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Ádila Cristie Matos Martins Aula 3, Habilidades de Emergências t AVALIAÇÃO SISTÊMICA DA CRIANÇA GRAVE DIFERENTES ETIOLOGIAS NA CRIANÇA → choque respiratório ou falência respiratória → falência/parada cardiopulmonar * Deve-se identificar precocemente paciente em risco de parada AVALIAÇÃO Responsividade Respiração 5-10 seg Checa logo o pulso e a respiração para saber se precisa só da ventilação ou se precisa das compressões junto Anoxia em RN e no afogamento são as duas únicas situações que é feito ABC e não CAB Ádila Cristie Matos Martins Aula 3, Habilidades de Emergências t Avaliação primária ABCDE Inicia-se essa avaliação se o paciente tem pulso - Classificada como: pérvias, preserváveis ou não preserváveis Como melhorar: posicionamento (chin lift, jaw thrust, uso de coxim no ombro), aspiração ou inserção de via aérea oral (cânula de guedel) - Frequência e padrão respiratório: normal, irregular, taquipneia, bradipneia, apneia - Esforço respiratório: normal, aumentada (batimento nasal, retrações, respiração paradoxal), inadequada (apneia, choro fraco ou tosse) * Dispneia → batimento de asa de nariz, gemência e tiragem - Expansão torácica e movimento de ar: normal, reduzida, desigual, expiração prolongada - Sons anormais nos pulmões e nas vias aéreas: estridor, ronco, tosse espasmódica, rouquidão, gemido, gorgolejo, sibilo, crepitações, desigual - Saturação de oxigênio por oximetria de pulso: saturação normal (≥ 94%), hipoxemica (< 94%) - Tempo de preenchimento capilar: normal ≤ 2 segundos, retardado > 2 s - Pulsos periférico e central: classificar cada um como normal, fraco ou ausente * Pulso central → braquial < 1 ano e carotídeo > 1 ano - Frequência e ritmo cardíacos: normal, rápida (taquicardia), lenta (bradicardia) RN até 3 meses = 85 a 205 acordado e 80 a 160 no sono 3 meses a 2 anos = 100 a 190 acordado e 75 a 160 no sono 2 a 10 anos = 60 a 140 acordado e 60 a 90 no sono > 10 anos = 60 a 100 acordado e 50 a 90 no sono * Se a frequência cardíaca for inferior a 60/minuto com sinais de perfusão deficiente apesar de oxigenação e ventilação adequadas, deve-se iniciar a RCP - Coloração e temperatura da pele: palidez, moteamento, cianose, pele tépida, pele fria - Pressão arterial: normal, hipotensivo * Até 25% de perda sanguínea, a PA se mantém, mas já pode haver alterações da perfusão periféricas (preenchimento capilar e pulso periférico) * Volemia ≅ 80 mL/kg - Escala de resposta pediátrica AVDN: Alerta / Responde à Voz / Responde à Dor / Não responde - Tamanho da pupila / reação à luz: isocoria (normal), miose (lesão no SNC ou abuso de toxinas), anisocoria (sofrimento cerebral - AVC, TCE), midríase (anóxia ou hipóxia severa, choque, parada cardíaca, hemorragia). Normal, anormal - Glicemia: normal, baixo A Vias aéreas B Ventilação e respiração (semiologia respiratória e saturação) C Circulação D Estado neurológico FR (ipm): < 1 ano = 30 a 60 1 a 3 anos = 24 a 40 Pré-escolar (4 a 5 anos) = 22 a 34 Escolar (6 a 12 anos) = 18 a 30 Adolescente (13 a 18 anos) = 12 a 16 PA sistólica hipotensiva Neonatos a termo (0 a 28 dias) = < 60 Bebês (1 a 12 meses) = < 70 Crianças (1 a 10 anos) = inferior a 70mmHg + (2 x idade em anos) Crianças > 10 anos = < 90mmHg Isocoria Miose Anisocoria Midríase Ádila Cristie Matos Martins Aula 3, Habilidades de Emergências t - Temperatura: normal, alta, baixa - Pele: erupções (p. ex., púrpura), trauma (p. ex., lesão, hemorragia) Revisão do exame físico — CHOQUE - SINAIS PRECOCES (compensado): aumento da FC, perfusão sistêmica ruim (preenchimento > 2 s, alteração da cor e temperatura das extremidades, pulso periférico ausente ou filiforme) - SINAIS TARDIOS (descompensado/HIPOTENSIVO): hipotensão, pulsos centrais fracos, alteração do nível de consciência, diminuição do débito urinário Sinais de insuficiência respiratória - Redução do nível de consciência, FR muito alta ou inadequada, esforço respiratório significativo ou inadequado, baixa saturação de oxigênio (por oximetria de pulso), apesar do alto fluxo de oxigênio e cianose - Na FASE I há hipoxia por taquipneia (sinal precoce de IRp)→ pode oferecer somente O2 inalatório - A partir da FASE II começa a ter dispneia, pois o paciente tenta melhorar a reserva com o esforço respiratório que vai levando a fadiga e vai subindo o PaCo2 e diminuindo o PaO2 (evoluindo para FASE III e IV) Avaliação secundária SAMPLE ! Sempre pesquisar