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Odionofagia/Dor de garganta - aula

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AVALIAÇÃO DA DOR DE GARGANTA AGUDA 
Visão geral 
Dor de garganta = ODINOFAGIA 
Geralmente causada por uma infecção viral ou 
bacteriana; 
Normalmente se resolve sozinha sem complicações em 
adultos. 
Importante: Streptococos a (grupo A – GAS) pode 
causar febre reumática! Que é uma doença que não se 
tem uma remissão completa, paciente pode apresentar 
problemas articulares, cardíacos (endocardite). 
Sinais e sintomas 
Faringite viral – principal etiologia (resfriado comum): 
adenovírus, rinovírus, coronavirus, enterovírus, 
influenza, parainfluenza, vírus sincicial respiratório. 
Os sintomas de uma infecção viral podem incluir: coriza, 
irritação ou vermelhidão dos olhos, tosse, rouquidão ou 
dor no céu da boca (palato), febre e mal estar. 
Faringite por GAS: 10% dos adultos com dor de 
garganta; Sintomas: dor na garganta, febre, 
adenomegalia cervical, “placas” em orofaringe; 
normalmente sem tosse, coriza ou 
irritação/vermelhidão dos olhos; 
Outras causas (menos comuns): 
Bactérias 
Streptococcus grupo C e G - frequentemente 
associados à alimentos/água contaminados 
Arcanobacterium haemolyticum – pode apresentar 
erupção cutânea, mais comum em jovens 
Fusobacterium necrophorum – causa tromboflebite da 
veia jugular, faringite persistente 
Mycoplasma e Clamydia – associados à pneumonia 
atípica 
Corynebacterium diphtheriae – associado à febre de 
baixo grau, anorexia, mal estar; garganta com 
membrana mais cinza/esbranquiçada aderida ao palato; 
paciente normalmente não vacinado 
Francisella tularensis – dor de garganta grave, faringe 
muito edemaciada, pode apresentar linfadenopatia 
cervical posterior ou bilateral, pode apresentar úlcera 
oral e geralmente é adquirido por água contaminada. 
Muito raro. 
Outros: 
HIV – infecção aguda – 45% dos pacientes irão 
apresentar odinofagia. Efeitos sistêmicos. 
Neisseria gonorrhoeae – infecção sexualmente 
transmissível. Raramente causa odinofagia, sintomas 
inespecíficos. Apresenta em pacientes com relação oral 
receptiva. 
Treponema pallidum – causa a sífilis (presente na 
secundária), pode preceder o desenvolvimento de 
úlcera na mucosa; apresenta linfadenopatia 
generalizada, erupção palmo-plantar. 
Epstein-Barr vírus – causa mononucleose infecciosa, 
“doença do beijo”. Causa febre, linfadenopatia cervical, 
esplenomegalia, linfocitose; mais comum em paciente 
adolescente e adulto jovem; 
Cytomegalovirus – síndrome semelhante a monocleose, 
porém mais leve. 
Herpes simplex vírus – pode apresentar odinofagia 
grave com ou sem úlcera oral. Sintomatologia variada. 
Causas não infecciosas: 
 Doenças da tireoide 
 Trauma 
 Adenomegalia (volumosas) 
 Odonto 
 Tabagismo 
 DRGE 
 Outros 
Sinais de Alarme 
 Dificuldade para respirar 
 Erupção cutânea 
 Sialorreia excessiva 
 Edema do pescoço ou da língua e rigidez cervical 
ou dificuldade em abrir a boca – podem evoluir 
com insuficiência respiratória aguda por causa 
obstrutiva, paciente não consegue respirar, “ar 
não passa”; 
 Doença crônica subjacente/uso de 
imunossupressor; 
Danger space – espaço do perigo: se houver uma 
infecção nessa área pode causar uma mediastinite 
(potencialmente fatal); 
DIAGNÓSTICO 
A maioria das pessoas com dor de garganta melhora 
sem tratamento; 
É SREPTO OU NÃO? 
Combinação de sintomas: febre, adenomegalias, 
manchas brancas nas amigdalas e ausência de tosse 
Teste rápido ou cultura (feito com Swab) 
 ≥ 2 sintomas alta suspeição de infecção por 
strepto A 
Teste rápido 
 Determina se há bactérias estreptococos 
swab 
 Pode ser feito em um consultório médico 
 É preciso na maioria dos casos 
 Pequena porcentagem de testes seja 
falsamente negativa 
Cultura 
 Também feita com swab 
 24 a 48h 
 São um pouco mais precisas do que o teste 
rápido 
TRATAMENTO 
Analgésicos 
 Acetaminofeno/paracetamol 
 Dipirona/Metamizol 
Anti-inflamatório não esteroide 
 Ibuprofeno 
 Nimesulida 
Anti-inflamatóro esteróide (corticóides) 
 Benefício é limitado. Pode lançar mão do 
corticóide, caso a associação de analgésicos e 
anti-inflamatórios não esteroideais não 
funcione. 
Outras opções: 
 Enxaguantes 
 Pastilhas 
 Spray 
 Repouso e Hidratação 
Faringite por GAS 
Embora normalmente se resolva por conta própria 
dentro de 2 a 5 dias, o tratamento com antibióticos 
é recomendado para adultos cujo teste rápido ou 
cultura de garganta é positivo para GAS. 
Penicilina é o tratamento de escolha para faringite 
estreptocócica; buscar outras opções caso o paciente 
seja alérgico à esse medicamento, ficar atento e 
monitorizar pois esse paciente é considerado como não 
devidamente tratado 
Observar sinais de alarme 
1) Paciente apresenta sinais de alarme? 
SIM = estabilização + internação 
NÃO = definir causa e tratar 
2) Suspeita de infecção viral? 
SIM = suporte (hidratação, repouso) + sintomáticos 
(analgésico e antiinflamatórios) 
NÃO = suspeita de GAS? Se negativo – considerar 
outras causas 
3) Suspeita de GAS? 
SIM = fazer teste rápido 
TR Positivo = antibiótico 
TR Negativo = mantém suspeita? Realizar cultura 
4) Cultura 
Positivo = antibiótico 
Negativo = realizar suporte e prosseguir investigação 
5) Descartado GAS 
Suporte + prosseguir investigação 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
 
Pacientes com alergia a 
penicilinas: 
 Cefalosporinas 
 Macrolídeos 
 Lincosamidas

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