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Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Módulo 4 Patologia da Pele e Anexos Cutâneos Pele = 16% do peso corporal Principais funções da pele - Revestimento - Proteção mecânica Impermeabilização - Defesa imunológica → células de langerhans - Agentes agressores internos e externos - Regulação térmica - Transpiração - Meio interno Meio externo - Secreção de líquidos e eletrólitos - Excreção de toxinas Histologia da Pele Normal Camadas Componentes da Pele - Epiderme - estratificado escamoso e ceratinizado - Derme - possui papilas (reentrâncias que adentram à epiderme) - permite maior superfície de contato entre epiderme e derme - derme papilar (mais superficial) tec conjuntivo mais frouxo - derme reticular (mais profundo) tec conjuntivo mais denso Azul claro derme → bem vascularizada - camadas . contato derme: basal - responsável por produção de novas células - atividade mitótica: células tronco multipotentes . camada espinhosa - células poligonais - entre uma célula e outra tem juncoes que parecem espinhos . camada granulosa - citoplasma cheio de grânulos: ceratohialina . camada córnea . cama lúcida: áreas de pele espessa Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A OBS: melanócito: produz melanina que é muito importante para proteger as células contra efeitos nocivos da radiação UV Lesões Elementares Nomenclatura Clínica - Mácula (mancha): área circunscrita plana com alteração da cor da pele - Pápula: lesão sólida elevada com até 1,0 cm de diâmetro - Nódulo: lesão sólida elevada com mais de 1,0 cm de diâmetro - Placa: lesão sólida plana ou levemente elevada com mais de 1,0 cm de diâmetro - Cisto: cavidade contendo fluido ou material sólido e revestida por epitélio - Vesícula: elevação circunscrita repleta de líquido, com até 1,0 cm de diâmetro - Bolha: elevação circunscrita repleta de líquido, com mais de 1,0 cm de diâmetro - Pústula: coleção localizada de pus com até 1,0 cm (com mais de 1,0 cm = abscesso) - Telangiectasia: dilatação de capilares, vênulas ou arteríolas, que se tornam visíveis na superfície - mulher: bastante relação hormonal - carcinoma basocelular tem muita teleangiectasia em cima do nódulo - Crosta: placa irregular superficial que se forma pelo ressecamento de exsudato de células e serosidade - Liquenificação: pele áspera e espessa, com acentuação dos sulcos cutâneos, dando aspecto quadriculado (associa-se a fricção) - relacionado à processo crônico Neoplasias da Pele CERATOSE SEBORRÉICA • Lesão benigna frequente de adultos ou idosos • Qualquer localização, exceto regiões palmar e plantar • Locais preferenciais: dorso, tronco e face • Natureza neoplásica; proliferação de células basalóides na epiderme, com grau variável de diferenciação escamosa • Mutações de ativação no fator 3 de crescimento de fibroblastos • Pode fazer parte de síndrome paraneoplásica: sinal de Leser-Trélat Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Placa ceratótica: lesão elevada, de limites precisos, superfície rugosa recoberta de escamas gordurosas - Proliferação de células basalóides (da camada basal, sem atipias), com formação de cistos e pseudocistos córneos (quando se abre para a superfície da lesão) - SETA: Transição da pele normal com a lesão - Papilas dérmicas cortadas de forma transversal CERATOSE ACTÍNICA - Mais comum em homens adultos ou idosos de pele clara, com exposição solar prolongada, imunossupressão (ex: transplantados) - Áreas expostas ao sol (face, pescoço, dorso das mãos e antebraços, lábios, conjuntiva); - A exposição excessiva a raios ultravioleta (especialmente UVB) provoca alterações no DNA celular; pode haver predisposição genética - Marcador de alto risco para desenvolvimento de carcinoma de células escamosas, basocelular e melanoma, especialmente as lesões hiperceratóticas - Macroscopia: Placas cobertas por escamas secas, aderentes e pardacentas, brancacenta, bem delimitada - Microscopia: - Atipias em células basais da epiderme,hiperceratose, elastose do colágeno (derme normal deve ser mais clara e rosinha → derme está uma coloração lilás → alteração na transformação do colágeno → elastose do colágeno → eu sei que essa pessoa foi exposta cronicamente ao sol); - Epiderme atrófica ou mais espessa com atipias em células basais, hiperceratose (excesso de ceratina, espessamento camada córnea), pode haver paraceratose (aprisionamento nucleo das células na camada cornea, turnover está mais rápido); elastose do colágeno na derme - Atipia: camada basal! - Células grandes com nucléolo evidente Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A DOENÇA DE BOWEN (carcinoma in situ) - Carcinoma escamoso in situ da pele: neoplasia intraepitelial, sem invasão - Pacientes de pele clara, idosos, mais frequente na cabeça, tronco, extremidades e região genital (pode estar associado com HPV) - Etiologia multifatorial: radiação UV e agentes químicos - Manifesta-se usualmente como placa vermelho-fosca, de contornos irregulares, pode ser coberta por escamas ou crostas, em áreas expostas ou não. - Macroscopia: pele: mais fosca mucosa: mais brilhante - Eritroplasia de Queyrat (mucosas: placa brilhante e bem delimitada) - Microscopia: - Carcinoma in situ: perda da estratificação e diferenciação de todas as camadas de células da epiderme - Atipias celulares (todas as camadas) + papilomatose + paraceratose (aprisionamento nuclear) + mitoses atípicas CERATOACANTOMA - Lesão de natureza controversa (alguns: consideram benigna, outros: pré maligna, outros: carcinoma de células escamosas bem diferenciado) - Mais frequente em mulheres e com o avançar da idade (maioria sexta e sétima décadas de vida) - Aspecto característico: crescimento rápido seguido de regressão espontânea - Regiões expostas: face, pescoço e dorso das mãos - Quando a lesão é eliminada, forma-se cicatriz deprimida - Nódulo (maior que 1 cm) em forma de cúpula, firme, com cratera central preenchida por queratina - Lesão simétrica, com bordas bem definidas e centro preenchido por queratina Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (ESPINOCELULAR OU EPIDERMÓIDE) - Neoplasia maligna do epitélio escamoso – pode ocorrer em qualquer local onde haja este tipo de epitélio - Camada espinhosa - 15% das neoplasias epiteliais malignas da pele - Geralmente em pele com exposição prolongada ao sol→ radiação UV → mutações no DNA e redução da resposta imune - Mutações com disfunção do p53 (supressor de tumor); mutações que aumentam a sinalização de RAS (via que induz proliferação celular) - Origina-se mais comumente em lesão pré-cancerosa: úlceras crônicas/de estase e cicatrizes de queimaduras (Úlceras de Marjolin – CCE em úlceras crônicas) - Ex: ceratose actínica como lesão pré maligna - Pode complicar lesões cutâneas: líquen plano, osteomielite crônica (pode dar fístula na pele), etc - Outros agentes: HPV, imunossupressão, carcinógenos químicos, infecções crônicas e doenças congênitas (xeroderma pigmentoso, albinismo) - Pode