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Monografia Jose romao

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II 
 
Índice 
Índice de Figuras .............................................................................................................................V 
Índice de tabelas ............................................................................................................................ VI 
Índice de gráficos ......................................................................................................................... VII 
Lista de apêndices .......................................................................................................................VIII 
Lista de abreviaturas ..................................................................................................................... IX 
Declaração de Honra .......................................................................................................................X 
Dedicatória .................................................................................................................................... XI 
Agradecimento ............................................................................................................................. XII 
Resumo .......................................................................................................................................XIII 
Abstract ...................................................................................................................................... XIV 
CAPÍTULO I .................................................................................................................................. 1 
1. Introdução ................................................................................................................................... 1 
1.1 Justificativa............................................................................................................................ 3 
1.2. Problematização ................................................................................................................... 3 
1.3. Hipóteses .............................................................................................................................. 4 
1.4. Objectivos............................................................................................................................. 4 
1.4.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 4 
1.4.2. Objectivos específicos ................................................................................................... 4 
1.5. Delimitação do tema............................................................................................................. 5 
1.6. Enquadramento do tema ....................................................................................................... 5 
1.7. Metodologias de pesquisa .................................................................................................... 5 
1.7.1. Pesquisa qualitativa. ...................................................................................................... 5 
1.7.2. Método bibliográfico ..................................................................................................... 5 
1.7.3. Técnicas ......................................................................................................................... 6 
1.8. Relevância do tema .............................................................................................................. 6 
1.9. Amostragem ......................................................................................................................... 7 
1.9.1. População/universo e amostra da pesquisa .................................................................... 7 
1.9.2. Critério de inclusão e de exclusão ................................................................................. 7 
1.10. Considerações Éticas .......................................................................................................... 7 
1.11. Indicadores e Variáveis do estudo ...................................................................................... 7 
III 
 
CAPÍTULO II ................................................................................................................................. 9 
2.Fundamentação Teórica ............................................................................................................... 9 
2.1. Distúrbios músculo-esqueléticos .......................................................................................... 9 
2.2. Conceitos básicos ............................................................................................................... 10 
2.2.1. Entorses, Contusões e Distensões ................................................................................ 10 
2.2.2. Fisiopatologia .............................................................................................................. 11 
2.2.3. Sinais e Sintomas ......................................................................................................... 11 
2.2.4. Diagnóstico e Tratamento ............................................................................................ 12 
2.3. Luxações............................................................................................................................. 12 
2.3.1. Fisiopatologia .............................................................................................................. 12 
2.3.2. Diagnóstico .................................................................................................................. 13 
2.3.3. Fracturas ...................................................................................................................... 13 
2.4. Tracção ............................................................................................................................... 13 
2.5. Discrição da situação dos distúrbios músculo-esqueléticos ............................................... 14 
2.5.1. Factores de risco relacionados com o trabalho ............................................................ 16 
2.5.2. Aspectos físicos do trabalho ........................................................................................ 16 
2.5.3. Factores psicossociais relacionados com o trabalho.................................................... 17 
2.5.4. Factores relacionados com a organização do trabalho. ............................................... 17 
2.6. Consequências dos DME ................................................................................................... 18 
2.7. Deveres do empregador ...................................................................................................... 18 
2.8. Associação comercial e industrial de Sofala (www.acisofala.com 25).............................. 19 
CAPÍTULO III .............................................................................................................................. 20 
3.1. Contextualização da área do estudo ................................................................................... 20 
3.1.Visão.................................................................................................................................... 21 
3.2.Missão ................................................................................................................................. 21 
3.3.Valores ................................................................................................................................ 21 
CAPITULO IV.............................................................................................................................. 22 
4.1. Análise e Discussão dos resultados .................................................................................... 22 
4.1.1. Resultados das entrevistas e inquérito......................................................................... 22 
4.1.2. Resultados das observações no exercício laboral ........................................................ 24 
4.1.3. Discussão dos resultados ............................................................................................. 24 
IV 
 
CAPITULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................... 26 
5.1. CONCLUSÕES .................................................................................................................. 26 
5.2. RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................ 26 
5.3. Limitações do trabalho ....................................................................................................... 27 
6. Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 28 
Apêndices ..................................................................................................................................... XV 
Anexos .................................................................................................................................... XXIV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V 
 
Índice de Figuras 
Figura 1: Entorse no tornozelo..................................................................................................... 11 
Figura 2: Luxações de Joelho ...................................................................................................... 12 
Figura 3: Fracturas ....................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI 
 
Índice de tabelas 
Tabela 1: Indicadores e Variáveis do estudo ................................................................................. 8 
Tabela 2: DME mais comuns na empresa .................................................................................... 22 
Tabela 3 :resultados percentual de dores ligados a DME ............................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VII 
 
Índice de gráficos 
Gráfico 1:Análise do crescimento de dores ligados a DME ........................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII 
 
Lista de apêndices 
Apêndice 1 : Orçamento ........................................................................................................... XVI 
Apêndice 2: Cronograma da Pesquisa ..................................................................................... XVII 
Apêndice 3: Guião de Observação ......................................................................................... XVIII 
Apêndice 4: Entrevista á direcção da empresa de construção civil CETA .............................. XIX 
Apêndice 5: Inquérito para os trabalhadores .............................................................................. XX 
Apêndice 6: Inquérito para os Supervisores de Obras ............................................................. XXI 
Apêndice 7: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................................... XXII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Tecnico/Desktop/Declaração%20de%20Honra.docx%23_Toc482185235
file:///C:/Users/Tecnico/Desktop/Declaração%20de%20Honra.docx%23_Toc482185236
file:///C:/Users/Tecnico/Desktop/Declaração%20de%20Honra.docx%23_Toc482185237
file:///C:/Users/Tecnico/Desktop/Declaração%20de%20Honra.docx%23_Toc482185238
file:///C:/Users/Tecnico/Desktop/Declaração%20de%20Honra.docx%23_Toc482185239
IX 
 
Lista de abreviaturas 
DME - Distúrbios Músculo-esqueléticos 
DPS – Direcção Provincial de Saúde 
SUS - Sistema Único de Saúde 
LER - Lesão por Esforço Repetitivo 
LMERT – Lesões Músculo-esquelética relacionados ao trabalho 
DIPS - Direcção da Inspecção Provincial de Sofala 
DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho 
SNE - Sistema Nacional de Educação 
GADEC - Gestão Ambiental do Desenvolvimento Comunitária 
GPS - Governo da Província da Sofala 
RCC - Ramo de Construção Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
Declaração de Honra 
 
 
 
 Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações da 
minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente 
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. 
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção 
de qualquer grau académico. 
 
 
Beira, ao 10 de Maio de 2017 
 
________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XI 
 
 
Dedicatória 
 
Dedico este trabalho, a minha esposa, aos meus filhos André, Cairo, Delvía, Teodoro, Natércia e 
Plínio, a minha mãe Lucialina Macucule, aos meus sogros Lopes Sendela e Maria Samo Chambela, 
e não me esquecendo do meu único irmão Tenito Romão, pelo esforço empreendido a chegar a 
esta etapa importante da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XII 
 
 
Agradecimento 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que sempre guiou meus passos e confortou-me nos momentos 
em que precisei. Obrigado Senhor! 
A minha supervisora, dra. Elsa Cossa, pela confiança quando aceitou me orientar, e que com 
paciência e competência, dedicação, carinho, amizade e profissionalismo, conduziu este estudo 
durante toda a sua realização. 
Á minha Esposa Tânia Yolanda Chambela, minha grande companheira, pelo carinho e amor que 
me dedica desde que entrou em minha vida, e pelo apoio na elaboração desse trabalho. 
 Aos meus colegas, amigos que alegraram o dia-a-dia de uma longa jornada académica, e que 
agora, com certeza, deixarão saudades, aos meus professores, pelo conhecimento compartilhado, 
e a todas as pessoas que, embora não citadas aqui, contribuíram para que eu pudesse chegar a mais 
uma etapa importante da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIII 
 
 
Resumo 
As Lesões Músculo-Esqueléticas Ligadas ao Trabalho resultam da acção de factores de risco 
profissionais como a repetição de tarefas, a sobrecarga e/ou a postura adoptada durante o trabalho 
e de factores de risco individuais e organizacionais/psicossociais. Facto que resulta em deficiências 
parciais e ou permanentes ou em acidentes mortais em trabalhadores da área da construção civil. 
O presente trabalho tem por objectivo conhecer a existência de distúrbios músculo-esqueléticos 
aos trabalhadores da construção civil sendo o foco do estudo a empresa CETA cita na cidade da 
Beira. A mostra foi de 30 trabalhadores constituídos por membros da direcção, engenheiros, 
mestres, condutores de máquinas e serventes da empresa sobre a existência de DME, através da 
aplicação de questionário aos trabalhadores com mais de cinco anos de serviço. A partir dos 
resultados obtidos pode-se afirmar que os trabalhadores da CETA não apresentam DME, apesar 
de se manifestar dores nas diferentes zonas corporais, devido à realização de tarefas repetitivas, 
levantamento e transporte de cargas, a exposição a temperaturas extremas. Pode-se afirmar ainda 
embora o trabalhadores citam alguns problemas de saúde relacionados com DME mas 
desconhecem a sua origem o que torna necessário um trabalho de sensibilização sobre algumas 
doenças profissionais ou resultantes de acidentes de trabalho. 
 
