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I. SITUAÇÃO PROBLEMA 1 ............................................................................... 3 II. QUESTIONÁRIO DE APRENDIZAGEM: SITUAÇÃO 1 ............................... 4 III. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES DE SITUAÇÃO PROBLEMA 1 ................ 5 IV. QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: SITUAÇÃO 2 ........................................ 62 V. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES DA SITUAÇÃO PROBLEMA2 2 ............ 73 VI. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 83 VII. GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 84 VIII. ANEXOS ........................................................................................................... 85 DIA DE TRABALHO Vitória, enfermeira de uma ESF de Coruripe, recém-formada pela UFAL, inicia seu novo emprego e pretende organizar o serviço de coleta de material colpocitologia oncótica em sua unidade (visto que ainda não existe esse tipo de atendimento), bem como a consulta de enfermagem em ginecologia. Refletindo sobre tudo que irá precisar organizar (materiais, equipamentos, formulários), além das etapas da consulta, ela foi questionada se iria ter tempo para atender toda a demanda, bem como se legalmente sua profissão tem respaldo para realizar esta consulta. Ao chegar na unidade no primeiro dia de atendimento, as 20 “pacientes” do dia já estavam sua espera e com a ficha preenchida. Chamou sua atenção uma usuária de cabelos longos e óculos escuro, a qual disfarçava um hematoma em sua face com seus longos cabelos por cima. Em virtude de ser o bairro que Vitória trabalha conhecido por freqüentes agressões físicas e sexuais entre conjugues, a mesma sentiu a necessidade de conversar com esta usuária sobre a Lei Maria da Penha durante a consulta. Seguiu atendendo Zélia Tocafundo Pinto, 25 anos, dois filhos, “ juntada” há 03 anos com Vitor Hugo Tocagaita, 26anos. Na inspeção estática das mamas visualiza pregueamento na pele no quadrante superior esquerdo, medindo cerca de 2cm, na mama direita. Fazendo a inspeção dinâmica ela confirma seu achado, mas Vitória também pensa nas alterações funcionais benignas da mama, para não ocorrer confusão na suspeita dos diagnósticos. Ao olhar a JEC, identifica uma ectopia com características de metaplasia, além de um pólipo endocervical. Fica preocupada por se tratar de uma jovem de apenas 25anos. Diagnosticada a cliente de acordo co a SAE/CIPE versão 3, prescreve, encaminha e agenda retorno. Vitória atende de uma só vez e a pedido, as duas irmãs: Defuntina e Finadina. A mais nova (Finadina) queixa-se de dor e frigidez nas relações sexuais. A irmã mais velha (Defuntina) pediu a Vitória para informa-lhe sobre uma tal vacina contra o HPV, que ficou sabendo que é bom “tomar” antes de começar a ter relações sexuais, pois ainda é virgem. E finaliza seus atendimentos com Dona Mariquinha, 65anos, a qual já entrou em seu consultório referindo sentir medo do exame, pois é viúva há 10anos e percebe sua vagina ressecada. 1. Como se organiza o serviço de coleta de material da colpocitologia oncótica? 2. Qual a dinâmica da consulta de enfermagem em ginecologia? 3. O que é cada exame e como é realizada a sua técnica? Cite os fundamentos de rastreamento para cada um deles. a) Citologia/Colpocitologia oncótica; b) Colposcopia; c) O que é a JEC? Qual a sua relação no momento da coleta? O que é e quais são as consequências da ectopia, caso haja. 4. No que consiste a Lei Maria da Penha? Quais os tipos de violências? Como seriam a assistência de enfermagem e os encaminhamentos realizados, nesse contexto? 5. Descreva o exame físico da mama, explique quando ele deve ser realizado, suas indicações e contraindicações, se houver. Em seguida, responda: a) Quais as características das alterações benignas e malignas da mama? b) Quais exames podem ser realizados nas mamas? Cite os fundamentos de rastreamento para cada um deles. 