Prévia do material em texto
ANATOMIA RADIOGRÁFICA DO ÓRGÃO DENTÁRIO Radiologicamente, quanto mais compacto, mineralizado ou denso for o tecido, mais radiopaco este irá aparecer na imagem; quanto menos denso, delgado ou desmineralizado, menos denso ou radiolúcido aparecerá na imagem. A radiografia é uma imagem bidimensional de um objeto tridimensional; Estruturas podem apresentar variações morfológicas (normal X patológico); Algumas estruturas nem sempre irão aparecer em todas as radiografias. Podem variar de acordo com a idade. A absorção dos raios X depende: 1. Numero atômico; 2. Espessura; 3. Densidade. ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DO DENTE Ordem decrescente de radiopacidade: 1. Esmalte; 2. Lâmina dura ou cortical alveolar; 3. Dentina e cemento; 4. Osso alveolar; 5. Câmara pulpar; 6. Conduto radicular; 7. Espaço do ligamento periodontal. ESMALTE (RADIOPACO): O esmalte é o tecido mais radiopaco (branco) de todos que podem ser visualizados radiologicamente, e cobre a porção coronária do dente. Seu grau de radiopacidade é importante para identificação das cáries. LÂMINA DURA (RADIOPACA): Fina camada de osso alveolar compacto que circunda a raiz do dente. Forma uma linha branca (radiopaca) contínua ao redor da raiz do dente. É perfurada por microorificios (lâmina cribiforme) que levam ramificações de nervos e vãos intra-alveolares para o ligamento periodontal e o cemento do dente. Lâmina dura e espessa na região apical de um dente em desenvolvimento é sinal de erupção dentária; Quando se apresenta muito delgada ou ausente, é sinal de alterações pulpares ou periodontal; DENTINA (RADIOPACA): Pode ser observada imediatamente abaixo do esmalte na porção coronária do dente e também compõe a maior parte da raiz. Se apresenta menos densa ou mais clara do que a polpa subjacente, porém mais escura do que o esmalte acima dela. Sua radiopacidade aumenta com a idade na coroa, recoberta pelo esmalte. CEMENTO (RADIOPACO): Mineralizado, cobre as raízes dos dentes, composição e radiopacidade semelhante à dentina. OSSO ALVEOLAR (RADIOPACO): Composto por corticais internas e externas, pelo próprio osso alveolar esponjoso ou trabeculado e pela lâmina dura. O osso cortical e a crista alveolar devem estar intactos e podem ser observados como uma linha fina e branca (radiopaca). Na doença periodontal, se observa normalmente uma perda de osso alveolar. POLPA (RADIOLÚCIDA): A polpa se encontra dentro da câmara pulpar e nos canais radiculares. O tecido pulpar não é visível radiograficamente. Os espaços que contêm a polpa são visíveis e são as áreas mais radiolúcidas (escuras) do dente. Em indivíduos jovens, as polpas tendem a ser maiores e vão diminuindo de tamanho conforme o avançar da idade. Alterações mais comuns que afeta a polpa é a inflamação devida à infecção bacteriana originada por cáries profundas, traumatismo ou doença periodontal avançada. LIGAMENTO PERIODONTAL (RADIOLÚCIDO): O ligamento periodontal não é visível radiograficamente, mas está localizado dentro do espaço do ligamento periodontal (ELP). Na radiografia é visualizado como uma linha radiolúcida bem nítida, localizada entre a raiz do dente e a lâmina dura. O ELP é maior em indivíduos jovens e mais delgado em indivíduos mais idosos. Esse espaço pode aumentar devido à mobilidade dentária, ou presença de doenças.