Palavras-chave: Distúrbios, Músculo-Esqueléticas, Lesões, Osteomuscular, Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIV 
 
 
Abstract 
Work-relatedmusculoskeletal injuries result from professional risk factors such as the repetition 
of tasks, work overload, and/or bad posture adopted at work, as well as other individual and 
organizational/psychosocial risks. The objective of the present study is to discover the existence 
of musculoskeletal disorders in civil construction workers, focusing on CETA, a construction 
company based in the city of Beira. The study sample consisted of 30 workers, drawn from 
members of the management team, engineers, instructors, machine operators, and company 
janitors, and was restricted to workers with more than 5 years experience at CETA. The sample 
was assessed for the existence of musculoskeletal disorders (DME) through a questionnaire-based 
application, and, from the obtained results, one can state that the company’s workers do not exhibit 
symptoms of DME, despite expressing pain in other body regions, resulting from carrying out 
repetitive tasks, lifting and transporting cargo, and being exposed to extreme temperatures. 
Nonetheless, one can state that workers suffering from health problems related to DME deny the 
origins thereof, this rendering it necessary to cultivate awareness in the workplace of work-related 
illnesses and of the adverse health effects of work-related accidents. 
 
Key words: disorder, musculoskeletal, injuries, osteomuscular, work 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
CAPÍTULO I 
1. Introdução 
Construção civil é o termo que engloba a construções de obras como casas, edifícios, pontes, 
barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infra-estruturas, onde participam 
engenheiros civis e arquitectos em colaboração com técnicos de outras áreas. Fazem parte do 
funcionários mestres pedreiros, electricistas, serralheiros, pintores, motoristas de diversas 
maquinas, ajudantes e ou serventes, para além de simples funcionários. 
Na engenharia e na arquitectura, a construção é a execução de projecto previamente elaborados, 
seja de uma edificação ou de uma obra de arte, que são obras de maior porte destinadas a infra-
estrutura como pontes, viadutos ou túneis. É a execução de todas as etapas do projecto da fundação 
ao acabamento, consistindo em construir obras, respeitando as técnicas construtivas e as normas 
técnicas vigentes. 
Os distúrbios músculo-esqueléticos são um conjunto de patologias de características inflamatórias, 
que atingem os tecidos moles (músculo, ligamentos, cápsulas articulares e aponeuroses), tais como 
lombalgias, cervicalgias, fibromialgias, mialgias em geral, sinovites, tendinites tenossivonites, 
epicondilites entre outras (MAENOET al. 2001). 
Actualmente, Moçambique tem sofrido enormes problemas relacionados com os distúrbios 
músculo-esqueléticos (DME) em trabalhadores das empresas de construção civis e ocasionam 
prejuízos no gerenciamento dos sistemas de saúde, principalmente no Sistema Único de Saúde 
(SUS), tendo em vista os afastamentos e absenteísmos, gerando deficiências no cuidado com as 
populações. 
Os distúrbios músculo-esqueléticos são responsáveis por elevados índices de absenteísmo e 
incapacidade temporária ou permanente, com reflexos negativos também para a qualidade dos 
serviços de saúde prestados e deixando muitas famílias desempregadas e resultando a atribuição 
da reforma incompleta pelo Instituto de Segurança Social quando o trabalhador não tenha 
completado o tempo necessário de 35 anos de serviço para homens e 30 para mulheres. 
Sendo a Cidade da Beira uma das cidades que possui grandes empresas de construção civis, sector 
que a nível mundial representa maior índice de distúrbios músculo-esquelético, o presente trabalho 
poderá ajudar na mudança de comportamento tanto dos empregadores assim como dos 
trabalhadores de construção civil, optando por boas práticas de construção, observando todas as 
regras necessárias o que reduzirá o índice distúrbios músculo-esqueléticos e também, esta pesquisa 
2 
 
poderá servir como contributo para pesquisas semelhantes na Província de Sofala, em particular 
cidade da Beira. 
O trabalho é composto por quatro capítulos, sendo o primeiro referente à introdução e aos seus 
respectivos conteúdos científicos. O segundo fundamentação teórica, o terceiro à descrição da área 
de estudo, o quarto analise e discussão dos resultados, o quinto conclusões e recomendações mas 
para o fim, a bibliografia usada para a realização do trabalho, os apêndices e anexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1.1 Justificativa 
As tendências actuais das políticas para o Sistema SUS, apresentam relatórios, no sentido de 
construir indicadores para gestão dos DME, que contribuam no diagnóstico e planeamento do 
trabalho de avaliação contínua dos problemas da prática profissional. Essas tendências da política 
governamental mostram a necessidade de realizar projectos multidisciplinares de pesquisa, sobre 
práticas de integralidade em saúde, com a ênfase na construção civil. 
As evidências científicas acerca dos factores de risco dos distúrbios músculo-esqueléticos 
relacionados ao trabalho são muitas, devido a não observância das regras seguras para a construção 
civil em Moçambique. A lesão no sistema músculo-esquelético ocorre quando o limite de carga é 
excedido por meio do processo somatório de cargas, considerando, assim, que não é o esforço que 
é demasiado, mas sim a repetição. 
A escolha do tema baseia-se na constatação feita pelo autor na análise dos dados fornecidos pela 
Inspecção Provincial de trabalho referente aos anos 2014 a 2016, que mostra uma tendência de 
aumento de acidentes incluindo a área de a construção Civil. Contudo, aumento do número de 
empresas nesta cidade faz com que também cresça o índice dos distúrbios músculo-esqueléticos 
relacionados ao trabalho, acidentes esses que colocam o risco do trabalhador. 
 
1.2. Problematização 
A empresa da Construção Civil é uma das que apresenta maiores índices de acidentes a nível 
mundial. Nos países da União Europeia, do número total de acidentes de trabalho em todas as 
actividades económicas, o sector da construção representa cerca de 18% (cerca de 850 000 
acidentes de trabalho com mais de três dias de trabalho perdidos em cada ano) e no que diz respeito 
aos acidentes de trabalho mortais, representa cerca de 24% (cerca de 1300 acidentes de trabalho 
mortais em cada ano) (DIAS, 2004). 
Em Moçambique, os dados estatísticos disponíveis dos Acidentes de Trabalho divulgados em 2013 
pelo Ministério de Trabalho e Função pública que indicam, em comparação com os dos anos 
anteriores, significativo aumento no número de acidentes trabalhistas registados. São grandes os 
impactos financeiros dos acidentes do trabalho no orçamento estatal que perde-se com pagamento 
de pensões e em consequência disso tem frustradas suas políticas sociais, (ARONE, 2015). 
No contexto Moçambicano a construção civil é um dos sectores mais problemático e, ao mesmo 
tempo, um dos que apresenta maiores desafios para a saúde pública, especificamente para a saúde 
4 
 
do trabalhador. O sector é conhecido por sua capacidade de absorver grandes contingentes de 
trabalhadores, inclusive os de baixa qualificação. Quanto ao nível de escolaridade do trabalhador 
da construção civil a grande maioria tem até o nível elementar, alguns sem escolarização mas 
existe também um número razoável de trabalhadores que possuem alguma instrução. 
Segundos dados registados anualmente da DIPS do GPS referente aos anos 2014 a 2016 mostram 
um aumento de acidentes de trabalho, na ordem de 2014 (79), 2015 (171 destes 37 são de 
Construção Civil), 2016 até o mês de Outubro foram verificados 82 acidentes. Segundo a DIPS 
esta situação tem resultado em deficiência parcial ou permanente dos funcionários. Face a esta 
situação, coloca-se a seguinte questão: 
- Será que existem distúrbios músculo-esqueléticos nos trabalhadores da empresa CETA daCidade da Beira? 
 
1.3. Hipóteses 
 É provável que, existam distúrbios músculo-esqueléticos na empresa CETA por não 
existirem equipamentos de protecção; 
 É provável que existam na empresa CETA distúrbios músculo-esqueléticos porque os 
trabalhadores não usam equipamentos de protecção; 
 É provável que não existam distúrbios músculo-esqueléticos porque a empresa possui 
equipamentos de protecção e segurança no trabalho. 
 
1.4. Objectivos 
1.4.1. Objectivo geral 
Verificar a existência de distúrbios músculo-esqueléticos nos trabalhadores da empresa CETA da 
Cidade da Beira. 
 
1.4.2. Objectivos específicos 
 Identificar o tipo de distúrbios músculo-esqueléticos existentes nos trabalhadores da 
empresa CETA; 
 Verificar a postura dos trabalhadores da empresa CETA no período laboral; 
 Verificar a existência de equipamentos de segurança na empresa CETA. 
 
5 
 
1.5. Delimitação do tema 
O presente trabalho intitulado Distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho nos 
trabalhadores da empresa CETA do Ramo de Construção Civil, realizou-se na Província de Sofala, 
no Município da Beira - Cidade da Beira, concretamente no Bairro da Manga. Apesar da 
complexidade do tema, o trabalho limitou-se apenas em pesquisar a existência de distúrbios 
músculo-esqueléticos aos trabalhadores da empresa CETA, desde Junho a Dezembro de 2016. 
 