produzir metástases (linfonodos regionais, hematogênica: fígado, pulmões e cérebro) - Prognóstico piorse: tumor > 2cm diâmetro ou > 0,4cm profundidade (biópsia); neurotropismo (invasão perineural das células neoplásicas); imunossupressão; lesões recorrentes; tumor que surge em queimaduras, após radiação ou em úlceras crônicas; lesão em lábios e ouvidos - Macroscopia - Lesão ulcerada, com bordas irregulares, enduradas. - Formação de crostas; ulceração - Microscopia: ninhos infiltrativos de células escamosas com atipias, mitoses e formação de pérolas córneas (critério importante para avaliar a diferenciação do tumor) CARCINOMA BASOCELULAR - Neoplasia maligna cutânea mais prevalente (75%) - Camada basal - Malignidade apenas local; lesão geralmente única - Acomete adultos e idosos, em geral acima da sexta década - Etiopatogenia: relacionada à exposição solar crônica, imunossupressão, pessoas com defeitos hereditários no reparo do DNA Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Mutação do supressor tumoral PTCH, que induz proliferação celular anormal por defeito na via de sinalização Hedgehog - Mais comum em regiões expostas ao sol, especialmente face - Há vários tipos clínicos e anatomopatológicos, sendo o nodular/ulcerativo o mais comum (45-60%) - Lesão nodular perolada, com ulceração central (tipo nódulo ulcerativo: maior que 1 cm)) - Lesão nodular perolada, com telangiectasia (tipo nodular) OBS - Cite às lesões elementares observadas: teleangiectasia e nódulo - Baseado na macro, qual seria sua hipótese diagnóstica: carcinoma basocelular - Microscopia: proliferação de ninhos de células basalóides com atipias discretas e arranjo em “paliçada” na periferia (como se às células neoplásicas formassem um colar em torno do ninho de células basalóides), brotando da camada basal da epiderme - Frequentementes encontra-se um espaço claro entre o ninho da célula neoplásica e derme (artefato de retração dos ninhos) Caso: Paciente do sexo feminino, com 65 anos de idade, com queixa de lesão na fronte há vários anos, que lentamente vem aumentando de tamanho e ulcerou. Ao exame dermatológico, apresenta nódulo de 1,5 cm de diâmetro, com ulceração central recoberta por crosta que, ao ser retirada, ocasiona sangramento. As bordas da lesão são translúcidas, com formações perláceas e finas teleangiectasias. O diagnóstico provável é: Carcinoma Basocelular Tumores dos melanócitos e células névicas - Melanócitos - Liberam grânulos que se se posicionam em cima do núcleo de células (como se fosse um guarda chuva protegendo as células dos danos da R-UV) - Células névicas - Células arredondadas interpostas entre as células da camada basal - Derivadas de melanócitos Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Contém quantidade variável de melanina - Nevo melanocítico - Neoplasia benigna, congênita ou adquirida, originada de células névicas - Ativação LIMITADA de BRAF/RAS (prolif. celular) levando a um período limitado de proliferação de melanócitos/células névicas (se for ilimitado: melanoma) - Desenvolvimento/evolução e maturação - Nevos juncionais ↳Nevos compostos ↳Nevos intradérmicos - Normalmente surge como juncional que evolui para composto, em seguida para intradérmico Juncional proliferação de células névicas formando ninhos na junção dermo-epidérmica Intradérmico proliferação de células névicas formando ninhos na derme Composto proliferação de células névicas formando ninhos na junção dermo-epidérmica e na derme subjacente Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Obs: Composto - aprofundando: pigmento vai ficando mais escasso - em cima: células costuma ser maiores e mais arredondadas, aprofundando (amadurecendo): células menores e mais alongadas → lembra células de schwann (maturação das células) Imagens: - ninhos de células névicas na junção dermo epidérmica: lesão plana - a medida que os ninhos vão caindo na derme: vai elevando - para ter certeza: biópsia - Outros: - Nevo displásico ou de Clark (pré cancerosa, pode evoluir para melanoma) Preocupar se:: → duas cores → não está muito simétrica → bordas mais borradas → 6 mm ou mais → fibrose em em volta dos ninhos proliferados → união lateral de ninhos de células névicas proliferadas Conduta: deve retirar com margens livres MELANOMA MALIGNO Neoplasia maligna altamente agressiva resultante da proliferação de melanócitos atípicos - Representa 3% de todas as neoplasias malignas do organismo Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Características gerais - Podem surgir “de novo” (sem qualquer lesão prévia; maioria) ou em nevos congênitos ou adquiridos - Cuidado com a diferença com carcinoma de células escamosas que surgem muito por lesões prévias - Incidência máxima: 40 - 60 anos - Relação homem:mulher de 3:2 - Localização: pele, olhos, mucosas oral e ano-genital, esôfago, meninges (os melanomas são muito mais comuns na pele do que nos demais sítios) - Fatores de Risco - Exposição radiação ultravioleta - História familiar (melanomas familiais-8 a 15%), maioria é esporádico - Nevo atípico/displásico – nevo congênito gigante → - formato diferentes (não tem como retirar tudo, deve acompanhar) - Melanoma prévio - Imunossupressão - Sensibilidade solar: xeroderma pigmentoso - Fatores genéticos: - Alterações no controle do ciclo celular: CDKN2A - Ativação da proliferação celular: mutações ativadoras no BRAF (proliferação celular ilimitada), anormalidades no RAS e mutação com perda de função do PTEN - Atividade da telomerase: manutenção dos telômeros se associa à sobrevivência das células - à medida que à célula vai envelhecendo à telomerase corta telômero - Características Clínicas - A. Assimetria da lesão - B. Bordas irregulares e “entalhadas” - C. Cor variável (negro, marrom, vermelho, azul-escuro) - D. Diâmetro > 6,0 mm - E. Evolução - Sinais Clínicos de alerta para o Melanoma - 1) Alterações em uma lesão pigmentada prévia - Aumento de tamanho Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Mudanças de cor e formato com bordas irregulares - Surgimento de prurido, dor, sangramento - 2) Surgimento de lesão pigmentada recente na vida adulta - Padrões de crescimento do melanoma na pele Tumores dos Melanócitos - Classificação 1- Lentigo maligno melanoma- 4% 2- Melanoma extensivo superficial- 70% 3- Melanoma lentiginoso acral- 2 a 8% 4- Melanoma nodular- 10 a 15% 3 e 4 são os mais agressivos Lentigo Maligno Melanoma - Indivíduos idosos - Mácula plana (espera que fique mais tempo na 1 fase - crescimento in situ), bordas irregulares, pigmentação variável, mais de 6 mm - Crescimento gradual, especialmente na região malar, nariz e fronte - Sobrevida em 80 a 90% em 5 anos - Presença de proliferação de melanócitos atípicos juncionais, em fase de crescimento radial - Tendência a crescimento horizontal prolongado - Derme: lilás claro: elastose do colágeno → exposição prolongada ao sol Melanoma lentiginoso acral - Palmar e plantar; áreas ungueais e periungueais - Crescimento rápido e ulceração - Tipo mais comum em afrodescendentes - Sobrevida em 10 a 15% em 5 anos assimétrico, borda irregular, várias cores, diâmetro + 6 mm, áreaulcerada Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Melanoma extensivo superficial - Tipo mais comum - Incidência igual nos gêneros - Pernas em mulheres e dorso em homens - Sobrevida de 70% em 5 anos - Melanoma extensivo superficial: tipo mais comum assimétrico, borda irregular, várias cores, diâmetro + 6 mm, área ulcerada disseminação pagetóide → melanócitos atípicos na junção derme e epiderme que vão se superficializando (pode acontecer em qualquer fase) obs: fase 1 in situ - cresce deitado, plano fase 2 - cresce em pé, nodular Melanoma Nodular - Crescimento vertical rápido (só cresce vertical), em profundidade; ulceração - Sem crescimento radial; tronco, cabeça e pescoço - Idade média: 40 anos - Em pacientes tratados antes do aparecimento de metástases: sobrevida em 50 a 60% dos pacientes em 5 anos - IMAGEM: lesão polipoide de coloração negra ABCDE não é tão nítido, o que chama a atenção? não tinha nada, à evolução foi muito rápida! - Microscopia: lesão cresce apenas em profundidade, células com figuras de mitose, grandes, nucléolo evidente - Como diferenciar de nevo intradérmico? Ninhos separados uns dos outros, no melanoma nodular é um mar de melanócitos atípicos. No nevo, as células são mais pigmentadas em cima e mais redondas, amadurecem. No melanoma isso não acontece, não existe maturação. Diagnóstico Diferencial (nevo) 1- ABCDE 2- Maturação celular (olhar desde lá de cima até lá embaixo) Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A 3- Características citológicas (atipias, mitoses) 4- Mitoses 5- Ulceração (melanoma) 6- Disseminação pagetóide (melanoma) Crescimento (nível de invasão e espessura do tumor X sobrevida em 5 anos) - Sistema de Clark - I- Intraepidérmico (in situ)- 100% - II- Derme papilar- 72 a 92% - III- Até os vasos subpapilares- 46 a 65% - IV- Derme reticular-31 a 54% - V- Gordura subcutânea- 12 a 48% - Breslow: medida em mm (<0,76 mm- não dão metástase; é mais frequente em lesões > 1,5mm) Obs: entre 0,76 e 1,5: borderline - considerado o fator prognóstico mais importante quando se avalia um melanoma Prognóstico 1- Estadiamento 2- Espessura tumoral* (como obtém? breslow, O MAIS IMPORTANTE) breslow é uma medida que usa para MELANOMA 3- Infiltração linfocítica tumoral: evidente em lesões superficiais e ausente nas profundas, ter linfócitos em células tumorais é indicação de bom prognóstico 4- Sexo (feminino melhor) 5- Localização: melhor se em extremidades 6- Mitoses: se elevado índice mitótico, pior o prognóstico 7- Ulceração: > chance de metástases 8- Regressão: pior prognóstico áreas do melanoma podem ser substituídas por fibrose alguma área mais profunda por ter tido regressão de células, não consegue dar a medida exata da profundidade 9- Satélites: maior risco de recorrência e de metástases 10- Biópsia de linfonodo sentinela Evolução do Melanoma e Conduta Conduta médica oportuna e eficaz → Excisão completa e precoce da lesão A cura de um melanoma depende de um diagnóstico precoce Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Metástases de Melanoma no SNC Metástases linfáticas e sanguíneas (fígado, pulmões, pele, trato gastrintestinal, osso e SNC) Questão: Quais dados clínicos caracterizam lesões cutâneas hipercrômicas suspeitas de malignidade? assimetria, bordos irregulares, cor com tonalidades variadas, diâmetro >6mm e elevação/exulceração Patologia dos Linfomas Aspectos da normalidade: Descrição de um linfonodo - Regiões Linfonodo (tem q escutar algum áudio) - Neoplasia acometendo linfonodo: não é toda linfadenopatia que necessita de biópsia - Localização: aumento de determinadas cadeias de linfonodos preocupa mais - linfonodos supraclaviculares preocupa - Tempo de evolução → permanência ( mais de 4 à 6 semanas) - Tamanho: + 2 cm preocupa - menos de 1 cm: mais tranquilo - Consistência endurecida: preocupa Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - não necessariamente inicia com consistência endurecida - Mobilidade - fixo preocupa - Dor: dor não significa mal sinal: geralmente se associa à processos inflamatórios - Presença de fistula cutanea pensar em algumas origens mais específicas para linfadenopatia - tuberculose linfonodal pode ter fixação Linfomas - Neoplasias primárias do tecido linfóide - Expansões clonais atípicas de células em determinado ponto de desenvolvimento (consegue encontrar semelhança morfológica e funcional com a célula que deu origem a neoplasia) - Semelhanças morfológicas, imunológicas e funcionais com as células normais - Primárias de linfonodos ou de tecido linfóide extranodal - Leucemia ( células neoplásicas na MO e sangue periférico) X Linfoma (massas teciduais) - alguns linfomas podem acabar leucemizando (mandar células para MO e sangue periférico, aspecto morfológico semelhante a linfomas) Etiopatogênese dos linfomas - Idade (LNH >40 anos; LH entre 10 e 30 anos → epidemiologia) - Homens - Etnia e hereditariedade (controversos) - Fatores genéticos - Infecções virais (EBV; HTLV-1; HHV-8) - Estimulação imune (dçs. Autoimunes, infecções, lúpus, artrite reumatóide, infecção pelo H.pylori: relação com linfoma MALT) - Imunodeficiência e imunossupressão (depleção de linfócito T pode estimular de forma desordenada proliferação de linfócitos B) - Estilo de vida (tabagismo, obesidade) - Exposição a carcinógenos (ocupacional e ambiental) Classificações - Histórico de controvérsias → doenças complexas e heterogêneas - importância : terapêutica, prognóstica , investigativa Por que fazer imunohistoquímica, biópsia? delinear o tratamento ao saber o antígeno que está sendo exposto, importância investigativa, pesquisas - Classificação OMS - neoplasias de células B - neoplasias céls B Precursoras (+imaturas ) - neoplasias células B Maduras - neoplasias de células T & NK Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - neoplasias células T Precursoras (+imaturas) - neoplasias de céls T e céls NK Maduras - linfoma de Hodgkin - linfoma de Hodgkin Clássico - linfoma de Hodgkin com predominância linfocítica nodular Clínica (visão geral) - Primeira manifestação de um linfoma pode ser aumento de linfonodo - Maioria se apresenta como aumento de linfonodos não-dolorosos - Pode haver linfadenopatia localizada ou generalizada, superficial ou profunda - Sítios extranodais (pele: micose fungóide, estômago, cérebro) - Manifestações gerais (sintomas B): febre (38 graus ou mais), sudorese noturna, perda >10% peso em -6meses, prurido* (livros que descrevem que pode ou não ser sintoma B) - não precisa ter todos ao mesmo tempo - Formas leucêmicas – supressão da hematopoiese (anemia, leucopenia, sangramento), espleno e hepatomegalias - Clínica pode trazer suspeita → para diagnóstico definitivo precisa de biópsia! - Diagnóstico requer exame histopatológico Linfoma de Hodgkin Linfoma Não Hodgkin Um terço de todos os linfomas Surgimento em 1 linfonodo ou cadeia (mais frequente na região cervical) Disseminação contígua (não pula cadeia) Acometimento extranodal pouco comum Cerca de ⅔ dos casos Disseminação imprevisível (não contígua ) Frequentes sítios extranodais (1/3) → pele, SNC, TGI Acometimento de múltiplos linfonodos periféricos Anel de Waldeyer (nasofaringe) e linfonodos mesentéricos Obs: - Hodgkin X Não Hodgkin (diferentes do ponto de vista morfológico, prognóstico) - maioria dos linfomas vem de célulaB (85%) Linfoma de Hodgkin (LH) - Origem: célula B - Cerca de ⅓ dos casos - Geralmente homens > mulheres - Apresentação bimodal de incidência com pico em adultos jovens (10-30 anos) e em idosos* (não é toda bibliografia que considera pico em idoso) - Neoplasia linfóide – proliferação de células atípicas imersas em substrato de aspecto inflamatório - Cél. de Reed-Sternberg (ou variantes RS): verdadeiramente neoplásicas - não faz diagnóstico sem ela - precisa que ela esteja imersa em um fundo inflamatório para diagnóstico (células reacionais) - possuem muitas citocinas potentes que causam todo o estrago do linfoma - Cél. linfóides reacionais: maioria Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Arquitetura do linfonodo alterada, subvertida Provável modelo de patogênese EXPLICANDO: Efeitos transformadores nas células B ( influência de determinados agentes externos ) → ativação de genes que vão levar à sobrevida e proliferação das células alteradas de Reed-Sternberg (binucleadas com nucléolo evidente, aspecto em olho de coruja) → perder à capacidade de entrar em apoptose (sobrevida alongada), produzir citocinas que estimulam resposta inflamatória → produção de fatores que mantem crescimento e sobrevida das células tumorais - Célula RS e variantes Clássica Lacunar L & H binucleada, nucléolo evidente (celularidade mista) citoplasma é muito frágil e fragmenta, vê lacuna entre núcleo da célula e contorno (esclerose nodular) popcorn: núcleo mais lobulado com nucléolo evidente (predominância linfocítica) Classificação (perfil de expressão de antígeno) Linfoma de Hodgkin Clássico - esclerose nodular - celularidade mista Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - rico em linfócitos - depleção linfocitária Classico (perfil de expressao imunohistoquímica: CD15+, CD30+, CD45-, CD20-/+, EBV +) Esclerose nodular Celularidade Mista + comum (>65 a 70% casos) Homens e mulheres L. cervicais, supraclaviculares e mediastinais EBV: raro (nos outros clássicos essa associação acontece) Prognóstico bom a excelente Traves de fibrose, nódulos dentro do linfonodo 20 a 25% dos casos Homens; > idade; sint. B Disseminação hematogênica EBV: 70% dos casos ou mais* Linfócitos, plasmócitos: pano de fundo Prognóstico favorável Rico em linfócitos Depleção Linfocitária Pouco frequente EBV: 40% dos casos Prognóstico de favorável a excelente (melhor prognóstico) Menos de 5% dos casos (- comum) Idosos e HIV+ EBV: + de 90%* Diag. Dif.: linfoma de grandes células B Pano de fundo: poucos linfócitos Prognóstico menos favorável (pior prognóstico) Histologia Esclerose Nodular - perdeu arquitetura - traves de esclerose, fibrose - delimitação de nódulos - célula: célula lacunar Celularidade Mista - células RS, células RS mononucleada - pano de fundo: mistura de células, linfócitos, plasmócitos, eosinófilos Rico em Linfócitos - célula RS clássica - pano de fundo: muitos linfócitos Depleção de Linfócitos - pano de fundo: pouco linfócitos - mitose atípica - célula de RS clássica ou pleomórfica Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Linfoma de Hodgkin com predominância linfocítica nodular (5% dos LH) - não clássico - Predominância linfocítica nodular - Homens; adultos jovens - EBV: não - Maior tendência a recidiva - Ainda assim prognóstico bom - Célula popcorn CD15-; CD30-; CD45+; CD20+; EBV- Linfomas Não Hodgkin (LNH) LNH- evolução clínica Indolentes Agressivos Altamente Agressivo Idosos Clínica arrastada (pode evoluir de forma assintomática por anos) Disseminados ao diagnóstico Resp. terapêutica: - (não respondem, índice proliferativo baixo, não cura, demora para matar, sobrevida mais longa, contorna complicações da doença Células com aspecto de linfócitos maduros; poucas mitoses Adultos Clínica agressiva (poucos meses já tem manifestação clínica ) Comprometer MO ou leucemizar: incomum Resp. terapêutica: + quimio agressiva Células volumosas; muitas mitoses Crianças Clín. muito agressiva (dias, semanas) Comprometer SNC, MO ou leucemizar: comum Resp. terapêutica: + quimio agressiva Cél. intermediárias (não da nem tempo de ficar grande de tanto que divide); número muito alto de mitoses leucemia/linfoma linfocítico crônico, linfoma folicular, ... linfoma difuso de grandes células B Linfoma de Burkitt; leucemia/linfoma linfoblástico;... Indolentes - Leucemia/linfoma linfocítico crônico - Leucemia mais comum em adultos (não é o linfoma mais comum do adulto! é a leucemia) - Homens; média 60 anos - Célula precursora: linfócito B periférico, circulante, linfócito pequeno (maduro) - LLC e LL diferem apenas no grau de linfocitose no sangue periférico - > ia se apresenta como leucemia (LLC –linfocitose > 5000/mm3) - Assintomático; fadiga, perda de peso, anorexia; linfadenopatia generalizada e hepatomegalia (50 a 60 %); anemia hemolítica e trombocitopenia (10 a 15% dos Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A casos: auto-Ac); sangue periférico: de leucopenia a 200.000/mm3 (maior parte manifesta como leucemia, a medida que a doença avança a medula está sendo substituída por tecido neoplásico) - Pode transformar para linfoma de alto grau: síndrome de Richter - Sobrevida média de 4 a 6 anos (depende do estadio) Leucemia/linfoma linfocítico crônico - Medula normal tem precursor do sangue e gordura - População uniforme, monótona de pequenos linfócitos, não ve mitose (baixo índice proliferativo) - Centros proliferativos – patognomônicos - Linfoma folicular - Segundo LNH mais comum no Brasil - Homens e mulheres; média 60 anos - Célula precursora: célula B linfoide do centro germinativo - Translocações cromossômicas- t(14;18): 90% dos casos superexpressão de BCL2 antagoniza a apoptose - Linfadenopatia generalizada indolor; comprometimento da MO em 85 % dos casos; polpa branca do baço e tríades portais hepáticas: frequentemente envolvidos - Pode transformar para linfoma de alto grau - Sobrevida média de 7 a 9 anos; incurável, mas com curso indolente - Onde vai ver folículo? No linfonodo inteiro - Linfócitos neoplásicos dentros dos folículos linfoides linfonodo/ gordura infiltrada pela lesão / folículos disseminados/ arquitetura subvertida diag diferencial com reacional: veria macrofago reacional dentro do foliculo Agressivos - Linfoma difuso de grandes células B - LNH mais comum em adultos - Homens; média 60 anos (pode acometer uma faixa etária bem ampla) - Célula precursora: células centrofoliculares; células B ativadas pós-centro germinativo - Primário ou transformação de linfomas menos agressivos Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Desregulação