6. Quais as alterações benignas e malignas do sistema reprodutor feminino? Como acontece a assistência de enfermagem nesse contexto? 7. Como se dá o ciclo da resposta sexual? 8. Sobre o HPV, responda: como se dá a infecção, qual a sua clínica, formas de tratamento e imunização. 9. O que é climatério e menopausa? 1. Como se organiza o serviço de coleta do material da colpocitologia oncótica? REFERÊNCIAL TEÓRICO: Segundo a Resolução do COFEN n° 381/2011, resolve no Artigo 1° que no âmbito da equipe de enfermagem, que compreende técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e enfermeiros, a coleta do exame de citocolposcopia oncótica é uma atividade privativa do enfermeiro que seja dotado de habilidades e competência teórico-técnica para desempenhá-lo. Conforme Resolução do Conselho Federal de Biomedicina, capítulo II, artigo 2°, § 5º, o profissional biomédico está habilitado para a realização do Exame de Papanicolau, bem como o profissional médico conforme o Parecer 59336 de 1997. O câncer de colo do útero ou câncer cervical é a segunda neoplasia mais comum em mulheres no mundo. Se desenvolve como consequência da infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). A detecção precoce dessa infecção e possíveis alterações epiteliais do útero que possam favorecer o aparecimento de células neoplásicas é realizado através do exame da colpocitologia oncótica ou Exame de Papanicolau (INCA, 2019). O sistema está repleto de dificuldades pois, apesar de ser da atenção primária a atividade de acolhimento, promoção de informativos e chamamento quanto ao exame de colpocitologia oncótica/Papanicolau, é necessário o cumprimento de preceitos referentes aestrutura da sala de coleta bem como, a estruturação de laboratórios de referência para análise do material coletado. (AMORIM, L. T. L. et al, 2018) Para funcionar como o previsto legalmente, o consultório ginecológico deve possuir uma mesa ginecológica, escada, mesa auxiliar, foco de luz com cabo flexível, biombo ou local reservado para troca de roupas. Já para a realização do exame em questão é preciso a solicitação médica, e a requisição da colpocitologia oncótica (ANEXO I), se faz necessário de espéculos de diferentes tamanhos e preferencialmente descartáveis, instrumental metálico esterilizado, lâminas de extremidade foscas, espátulas de Ayre, escova endocervical, luvas de procedimento, Pinça de Cherron, solução fixadora, álcool a 96% ou spray polietilenoglicol, recipientes para armazenamento das lâminas, fita de identificação do frasco que contenha o material, lápis grafite/preto n°2, camisola/avental, lençóis, sendo os dois últimos itens, preferencialmente, descartáveis. Caso contrário, encaminhar para serviço de lavanderia para um próximo uso, como descreve o Caderno de Atenção Básica n°13 (BRASIL, 2013). MEU ESPAÇO: Espátula de Ayre/Escova endocervical. Estrutura da sala ginecológica. Exame de Papanicolau/Colpocitologia oncótica. REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama – 2° ed – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 124 p.; II Caderno de Atenção Básica, n° 13. Brasil. Ministério da Saúde. Papanicolau (exame preventivo de colo de útero), INCA, 2011. Acessado em 19/10/2019. Disponível em: http://bvs.saude.gov.br/dicas-em-saude/2069- papanicolau-exame-preventivo-de-colo-de-utero. COFEN. Resolução n°381, de 2011. DOU, n° 140, pág. 229 – seção 1. Acessado em: 19/10/2019. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3812011_7447.html. AMORIM, L. T. L.; MONTEIRO, N. J.; NOGUEIRA, L. M. V.; RODRIGUES, I. L. A.; ANDRE, S. R. Exame de Colpocitologia Oncótica: Revisão integrativa. Rev Enferm Health Care [Online]. Ed. 7, vol. 1, pág.209-224, Jan/Jul 2018. http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2436/pdf http://bvs.saude.gov.br/dicas-em-saude/2069-papanicolau-exame-preventivo-de-colo-de-utero http://bvs.saude.gov.br/dicas-em-saude/2069-papanicolau-exame-preventivo-de-colo-de-utero http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3812011_7447.html http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2436/pdf 2. Qual a