1.6. Enquadramento do tema 
O tema do presente trabalho de pesquisa enquadra-se: 
a) Na universidade Pedagógica 
 Nas cadeiras Anatomia, Fisiologia animal e humana; 
 Nas instituições de ensino em Saúde. 
 
b) No sistema nacional do Ensino (SNE) 
No Ensino Primário, na disciplina de Ciências Naturais na 4ª classe (primeira unidade); 5ª classe 
(oitava unidade), no Ensino Secundário, na disciplina de Biologia 8ª classe (oitava unidade). 
 
1.7. Metodologias de pesquisa 
1.7.1. Pesquisa qualitativa. 
O método qualitativo foi empregue, na sua generalidade, nos procedimentos interpretativos, não 
experimentais, na colecta de dados por meio de entrevistas, observação, investigação participativa, 
de modo a buscar a compreensão dos fenómenos, a partir da perspectiva dos participantes, e na 
utilização do enfoque indutivo na análise dos dados, ou seja, realização de generalizações de 
observações limitadas e específicas. Este método permitiu identificar e explorar os significados 
dos fenómenos em estudo e as interacções que estabelecem de forma flexível. 
 
1.7.2. Método bibliográfico 
Este constitui o suporte científico que guiou esta pesquisa. Consistiu na leitura da bibliografia 
publicada em relação ao tema em estudo, o que permitiu a aquisição de pressupostos teóricos sobre 
os problemas de saúde relacionados com o trabalho. 
 
6 
 
1.7.3. Técnicas 
1.7.3.1. Técnica de Observação 
Com este método fez-se a observação das reais condições do trabalho na empresa, a duração do 
tempo de trabalho, a posturas no trabalho, a repetividade das tarefas executada, a força exercida 
pelos trabalhadores, a temperatura exposta ao trabalho, entre outros aspectos. Com esta técnica, o 
autor obteve informações sobre o tema, ajudando muito na colecta e registo de fenómenos que 
aparecem na realidade, sendo um recurso importante para a realização da pesquisa (vide apêndice 
3). 
 
1.7.3.2. Técnica de Entrevista 
A técnica, consistiu na entrevista da Direcção da empresa de construção civil CETA sobre as 
doenças mais frequentes na empresa e sua relação com a tarefa que os trabalhadores realizam. 
Sendo assim foram entrevistados o (2) engenheiros (1 supervisores das obras) e 1 de recursos 
humanos pertencentes a empresa (vide apêndice 4). 
 
1.7.4.3. Técnica de Inquérito 
O autor inquiriu um total de 27 trabalhadores pertencentes a mesma empresa. O inquérito estava 
estruturado por questões fechadas do tipo múltipla escolha e uma com comentário da escolha da 
opção. (vide apêndice 6). 
 
1.8. Relevância do tema 
A pesquisa é de estrema relevância científica e social pois consiste em estudar, isto é, identificar 
problemas de saúde ocupacional numa empresa de construção civil, DME de forma multi-factorial, 
por meio de vários instrumentos com indicadores, capaz de minimizar ou prevenir patologias 
ocupacionais, fornecendo, assim, subsídios para que os envolvidos, procurarem métodos de 
trabalho que visem a saúde dos trabalhadores e que possam enriquecer seus conhecimentos para 
proporem melhorias no sentido de que se evitem acidentes, afastamentos e inactividade, com o 
intuito de melhorar a efectividade no trabalho e a redução dos custos de maneira geral. 
 
7 
 
1.9. Amostragem 
Dentro do presente trabalho de pesquisa usou-se a amostragem aleatório, a escolha da amostragem 
deve-se o facto de existirem muitas empresas da construção civis a nível da cidade da Beira. Deste 
modo o autor trabalhou com uma empresa privada como forma de tornar a mostra mais 
representativa. A escolha dos trabalhadores foi aleatória visto que a empresa apresenta muitos 
trabalhadores. 
 
1.9.1. População/universo e amostra da pesquisa 
Dos 62 trabalhadores da empresa que constituem o universo retirou-se 30 trabalhadores como 
amostra da pesquisa. 
 
1.9.2. Critério de inclusão e de exclusão 
Foram seleccionados para o estudo 30 trabalhadores ligados á área de construção civil com mais 
de cinco anos em actividade no sector, considerando que este tempo é o suficiente para o 
aparecimento de sintomas músculo-esqueléticos associados às actividades laborais e foram 
excluídos todos reformados e funcionários de outras áreas. 
 
1.10. Considerações Éticas 
O autor garantiu assegurar o respeito total dos direitos dos participantes da pesquisa e a 
confidencialidade da informação revelada ou detectada durante as entrevistas e observação. Todos 
os participantes para o estudo são voluntários. Dai que foram garantidas todas as considerações 
éticas e a sua reputação ou emprego não serão afectadas durante as sessões. 
A pesquisa foi realizada na empresa que autorizou o estudo, mediante ao termo de autorização. 
Sendo que os trabalhadores que foram submetidos à pesquisa, a participação foi espontânea e de 
carácter voluntário. As informações obtidas de carácter confidencial, sendo resguardada à 
privacidade dos entrevistados no momento da análise e apresentação dos dados. 
 
1.11. Indicadores e Variáveis do estudo 
Foi usado para o presente trabalho a pesquisa qualitativa, sendo as variáveis nominais, de modo a 
encontrar as relações entre o trabalho e os distúrbios músculo-esqueléticos, o histórico patológico, 
boas relações de trabalho como as descritas no quadro abaixo. 
8 
 
Tabela 1: Indicadores e Variáveis do estudo 
Indicadores Variáveis 
Dados epidemiológicos; 
Aposentadoria por incapacidade física 
Lesões músculo-esqueléticas 
Histórico patológico; 
Fadiga ou Força; 
Alterações laboratoriais. 
Baixa produtividade e o abandono do local de trabalho; 
Sintomas de distúrbios músculo-esqueléticos; 
Péssimas condições de trabalho; 
Duração de tempo do movimento e esforço Físico. 
Conflitos pessoais e interpessoais; 
Irritações e cansaço; 
Despersonalização; 
Baixa estima. 
Isolamento; 
Ausência de equipe e baixa produtividade; 
Abandono profissional; 
Status negativo; 
Falta de ética e de relacionamento; 
Competitividade 
Fonte: O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
CAPÍTULO II 
2.Fundamentação Teórica 
2.1. Distúrbios músculo-esqueléticos 
O sistema músculo-esquelético é constituído por estruturas que o corpo utiliza para a sustentação 
e o movimento. Ele também protege órgãos internos do corpo. Distúrbios que afectam o sistema 
músculo-esquelético afectam a capacidade do indivíduo de realizar as actividades quotidianas e de 
permanecer activo, móvel e condicionado fisicamente. 
Os distúrbios osteomusculares ou músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho (DORT), 
continuam crescendo entre a população de trabalhadores,e o problema contínua sendo uma 
preocupação dentro do tema sobre promoção à saúde no trabalho. As DORTs incluem uma 
variedade de condições inflamatórias e degenerativas afectando os músculos, tendões, ligamentos, 
articulações, nervos periféricos, etc; incluindo: inflamações em tendões (tendinites), 
tenossinuvites, bursites, compressões nervosas (como síndrome do túnel do carpo, dor ciática), 
bem como outras condições como mialgias, lombalgias, etc. (PUNNET; WEGMAN, 2004). 
O trabalho é uma categoria fundamental para se compreender as formas concretas de existência 
dos seres humanos, a maneira pela qual historicamente vêm se constituindo as sociedades e 
desenvolvendo os modos de produção material, as relações sociais e os valores do humano 
(BORGES, 1999). 
Estudos trazem como factores de risco para o surgimento de DORTs: utilização de força muscular, 
repetição de movimentos, posturas estáticas prolongadas, sendo esses factores associados às 
variáveis intensidade e exposição temporal, entre outros (KUMAR, 2001; MARRAS, 2000) 
A saúde do trabalhador constitui uma área da Saúde Pública que tem como objecto de estudo e 
intervenção as relações entre trabalho e saúde. Tem como objectivos a promoção e a protecção da 
saúde do trabalhador, por meio de desenvolvimento de acções de vigilância dos riscos presentes 
nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização e 
prestação da assistência aos trabalhadores, compreendendo procedimentos de diagnóstico, 
tratamento e reabilitação de forma integrada ao SUS. 
Há outras denominações para esse conjunto de patologias, como da tradução do inglês 
CumulativeTraum, Disorders (desordem por acumulação de trauma), ou Lesão por Esforço 
Repetitivo (LER), adoptada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social em 1993, posteriormente 
substituído pela sigla DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho da tradução de 
10 
 
Work-RelatedMusculoskeletalDisorders). Esta última apresenta duas partes, nos primeiros os 
critérios de diagnósticos onde se apresentam como sinónimos LER e DORT e na segunda a 
definição para os critérios de incapacidade e de concessão de benefícios providenciarias, definida 
pela Instrução Normativa do INSS/DC 98 de 10/12/2003 como: “um síndroma crónico, 
acompanhada ou não de alterações objectivas, que manifesta-se principalmente no pescoço, cintura 
escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho, podendo afectar tendões, 
músculos ou nervos periféricos” (Ministério da Saúde, Ordem de Serviço/INSS no. 606/1998). 
Um dos maiores problemas que afecta a saúde do trabalhador são os distúrbios músculo-
esqueléticas ligadas ao trabalho, que são patologias que se manifestam por alterações a nível 
muscular, tendões, nervos, ligamentos e cartilagens. Seu diagnóstico, portanto, deve levar em 
consideração as condições de trabalho, a intensidade, a frequência e as posturas adoptadas durante 
o mesmo (Oliveira, 1997). 
O manuseio manual de materiais, tarefas como levantar, baixar, empurrar, puxar e carregar 
diversos objectos para a construção de grandes obras podem resultar em distúrbios músculo-
esqueléticos como lesões nos músculos, tendões, nervos, discos da coluna entre, outros. 
A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes 
de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores 
a utilizarem medidas preventivas. 
 
