CHO de todos os alimentos 
de uma refeição. 
Método de substituições de CHO
 Os alimentos são agrupados de forma que cada 
porção do alimento escolhido corresponde a 15g de 
CHO (8 a 22 gramas).
 É importante estimular a ingestão do mesmo número 
de substituições de CHO por refeição, sempre nos 
mesmos horários. 
 Não existe a possibilidade de flexibilização das 
quantidades de CHO a serem ingeridas, apenas das 
substituições.
Método de substituições de CHO
Grupo CHO(g) Proteínas(g) Lipídios(g)
Amido 15 3 -
Carne 0 7 5
Vegetais 5 2 0
Frutas 15 0 0
Leite 12 8 0
Gordura 0 0 9
Método de substituições de CHO
Alimento CHO (g) Equivalente
1 fatia de pão de forma 14 1
1 copo duplo de leite desnatado 12 1
1 fatia média de mamão 16 1
Método de Contagem de gramas de CHO
 Consiste em somar os gramas de CHO de cada alimento por 
refeição, obtendo-se informações em tabelas e rótulos dos 
alimentos. 
 É importante lembrar que o peso do alimento (g) é diferente do 
peso (g) de CHO daquela porção.
Método de Contagem de gramas de CHO
Alimento CHO(g)
4 colheres de sopa de arroz 20
2 colheres de sopa de feijão 8
2 pires de verduras e legumes 0
1 bife pequeno 0
1 caqui pequeno 17
TOTAL 45
Método de Contagem de gramas de CHO
 Pode-se partir de algumas regras: 
 1. Razão Insulina/CHO.
 É a relação entre a quantidade de insulina rápida ou 
ultrarrápida a ser aplicada em função da quantidade de 
CHO por refeição (BA). 
 Essa razão pode ser melhor definida de acordo com a 
monitoração glicêmica e com a evolução das glicemias 
pós-prandiais.
Método de Contagem de gramas de CHO
 Pode-se partir de algumas regras: 
 1. Razão Insulina/CHO.
 Crianças e adolescentes: 01 UI de insulina - 20-30g 
de CHO ou Regra do 500.
 Regra do 500: 500/total de insulina diária (cálculo 
inicial).
 Adulto: cada 1UI de insulina -15g de CHO ou Tabela 
do Peso/Insulina
Método de Contagem de gramas de CHO
 Pode-se partir de algumas regras: 
 1. Razão Insulina/CHO.
 2. Se no cálculo der um número “quebrado”, deve-
se “arredondar” para menos. 
 3. Tabela relação peso/insulina.
Tabela Peso/Insulina
Peso(kg) Und de Insulina/g de CHO
45-49 1:16
49,5-58 1:15
58,5-62,5 1:14
63-67 1:13
67,5-76 1:12
76,5-80,5 1:11
81-85 1:10
85,5-89,5 1:9
90-98,5 1:8
99-107,5 1:7
≥108 1:6
Método de Contagem de gramas de CHO
 Fibras:
 As fibras consumidas atuam de maneira diversa no controle do 
diabetes. 
 As fibras solúveis apresentam efeitos benéficos na glicemia e no 
metabolismo dos lipídios.
 As fibras insolúveis agem contribuindo para a saciedade e o 
controle de peso, além da preservação da saúde intestinal.
Método de Contagem de gramas de CHO
 Fibras:
 Principais fontes alimentares: frutas, verduras, legumes, farelo de 
aveia e de cevada, semente de linhaça, leguminosas.
 Se o alimento/refeição possuir ≥ 5g de fibras, deve-se subtrair esse 
valor do total de gramas de CHO calculado, a fim de determinar 
quanto CHO será convertido em glicose.
Método de Contagem de gramas de CHO
 Fibras:
 Exemplo: Em uma refeição/alimento que contém 48g de CHO e 
8g de fibra, devemos reduzir os 8g de fibra do total de CHO:
 48g de CHO - 8g de fibra = 40g de CHO disponível (a ser 
transformado em glicose).
Método de Contagem de gramas de 
CHO
 Fibras:
 Vegetais dos grupos A e B não necessitam de 
quantificação de seus CHO, por apresentarem menor 
quantidade de CHO e possuírem alto teor de fibras.
Método de Contagem de gramas de 
CHO
 Observar tamanho da porção 
sugerida no rótulo e fazer o cálculo 
de CHO correspondentes ao quanto 
foi ingerido.
Lendo um rótulo...
 Checar o tamanho da porção.
 Quantidade total de CHO.
 Quantidade de fibras.
 Quantidade total de gordura:
 Gorduras trans;
 Valor calórico.
 Ingredientes apresentados em ordem 
decrescente.
Correção de Hipoglicemia
 Ingerir 15g de CHO, esperar 15 minutos e medir a glicemia.
 150mL de suco de laranja puro sem açúcar ou de refrigerante 
comum;
 4 bombons tipo caramelo;
 1 colher de sopa de açúcar + água;
 1 colher de sopa de mel.
