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PATOLOGIA DE GLÂNDULAS SALIVARES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA / HUJBB 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
Patologia de Glândulas Salivares 
 
MUCOCELE 
 
 
 
- Mucina: principal glicoproteína do muco e responsável pela sua viscosidade. 
- Causada por trauma; sendo uma lesão flutuante, que resulta da ruptura de um ducto de glândula 
salivar (sublingual), seguido por extravasamento de mucina (muco/saliva) para os tecidos moles 
subjacentes, formando bolha ou vesícula no tecido. 
- Localização: ocorre mais em lábio inferior e pode ter coloração mais azulada se tiver uma área 
hemorrágica no meio; posição lateral à linha média. 
- Faixa etária: mais comum em crianças e adolescentes, por serem sujeitos a quedas na prática 
de esportes. 
- Não é um cisto porque não tem revestimento epitelial. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA / HUJBB 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
- Saliva é reabsorvida, pois é envolvida por tecido de granulação e os macrófagos agem, e em 
pouco tempo a lesão some, mas volta. 
1.1 MUCOCELE SUPERFICIAL 
- Não é muito comum, está associada a áreas do palato mole e região retromolar. 
- Apresenta reações liquenóides, relacionadas a doenças autoimunes. 
- São pequenas vesículas que rompem e cicatrizam, diferente do lábio, onde é necessário tirar o 
ducto rompido pra não recidivar. 
- Se resolve por ela mesma mas pode ficar recidivando caso se trate de um processo autoimune. 
- Aspecto histológico comum: material palidamente corado, amorfo, cercado por tecido de 
granulação composto de linfócitos, plasmócitos e macrófagos,que penetram onde há saliva 
extravasada e fagocita a saliva, assim o núcleo fica deslocado. Em alguns casos, o ducto salivar 
rompido pode ser visto. 
- Tratamento: se fizer uma excisão aparentemente resolve; é necessário retirar o ducto rompido. 
 
RÂNULA 
 
 
- A rânula pode ser classificada como um tipo de mucocele; neste caso, há um extravasamento 
de saliva pro tecido, e o tamanho é maior que a mucocele. Podendo ser um rompimento de 
ductos de Rivinus ou de Bartholin. 
- Lesão flutuante e azulada, devido o rompimento de ductos de Bartholin. 
- Localização: região sublingual, no assoalho da boca. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA / HUJBB 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
- Tratamento: a rânula é mais difícil de tratar do que a mucocele porque o assoalho é um lugar 
que requer experiência para ser manipulado, devido a presença de vasos e nervos importantes. 
2.1 RÂNULA MERGULHANTE OU CERVICAL 
- Ocorre na região submentual ou cervical; a saliva é lançada pra baixo do músculo milo-hióideo, 
o que causa aumento de volume. 
- Lesão menos comum. 
- Tratamento: remoção da lesão e da glândula sublingual ou do ducto. 
 
CISTO DE RETENÇÃO DE MUCO 
 
 
- Trata-se de um cisto verdadeiro pois é revestido por epitélio, ou seja, uma cavidade revestida 
por epitélio originado de glândula salivar. 
- Aumento do espaço dos ductos chama-se ectasia; represa de saliva. 
- Causa desconhecida, talvez seja por dilatação ductal, decorrente de obstrução ductal; 
representam mais ectasias ductais do que cistos verdadeiros 
- Tumefação flutuante, apresenta-se como cúpula/vesícula, mais comum em assoalho e palato. 
- Tratamento: remoção cirúrgica conservadora; para os raros casos de lesões multifocais, que 
podem chegar a 100, azitromicina e bochecho com clorexidina. 
 
 
 
 
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ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA / HUJBB 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
SIALOLITÍASE 
 
 
 
- Calcificação: deposição de cálcio em cima dos materiais orgânicos que ficam estagnados dentro 
do ducto. 
- Trata-se de uma calcificação que ocorre no interior do ducto. O ducto que mais causa esse tipo 
de lesão é o ducto de Wharton da glândula submandibular, isso porque apresenta um trajeto 
ascendente, tortuoso e longo. 
- Além disso, a estimulação da saliva neste ducto não é contínua, é intermitente. Para que ocorra 
calcificação, a saliva tem que estar parada para que os depósitos orgânicos fiquem “à disposição 
da calcificação”. 
- A calcificação pode ocorrer: na saída do ducto, perto do freio lingual e dentro da glândula. 
- Algumas vezes o organismo expele o material calcificado; outras vezes, o paciente relata 
incômodo associado às horas próximas de comer – que é o momento onde a salivação aumenta 
– e há obstrução parcial ou total pela calcificação, onde ocorre a dor. 
 