2.2. Conceitos básicos 
2.2.1. Entorses, Contusões e Distensões 
Lesão por Esforço Repetitivo (LER) - designa um conjunto de lesões detectadas em outros 
sistemas além do músculo-esquelético, diferentemente do termo Distúrbio Osteomuscular 
Relacionado ao Trabalho (DORT). 
Entorse - é a lesão de um músculo quando é distendido ou tracionado além de sua capacidade. 
Contusão - é a lesão dos tecidos moles resultante de um golpe ou de um trauma fechado. 
Distensões – são lesões dos ligamentos que circundam uma articulação. 
 
 
 
 
11 
 
Figura 1: Entorse no tornozelo 
 
Fonte: http://www.criasaude.com.br/N2988/doencas/entorse.html 10/09 2016-09-10 pela 19:14 
 
2.2.2. Fisiopatologia 
Entorse – ocorre em consequência de estresse excessivo, de uso excessivo ou hiperdistensão. 
Pequenos vasos sanguíneos do músculo se rompem e as fibras musculares sofrem minúsculas 
lacerações. O paciente apresenta inflamação, sensibilidade local e espasmos musculares. 
Contusão– a lesão é confinada aos tecidos moles e não afecta a estrutura músculo-esquelética. 
Muitos vasos sanguíneos pequenos rompem, produzindo equimoses ou um hematoma. A aplicação 
de compressas frias ajuda a aliviar a dor local, o edema e as equimoses. A resolução de uma 
contusão, geralmente ocorre em duas semanas. 
Distensões – resultam de um movimento anormal súbito ou do estiramento de uma articulação, 
comum nas quedas ou em outras lesões acidentais. A força gira a articulação em uma direcção para 
a qual ela não foi projectada, ou a desloca além de sua amplitude normal de movimentos, lacerando 
ou rompendo parcialmente a fixação dos ligamentos. Contudo, nas distensões traumáticas graves, 
um fragmento do osso ao qual o ligamento está fixado pode descolar fractura por avulsão. Pode se 
formar um hematoma posteriormente, contribuindo para o aumento da dor. 
 
2.2.3. Sinais e Sintomas 
A área lesada torna-se imediatamente dolorosa, e em geral com a formação de edema. Tipicamente 
o paciente evita sustentar o peso total do corpo ou utilizar a articulação ou membro lesado – 
posição antológica. Podem surgir (mais tarde) equimoses. 
http://www.criasaude.com.br/N2988/doencas/entorse.html%2010/09%202016-09-10%20pela%2019:14
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sprained_foot.jpg
12 
 
2.2.4. Diagnóstico e Tratamento 
As radiografias podem revelar alterações do sistema músculo-esquelético, podendo também 
descartar ou confirmar fracturas. 
A aplicação de bolsa de gelo ou bolsa térmica sobre a área nas primeiras 24 a 48 horas, elevação 
do membro e compressão com atadura elástica podem ser recomendadas, após dois dias (quando 
o edema provavelmente não aumente mais), é indicado aplicação do calor (redução da dor, 
diminuição do edema, aumento de circulação local), uso de anti-inflamatórios não esteróides 
(AINE). 
 
2.3. Luxações 
O correm quando as superfícies articulares de uma articulação perdem o contacto. O ombro, o 
quadril e o joelho são comummente afectados. Uma luxação parcial é denominada subluxação. 
 
Figura 2: Luxações de Joelho 
 
Fonte: https//www.scribd,com/books/top 
 
2.3.1. Fisiopatologia 
As luxações em pessoas adultas, normalmente são ocasionadas por traumas. Ocasionalmente, 
doenças articulares acarretam luxações quando os ligamentos que dão sustentação a articulação 
são lacerados, distendidos ou relaxados. A separação de ossos adjacentes da articulação interfere 
no seu uso normal e produz alteração da aparência. A lesão pode comprometer o suprimento 
sanguíneo, local para estruturas (por ex. Cartilagem articular) provocando degeneração, dor 
crônica e restrição dos movimentos. 
13 
 
 
2.3.2. Diagnóstico 
As luxações são em consequência de trauma – dor e espasmos musculares, amplitude de 
movimentos limitada, e dema, aumento da temperatura local, insensibilidade, formigamento e 
palidez do tecido distal. 
 
2.3.3. Fracturas 
É a perda da continuidade óssea por trauma. As fracturas também podem afectar tecidos ou órgãos 
próximos dos ossos fracturados. As fracturas são classificadas de acordo com o tipo e a extensão: 
 
Figura 3: Fracturas 
 
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/fraturas.html 
 
2.4. Tracção 
É um método de tracionamento de estruturas do sistema músculo-esquelético. Para que a tracção 
atinja seu objectivo, ela requer a contratação, uma força oposta à tracção mecânica, que em geral 
é proporcionada pelo próprio peso do paciente. A tracçãoé utilizada para reduzir o espasmo 
muscular, alinhar o osso e manter a imobilização. A tracção é classificada em: 
a) Tracção cutânea é obtida através da aplicação de dispositivos sobre a pele que 
indirectamente afectam os músculos ou os ossos. 
b) Tracção esquelética – é aplicada directamente num osso com o uso de um fio (de Kirschner) 
e um pino (Steinmann). Uma anestesia (geral ou local) pode ser utilizada para a introdução 
desses dispositivos. A tracção é obtida conectando-se a fixação do paciente a um sistema 
de cordas, polias e pesos. 
14 
 
2.5. Discrição da situação dos distúrbios músculo-esqueléticos 
Os distúrbios músculo-esqueléticos, destacando-se as lombalgias, são os danos que mais 
acometem os trabalhadores do ramo de construção civil. A lombalgia ocupacional provoca 
aumento da incapacidade no trabalho e gera prejuízos económicos e sociais. 
A proposição é um modelo pré-factual, ou seja, efectivamente preventivo, onde ter-se-á um 
modelo de gestão de trabalhadores da construção civil, onde haveria uma acção harmónica e 
controlada antecipada à instalação das doenças dos trabalhadores. 
Um estudo feito no Brasil demonstra que o sector de construção civil é conhecido por sua 
capacidade de absorver grandes contingentes de trabalhadores, inclusive os de baixa qualificação. 
Quanto ao nível de escolaridade do trabalhador da construção civil a grande maioria (77,17%) tem 
até o nível fundamental cursado; aproximadamente 21% dos operários chegaram a concluir o 
antigo primário (4ª série) do ensino fundamental e ao redor de 18% deles pôde concluir o ensino 
fundamental (CBIC, 2002). 
Goldsheyderet al, (2004) observaram que 84% dos trabalhadores com concreto apresentavam 
baixa escolaridade, enquanto apenas 8% possuíam alguma instrução. No entanto, o nível de 
escolaridade do trabalhador brasileiro na construção civil vem elevando-se ao longo dos anos. A 
remuneração do trabalhador da indústria da construção civil também é baixa. A média nacional 
chega a três salários mínimos mensais para 67% do total de trabalhadores. 
A região Sudeste é a que apresenta remuneração mais alta dentre todas no país, visto que 60,55% 
dos trabalhadores ganham até 3 salários mínimos por mês, enquanto, no Nordeste, a percentagem 
de trabalhadores nessa situação é de 81%. 
Os estudos efectuados na Europa sugerem que entre 60% e 90% das pessoas irão sofrer de 
problemas lombares em determinada altura da sua vida e que neste momento entre 15% e 42% da 
população já sofre de problemas lombares (dependendo da população estudada e da definição de 
lesão lombar utilizada). Os dados do inquérito europeu sobre as condições de trabalho revelam que 
30% dos trabalhadores europeus sofre de dores lombares e que esta queixa se situa no topo de 
todas as queixas de problemas de saúde relacionados com o trabalho. Num outro relatório 
recentemente elaborado pela Agência, alguns Estados-Membros da União Europeia indicaram um 
aumento das lesões relacionadas com a movimentação manual de cargas e de lesões lombares. 
Apesar de, na maioria dos casos os pacientes apresentarem uma recuperação total após a ocorrência 
de dores sacrolombares (60%-70% recuperam no espaço de 6 semanas, 70%-90% recuperam no 
15 
 