Correção de Hipoglicemia
15g de carboidratos
Correção de Hipoglicemia
Qual o melhor método?
Qual o melhor método?
 Método de contagem por gramas de CHO: 
informações mais precisas,porque considera o peso ou 
medida dos alimentos, assim como informações de 
rótulos e tabelas de referência. 
 Método de substituições ou escolha de CHO: mais 
simples, preserva as informações nutricionais mais 
importantes, mas não é tão preciso. 
Comparação dos dois métodos
Alimento Equivalentes CHO(g)
1 copo de leite (240ml) 1 12
1 xícara de café com adoçante 0 0
2 fatias de pão integral 1 22
2 colheres de chá de margarina 0 0
1 kiwi médio 1 11
TOTAL 3 equivalentes 45g
Und de Insulina 3 UI 3 UI
Comparação dos dois métodos
Alimento Equivalentes CHO(g)
1 copo de leite desnatado (240ml) 1 12
1 xícara de café com adoçante 0 0
1 und pão francês 2 28
2 colheres de chá de margarina 0 0
½ und mamão papaia 1 11
TOTAL 4 equivalentes 51g
Und de Insulina 4 UI 3,4 UI
Qual o melhor método?
 Cada pessoa apresenta necessidades diferentes e 
pode ter indicação de um ou de outro método, mas 
podem ser utilizados ao mesmo tempo.
 Independente do método, deve-se estimular o 
consumo da mesma quantidade de CHO por refeição. 
Na prática: Passo a Passo
 Determinar as necessidades nutricionais.
 Determinar o % de CHO.
 Calcular a quantidade de CHO em gramas e por 
número de substituições por refeições;
Avaliando a Contagem de CHO
 Maior objetivo: melhorar o controle glicêmico
 A automonitorização antes e 2 horas após as refeições 
é imprescindível para o ajuste da razão Insulina/CHO.
 Deve-se incentivar o paciente a medir as glicemias e, 
em seguida, inserir os dados em um diário e/ou 
programa específico do glicosímetro.
Forma de buscar saúde no tratamento, 
com menos restrições, mais equilíbrio e 
responsabilidade!
Exemplo de Diário
Refeição Hora Dx pré BC Alimento Medida caseira CHO BA Dx pós
Desjejum
Lanche da manhã
Almoço
Lanche da Tarde
Jantar
Ceia
Avaliando a Contagem de CHO
 Monitoração Pós-prandial: Se a glicemia pós-prandial 
verificada for >40 mg/dL em relação a pré-prandial, 
deve-se aumentar a dose de insulina por grama de 
CHO;
 Hipoglicemia Pós-prandial: Se a glicemia pós-prandial 
verificada for < 70 mg/dL, deve-se diminuir a dose de 
insulina por grama de CHO. 
Aplicação de Insulinas
 Pessoas que têm certeza de que vão consumir integralmente 
o que foi estabelecido para uma determinada refeição.
 Insulina rápida – 30 minutos a uma hora antes das refeições.
 Insulina ultrarrápida – 15 minutos ou imediatamente antes 
das refeições.
 Crianças: aplicação dos bolus deve ser imediatamente após a 
ingestão do alimento, sendo a quantidade ajustada à real 
ingestão.
 7 ensaios randomizados.
 703 participantes.
 Redução não significativa da HbA1c.
 5 estudos: redução significativa da HbA1c (↓0,64%).
 Redução do risco de hipoglicemia.
A contagem de CHO com 
insulinoterapia flexível 
pode ser uma vantagem 
na melhora da qualidade 
de vida, devido à 
flexibilidade nas escolhas 
alimentares. 
 27 estudos: 6 ensaios randomizados e 21 estudos 
observacionais.
 9583 participantes com DM1.
 Redução não significativa da HbA1c (↓≤1,2%).
 Redução e ganho de peso foram observados, mas a 
maioria não encontrou mudança de peso significante.
 28 participantes/ 4 meses.
 Grupo Intervenção: contagem de CHO.
 Redução da HbA1c (↓2,2%), menor 
glicemia de jejum (↓59,2mg/dl).
 Não houve diferença significativa 
quanto ao IMC, %G e CC.
A contagem de CHO 
foi eficiente em 
melhorar o controle 
glicêmico sem 
prejudicar os 
parâmetros 
antropométricos. 
Vídeo
Conclusão
 A contagem de CHO é uma ferramenta adjuvante para o 
adequado controle metabólico do DM1. 
 Deve ser inserida ao protocolo de atendimento nutricional 
nos pacientes com DM1, acompanhada de educação 
nutricional e em diabetes, reforçando continuamente ao 
paciente a importância do cumprimento das orientações do 
plano alimentar.
Conclusão
 A flexibilidade, sem a necessidade absoluta de planos
alimentares restritos, e a conscientização da importância de
uma alimentação equilibrada resultam em maior adesão à
terapia nutricional e melhor controle e faz do sujeito, o
principal ator do seu tratamento.
 A automonitorização glicêmica, alimentação equilibrada, a
contagem de CHO e a insulinoterapia podem contribuir para
um melhor controle glicêmico, prevenindo ou reduzindo
episódios de hiperglicemia ou hipoglicemia e suas
complicações.
