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Elastômeros Silicone de Adição O Silicone de Adição possui reação de presa inibida pelo enxofre, substância presente nas luvas de látex, portanto, um dos cuidados básicos ao manuseá-lo é não utilizar este material, afinal, estas substâncias afetam o resultado final, sobretudo na polimerização dos moldes. Para trabalhar com o silicone de adição, utilize luvas de vinil ou as mãos bem lavadas. O silicone de adição possui um tempo de presa curto, fácil manipulação, boa resistência ao rasgamento, alta precisão de detalhes e alta estabilidade dimensional. Porém, há desvantagens como o alto custo e uma vida útil curta. O gesso pode ser vazado em até 14 dias, porém é recomendado o vazamento imediatamente 1 hora após o fim da manipulação, a fim de evitar distorções. Não vaze imediatamente após a moldagem, pois é necessário esperar para que ocorra a liberação total do hidrogênio do molde a fim de que não ocorra a formação de bolhas de gesso. É um produto que normalmente possui presa longa, permitindo a elaboração de vários modelos. Silicona de Condensação Muito utilizada pela facilidade de manipulação e técnica de moldagem, se apresenta na forma de pasta base e catalisadora. Normalmente é encontrada na forma “pesada”, para a moldagem preliminar, e “leve”, para a moldagem complementar. Normalmente o fabricante faz cada pasta com uma cor diferente para que, quando a mistura esteja homogênea, o profissional identifique mais facilmente pela cor uniforme. A silicona de condensação possui uma massa densa, que é uma boa característica para confeccionar moldeiras individuais, não faz tanta sujeira e tem sabor agradável, possui um bom tempo de trabalho e um custo moderado. Porém, apresenta algumas desvantagens, como a baixa resistência a ruptura, hidrofobia, vazamento imediato (após o período de liberação do hidrogênio), alta contração de polimerização e volatilização de subprodutos. A reação química que causa a formação do elastômero se dá entre o polímero de silicona e um silicato alquílico, formando uma rede tridimensional. Essa reação gera um subproduto que é o álcool etílico, e a evaporação desse álcool é a grande causadora da contração que ocorre nesses silicones após a presa. Observa-se que é muito improvável que esse material cause qualquer tipo de reação alérgica, pois é um dos mais biologicamente inertes. Manipulação do Silicone de Condensação A manipulação dos silicones de condensação e adição possui duas técnicas comuns entre os profissionais, que são a técnica de um estágio (ou simultânea, onde a manipulação é feita de maneira rápida aplicando os silicones leve e pesado ao mesmo tempo) e a técnica de 2 estágios (onde os 2 materiais são manipulados em momentos distintos). Materiais: • Plástico para bancada • Silicone de Condensação (Pastas Pesada, Catalisadora e Leve) • Placa de vidro • Espátula 24 • Lecron • Seringa para moldagem em elastômero • Moldeira parcial • Manequim odontológico Manipulação: 1. Teste a moldeira parcial no local de moldagem no manequim 2. Com o medidor da pasta pesada, proporcione 2 medidas, retirando o excesso, e coloque a pasta pesada na mão. 3. Espalhe a pasta na mão e faça 2 marcações com o medidor 4. Em seguida, proporcione a pasta catalisadora no diâmetro das marcações 5. Inicie a manipulação, por aproximadamente 30 segundos, homogeneizando as pastas pesada e catalisadora 6. Após a manipulação, coloque a pasta uniformemente na moldeira parcial, e coloque-a de forma centralizada no manequim 7. Exerça pressão para que o material de moldagem possa escoar, e aguarde a presa do material por aproximadamente 3 minutos 8. Após a presa, tire a moldeira em um movimento único, e analise se a moldagem ficou satisfatória, verificando a centralização da moldeira, fidelidade de cópia das estruturas e se o escoamento foi adequado 9. Realize o alívio na região de interesse, utilizando o Lecron, fazendo um recorte na região e retirando os excessos 10. Após a confecção do alívio, proporcione a