espaço de 12 semanas), esta situação continua a representar uma das principais causas de 
absentismo ao trabalho. Além disso, a taxa de reincidência de distúrbios sacrolombares é bastante 
elevada. Num ano a taxa de reincidência situa-se entre os 20% e os 44% e existem dados que 
apontam para uma taxa de reincidência de 85% ao longo de toda a vida. 
É importante lembrar que após sofrer a sua primeira lesão, as costas tornam-se mais sensíveis e 
aumentam as probabilidades de novas lesões se os factores de risco existentes no local de trabalho 
não forem corrigidos. Embora sejam bastante comuns em todos os tipos de indústrias e trabalhos, 
diversos estudos demonstram que as taxas de distúrbios sacrolombares são particularmente 
comuns em certos tipos de indústrias e em determinadas profissões. 
Encontram-se taxas de prevalência elevadas por exemplo entre os trabalhadores agrícolas, os 
trabalhadores da construção civil, carpinteiros, motoristas, incluindo motoristas de camião e 
motoristas de tractores, enfermeiras e auxiliares de enfermagem, empregados de limpeza, militares 
e empregadas domésticas. É ainda sugerido que a prevalência de distúrbios sacrolombares na 
União Europeia se distribui de modo equitativo entre homens e mulheres. 
As estimativas dos Estados-Membros sobre os custos económicos de todas as doenças relacionadas 
com o trabalho variam entre os 2,6% e os 3,8% do produto nacional bruto, se embora não existam 
valores exactos. No entanto, estes valores podem vir a revelar-se ainda mais elevados, uma vez 
que se torna difícil calcular os verdadeiros custos sociais. 
Um estudo elaborado pelos Países Baixos apresenta uma estimativa do custo total em termos 
sociais das dores lombares na ordem de 1,7% do produto nacional bruto para o ano de 1991. 
Outro estudo realizado numa empresa de construção civil revela que o distúrbio músculo-
esquelético predominante é a dor lombar (43%), seguido de dores nos joelhos (19,7%), na coluna 
dorsal (18,6%), no pescoço (17,4%), nos quadris/coxas (15%) e nos tornozelos/pés (8%), 
respectivamente. É de ressaltar ainda que existe uma maior incidência de dores nos quadris/coxas, 
joelhos e pés/tornozelos em trabalhadores com mais de 16 anos no sector de serviço. 
Quando os sintomas aparecem, as alterações já estão instaladas e em muitas vezes, não é possível 
a intervenção para a cura do distúrbio, ficando o tratamento restrito a cirurgias correctivas e ao 
abrandamento dos sintomas, através de medicamentos analgésicos, o que pode levar a cronificação 
dos sintomas (SMELTZER & BARE, 2002). Sendo assim, é de extrema importância a prevenção 
dos factores de risco desencadeadores desses distúrbios. Essa prevenção deve ser realizada tanto 
pelos funcionários, com a adopção de posturas ideais, quanto pelas empresas, com a utilização de 
16 
 
equipamentos que minimizam a carga sobre os funcionários, aparelhos que possibilitem uma 
manipulação sem prejuízos a postura e realização de conscientização dos funcionários através de 
actividades educativas efectivas. 
As evidências científicas acerca dos factores de risco causadores dos distúrbios músculo-
esqueléticos relacionados ao trabalho permitem deduzir quatro teorias derivadas: a Teoria da 
Interacção Multivariada, a Teoria da Carga Cumulativa, a Teoria da Fadiga Diferenciada e a Teoria 
do Esforço Excessivo. O ponto comum entre todas elas é a aceitação que todos os distúrbios de 
natureza músculo-esqueléticos ocupacionais são de origem biomecânica (KUMAR, 1999). 
Pode-se chegar a uma avaliação quantitativa do risco de lesão utilizando um modelo matemático 
(KUMAR, 1999), gerando um sistema de sistemas, como um sistema adaptativo complexo 
(AXELROD; COHEN, 2000). Por outro lado, a complexidade é composta por vários sistemas e 
agentes interagindo, e difíceis de serem previstos, eles transformam-se em oportunidade para 
compreensão na estrutura das organizações de saúde e permitir melhorias mediante as intervenções 
reflectidas. 
 
2.5.1. Factores de risco relacionados com o trabalho 
Muitos artigos de análise têm sido publicados apresentando investigações sobre os factores de 
risco dos distúrbios, incluindo um grande número de factores de risco de ordem física, psicossocial 
e/ou pessoal. O número de estudos epidemiológicos sobre os factores de risco de ordem 
psicológica relacionados com o trabalho é em número significativamente inferior aos estudos sobre 
as cargas físicas. Além disso, a ênfase da associação é geralmente superior para factores 
biomecânicos. 
 No entanto, estão a aumentar os indícios que associam os factores psicossociais aos distúrbios. A 
incidência dos distúrbios tem sido também muito associada a um trabalhopouco especializado e a 
uma fraca organização de trabalho. 
 
2.5.2. Aspectos físicos do trabalho 
Trabalho físico pesado, elevação e movimentação de cargas, posturas incorrectas (por exemplo: 
dobrar-se, torcer-se, posturas estáticas), vibração de todo o corpo (por exemplo: condução de 
camiões) 
 
17 
 
2.5.3. Factores psicossociais relacionados com o trabalho 
Pouco apoio social, pouca satisfação com o trabalho. 
 
2.5.4. Factores relacionados com a organização do trabalho. 
Existem estudos que demonstram que formação só por si não é susceptível de revelar ser eficaz se 
os actores ergonómicos existentes continuarem a ser fracos e a formação básica, por exemplo, 
necessitar de incluir questões sobre como identificar potenciais riscos e o que fazer quando os 
encontram, bem como técnicas para a movimentação física de cargas segura. 
As entidades patronais europeias já dispõem de informações importantes sobre como proteger os 
trabalhadores de lesões lombares provocadas por trabalhos que implicam a movimentação manual 
de cargas na «Directiva sobre Movimentação Manual de Cargas» (Directiva do Conselho 
90/269/CEE). Esta directiva foi elaborada com o objectivo específico de prevenir os riscos de 
lesões lombares provocadas pela movimentação manual de cargas. 
Elaborada com base nos conhecimentos actuais disponíveis, inclui os requisitos mínimos em 
termos de saúde e segurança que se seguem a uma abordagem ergonómica, juntamente com uma 
lista dos factores de risco compilados para a directiva. Estes factores incluem: características das 
cargas (por exemplo: se são pesadas ou difíceis de manusear), esforço físico exigido (por exemplo: 
penoso, de torção, corpo numa instável) característico do ambiente de trabalho (por exemplo: 
espaço insuficiente ou outras restrições à postura dos trabalhadores, como por exemplo 
trabalharem em locais muito elevados ou muito baixos, em piso irregular ou escorregadio) 
exigências da actividade (por exemplo: esforço ou actividade prolongada; períodos de descanso 
insuficientes, necessidade de deslocar cargas durante distâncias excessivas; ritmo de trabalho 
imposto), factores individuais (por exemplo: vestuário, etc., movimentos restritivos, 
conhecimentos ou formação inadequada). 
Considera-se como sendo algo artificial separar os distúrbios sacrolombares de outros problemas 
da coluna relacionados com o ambiente de trabalho uma vez que não existe uma separação nítida 
entre os problemas da coluna e outros distúrbios músculo-esqueléticos. 
 
18 
 
2.6. Consequências dos DME 
Baixa produtividade, aumento de custos de forma geral, insatisfação generalizada, perda da massa 
crítica profissional. Formação de uma mentalidade utilitária, aumento na cultura curativa contra a 
preventiva. 
 