mau-tratos (p. ex.: queimadura em bota e luva, síndrome do bebê sacudido). Conduta: internar a criança e chamar o conselho tutelar Reanimação cardiopulmonar O que deve ser feito antes de iniciar a RCP: - Examinar ao redor (ver a segurança da cena) - Verificar se há resposta (aparência, respiração e cor) - Grite por ajuda/acione o serviço médico de emergência - Verifique a respiração e o pulso - Inicie as compressões AVALIAÇÃO - RCP com 1 socorrista/leigo: relação compressão-ventilação de 30:2 * As compressões podem ser feitas com 2 ou 1 mão sobre metade inferior do esterno ou — em menores de 1 anos — com dois dedos - RCP de criança (< 12 anos) com 2 socorristas: relação compressão-ventilação de 15:2 * As compressões nos menores de 1 ano podem ser feitas com a técnica dos dois polegares E Exposição S Sinais e sintomas A Alergias M Medicamentos em uso habitual P Passado médico L Líquidos ou última refeição consumidos E Evento causadores do estado apresentado Dois dedos Dois polegares Ádila Cristie Matos Martins Aula 3, Habilidades de Emergências t 5 características de uma boa compressão - Localização: metade inferior do esterno - Profundidade: para bebês e crianças pré-púberes, aplicar força suficiente para comprimir pelo menos um terço do diâmetro AP do tórax. Aproximadamente 4 cm quando < 1 ano, na crianças é 5 cm e adulto de 5-6 cm - Frequência: 100 a 120 compressões por minuto - Compressão e descompressão (retorno) total - Minimizar as interrupções * Caso o profissional não tenha um dispositivo para fazer a ventilação boca a boca, pode pedir para o familiar auxiliar, mas é muito importante fazer a ventilação, pois na criança as causas de parada são mais por causas respiratórias (choque ou falência respiratória) * Na criança maior, o nariz deve ser pinçado e ventilar boca a boca. Na criança, a ventilação deve ser feita contemplando o nariz e boca Desengasgo MANOBRA DE HEIMLICH EM BEBÊ 1. Sente-se ou ajoelhe-se com o bebê no colo. Depois apoie o bebê de bruços apoiado no antebraço e com a cabeça virada levemente mais baixa que o tórax. Sustente a cabeça e a mandíbula com a mão 2. Coloque o antebraço sobre a coxa para ter apoio. Administre 5 batidas com a base da mão nas costas do bebê, na região entre as escápulas 3. Coloque a mão livre sobre as costas do bebê, apoiando a cabeça com a palma da mão. Isso manterá o bebê seguro enquanto é virado de barriga para cima 4. Com o bebê com a barriga para cima, sob o antebraço, mantendo a inclinação, inicie 5 compressões (cerca de 1 compressão por segundo) abaixo da linha mamilar na metade inferior do esterno 5. Repita o ciclo até o objeto ser removido ou até que o bebê deixe de responder. Caso o bebê deixar de responder, iniciar RCP 6. Toda vez que checar as vias aéreas para administraras ventilações, verifique se o objeto se encontra visível. Se tiver visível, tente remover com cuidado. Mas não deve fazer uma varredura as cegas, pois pode acabar empurrando mais profundamente o objeto * Se estiver sozinho, após 2 minutos ou 5 ciclos de RCP, acione o serviço de emergência MANOBRA DE HEIMLICH EM crIANÇAS 1. Posicione-se atrás da criança, sendo que ela fica em pé e o ajudante ajoelhado 2. Abraçar a criança, localize o umbigo e, em seguido, feche o punho com o lado do polegar contra o abdome logo acima do umbigo e abaixo do esterno, segure com a outra mão 3. Pressione o abdome com compressões rápidas, vigorosas e em sentido ascendente 4. Repetir compressões até que o objeto seja expelido da via aérea 5. Caso não funcione, pedir para alguém acionar o serviço de emergência e estenda a vítima no chão inicie RCP 6. Caso o objeto na via aérea seja visível, remova-o com cuidado. Mas não deve fazer uma varredura as cegas, pois pode acabar empurrando mais profundamente o objeto * Se o paciente estiver estável, podemos fazer apenas a oxigenação inalatória * Deve-se fazer ventilação com pressão positiva se o paciente não está tendo uma boa respiração Ádila Cristie Matos Martins Aula 3, Habilidades de Emergências t * Como segurar a máscara: polegar e indicador formam um C ao segurar a máscara e o dedo mínimo, anelar e médio foram um E segurando a mandíbula * Uso do desfibrilador — indicado quando taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação. Enquanto o desfibrilador é posicionado e preparado, deve-se continuar fazendo a RCP REFERÊNCIAS: PALS e anotações da aula
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