de BCL-6: hiperexpressão mantém células B em estado proliferativo e não diferenciado; mutações em outros genes - Massa em crescimento acelerado, em geral assintomática (nodal ou extranodal); acometimento tardio da MO, leucemização infrequente - Rapidamente fatais se não tratados - 40 a 50 % são curados; dependência do estadio clínico - HISTOLOGIA: grande tamanho celular; padrão difuso de crescimento; células grandes, nucléolo evidente, alto índice mitótico - diagn. dif.com cél. RE - parece com linfoma de depleção linfocítica (importância da imuno histoquímica além da biópsia) - baço acometido com uma grande massa Altamente agressivos - Linfomas/Leucemias Linfoblásticas Agudas (LLA) - Maioria abaixo dos 15 anos; brancos; meninos - Pico de incidência: 3 anos (85% casos, linfócitos B que se manifesta como leucemia); adolescência (linfócitos T, linfoma,região timo, massa mediastinal, faixa etária em que o timo atinge maior tamanho, maior índice de proliferação ) - Célula precursora: células B precursora da medula óssea (85%); linfócito T precursor (protimócito e timócito) - Céls B- leucemias do início da infância; céls T- linfomas em adolescentes, geralmente com massas tímicas - 90% - alterações estruturais ou numéricas nos cromossomos - Início abrupto; pancitopenia (fadiga, infecções, sangramentos); dor óssea; linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia; envolvimento testicular; manifestações neurológicas (meninges) - HISTOLOGIA: LLA B e T: células com pouco citoplasma basofílico e núcleos maiores do que o de pequenos linfócitos; nucléolos pequenos e cromatina delicada; alto índice mitótico e possível aspecto em céu estrelado (células estão Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A proliferando muito e morrendo muito, logo há macrofagos que fagocitam debris de células apoptoticas) - células B e T são iguais morfologicamente, precisa imuno histoquímica, mas nesse caso não precisa tanto pois o local e à faixa etária de acometimento será diferente - Prognóstico: - 90% de remissão completa após QT agressiva - 75 a 85% de cura - Prognóstico bom: - Idade entre 2 e 10 anos - Baixa contagem de Blastos (células imaturas) - Translocações favoráveis - Prognóstico ruim: - Idade < que 2 anos; adolescente; adulto - Blastos acima de 100.000/mm3; - Translocações desfavoráveis Altamente Agressivo - Linfoma de Burkitt - Crianças e adultos jovens - Célula precursora: linfócitos B maduros do centro germinativo - Maioria extranodal - ENDÊMICO- África- massa mandibular; 100% EBV - ESPORÁDICO- massa em íleo terminal/ceco e peritônio; 30 a 70% EBV → mais no Brasil - ASSOCIADO AO HIV; 25 a 100%EBV - Translocações do oncogene MYC no cromossomo 8 - Acometimento de MO e sangue periférico: incomum em casos endêmicos - Muito agressivos; boa resposta à QT Infiltrado difuso; células linfoides de tamanho médio; alto índice mitótico e numerosas células apoptóticas; macrófagos com fragmentos nucleares no citoplasma, aspecto em céu estrelado Estadiamento dos linfomas - sistema Ann-Arbor - 1 única cadeia de linfonodos acometida - 2 duas ou mais cadeias acometidas da mesma porção (inferior/superior) do diafragma - 3 cadeias em andares diferentes do diafragma ou com comprometimento do baço - 4 atinge outros órgãos:fígado, MO…. Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A 1 / 2 : inicial 3 / 4 :avançado - A: ausência de sintomas - B: febre, sudorese noturna, emagrecimento - E: comprometimento extranodal (por contiguidade) - S: comprometimento do baço - X: tumor com mais de 10,0 cm no maior diâmetro Prognóstico - Estadiamento (I e IIA: cura em 90%) - Pacientes com longa sobrevida após tratamento: maior risco de desenvolvimento de cânceres secundários Patologia Osteoarticular Tumores ósseos Anatomia óssea: - Diáfises: cilindro ósseo - Epífises: extremidade - Cortical óssea: parte mais externa - Cavidade medular ou porção central: parte mais interna, trabéculas ósseas mais separadas - Periosteo - Endósteo Histologia óssea - porção da trabécula: rosa arroxeada → região da matriz óssea, onde se encontra fibras colágenas e outras proteínas e depósitos de alguns ions (Cálcio 99% do cálcio que temos está no osso,, fósforo, íons) na superfície da matriz: - osteoblasto: células mononucleada→ produção de matriz óssea → proteína | também tem capacidade de expressar fatores que estimula a atividade osteoclástica - osteoclasto: célula grande multinucleada → reabsorção óssea: degrada e digere a matriz, precursor: monócito Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - osteócito: auxilia na regulação ionica | percebe estímulos mecânicos e os transforma em sinais químicos , surge a partir do osteoblasto que foi pra dentro da matriz - porção do mesênquima: células mesenquimais: células tronco que vão dar origem aos osteoblastos Tumores ósseos - Frequência → não estão na lista dos mais frequentes, cerca de 1,4% do total de neoplasias em humanos - Importância → quando detecta um tumor ósseo pode ser benigno ou maligno. Quando é maligno, pode ser altamente agressivo. - O diagnóstico desses tumores não é muito fácil, Pode confundir com processo inflamatório, neoplasia benigna. - Não deve usar a biópsia de maneira isolada. Deve-se utilizar em conjunto com dados clínicos. - Tumores ósseos apresentam um padrão que se repete. - Principais sinais e sintomas → assintomático ou dor e aumento de volume da região - Causa: maioria desconhecida; alterações genéticas - Fatores de risco - Infartos ósseos → regeneração que ocorre na região - Osteomielite crônica → regeneração e citocinas - Doença de Paget → primeiro momento tem muita reabsorção, depois muita neoformação - Radiação e próteses - Dados relevantes: idade, osso envolvido, área específica envolvida no osso, aparência radiográfica, histologia Tumores Metastáticos - Mais frequentes de todas as neoplasias malignas dos ossos - Sítio primário conhecido ou não - Clínica; geralmente lesões múltiplas - Adultos: mais de 75 a 80% se originam em mama, pulmão, próstata, tireoide ou rim - Crianças: neuroblastoma, tumor de Wilms, osteossarcoma, sarcoma de Ewing, rabdomiossarcoma - Localizações mais comuns: esqueleto axial, fêmur e úmero - Acometem preferencialmente a medula óssea → metástase vem por via hematogênica, área mais vascularizada do osso é à medula. Células neoplásica tem mais nutriente para crescer ali. Vascularização é mais lenta, logo instala mais fácil . - Radiologia: - líticas (maioria): mais escuro que osso normal, ex:mama, - blástica: aparece mais branco que osso normal - Exemplos: - Carcinoma de células renais: células com citoplasma claro, grandes, núcleo pequeno, e hemorragia extensa - Lesão com áreas hemorrágicas, região medular - Histologia da metástase lembra histologia do tumor primário Classificação dos tumores primários que envolvem os ossos Tipo Histo % Benigno Maligno Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Hematopoiético 40 Mieloma, Linfoma Condrogênico 22 