2.7. Deveres do empregador 
Segundo o artigo 59 alínea b) o empregador tem, em especial, os seguintes deveres: 
 Garantir a observância das normas de higiene e segurança no trabalho, bem como 
investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, adoptando medidas 
adequadas à sua prevenção; 
 O empregador deve adoptar todas as precauções adequadas para garantir que todos os 
postos de trabalho assim como os seus acessos e saídas sejam seguros e estejam isentos de 
riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. 
Código do Trabalho exige também aos empregadores a fornecem equipamentos de protecção e 
vestuário de trabalho adequado para os trabalhadores, a fim de prevenir o risco de acidentes ou 
efeitos prejudiciais sobre a saúde dos trabalhadores. (Art. 216). 
Os empregadores são obrigados a fornecer aos seus empregados boas condições de trabalho, 
ambiental e moral, informá-los sobre os riscos de seu trabalho, e instruí-los sobre o cumprimento 
adequado das normas de higiene e segurança no trabalho. Sempre que necessário, o empregador 
deve fornecer equipamentos de protecção e roupas de trabalho apropriados com vista a prevenir 
os riscos de acidentes ou efeitos prejudiciais à saúde dos trabalhadores. 
Código do Trabalho prevê o sistema de Inspecção do Trabalho (art. 259-268), no entanto o sistema 
actual não está em consonância com os requisitos da Convenção civil, (art. 59 e 216 da Lei do 
Trabalho, 2007. 
As comissões de segurança no trabalho devem integrar representantes dos trabalhadores e do 
empregador, e têm por objectivo vigiar o cumprimento das normas de higiene e segurança no 
trabalho, investigar as causas dos acidentes e, em colaboração com os serviços técnicos da 
empresa, organizar os métodos de prevenção e assegurar a higiene no local de trabalho, (Art. 217:2, 
2007). 
Quanto a prevenção dos acidentes de trabalho coube: O empregador é obrigado a adoptar medidas 
eficazes de prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais e a investigar as respectivas 
19 
 
causas e formas de as superar, em estreita colaboração com as comissões de segurança no trabalho 
constituídas na empresa (Art. 226:1 lei de trabalho). 
A lei Moçambicana estabelece como deveres do empregador, os seguintes deveres: 
a) Respeitar os direitos e garantias do trabalhador cumprindo, integralmente, todas as 
obrigações decorrentes do contrato de trabalho e das normas que o regem; 
b) Garantir a observância das normas de higiene e segurança no trabalho, bem como 
investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, adoptando medidas 
adequadas à sua prevenção; 
c) Respeitar e tratar com correcção e urbanidade o trabalhador; 
d) Proporcionar ao trabalhador boas condições físicas e morais no local de trabalho; 
e) Pagar ao trabalhador uma remuneração justa em função da quantidade e qualidade do 
trabalho prestado; 
f) Atribuir ao trabalhador uma categoria profissional correspondente às funções ou 
actividades que desempenha; 
g) Manter a categoria profissional atribuída ao trabalhador não a baixando, excepto nos casos 
expressamente previstos na lei ou nos instrumentos de regulamentação colectiva de 
trabalho; 
h) Manter inalterado o local e o horário de trabalho do trabalhador, salvo nos casos previstos 
na lei, no contrato individual de trabalho ou nos instrumentos de regulamentação colectiva 
de trabalho. 
 
2.8. Associação comercial e industrial de Sofala (www.acisofala.com 25) 
 Permitir ao trabalhador o exercício de actividade sindical não o prejudicando pelo exercício 
de cargos sindicais; 
 Não obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar serviços fornecidos pelo empregador 
ou por pessoa por ele indicada; 
 Não explorar, com fins lucrativos, refeitórios, cantinas, creches ou quaisquer outros 
estabelecimentos relacionados com o trabalho, fornecimento de bens ou prestação de 
serviços aos trabalhadores. 
 
 
20 
 
CAPÍTULO III 
3.1. Contextualização da área do estudo 
A CETA pertence ao grupo INSITEC. A INSITEC é um grupo de investimento Moçambicano que 
aposta em diferentes sectores estruturais da economia nacional. As áreas de negócio em que o 
grupo opera são: construção, banca, energia, infra-estruturas e mobiliária 
O Grupo INSITEC desde a sua criação tem sido um exemplo da importância que o sector privado 
pode ter no desenvolvimento do país. Hoje é uma realidade incontornável na economia nacional: 
 Maior investidor moçambicano no sector bancário; 
 Reestruturação do Corredor de Nacala; 
 Implementação de Mphanda Nkuwa; 
 Criação de valor no sector do gás, com projecto estruturante; 
 Estruturação da reversão de Cahora Bassa. 
A CETA, Engenharia e Construção, é uma empresa de construção civil e obras públicas, 
dedicando-se a edificações (Construção e Reabilitação), infra-estruturas rodoviárias (Estradas e 
Pontes), obras de hidráulica (Abastecimento Água, Saneamento e Drenagens) e produção de 
materiais (Pedra, Blocos e Travessas para a Indústria Ferroviária), operando em toda a extensão 
do território da Republica de Moçambique. 
Com mais de 30 anos ao serviço em Moçambique a CETA é umaempresa de Direitos 
Moçambicano, sedeada em Maputo, e possui cinco estaleiros principais, em Maputo, Beira, Tete, 
Nampula e Mocuba na Zambézia, assim como, duas pedreiras próprias para produção de inertes, 
a Pedreira de Tete e a Pedreira de Cura na Beira. 
A empresa conta com 3146 colaboradores, dos quais, mais de centena e meia são Engenheiros, 
Arquitectos, Quadros Superiores, Técnicos Médios e Especialistas seniores fundamentais no apoio 
às operações. A maior parte do pessoal trabalha em média em equipa há mais de 15 anos na 
empresa. Esta experiência constitui um “know-how” importante e uma memória institucional 
valiosa nas condições particularmente difíceis de operação. A empresa conta com diversos 
programas de Responsabilidade Social de envolvimento familiar, de cursos de formação 
periódicos, além de políticas de prevenção do HIV. Assim como desenvolve também programas 
de segurança e protecção de vidas humanas e bens contra acidentes, bem como de protecção do 
ambiente. A CETA foi adquirida em Maio de 2011 pelo Grupo INSITEC. Em 2012 a CETA abriu 
o seu capital amais investidores nacionais através de uma operação de bolsa. 
21 
 
3.1.Visão 
Liderar e ser marca de excelência no sector de construção. 
 
3.2.Missão 
Criar infra-estruturas e ambientes de qualidade e conforto, aliados às mais recentes tecnologias, 
contribuindo para o desenvolvimento de Moçambique. 
 
3.3.Valores 
Satisfação do cliente, integridade, rigor excelência e género. 
Os termos construção civil e engenharia civil são originados de uma época em que só existiam 
apenas duas classificações para a engenharia sendo elas civil e militar, cujo conhecimento, por 
exemplo de engenharia militar, era destinada apenas aos militares e a engenharia civil destinados 
aos demais cidadãos. Com o tempo, a engenharia civil, que englobava todos as áreas, foi se 
dividindo e hoje conhecemos várias divisões, como por exemplo a engenharia eléctrica, mecânica, 
química, naval, etc. Exemplos como engenharia naval, dão origem à construção naval, mas ambas 
eram agrupadas apenas na grande área da civil. 
Em termos práticos a Engenharia Civil divide-se em dois grandes ramos principais: 
- Obras de construção civil - que engloba basicamente as edificações de moradia, comerciais e de 
serviços públicos. 
- Obras de construção pesadas que engloba as obras de construção de portos, pontes, aeroportos, 
estradas, hidroeléctricas, túneis, etc, obras que em geral só são contratadas por empresas e órgãos 
públicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
CAPITULO IV 
4.1. Análise e Discussão dos resultados 
4.1.1. Resultados das entrevistas e inquérito 
Dos 62 trabalhadores efectivos deste foram seleccionados para o estudo 30 trabalhadores, 
distribuídos em: 2 engenheiros (um Director da Obra), 1 dos recursos humanos, 4 mestres, 3 
condutores de máquinas 20 são serventes. 
Segundo o Director da Obra nunca tiveram na empresa casos de distúrbios músculo-esquelético, 
porém tem havido alguns acidentes de trabalho mas com menor frequência como é o caso de 
despiste, escorregamento de carga, e entre outros. 
A realização de trabalhos é de forma eficaz onde os trabalhadores apresentam uma postura com 
menos esforço. Não há repetividade das actividades de levantar sendo um factor muito importante 
para a prevenção dos Distúrbios músculo-esqueléticos. 
2 Mestres 1 condutor responderam que já tiveram dores lombares, e 1 mestre, 1 condutor e 3 
serventes responderam que já tiveram dores nas costelas, 1 mestre e 3 serventes responderam que 
já tiveram dores nas articulações, 3 serventes responderam que já tiveram dores nos músculos e 8 
serventes responderam que já tiveram fadiga. 1 Condutor e 3 serventes responderam que nunca 
tiveram dores lombares nem dores nas costelas. 
 
Tabela 2: DME mais comuns na empresa 
Distúrbios músculo-esqueléticos Resposta 
Sim Não 
Dores lombares 3 2 
Dores nas costelas 5 2 
Dores nas articulações 4 
Dores nos músculos 3 
Fadiga 8 
Fonte: o autor 
 
Sobre a relação da actividade realizada com a fadiga, dores nos músculos e articulações 19 
responderam que existe e 8 responderam que não tem conhecimento. 
 
23 
 
Gráfico 1:Análise do crescimento de dores ligados a DME 
 
Fonte: O autor 
 
Com os dados do gráfico acima pode-se dizer que há crescimento de doenças ligadas ao DME 
porque do total da amostra de 30 destes 27 trabalhadores foram entrevistados: 23 responderam que 
já tiveram dores (lombares, nas costelas, nas articulações e nos músculos) e 4 responderam que 
nunca tiveram dores. 
 
Tabela 3 :resultados percentual de dores ligados a DME 
Distúrbios músculo-esqueléticos Sim Percentagem Não Percentagem 
Dores lombares 3 10% 2 6.6% 
Dores nas costelas 5 16.6% 2 6.6% 
Dores nas articulações 4 13.3% 
Dores nos músculos 3 10% 
Fadiga 8 26.6% 
Fonte: O autor 
 
3
5
4
3
8
2 2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Dores
lombares
Dores nas
costelas
Dores nas
articulações
Dores nos
músculos
Fadiga
Resposta Sim Resposta Não
24 
 
O quadro percentual faz uma perspectiva de dores relacionado com o DME nos trabalhadores da 
empresa analisada a partir do universo amostra de 30 funcionários, deste só foram submetidos aos 
inquéritos 27 trabalhadores constituídos por mestres, condutores e serventes. 
 