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PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
- Na radiografia aparecem massas radiopacas; em radiografia oclusal é possível ver a 
calcificação, na periapical ou na panorâmica parece que está dentro da mandíbula. 
4.1 SIALÓLITOS 
- O segundo lugar mais comum para calcificação é o lábio superior. 
- Os sialólitos ocorrem no ducto excretor das glândulas salivares menores do lábio superior. 
- Essas condições pioram quando o paciente tem a saliva estimulada. 
- A sialografia, o ultrassom e a tomografia computadorizada são exames úteis para o diagnóstico 
- Quando o sialólito é pequeno a cirurgia torna-se uma opção, e pode-se então estimular o fluxo 
salivar, pra que assim possa expelir o cálculo. 
- A estimulação pode ser feita de duas formas: forma caseira, onde se colocar limão no assoalho, 
que faz com que a glândula submandibular produza mais saliva e então expulse; a outra forma é 
estimular a produção de saliva com pilocarpina (colírio), 1 gota a cada 15kg, via oral. 
- Tratamento: remoção cirúrgica da lesão e da glândula. 
 
SIALADENITE 
 
 
- Inflamação das glândulas, que pode ser de causa autoimune, infecciosa viral ou infecciosa 
bacteriana. 
- Uma doença autoimune significa que as células inflamatórias estão atacando o tecido glandular, 
como é o caso da Síndrome de Sjögren e da sarcoidose. 
- Nas doenças virais, pode estar relacionada ao vírus Coxsackie A, coriomeningite, parainfluenza 
e citomegalovírus. 
 
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2021.1 
- Em infecções bacterianas, a inflamação da glândula na maioria das vezes acontece quando há 
obstrução do ducto, a causa principal é a calcificação; essas calcificações causam diminuição do 
fluxo de saliva, fazendo que a saliva retida antes da obstrução possibilite o crescimento 
bacteriano, que tomará um caminho retrógrado, de volta pra glândula, gerando a infecção. 
- Estão associadas a obstruções nos sistemas de ductos de Wharton (sialólitos) e de Stensen 
(que drena a saliva da parótida). 
- A glândula mais atingida é a parótida, gerando parotidite. 
- Uma causa comum é após cirúrgias abdominais. Paciente que faz cirurgia abdominal grande 
diminui a ingestão de alimentos e líquidos, o que gera desidratação; associado a isso,m pode 
haver a terapia medicamentosa que utiliza medicamentos que diminuem a salivação. A falta de 
ingestão de líquidos associada à diminuição da produção de saliva pelos medicamentos, pode 
induzir ao acúmulo de saliva, aumente a colônia de bactérias e elas caminhem de volta pras 
glândulas, gerando parotidite bacteriana. 
- Quadro agudo: dor e febre associada; pode ter trismo. Quando há drenagem, secreção 
purulenta. Resultado de obstruções maiores do ducto, geralmente por sialólitos. 
- Quadro crônico: obstruções menores dos ductos e que podem levar eventualmente a uma 
obstrução maior e recorrente; não necessariamente drena pús. A sialografia mostra sialoectasia 
próxima à obstrução ductal. O ducto de Stensen pode mostrar um padrão carcaterístico 
conhecido como “forma de linguiça” (combinação de dilatações ductais com estreitamento ductal 
de corrente de formação de cicatrizes). 
- Histologia: células inflamatórias crônicas – macrófagos, linfócitos e plasmócitos. 
5.1 SIALADENITE NECROSANTE SUBAGUDA 
 
- Não é agudo, nem crônico. 
- É uma inflamação das glândulas salivares menores naregião do palato, que causa um nódulo 
no palato bastante dolorido. Não está associado a trauma, nem úlcera; acredita-se que é de 
origem autoimune ou bacteriana. 
 