dinâmica da consulta de enfermagem em ginecologia? REFERÊNCIAL TEÓRICO: Desde 1986 a consulta de enfermagem está respaldada legalmente e consiste em ações deliberadas e sistematizadas atualmente pela Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE, para preparar a mulher no tocante a medidas preventivas das infecções sexualmente transmissíveis, incentivar a realização de exames preventivos, colaborar com o seu autocuidado, atuar no planejamento gestacional ou até mesmo na escolha de métodos para esterilização voluntária além de realizar exames ginecológicos a fim de manter sua qualidade de vida e melhor assisti-la (CATAFESTA, G., et al, 2015). A ambiência, o espaço físico e os componentes envolvidos na recepção da mulher na consulta de enfermagem são fundamentais para que a primeira impressão da usuária seja favorável e que o ambiente lhe transmita a segurança, a privacidade e o conforto suficientes para que o vínculo seja bem formado e não haja temor em questionar e contar sobre sua vida intima para o profissional que executa a consulta e, posteriormente, exame físico e exames ginecológicos que constam no protocolo da Atenção Básica - AB (SOUZA, A. J., 2016). Preparado o ambiente, inicia-se a anamnese, com orientação também na estrutura da folha de consulta de enfermagem ginecológica (ANEXO II); primeiramente identificando a usuária quanto ao nome, data de nascimento e idade, estado civil, ocupação, escolaridade e até mesmo religião. É questionada sobre hábitos etilistas e tabagistas, ingesta hídrica. queixas e sintomas, histórico de doenças na família, histórico de doenças da mulher e o contexto psico- socio-econômico ao qual a mulher pertence . A partir daí, a anamnese foca no conteúdo ginecológico. É indagada a DUM, idade de menarca, ciclo menstrual, antecedentes ginecológicos e obstétricos, antecedentes médicos e cirúrgicos, uso de medicações, se possui vida sexual ativa e outros questionamentos íntimos sobre a atividade sexual (SOUZA, A. J., 2016). Após a percepção de uma condição de vínculo pré-estabelecida, o profissional deve abordá-la quanto ao histórico de agressão e violência dos diversos tipos. Por se tratar de um assunto delicado e por muitas vezes tido com naturalidade em uma cultura machista, é importante citar exemplos que favoreçam a compreensão da mulher (BRASIL, 2016). Agora, acontecerá o exame físico direcionado, começando pelo exame das mamas. Nesse momento serão realizadas: inspeção, palpação e expressão que serão discutidas detalhadamente mais adiante. No exame físico direcionado para o abdome, é feita a inspeção em busca de cicatrizes, regiões de protuberância ou abaulamentos, observa-se a cicatriz umbilical, tipo de abdome e a presença de anormalidades. Procura-se por dilatações venosas, observa-se a dinâmica respiratória além da pulsação. No exame ginecológico/da genitália, o enfermeiro avalia a presença de pelos pubianos, ectoparasitas, possíveis lesões na vulva, lábios e meato uretral além de secreções e varizes vulvares. É solicitado ao paciente que tussa para que através da manobra de valsava se identifique eventuais prolapsos genitais e incontinência urinária. Deve- se palpar a região das glândulas de Bartholin e palpar o períneo, para avaliação da integridade perineal. Na região anal, presença de hemorroidas e outras lesões (CARMAGNANI, M. I, S. et al, 2017). Por fim serão realizados os exames prescritos pelo profissional médico e que são de responsabilidade do enfermeiro executar e os procedimentos são realizados. Esse extenso e minucioso exame permite ao enfermeiro a avaliação singular da genitália, considerando estado da mucosa vaginal, forma e aspecto do colo, aspectos das secreções vaginais ou até mesmo a presença de leucorréia, o estado da secreção cervical e a identificação e observação de possíveis lesões. (CARVALHO, A. L. S. de, 2008). REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama – 2° ed – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 124 p.; II Caderno de Atenção Básica, n° 13. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolo de Atenção Básica: saúde das mulheres – 1° ed – 230 p., 2016. CATAFESTA, G.; KLEIN, D. P.; SILVA, E. F. da; CANEVER, D. P.; LAZZARI, D. D. Consulta de enfermagem ginecológica na estratégia saúde da Família. Arq. Ciênc. Saúde, 2015 jan-mar; 22(1) 85-90. Acessado em: 19/10/2019. Disponível em:http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/32/26 CARVALHO, A. L. S.; NOBRE, R. N.S.; LEITAO, N. M. A.; VASCONCELOS, C. T. M.; PINHEIRO, A. K. B. Avaliação dos registros das consultas de enfermagem em ginecologia. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2008;10(2):472-83. Acessado em: 19/10/2019. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a18.htm SOUZA, A. J. de. Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul. Santa Cruz do Sul, 2016. Acessado em: 19/10/2019. Disponível em: https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/1370/1/Ant%C3%B4nio%20Jardel%20de% 20Souza.pdf MEU ESPAÇO: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/32/26 http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a18.htm https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/1370/1/Ant%C3%B4nio%20Jardel%20de%20Souza.pdf https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/1370/1/Ant%C3%B4nio%20Jardel%20de%20Souza.pdf 3. O que é cada exame e como é realizada a sua técnica? Cite os fundamentos de rastreamento para cada um deles. a) Citologia; REFERÊNCIAL TEÓRICO: O exame de citologia é uma alternativa para o exame de Papanicolau onde as células coletadas do colo do útero não são colocadas em lâmina para posterior análise, mas sim transferidas para um frasco que contem um fixador líquido, com a própria escova usada na coleta. O produto disso é um esfregaço em uma só camada de células organizadas uniformemente. A citologia tem ainda a possibilidade de fazer a testagem específica para o DNA do HPV, o que contribui para o exame histológico. Com o avanço tecnológico, outras estratégias foram desenvolvidas para o melhoramento da técnica como a automação que é a leitura automatizada das lâminas ao identificar campos anormais com o uso da avaliação da densidade dos núcleos celulares, tamanho e forma das células além do forte desempenho com o rastreamento de células da membrana basal uterina anormais e nos seus processos de diferenciação, a citologia também é usada para a identificação de agentes microbiológicos cérvico-vaginais (BRASIL, 2013). Já a citologia convencional tem maior eficácia e precisão quanto o estudo da cultura das secreções, comum nas infecções cérvico-vaginais além de avaliar a intensidade da reação inflamatória, avaliar a eficiência do tratamento e a evolução ou involução da infecção. Apesar de a citologia convencional e a citologia em meio líquido possuírem suas propriedades de definição da avaliação, ambas são concordantes em seus resultados. Usando as duas metodologias, as infecções mais comuns são por Gardnerella vaginalis/Mobiluncus spp apesar que para a Trichomonas vaginalis, infecção também recorrente nas avaliações, a técnica convencional possui melhor desempenho (AMORIM, L. T. L., 2018). Para a coleta do exame citopatológico se faz necessário espéculosde tamanhos variados onde a sua escolha irá depender do histórico da mulher (parto natural, virgindade...), lâmina de vidro com extremidade fosca (para ser identificada), espátula de Ayre, escova endocervical, luvas descartáveis, pinça de Cherron, solução fixadora e recipiente para acondicionar a lâmina. Ademais, solicitação do exame, fitas de identificação para os frascos, EPIs, lençóis, camisola/aventais preferencialmente descartáveis. Antes da coleta, realizar as orientações do exame ginecológico, explicar o propósito do exame e as etapas do mesmo. Preencher os formulários, identificar as lâminas e recipientes (iniciais do nome, data de nascimento), solicitar que a paciente esvazie a bexiga e troque de roupas (BRASIL, 2012). O profissional deve realizar a higiene básica das mãos, solicitar que a mulher fique em posição ginecológica de maneira