Osteocondroma, condroma... Condrossarcoma Osteogênico 19 Osteoma, osteóide, osteoblastoma Osteossarcoma Fibrogênico Fibroma não ossificante, fibroma... Fibrossarcoma Origem desconhecida 10 Cisto unilocular, cisto aneurismático - Neuroectodérmico Sarcoma de Ewing Notocordal Tumor celular notocordal benigno Cordoma Tumores formadores de Osso Osteossarcoma - Surge a partir do osteoblasto → tumor mesenquimal maligno; produção de matriz óssea - Tumor maligno primário não-hematopoético mais comum do osso cuidado: tumor mais comum do osso: metastático- Predomina no sexo masculino - Idade: adolescentes (75%)homem com tumor na região do joelho, fêmur distal, tíbia proximal, idosos (osso já previamente doente) - Localização: - Joelho (fêmur e tíbia): 60% - Quadril: 15% - Ombro: 10% - Face (mandíbula): 8% - Mutações gênicas: gene RB, p53, p16, CDK4,... (genes que auxiliam o controle do ciclo celular) - Subtipos: porção anatômica do osso (central, metafise); grau de diferenciação (pouco diferenciado); multicentricidade (lesão única, osso previamente sadio); primário ou secundário; variantes histológicas - Manifestações clínicas: dor, crescimento, fratura súbita - adolescente menino sobre uma pancada jogando futebol: fratura facilmente? raio x → tumor - Raio-x: massa mista, destrutiva, triângulo de Codman - Metástases: hematogênicas (pulmões, ossos, cérebro,...) - Prognóstico: grau de diferenciação (pouco diferenciado, pior prognóstico), elevação da fosfatase alcalina (metástases), proteína do choque térmico 72 (boa resposta à quimioterapia), expressão da glicoproteína P nas células neoplásicas (recidiva sistêmica), índice de necrose de Huvos pós-quimioterapia (90% ou mais é bom) - Sobrevida média de 60 a 70% em cinco anos Raio X Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Massa lítica no fêmur ↳Imagem radiodensa com destruição da cortical distal com triângulo e extensão aos tecidos moles, não respeita os limites do osso de Codman (mais escuro) - aspecto em raio de sol infiltra a cortical e descola periósteo do osso - aspecto blástico - Macroscopia: tumor sólido/compacto, de limites pouco precisos, surgindo na metáfise do fêmur distal e destruindo a cortical - Periósteo descolado + destruição cortical = triângulo de Codman - Microscopia: osteoblastos malignos produzindo espículas ósseas e osteoide (rosinha é matriz não mineralizada (osteoide) → proteína, mais escurinho: matriz mineralizada) ↳ Osteoblastos neoplásicos formando osteoide - figuras de mitose, tudo que está rosinha é o osteoide, matriz não mineralizada Tumores formadores de Cartilagem Osteocondroma (exostose osteocartilaginosa) - Excrescência óssea revestida por cartilagem (projeção da cartilagem de crescimento vai ossificando e forma um talo ósseo) - Composição: medula óssea, osso, cartilagem Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Origem: cartilagem de crescimento (pensar em paciente mais jovem) - Tumor benigno mais frequente dos ossos - Idade: primeira e segunda décadas de vida - Homem:mulher= 3:1 - Localização: metáfise de ossos longos (extremidade distal do fêmur e proximal da tíbia), ocasionalmente na pelve, escápula e costela - Lesão solitária ou múltipla;tamanho variável - Assintomática; crescimento lento; dor (relação com fratura da lesão, dependendo para onde cresce pode afetar a própria cartilagem de crescimento → altera crescimento ) - Complicações: deformidade da metáfise, transformação maligna para condrossarcoma (lesão única: 1%; múltiplas lesões: 5 a 11%) - Macroscopia: - IMAGEM 1: RX - tumor forma uma projeção para fora do osso, limites precisos - Peças com área brancacenta e brilhante: cartilagem Microscopia: parte osse e o roxo representa a cartilagem Sarcoma de Ewing/ PNET (tumor neuroectodérmico primitivo) - Tumores malignos de origem neuroectodérmica - Tumores altamente malignos, muitas vezes multicêntricos - Clínica: crescimento rápido, dor, tumefação, limitação de função, anemia, leucocitose e febre - Cuidado para não confundir: osteomielite - Rx: tumor lítico destrutivo - Metástases precoces para pulmão, fígado e outros ossos; metástases para linfonodos em cerca de 20% dos casos - Idade: 5 a 15 anos - Localização: diáfises e metáfises de ossos longos e alguns ossos chatos - Macroscopia: lesão pouco definida, envolvendo a medula e o córtex, com elevação do periósteo - osso longo, diáfise,, massa mal delimitada que destroi cortical - Microscopia: células uniformes, de núcleos hipercromáticos, pequenas com citoplasma escasso e padrão difuso de crescimento - tumor de células pequenas redondas e azuis Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - padrão difuso de infiltração Mieloma Múltiplo - Neoplasia de plasmócitos com comprometimento esquelético multifocal (múltiplas massas ósseas) - Pode haver comprometimento extraesquelético - Neoplasia plasmocitária: cél. originadas dos linfócitos B (Ig) - Dependendo do tipo de cadeia pesada → tipo de imunoglobulina - Ig: duas cadeias polipeptídicas pesadas + duas cadeias leves - Dependendo do tipo de cadeia pesada do anticorpo: IgG, IgA, IgM, IgD, IgE - Na maioria das vezes vai produzir uma grande qtd de um único anticorpo → pico monoclonal - Aspectos gerais e epidemiológicos - O componente M (pico monoclonal-formada por uma única Ig específica) pode decorrer da produção de uma Ig completa (mais comum), ou de um tipo de cadeia pesada ou leve (cuidado) - Quase sempre multicêntrico (múltiplo): vários ossos simultaneamente ou todo o esqueleto - Homens; afrodescendentes; 50-70 anos - Clínica e Prognóstico - Sinais e sintomas: dor óssea, compressão medular das raízes espinhais, paraplegia, osteoporose (os plasmócitos atípicos , tanto inibem a atividade blástica como também estimula atividade osteoclástica), fraturas patológicas, insuficiência renal (Ig são filtradas no rim, depósito de material amilóide no rim), deposição de amilóide no esqueleto e em outros órgãos (6 a 10% dos casos) etc - Imunodepressão e alterações das proteínas séricas (gamaglobulinas): > tendência a infecção (plasmócito atípico que está produzindo imunoglobulina, logo é alterada!) - Laboratório: em 99% há eliminação de cadeias leves (proteína de Bence-Jones → excesso de cadeia leve) pelos rins e/ou níveis aumentados de Ig no sangue (mais comum é o pico monoclonal da “proteína M” na eletroforese de proteínas séricas: mais comum é IgG, depois IgA), hipercalcemia (reabsorção óssea), anemia normo normo (neoplasia nasce na medula), Rouleaux (“adesão, empilhamento”) de hemácias; aumento do VHS (excesso de Ig altera a carga elétrica da hemácia, elas não ficam mais grudadinhas, vê elas empilhadas, aglomeradas) - Biópsia ou aspirado de medula óssea: plasmocitose clonal - Biópsia: histológico - Aspirado: citológico - Prognóstico geralmente desfavorável, não tem cura - Morfologia: - Tumores destrutivos no esqueleto axial: coluna vertebral, pelve, costelas, esterno e crânio - Insuflantes, arredondados - Imagem (raio-x ou TC): lesões geralmente