 
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2021.1 
- Biópsia: célula neutrófila aguda (neutrófilo) e célula inflamatória crônica (linfócito e plasmócito). 
ASPECTOS HISTOLÓGICOS DA SIALADENITE 
Sialadenite bacteriana aguda Acúmulo de neutrófilos no interior do sistema ductal e 
ácinos. 
Sialadenite bacteriana crônica Infiltrado crônico disperso no parênquima salivar; atrofia 
dos ácinos e dilatação ductal. 
Sialadenite necrosante subaguda Infiltrado inflamatório misto, com perda de células acinares 
e áreas de necrose; os ductos apresentam atrofia. 
 
- Tratamento: (1) Sialadenite bacteriana aguda: remoção de sialólitos (se houver), ingestão de 
água e estímulo do fluxo salivar com pilocarpina (contra-indicada em pacientes com glaucoma); 
(2) Sialadenite bacteriana crônica: adiciona-se analgésico à conduta para sialadenite bacteriana 
aguda; (3) Sialadenite necrosante subaguda: não há indicação de tratamento, pois há regressão 
espontânea dentro de 2-3 semanas. 
 
QUEILITE GLANDULAR 
 
 
- Condição inflamatória das glândulas salivares; de etiologia ampla: pode ser tabaco, radiação 
solar, má higiene, sifilis, componente hereditário ou associada a algumas síndromes. 
- Pode se transformar em carcinoma. 
- Ocorre em pacientes de meia idade, no lábio inferior (vermelhão do lábio), apresentando 
aberturas ductais inflamadas. 
- Tipos: simples, superficial supurativa e supurativa profunda. 
- Tratamento: vermelhectomia. 
 
 
 
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SIALORRÉIA 
 
 
- Excesso de saliva ou aumento da salivação, que pode ser causada pela diminuição da 
deglutição como é o caso de pacientes sindrômicos e com problemas neuromusculares, que não 
produzem saliva a mais mas deglutem menos devido a falha no controle neuromuscular. 
- Causas: uso de alguns antipsocóticos e agonistas polinérgicos (tratamento de Alzheimer). 
- Tratamento: pode-se realocar os ductos de Whartom para perto da garganta. Se a causa for 
refluxo gastroesofágico, o médico é o responsável pelos cuidados. Se for paciente de resposta 
neuromuscular afetada, o fonoaudiólogo pode tratar. Atualmente estão usando injeções de toxina 
botulínica na glândula. Ou ainda, pode-se cortar a corda do tímpano, que inerva as glândulas 
submandibular e subluingual e deixar apenas um dos lados em funcionamento. 
 
XEROSTOMIA 
 
 
- Caracteriza-se pela diminuição de saliva, que pode ser por ausência de glândula salivar, 
deficiência de ingestão de água, hemorragias, vômito e diarréia, medicações, síndrome de 
Sjögren, DM, sarcoidose e amiloidose (condições aitoimunes), radioterapia na região de cabeça e 
pescoço, anti-histamínicos e antidepressivos, ansiolíticos e anti-hipertensivos. 
 
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- A língua é mais seca que o comum ao ser palpada. 
- A saliva regula o crescimento de alguns microrganismos, e com a sua diminuição, pode surgir 
candidíase ou outras condições infecciosas. 
- Tratamento: beber mais água durante o dia, mastigação de balas sem açúcar, estimular os 
ácinos que não foram destruídos usando substâncias como a pilocarpina; suspensão ou 
adequeção de medicações que causam xerostomia. Uso do cloridrato de cevimelina; uso de flúor. 
 
DOENÇA RELACIONADA A IgG4 
 
- Doença rara onde há ataque ao tecido do pâncreas e das glândulas lacrimais e salivares; a mais 
atingida é a submandibular. Vários órgãos são atacados no organismo. 
- Há produção excessiva de anticorpos da classe IgG, marcador da doença. Linfócitos atacm 
tecido glandular normal. 
- Gerlamente ocorre em pacientes que já tem histórico de alergias; idosos (60 anos) e homens. 
- Responde bem a corticóides e tendem a regredir por si só, apesar dos pacientes poderem tomar 
medicamentos imunorreguladores. 
 