Praticando... 
 A.N.B., sexo feminino, 27 anos, DM1 em uso de Insulina
Detemir (lenta) 30 UI/dia e Insulina Asparte
(ultrarrápida) 10 UI no desjejum, almoço e jantar. Essa é
a prescrição diária e vai iniciar a contagem de CHO
hoje. Supondo o desjejum abaixo e a glicemia de
Jejum 180mg/dL (meta: 120mg/dL), faça o ajuste da
dose de insulina pré-prandial. FS, BC, BA? Razão
insulina: CHO = 1 UI – 15g.
Resolvendo... 
Fator Sensibilidade
Insulina Ultrarrápida 1800/Total de insulina diária
FS= 1800/ (30 + 10 + 10 + 10)
FS = 1800/60 = 30
BC = Glicemia do momento – Meta glicêmica/ Fator 
Sensibilidade
BC = 180 – 120/30 = 2UI
Praticando... 
Alimento Equivalentes CHO(g)
1 copo de leite (240ml) 1 12
1 colher de sopa de 
achocolatado
1 13
1 und pão francês 2 28
1 fatia média de queijo 0 0
½ und média de manga 1 12
TOTAL 5 65g
Resolvendo... 
BA: - Substituição: 5 equivalentes → 5 UI 
- Contagem: 65g/15g = 4,33 UI
Total de insulina pré-prandial = BC + BA = 2 + 5 = 7 UI 
Praticando...
 NSC, 8 anos, DM1 em uso de Insulina Detemir (lenta) 20 UI/dia e Insulina Asparte
(ultra-rápida) 10 UI no desjejum, almoço e jantar. Essa é a prescrição diária, 
necessitando ainda de contagem de CHO. Supondo o desjejum abaixo e a 
glicemia de Jejum 310mg/dL (meta: 150mg/dL) faça o ajuste da dose de Insulina 
pré-prandial. 
Resolvendo...
 FS = 1800/(20+10+10+10) = 1800/50 = 36 
 BC = Glicemia do Momento – Meta Glicêmica / FS 
 BC = 310 – 150/36 = 4,44 UI (somente para correção da Glicemia) 
 BA = 70-11/30 = 59/30 = 1,96 UI 
 Total de Insulina pré-prandial = 4,44 + 1,96 = 6,4 UI + 10 UI (prescrição) = 
16,4 UI 
Praticando...
 GBP, 35 anos, DM tipo LADA, em uso de Insulina NPH (lenta) 20 UI ao 
acordar e 25 UI dia e Insulina Regular (rápida) 10 UI no desjejum, almoço e 
jantar. Faz contagem de CHO pelo método de substituição. Supondo o 
desjejum abaixo e a glicemia de Jejum 110mg/dL (meta: 120mg/dL), faça 
o ajuste da dose de Insulina pré-prandial. 
Resolvendo...
 FS = 1500/(20+ 25 +10+10+10) = 1500/75 = 20 
 BC = Glicemia do Momento – Meta Glicêmica / FS 
 BC = 0 UI (Dentro da meta!!) 
 BA = 60/15 = 4 UI 
 Total de Insulina pré-prandial = 4 UI + 10 UI (prescrição) = 14 UI 
“Tudo na vida tem seus prós e seus contras. Exatamente, 
TUDO! O diabetes requer muito de mim, assim como todas 
as relações requerem. Talvez, de um modo menos prático... 
Mas o que nessa vida não exige cuidados? Quando olho 
para o diabetes, olho para mim, me percebo como pessoa, 
reconheço meus limites e sei quando posso abusar. Nunca 
me conheci tão bem! Tive que fazer uma escolha: chorar ou 
viver. Escolhi viver, embora o choro faça parte da minha 
vida. Resumidamente: O diabetes me livrou de mim mesma. 
Se não fosse ele, eu não cuidaria tanto de mim. Com o 
corre-corre cotidiano, jamais tiraria um minuto da minha 
vida para pensar no que, como ou o quanto eu preciso me 
cuidar.”
Kath Paloma 
diabetesevoce.blogspot.com.br
Referências
 AGUIAR, A. C. B. de, OLIVEIRA, H. S. D., GRASSIOLLI, S. M. Manual de contagem de 
carboidratos. Instituto da criança com Diabetes. Porto Alegre, 2011.
 ARAÚJO, L. R., NASCIMENTO, C., PENA, N. F. Manual de Contagem de 
Carboidratos. 2013.
 GABRIEL, B. D. et al. Tabela de Contagem de carboidratos. 2008.
 LAMOUNIER, R. N., GUIMARÃES, D. B., CONSOLI, M. L. Manual de contagem de 
carboidratos. Centro de Diabetes de Belo Horizonte. 2010.
 SBD. Diretrizes da SBD -2019/2020.
 SBD. Manual Oficial de Contagem de Carboidratos para profissionais de saúde. 
2009.
Obrigada!!
@profa_alanebezerra

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