4.1.2. Resultados das observações no exercício laboral 
Apesar dos avanços na tecnologia de medição, a aplicação de métodos observacionais continua a 
ser a mais comummente utilizada para o registo sistemático das posturas (TAKALA et al., 2010), 
principalmente quando existe a necessidade de avaliação do risco em tarefas de elevada 
repetividade (SERRANHEIRA &UVA, 2006). 
As condições do trabalho são adequadas onde os trabalhadores realizam suas actividades em 
extrema coordenação, havendo um bom relacionamento entre os trabalhadores e os seus 
supervisores. 
A duração da actividade laboral é de 8 horas de tempo tal como o previsto pela lei com intervalo 
para o almoço. 
Os trabalhadores da empresa CETA exercem menor esforço nas suas actividades. A empresa 
possui equipamentos de protecção ao trabalhador em bom estado de conservação, bom manuseio 
de todos os materiais pesados, bem como o bom uso de materiais de protecção do trabalhador. 
 
4.1.3. Discussão dos resultados 
Conforme DIAS de PAULA (2003) nenhuma postura é suficientemente adequada para ser mantida 
confortavelmente por longos períodos. Qualquer postura prolongada pode ocasionar a sobrecarga 
estática sobre os músculos e outros tecidos e, consequentemente, causar dor e desconforto. 
Na empresa CETA os trabalhadores exercem menor esforço durante as suas actividades pelo facto 
de as actividades exercidas anteriormente pelo homem foram substituídas por máquinas que 
comportam sistemas eléctricos com boa manutenção e bom estado de conservação, não exigindo 
maior esforço ao condutor. A postura de trabalho não apresenta períodos muito longos, sendo a 
natureza do trabalho muito importante para a não existência do DME nos trabalhadores da empresa 
CETA. Não se observando dessa feita o que foi defendidos pelos outros autores 
De acordo com UVA et al. (2008), a postura depende de vários aspectos, como, por exemplo: (1) 
o alinhamento biomecânico; (2) a orientação espacial das várias zonas corporais; (3) a posição 
relativa dos vários segmentos anatómicos e (4) a atitude corporal assumida durante a actividade 
25 
 
de trabalho. Além disso, a postura é igualmente influenciada pela tarefa a realizar, pelo posto de 
trabalho e suas características, pelas ferramentas e utensílios e pelas capacidades e limitações dos 
trabalhadores, incluindo as características antropométricas. 
Porém, alguns autores sugerem o elevada prevalência de DME nos trabalhadores do ramo de 
construção civil resultante repetição, maior esforço, entre outros, todavia o que não foi observado 
pelo autor na empresa CETA onde o ambiente de trabalho é bom com utilizaçãode novas técnicas 
e bons equipamentos de trabalhos (maquinas). 
A partir dos resulatdos obtdos durante a pequisa na empresa CETA pode-se afirmar que não 
existem distúrbios músculos-esqueleticos. 
A temperatura é característico do próprio trabalho, sendo área de construção civil feita ao ar livre 
onde os trabalhadores encontram se expostos ao sol por outro lado são móveis, em um pequeno 
espaço de tempo são movidos para outras áreas. A busca intensa por melhores resultados e maior 
produtividade de obras na maioria das vezes não leva em consideração a Ergonomia, o conforto e 
a prevenção das DORT´s. As adequações dos postos de trabalho podem contribuir para a 
minimização dos acometimentos osteomusculares gerados pelo trabalho pouco estruturado da 
construção civil, para além de ser um factor importante a existência de um bom ambiente de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CAPITULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
5.1. CONCLUSÕES 
Foram conclusões encontradas não existências de DME aos trabalhadores da empresa; 
 Foram verificados dores lombares, nas costelas, nas articulações, nos músculos e fadiga 
uma vez que as actividades da área de construções civil realizam-se de baixo do sol intenso 
e de chuvas; 
 Os trabalhadores da empresa CETA apresentam materiais de protecção e segurança no 
trabalho, os quais são usados em todos os momentos de trabalho; 
 A existência de maior número de maquinas que substituem o homem reduzindo desse modo 
os DME; 
 A existência de equipamento de protecção e segurança é um factor bastante importante 
para a protecção do trabalhador. 
 
5.2. RECOMENDAÇÕES 
a) Universidade Pedagógica 
 Criar parceiras com outros sectores da função pública e empresas de modo a facilitar a 
realização de trabalho de campo pelos estudantes; 
 Explicar as empresas abrangidas que os estudos realizados não têm como objectivo 
prejudicar as empresas mais para ajudar a melhorar as condições de trabalho. 
 
b) Á Empresa CETA 
A realização de capacitações permanentes aos seus trabalhadores sobre as regras de higiene e 
segurança no trabalho. 
c) Aos trabalhadores da CETA 
 Para que tomem todas as precauções necessárias sobre a sua saúde no trabalho; 
 Para que comunicam imediatamente as autoridades competentes aquando do surgimento 
do acidente no local de trabalho. 
 
27 
 
5.3. Limitações do trabalho 
 Dificuldades de fornecimento de dados referente aos acidentes de trabalhos pela Direcção 
Provincial de saúde e Hospital central da Beira, evocando a falta de um memorando entre 
os sectores com a Universidade Pedagógica; 
 Dificuldades de recepção pela empresa na realização de trabalhos de campo estudantis 
podem ser formas de realização de supervisões que resultarão com visitas de inspecção ou 
de auditorias. 
 A empresa CETA encontrar-se apenas a fazer trabalhos de construção civil na área de 
estradas e reabilitação da ponte onde as actividades de levantar e ou de carregar são feitas 
por maquinas durante o período da pesquisa; 
 Existência de maior número de trabalhadores eventuais durante o período da pesquisa 
dificultando dessa feita o estudo dos factores associados aos distúrbios músculo-
esqueléticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
6. Referências Bibliográficas 
 ARONE, Ana João Artur, Responsabilidade Civil do Empregador em Caso de Acidente de 
Trabalho, Curso de Licenciatura em Direito - Faculdade de Engenharias, 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE, Chimoio, 2015 
 AXELROD, Robert & COHEN, Michael D. Harnessing Complexity. New York: The Free 
Press, 2000. 
 BORGES, L. H. Sociabilidade, sofrimento psíquico e lesões por esforços repetitivos entre 
caixas bancários. 1999. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Instituto de Psiquiatria, 
Rio de Janeiro, 1999. 
 CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção 2002 
 DIAS DE PAULA, M. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, Brasil, janeiro 
de 2000 a junho de 2003, Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva), Universidade do 
Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2005. 
 DIAS DE PAULA, M. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho como motivo 
de afastamento das funções laborais no município de Concórdia, SC, Brasil, janeiro de 
2000 a junho de 2003. 2005, 58 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva), Universidade 
do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2005. 
 DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo: Edgard Blücher, 2004. 
 IIDA, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucker , 2005 
 KALINKARA, V., Çekal, N., Akdoğan, I., &Kacar, N. (2012). Anthropometric 
measurements related to the workplace design for female workers employed in the textiles 
sector in Denizli, Turkey. Eurasianjournalofanthropology, . 
 KUMAR, S. Theories of musculoskeletal injury causation. Ergonomics, v. 44, p. 17-47, 
2001. 
 KUMAR, Shrawan. Biomechanics in ergonomics. Los Angeles: Opamp Technical Books, 
1999. 
 LAKATOS, E.M. & MARCONI, M.A. Metodologia científica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 
1991. 
 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Técnicas de pesquisa. São Paulo: 
Atlas, 1982. . 
29 
 
 MAEMO M, Carmo JC. LER/DORT: crônica de um adoecimento anunciado. In: Maemo 
M, Carmo, JC. Saúde do trabalhador no SUS: aprender com o passado, trabalhar o presente, 
construir o futuro. São Paulo: Hucitec; 2001 
 MAENO, M.; TOLEDO, L.F.; PAPARELI, R.; MARTINS, M.C. et al. Lesões por 
Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho 
(DORT). Brasília: Ministério da Saúde, 2001. (Série A: normas e manuais técnicos, 103). 
 MARRAS, W. S. Occupational low back disorder: causation and control. Ergonomics, v. 
43, n. 7, p. 880-902, 2000 
 OLIVEIRA, C. R.; et al. Manual Prático de L.E.R. Lesões por Esforços Repetitivos. 
Livraria e Editora Health, Belo Horizonte,1998. 403p. 
 OLIVEIRA, C.R. Conceituação da LER. In: Oliveira, C.R. et al. Manual prático da LER: 
Lesões por Esforços Repetitivos. Belo Horizonte: Helth, 1998. 
 PUNNET, L.; WEGMAN, D. H. Work related musculoskeletal disorders: the 
epidemiologic evidence and debate. J. EletromyographyKinesiol., v. 14, p. 13-24, 2004 
 SERRANHEIRA, F. & UVA, A.S. (2010). LER/DORT: Que métodos de avaliação do 
risco? Rev. bras. Saúde ocup, 35(122), 314-326. 
 SERRANHEIRA, F., UVA, A.S., & Lopes, M.F. (2008). Lesões músculo-esqueléticas e 
trabalho. Cadernos/Avulso, 5. 
 SILVA, Luiz Carlos Martins da. Postos de trabalho, L.E.R. e produtividade. Revista Cipa, 
1996. 
 SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem 
médico-cirúrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, p.167, p.169, p. 171-
173, p.178-184. 
 TAKALA, E.P., et al. (2010). Systematic evaluation of observational methods assessing 
biomechanical exposures at work. Scandinavian Journal of Work Environment & Health, 
36(1), 3-24. 
 UVA, A., Carnide, F., Serranheira, F., Miranda, L., & Lopes, M. (2008). Lesões 
Músculoesqueléticas Relacionadas com o Trabalho - Guia de orientação para a prevenção. 
Direcção Geral da Saúde. 
 