insuflantes, líticas Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Lesões volumosas, osteolíticas, insuflantes Células monomórficas, com núcleos arredondados e excêntricos, confirma com imuno histoquímica Raio X do crânio: lesões escurinhas Aspirado de medula óssea → Plasmócitos substituindo células normais da medula; formas com vários núcleos, gotículos citoplasmáticas contendo Ig Tumores de Partes Moles - Partes moles: tecido não epitelial excluindo-se esqueleto, articulações, sistema nervoso central e tecidos hematopoéticos elinfoides (ex.: adiposo, fibroso, músculos liso e esquelético, vascular, bainha nervosa ) - Os tumores de partes moles benignos são mais frequentes que os malignos (com exceção de neoplasias de músculos esqueléticos) - Representam menos que 1% de todos os cânceres; 2% da mortalidade por câncer - A maioria surge nas extremidades (coxa) - Cerca de 15% ocorrem em crianças, mas a incidência aumenta com a idade - Patogenia: - A maioria é esporádica e não tem causa predisponente conhecida - Hipótese: surgimento a partir de células-tronco mesenquimais pluripotentes, que adquirem mutações somáticas em oncogenes e genes supressores de tumor - Clínica: lesões autolimitadas benignas; tumores localmente agressivos; neoplasias agressivas, com risco de metástase e mortalidade significativas - Prognóstico: diagnóstico preciso, grau de diferenciação, tamanho e profundidade - Tecido adiposo: - Lipoma: - Tumor benigno, origem: adipócitos maduros - Tumor de partes moles mais comum no adulto - Subtipos morfológicos e moleculares - Moles, móveis, indolores (exceto angiolipoma) e encapsulados - Geralmente surgem no tecido subcutâneo das extremidades proximais e tronco - Imagem 1: lipoma da superfície serosa do intestino delgado, nódulo amarelo, bem delimitado, untuoso (gorduroso) e brilhante - Imagem 2: adipócitos semelhantes aos normais - Lipossarcoma: - Um dos sarcomas mais comuns no adulto (50-60 anos) Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Subtipos morfológicos: - bem diferenciado - mixoide (moderadamente) - pleomórfico (pouco diferenciado) - Comportamento indolente, intermediário e maligno - Geralmente surgem nos tecidos moles profundos das extremidades proximais e no retroperitônio - Lipoblasto: células adiposas imaturas - MÚSCULO LISO - Leiomioma - Frequentemente surge no útero, mas também a partir de músculos eretores de pelos, tecidos moles profundos e camadas musculares do intestino, etc - Leiomiomas de partes moles geralmente tem de 1 a 2 cm - Leiomiocitos organizados em feixes - Leiomiossarcoma - Responsável por 10 a 20% dos sarcomas de partes moles - Adultos; mulher>homem - Tecidos moles profundos das extremidades e do retroperitônio - Os tumores superficiais são geralmente pequenos e de bom prognóstico; os do retroperitônio são grandes e levam a óbito - Massas firmes e indolores - Diag diferencial: biópsia da lesão - Mitoses, atipias nucleares, pleomorfismo células < celularidade aumentada Hemangiomas Grupo heterogêneo de lesões benignas - Hemangiomas infantis (juvenis): são o tipo mais comum, presentes em cerca de 10% da população; alta taxa de regressão espontânea; a maioria é esporádica Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Segundo o tipo de vaso proliferado: - hemangiomas capilares: mais prevalentes; pequenos canais vasculares revestidos por endotélio único e circundados por pericitos - cavernosos: grandes espaços vasculares dilatados com pericitos menos frequentes - arteriovenosos: mais comumente considerados malformações; rede complexa de estruturas venosas e arteriais intercomunicantes Anatomia e histofisiologia ósseas Principais doenças ósseas metabólicas e endócrinas Sistema Esquelético - Classificação: longo, laminar, curto, irregular, pneumático, sesamoide - Composição óssea: - elementos inorgânicos (matriz inorgânica): cálcio, fósforo, sódio, magnésio, potássio, citrato, bicarbonato (lembrar de íons: cálcio) - matriz orgânica: fibras colágenas do tipo I e V, substância fundamental amorfa e outras proteínas (lembrar de proteína: fibras colágenas tipo 1) - células: osteoprogenitoras, osteoblastos, osteócitos, osteoclastos Histofisiologia óssea - Imagem 1: - Trabécula óssea: células uninucleadas na superfície → osteoblastos: produzir à matriz: proteína - Osteoblasto mais globoso: ativo: produz matriz - Osteoblasto mais achatado: quiescente - Osteoblasto englobado pela matriz → se diferencia em osteócito - Osteócito: participa do processo de regulação iônica no microambiente ósseo, captar estímulo mecânico do movimento e transformar em estímulo químico para a produção de matriz - Osteoclasto: reabsorção óssea , célula gigante multinucleada - Lacuna de Howship: lacunas cavadas na matriz óssea pelos osteoclastos - Mergulhado no mesênquima: células de formato estrelado: osteoprogenitoras → gerar osteoblasto - Matriz pertinho do osteoblasto: acabou de ser produzida: só proteína: osteoide - Imagem 2 - Osso Lamelar - Maneira como às trabéculas ósseas se organizam em um osso adulto: lamelas que podem se distribuir de maneira concêntrica (uma envolta da outra) formando cilindros ósseos → sistema de havers - Revestimento externo: periósteo - Revestimento interno: endósteo - Osso é muito inervado e vascularizado: cortical do osso Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A - Imagem 3: Matriz: tecido mais escuro→ elementos que formam a estrutura: proteína (colágeno 1) + ion (cálcio, fósforo, etc) | Dentro da matriz: osteócito Mesênquima: área mais clara : célula osteoprogenitora → função: dar origem a osteoblasto - Imagem 4: Osteoclasto bem evidente com a lacuna de howship - Imagem 5: Osteoclasto dentro do círculo branco: está vendo um núcleo, mas está super volumosa, tem lacuna Crescimento e desenvolvimento ósseos - Equilíbrio entre formação e reabsorção ósseas: determinação da massa esquelética - Crescimento e aumento do volume do osso (modelagem): predomina formação - Esqueleto maduro: degradação e renovação do osso (remodelagem) → não é sinônimo de reabsorção : é reabsorver e produzir - Esse processo está em equilíbrio até a 4 década de vida, depois começa a perder massa óssea → cerca de 0,7%/ano→ osteopenia → osteoporose - Pós menopausa: muita mais acelerado - Sofre influência de alimentação, atividade física, genética Imagens: como acontece a remodelagem (processo de reabsorção e controle) Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Roxo: matriz: osteócito Sob a ação positiva ou a falta de estímulo mecânica, hormônios, citocinas → osteoblasto quiescentes são estimulados a expressar fatores que vão estimular a atividade osteoclástica → osteoclasto vai reabsorver osso→ subprodutos: íons, proteína: aminoácidos→ esses subprodutos tem à capacidade de estimular as células osteoprogenitoras a se diferenciar em osteoblasto ativo → osteoblasto ativo vai produzir matriz - Quem são esses hormônios, substâncias? - estrógeno: falta dele faz com que sejam produzidas citocinas que estimulam osteoblastos