pasta leve no comprimento da placa de vidro, e em seguida proporcione a pasta catalisadora ao lado da pasta leve no mesmo comprimento 11. Com a espátula 24, leve a pasta catalisadora de encontro a pasta leve, e homogeneíze as duas pastas; realize o movimento de espatulação utilizando toda a área da placa por aproximadamente 30 segundos 12. Ao final da espatulação, a mistura deve estar homogênea e sem estrias 13. Junte o material no centro da placa e preencha a seringa para a moldagem 14. Com a seringa, insira a pasta leve no manequim e o restante no alívio realizado no molde 15. Em seguida, encaixe a moldeira na mesma posição da moldagem anterior, fazendo pressão para que o material possa escoar, e aguarde a presa da pasta leve por aproximadamente 3 minutos 16. Após a presa, saque a moldeira em único movimento e verifique a moldagem 17. É necessário esperar pelo menos 30 minutos para vazar o gesso, para que ocorra a liberação de hidrogênio do material, evitando a formação de bolhas no modelo Poliéter O poliéter foi o 1° elastômero desenvolvido diretamente com a função de material de moldagem, os outros foram adaptados de aplicações industriais. É o resultado de uma reação química entre anéis de aziridina. Normalmente é fornecido na forma de pastas (base e aceleradora) e em diferentes viscosidades. Não libera subprodutos voláteis, explicando a sua excelente estabilidade dimensional. A maioria dos poliéteres ainda é espatulada manualmente, apesar de existirem as pistolas que dosam e fazem a mistura automaticamente. A utilização de adesivos específicos para melhor adesão do material à moldeira se faz necessária. O material tem uma resistência ao rasgamento superior aos silicones de condensação e à maioria dos de adição. É radiolúcido e o profissional deve cuidar para que resíduos do produto não fiquem no sulco gengival, podendo causar inflamação. É possível vazar repetidamente um molde e retirar modelos várias vezes sem alterar sua estabilidade dimensional. O glutaraldeído a 2% é uma solução desinfetante satisfatória para esse elastômero. As vantagens do poliéter são a presa rápida, permite vários vazamentos, possui boa estabilidade e o molde pode ser armazenado por até 7 dias. Já como desvantagens, podemos citar a rigidez, gosto desagradável, tempo de trabalho reduzido, alto custo e hidrofilia. Polissulfetos Os polissulfetos são elastômeros empregados como material de impressão em prótese. A reação de polimerização deste material é exotérmica, sendo assim, a umidade e a temperatura exercem um efeito significante no desenvolvimento da reação: no calor e em umidade, a presa do material é acelerada. O subproduto na reação de condensação é a água. Os polissulfetos normalmente contêm uma pasta base e catalisadora. Ao dispensá-las em comprimentos iguais, obtêm-se a correta proporção de polímero de ligação cruzada. A mistura deve ser homogênea, pois assim se obtêm uma cura uniforme e evitam-se distorções. Para ganhar tempo de trabalho, recomenda-se resfriar o material, a placa de vidro e a espátula de manipulação. Para uma melhor adesão do polissulfeto à moldeira, é interessante utilizar adesivos que são compostos por borracha butílica ou estireno diluído em acetona. Os polissulfetos apresentam ótima flexibilidade e resistência à ruptura, permitindo que o material seja removido, mesmo de áreas retentivas, com um mínimo de esforço. Os moldes obtidos com polissulfetos devem ser desinfectados. É recomendada imersão por 10 minutos em uma solução de hipoclorito a 10%, e imersões prolongadas produzem distorções. É extremamente importante que o molde seja vazado imediatamente após a desinfecção. As vantagens dos polissulfetos são seu tempo de trabalho longo, precisão de detalhes, alta resistência ao rasgamenteo, baixa hidrofobia e baixo custo. Já suas desvantagens são anecessidade de uma moldeira individual, necessidade de vazamento imediato, sofre distorções facilmente, possui odor desagradável e mancha a roupa.
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