SÍNDROME DE SJÖGREN 
 
 
 
 
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PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
- Doença autoimune caracterizada por ataque a todas as glândulas salivares e glândulas 
lacrimais, causando secura nos olhos (ceratoconjutivite sicca) e xerostomia. Pode afetar também 
o pulmão, causar secura nasal e vaginal, além de alterações no SN central e periférico. 
- Estudos mostram associação da síndrome de Sjögren com EBV e HTLV, que seriam 
responsáveis por desencadear a doença autoimune. 
- Mais comum em mulheres de meia-idade e idosas. 
- Considera-se que a Síndrome pode surgir a partir de outra doença autoimune (como artrite 
reumatóide e lúpus) ou pode nascer com a condição. Quando surge sem nenhuma doença 
autoimune preexistente, chama-se síndrome de Sjögren primária; quando se desenvolve a partir 
de doença anterior (lúpus e artrite reumatóide) chama-se síndrome de Sjögren secundária. 
- Diagnóstico: alguns antígenos de histocompatibilidade estão aumentados (HLA-DRw52, HLA-B8 
e HLA-DR3) assim como alguns anticorpos (anti SS-A e anti SS-B) são indicadores. Em biópsia, 
geralmente de glândulas salivares dos lábios inferiores, se apresentar 50 linfócitos associados, é 
determinante. 
- Teste de Schirmer: valores menores que 5mm após um período de 5 minutos é considerado 
anormal. 
- Fenômeno de Raynaud: resposta anormal das extremidades ao frio. 
- A dimunuição da saliva afeta a proteção antibacteriana, tornando o indivíduo mais susceptível à 
cárie cervical, candidíase na comissura labial, queilite angular, paladar alterado etc. 
- Exames laboratoriais apontam níveis altos de IgG e positividade para fator reumatóide. 
- Histopatologia: ilhotas mioepiteliais; infiltrado único e exclusivamento de linfócitos (infiltrado 
linfocítico). 
- Tratamento: de suporte, com corticóide sistêmico. Pilocarpina pra casos iniciais para estimular a 
salivação; nos demais, saliva e lágrima artificiais. Imunossupressor como cloroquina atuam contra 
a ação destrutiva. 
- Pacientes com esta síndrome têm de 5% a 15% de chances de desenvolver linfomas (linfoma 
não Hodgkin de células B, de baixo grau). 
 
 
 
 
 
 
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SIALOMETAPLASIA NECROSANTE 
 
 
- O palato é uma área de vascularização pouco excedente. Anestésico em excesso no palato 
comprime os vasos e associado a ação do vasoconstritor pode levar hipóxia do tecido e necrose. 
- Condição inflamatória e necrótica/destrutiva das glândulas salivares do palato devido isquemia 
associada a uma hipóxia e necrose; um infarto. Infarto é uma necrose pós-isquemia no local. 
- O que pode fazer isquemia: lesões traumáticas, injeções anestésicas, próteses mal adaptadas, 
tumores ou cirurgia previamente realizada no local. 
- Mais comum na região posterior do palato duro e bem menos provável na mucosa jugal, 
lateralmente à linha média. 
- Incialmente é um tumefação não-ulcerada associada a dor, após 2 ou 3 semanas forma a 
úlcera, que demora algumas semanas para cicatrizar. 
- Há relatos de sialometaplasia causada por vômito/bulimia, devido a acidez. 
- Histopatológico: necrose acinar associada a metaplasia escamosa dos ductos salivares, com 
manutenção da arquitetura glandular. 
- Tratamento: se não tiver a causa bem estabelecida, faz biópsia para descartar lesão maligna ou 
lesão tumoral do palato. Se tiver metaplasia dos ductos, esperar que tende a regredir em 1 – 1,5 
mês. 
 
Neoplasias de Glândula Salivar 
 
- Em toda boca podem ser encontradas glândulas salivares menores, exceto na região anterior do 
palato e na gengiva inserida. 
- Qualquer glândula salivar menor ou maior pode desenvolver uma neoplasia/tumor. 
 