quiescentes - excesso de corticoide - paratormônio: estimula reabsorção, receptor em osteoblasto quiescente - Como os osteoblastos estimulam os osteoclastos? - Osteoblasto quiescente expressa na sua superfície o ligante do RANK - Quando o precursor do osteoclasto contendo RANK se liga ao osteoblasto quiescente → início da reabsorção - O próprio osteoblasto de superfície consegue liberar uma subst chamada de OPG → mesmo formato do RANK → competir com o RANK pelo RANK L → quando produz muito OPG diminuir via de reabsorção - Reabsorção vai depender da proporção de RANK, RANK L e OPG - Osteoblasto de superfícieao mesmo tempo tem RANK L e libera OPG - RANK: receptor ativador para fator nuclear κB - RANKL: ligante do RANK - OPG: osteoprotegerina Osteoporose: - Aumento da porosidade do esqueleto resultante da redução da massa óssea (osso frágil e vulnerável a fraturas). Pode ser localizada ou generalizada (mais comum) - doença em que há diminuição da resistência do osso - ↓ resistência ou força óssea decorrente da redução da massa óssea e de alterações estruturais na microarquitetura das trabéculas ósseas - Categorias de osteoporose (generalizada) - Primária: pós-menopausa (tipo I); senil (tipo II); idiopática - Secundária (doença de base que justifique): distúrbios endócrinos (hiperparatireoidismo); doença reumatológica; neoplasias (mieloma múltiplo); drogas (corticóides); nutricionais - Epidemiologia: - Enfermidade do esqueleto com maior incidência mundial - 5,5 milhões de brasileiros com a doença - Grande problema de saúde pública - Pessoas idosas e mulheres na pós-menopausa (cerca de 1/3 das mulheres na pós-menopausa!) - Brancas, asiáticas (diferença genética em relação ao receptor de vitamina D), magras e sedentárias - Fraturas mais comuns: rádio distal (Colles), coluna vertebral e fêmur proximal - Fratura de quadril (mais grave): mortalidade de 12 a 20% em um ano e 50% dos sobreviventes ficam incapacitados - Uso de glicocorticóides: principal causa de osteoporose secundária - Estimula atividade osteoclástica - Inibe atividade osteoblástica Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Esquema Menopausa pós menopausa: reduz estrogênio sérico → produz citocinas (IL1,IL6,FNT) que aumentam a expressão de RANK e RANK L → estimulando atividade osteoclástica → reabsorção óssea - mulher pós menopausa produz osso, mas não é capaz de compensar a reabsorção - osteoporose de alto turn over - especialmente mulheres com 65 anos Senil células mais preguiçosas → diminui atividade das células osteoprogenitoras, reduz atividade osteoblastos, menos matriz, menos atividade dos fatores de crescimento - osteoporose de baixo turn over - fatores de crescimento: precisa deles para a transformação da célula osteoprogenitora em osteoblasto - Não é sempre que dá sintoma - Sintomas: dor, redução da altura (acometimento vertebral com perda de massa óssea, pele desabada: aspecto em árvore de natal), deformidades - Diagnóstico - História e exame clínico rigorosos - Densitometria óssea: escore T (número de desvio-padrão em relação a indivíduos jovens) estimar a massa óssea - Comparar a massa óssea em relação à indivíduos jovens (escore T) - até 1 negativo: normal - entre 1 e 2,5 negativo: osteopenia - mais que 2,5 negativo: osteoporose - mais que 2,5 negativo com fartura: osteoporose grave - Comparar em relação à indivíduos da mesma idade (escore Z) - Avaliação laboratorial: função renal e hepática; níveis séricos de cálcio e fósforo, fosfatase alcalina, Vit. D, TSH, PTH, dosagem de estrógeno, progesterona, FSH, LH - Raio X: pessoa com osteoporose avançada - Complicações: - Diminuição da massa óssea - IMAGENS: espessura diminuída na vértebra, linhas enegrecidas representando fratura óssea, maiores áreas de porosidade Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A Histologia: - IMAGEM 1: Osso normal - IMAGEM 2: Osteoporose → trabéculas ósseas afiladas ou espaço medular alargado - IMAGEM 3: Trabéculas ósseas afiladas e com perda das interconexões - Alterações da mineralização (distúrbios de qualidade do osso) - Raquitismo e osteomalácia: mineralização deficiente da cartilagem de crescimento e da matriz óssea → raquitismo na criança (deficiência de mineralização está na matriz e na cartilagem de crescimento) e osteomalácia no adulto (deficiência de mineralização está na matriz) - Patogênese - Causas: carência de vitamina D; deficiência de cálcio; deficiência de fosfatase alcalina → excesso de matriz não calcificada e feixes osteoides largos e extensos - Fosfatase alcalina: fixa o cálcio no osso - Produz matriz orgânica mas não está mineralizando direito - Imagem: deformações (pensar onde tem pressão: adulto: joelho, criança: cabeça, criança com à cabeça quadrada, joelho, pernas,) , curvaturas, fraturas. - Alterações ósseas de causa endócrina - Hiperparatireoidismo - Primário (tumores da paratireóide ou hiperplasia primária); mulheres >50 anos; maioria assintomática no momento do diagnóstico - Adenoma é o mais comum - Secundário (hipocalcemia) Hipocalcemia → Ativação Osteoclástica ↓ Reabsorção óssea osteoclástica sem oposição Insuficiência renal crônica: hipocalcemia Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A IMAGEM 1: lesão lítica (mais escura em relação ao osso adjacente) IMAGEM 2: tumor de células castanhas (lesão de aspecto tumoral,não é neoplasia): reabsorve tanto osso que da microfraturas no lugar e sangramento, cavitações - muita reabsorção) IMAGEM 3 e 4: Células gigantes osteoclásticas, fibrose e canais vasculares Doenças inflamatórias/infecciosas Osteomielites: - Inflamação da medula e do tecido ósseo esponjoso e compacto, podendo ou não se estender a tecidos vizinhos → maioria das vezes a causa é infecciosa - Osteomielite piogênica (S. aureus) : - Crianças e adolescentes (5 a 15 anos); ossos longos - Via hematogênica, contiguidade de foco infeccioso, via direta - Geralmente começa na metáfise: fluxo sg + lento - Bactérias → vasculite/trombos → necrose e destruição do osso esponjoso e cortical → disseminação para a diáfise, periósteo (abscesso) com possível perfuração, cartilagem epifisária e articulação - Clínica: febre, calafrios, mal-estar e leucocitose, sinais e sintomas locais - Propedêutica: raio-x (fêmur distal com uma lesão osteolítica); hemocultura; biópsia e cultura de tecido ósseo. - Macroscopia: região medular e cortical com aspecto amarelado e piogênica, com o tempo o osso forma uma área de abertura com osso morto dentro (sequestro ósseo) e envolta um invólucro (concha de osso neoformado) - Microscopia: parte mais roxa → osso morto, trabéculas ósseas restantes pontinhos: infiltrado inflamatório - Complicações: - Artrite purulenta - Fístulas osteocutâneas - Deformidades, encurtamentos - Fraturas patológicas - Anquiloses - Carcinoma cutâneo - Osteomielite tuberculosa - TBC coluna vertebral = Mal de Pott - Deformidades, compressão medular, paraplegia Bruna Caporali e Gabriela Picchioni 68 A
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