XV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndices 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XVI 
 
Apêndice 1 : Orçamento 
ACTIVIDADE QUANTIDADE CUSTO UNITARIO CUSTO TOTAL 
Bloco de notas 2 40,00 80,00 
Lápis de Carvão 2 10,00 20,00 
Afiador grande 1 500,00 500,00 
Esferográfica 2 14,00 28,00 
Fotocopias 1000 1,50 1.500,00 
Encadernação 50 25,00 1.250,00 
Computador 1 25.000,00 25.000,00 
Papel gigante 1 300,00 300,00 
Marcadores 20 60,00 1.200,00 
Imprevistos - - 600,00 
Pastas 2 100,00 200,00 
Sub Total 36.078,00 
Fonte: o autorXVII 
 
Apêndice 2: Cronograma da Pesquisa 
2016 
Actividades 
Mês Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Desenho do estudo 
Pré avaliação do 
estudo 
 
Desenho Teórico 
Execução 
 
Recolha de dados 
Interpretação e 
avaliação do dados 
 
Análise e discussão 
dos resultados 
 
Divulgação de 
resultados 
 
Fonte: O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
XVIII 
 
 
Na empresa de construção civil CETA o pesquisador irá observar: 
 As condições de trabalho; 
 A duração do tempo de trabalho; 
 Posturas no trabalho; 
 Repetividade das tarefas executadas; 
 A força exercida pelos trabalhadores; 
 A temperatura exposta ao trabalho; 
 As condições em que se encontra o equipamento usado; 
 A forma de manuseio de matérias pesados; 
 A existência de vestuário e materiais de protecção dos trabalhadores numa obra. 
 As formas de uso de materiais de protecção pelos trabalhadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 3: Guião de Observação 
XIX 
 
 
Com esta entrevista o pesquisador pretende obter informações sobre a construção civil. 
1. Dados pessoais do entrevistado 
a) Nome........................................................................................................................... 
b) Idade......... anos c) Sexo F ( ) M ( )d) Cargo que ocupa.................................... 
2. Nível de escolaridade 
a) Nunca estudou ( ) d) Nível básico ( ) 
b) Nível primário do primeiro grau ( ) e) Nível médio ( ) 
c) Nível primário do segundo grau ( ) f) Nível Superior ( ) 
3. A quantos anos trabalha na direcção da empresa?..................................................... 
4. Quantos trabalhadores tem a empresa?...................................................................... 
5. Que equipamento de protecção pessoal a empresa?.................................................. 
6. Quais são os materiais de segurança/protecção para os trabalhadores da 
empresa?............................................................................................................... 
7. Quais são os problemas de saúde mais comuns aos trabalhadores da 
empresa?..................................................................................................................... 
8. Qual seria o origem desses problemas de saúde?....................................................... 
9. A Quantos anos começaram a surgir esses problemas de saúde?.............................. 
10. Porque esses problemas de saúde são mais frequentes nos últimos anos?................. 
11. Que medidas a empresa toma para prevenir esses problemas de saúde..................... 
 
Apêndice 4: Entrevista á direcção da empresa de construção civil CETA 
XX 
 
 
Com este inquérito o pesquisador pretende saber sobre a ocupação actual dos trabalhadores e os 
períodos em que trabalhou desde que começou até agora. 
1. Nível de escolaridade 
a) Nunca estudou ( ) d) Nível básico ( ) 
b) Nível primário do primeiro grau ( ) e) Nível médio ( ) 
c) Nível primário do segundo grau ( ) f) Nível Superior ( ) 
2. A quantos anos trabalha nesta empresa do ramo de construção civil? 
a) 1 ano ( ) b) 2 anos ( ) c)3 anos ( ) d) 4 anos ( ) e) 5 anos ( ) f)Mais de 5 anos ( ) 
3. Qual é a sua ocupação actual nessa empresa? 
a) Mestre de obras ( ) b) Agente auxiliar ( ) c) Outra ocupações ( ) 
4. Em que condições vocês trabalham? 
a) Boas ( ) b) Normais ( ) c) Suficientes ( ) d)Más ( ) e) Péssimas ( ) 
5. Quais são os problemas de saúde que mais vos apoquentam? 
a) Dores lombares ( ) b) Dores nas costelas ( ) c)Fadigas ( ) d) dores nas costelas ( ) e) 
Dores nos músculos ( ) f) Dores nas articulações ( ) 
6. Existe a relação desses problemas de saúde com as actividades que executam? 
a) Não existe ( ) b) existe ( ) c) Não tenho conhecimento ( ) 
7. Tem havido capacitações regulares para os trabalhadores da construção civil? 
a) Sim ( ) b) Não ( ) c) Nem sempre ( ) 
8. Tem conhecimento sobre seus direitos de se recusar trabalhar em condições inseguras? 
a) Sim ( ) b) Não ( ) 
Se sim, comenta......................................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 5: Inquérito para os trabalhadores 
XXI 
 
 
Este inquérito tem como objectivo levantar dados sobre o papel do supervisor. 
1. Nível de escolaridade 
a) Nunca estudou ( ) d) Nível básico ( ) 
b) Nível primário do primeiro grau ( ) e) Nível médio ( ) 
c) Nível primário do segundo grau ( ) f) Nível Superior ( ) 
2. Há quantos anos trabalha como supervisor de obras? 
a) 01 ano ( ) b) 02 a 05 anos ( ) c) 06 a 10 anos ( ) d) Mais de 10 anos ( ) 
3. Tem havido treinamento aos auxiliares das obras para trabalhar neste serviço? 
 a) Sim ( ) b)Não ( ) c) Ás vezes ( ) 
4. Se a resposta for sim, que tipo de treinamento?………………………………….. 
a) Qual a sua periodicidade? 
A) Mensal ( ) b) Semestral ( ) c)Anual ( ) d) Outros ( ) 
5. Por quantas horas o funcionário trabalha por dia nesta actividade de construção? 
a) 8 horas ( ) b) 10 horas ( ) c) 12horas e) mais de 12 horas ( ) 
6. O trabalhador tem direito a pausas durante a jornada de trabalho? 
a) Sim ( ) b) Não ( ) 
Quantas pausas ocorrem durante a jornada de trabalho? 
a) 1 Pausa ( ) b) 2 Pausas ( ) c)Mais de 2 Pausas ( ) 
7. Quantos minutos duram cada pausa? 
a) 5 Minutos ( ) b) 10 minutos ( ) c) 30 minutos ( ) d) mais de 30 minutos ( ) 
8. Referindo-se aos problemas de dor, desconforto, falta de força (distúrbio músculo-
esquelético), os trabalhadores apresentam esses sintomas? 
a) Sim ( ) b) Não ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 6: Inquérito para os Supervisores de Obras 
XXII 
 
 
Distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho nos trabalhadores da empresa CETA do 
Ramo de Construção Civil 
Consentimento infomado 
 Convido você a participar em uma pesquisa que será realizada no seu local de trabalho, sobre os 
distúrbios músculo-esquelético. A Universidade Pedagógica da Beira, Departamento de Ciências 
Naturais e Matemática é a instituição responsável pela pesquisa. O pesquisador contactou a 
empresa para ter o acesso à instituição, mas ela não tem nenhuma participação na realização da 
pesquisa. O objectivo da pesquisa é verificar a existência de distúrbios músculo-esqueléticos nos 
trabalhadores da empresa, através do inquérito com aqueles que forem seleccionados. 
 As suas respostas e dos demais trabalhadores ajudarão a compreender melhor alguns factores 
ocupacionais e não ocupacionais de risco à saúde, e assim contribuir para sua prevenção. Se você 
aceitar participar da pesquisa, depois de ter lido ou ouvido este texto, por favor, assine este 
documento. 
O pesquisador também o fará. Isto porque, o pesquisador, deve garantir que você participou da 
pesquisa por sua livre vontade. Você e o pesquisador ficarão uma cópia deste termo de 
consentimento. Depois, você responderá as perguntas, sem identificação do seu nome. 
O pesquisador lhe fará perguntas sobre sua idade, cidade de origem, ocupações passadas, seus 
hábitos, sobre as actividades

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