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2021.1 
- 70% dos tumores malignos ou benignos estão na glândula parótida; 22% dos tumores estão nas 
glândulas salivares menores, dos quais, a maioria das neoplasias estão na região posterior do 
palato. 8% dos casos ocorrem em glândulas submandibulares, e por último, 0,05% em glândulas 
sublinguais, sendo este o local de menor incidência de neoplasia. 
- Neoplasia em glândula sublingual tem praticamente 100% de chances de ser maligna; na 
glândula submandibular as chances são de 40% a 50%. 
- Tumor na glândula parótida tem maior chance de ser benigno, assim como os de glândulas 
salivares menores (no palato). 
- Tumor em glândula sublingul é raro, mas quando ocorre, é maligno. 
- Caso haja tumefação na região posterior do palato, a chance de ser tumor de glândulas é 
grande; se não houver tumefação ulcerada ou azulada, deve-se considerar um adenoma 
pleomórfico. 
- Ducto de Stensen: saída de um ducto da parótida na mucosa jugal, próxima aos molares. 
 
Glândula Sublingual Maligno: carcinoma adenóide cístico. 
Glândulas Salivares Menores Maligno: carcinoma mucoepidermóide. 
Glândula Submandibular Maligno: carcinoma mucoepidermóide. 
Benigno: (50% a 60% dos casos) adenoma pleomórfico. 
 
ADENOMA PLEOMÓRFICO 
 
 
- Condição benigna. É o tumor de glândula salivar mais comum, que aparece em grande 
quantidade na parótida, na submandibular e nas glândulas menores. 
- É o tumor de glândula salivar mais comum em crianças. É comum em adultos entre 30 e 60 
anos. 
- De crescimento lento, pode ser bilateral e quando ocorre dentro da boca, a área posterior do 
palato é mais comumente acometida. Aumento indolor geralmente na parótida. 
 
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- Histopatológico: várias formas, uma delas é o aparecimento de estruturas que parecem ductos 
com duas camadas; há mistura de células ductais e mioepiteliais. As células neoplásicas 
produzem material hialino (rosa) e podem produzir material semelhante à cartilagem (azulado), o 
que se chama área condróide. 
- Tumor encapsulado, bem circunscrito. Algumas vezes a cápsula pode apresentar-se incompleta 
ou com áreas de infiltração tumoral. 
- Tratamento: excisão cirúrgica e o prognóstico é excelente. Pode se transformar num tomar 
maligno, chamado de carcinoma ex-adenoma pleomórfico. 
 
TUMOR DE WARTHIN 
 
- Neoplasia benigna que acontece mais em parótida, bilateral. Não acontece dentro da boca. 
- Comum em homens idosos; aumento de volume, indolor. 
- Histopatológico: célula epitelial de origem glandular com dois núcleos, aspecto rosa chamado de 
transformação oncocítica, o que significa dizer que há muitas mitocôndrias. 
- Tumor cístico – cavidade revestida de epitélio glandular. 
- A cápsula é preenchida por linfócitos. 
 
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE 
 
 
- É o tumor maligno de glândula salivar mais comum e caracteriza-se como uma lesão que 
apresenta células mucosas e células epidermóides. 
 
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- Quanto menos área cística, mais agressivo; ou seja, se ele for sólido. 
- Quanto mais células epidermóides, mais agressivo. 
- As células mucosas apresentam citoplasma espumoso abundante. 
- Tratamento cirúrgico. 
 
CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO 
 
 
- Bem agressivo, na região posterior do palato. Pode ocasionar dor ou não. Causa sensação de 
parestesia pois tende a se infiltrar no tecido nervoso. 
- Incomum em crianças. Comum em adultos de meia-idade. 
- Alguns aspectos histológicos: se aparecer com vários espaços entre as células é chamado de 
cribiforme; se apresentar espaços menores em quantidade e maiores em tamanho, é chamado 
tubular; se não apresentar espaços, é sólido, o tipo mais agressivo. 
- O aspecto histológico influencia no prognóstico 
. 
ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU 
 
- Tumor de pacientes idosos, predileção por mulheres, em região posterior de palato; mais 
frequente dentro da boca do que na parótida. 
- Aspecto histológico semelhante ao carcinoma adenóide cístico, com células em fileiras; somente 
as células luminais são neoplásicas, as mioepiteliais não são. 
- Para diagnóstico diferencial de carcinoma adenóide cístico: marcador de célula mioepitelial. 
- Recidiva/metástase menor que carcinoma adenóide cístico. 
 
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____ 
Fonte: imagens do Google. 
NEVILLE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

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