confortável, cobri-la com lençol para que ela se sinta menos desnuda e mantendo a sua privacidade. Após calçar as luvas e fazer primeiro a inspeção da genitália, avisar que vai introduzir o espéculo e colocar de forma suave em posição vertical, mas ligeiramente inclinado para que o colo do útero seja visualizado. Nesse momento faz a inspeção da vagina e colo do útero, e com a espátula de Ayre iniciar a coleta da ectocérvice. Para isso, encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo e apoie de forma firme para fazer o movimento único em 360° em torno do orifício e fazer esfregaço único no sentido transversal, segundo o Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília (2017). Ainda conforme o mesmo manual, para realizar a coleta na região da endocérvice utiliza-se a escova endocervical, ao introduzir ela, deve ser feito mais um movimento giratório único em 360° e colocar o material coletado na metade inferior da lâmina no sentido longitudinal. Esse material deve ser fixado imediatamente e distendido na lâmina evitando seu dessecamento. Até então, vou realizada a coleta de forma convencional. Para a coleta da citologia em meio líquido, o procedimento padrão é o mesmo, a única especificidade é que ao invés de o material ser espalhado em lâmina, a ponta da escova é quebrada dentro do frasco e embebida em fixador. Dessa forma o material será igualmente enviado para análise laboratorial. Após o procedimento o espéculo deve ser retirado delicadamente e a paciente ser informada do término do exame. É importante ressaltar que o registro do procedimento é essencial e indispensável e que o profissional deve realizar a higienização das mãos após a coleta. REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama – 2° ed – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 124 p.; II Caderno de Atenção Básica, n° 13. AMORIM, L. T. L., MONTEIRO, N. J., NOGUEIRA, L. M. V., RODRIGUES, I. L. A., ANDRE, S. R. Exame de colpocitologia oncótica: revisão integrativa. Rev Enferm Health Care [Online]. Jan/Jul 2018; 7(1):209-224. Acessado em: 19/10/2019. Disponível em: http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2436 BRASIL. Secretaria da Saúde. Manual técnico: saúde da mulher nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. – 2. ed. - São Paulo: SMS, 2012. 67 p. – (Série Enfermagem). Acessado em: 19/10/2019. Disponível em: file:///C:/Users/FABRICIO%20HONORIO/Downloads/SaudedaMulher23092015%20(1).pdf Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. Brasília: Editora Luan Comunicação, 2017. ISBN – 978-85-93940-00-2. Disponível em: http://www.sgob.org.br/wp-content/uploads/2017/10/ManualSGOBdigital11102017.pdf MEU ESPAÇO: http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2436 http://www.sgob.org.br/wp-content/uploads/2017/10/ManualSGOBdigital11102017.pdf Espátula de Ayre. Pinça de Cherron. Escova endocervical. Espéculo. Adenocarcinomas: Carcinomas de células eycamosas : qdsptado a qan I da releré inc ia s. Represenlam 15—25°. de lodos os canceres do cola uterino' 54a mais agressivos’ R eprescn!am a ma ioria dos c ânccrcs em mulheres lovens° NPVs 16. 1B e 45 responsâveis par > 90°/ dos adenocarci ngmas b) Colposcopia; REFERÊNCIAL TEÓRICO: O Decreto Federal Nº 94.406, de 8 de junho de 1987 que regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, dispõem que não contempla a atividade de enfermagem a realização do exame de colposcopia visto que sua finalidade é de diagnóstico e deve ser feita apenas pelo profissional médico, assim como também reafirma a Resolução CFM nº 1.627/2001. O exame de colposcopia avalia o epitélio do trato genital e pode ser comtemplado com a biopsia para uma melhor definição da sua condição (BRASIL, 2016). É uma ferramenta de extrema importância para a avaliação do colo do útero por sua capacidade de identificar lesões benignas, lesões neoplásicas e pré neoplásicas de baixo e alto risco, sendo geralmente, a última, comum por infecção pelo HPV. Atualmente, devido a sua grande sensibilidade na detecção do HPV, a colposcopia já é considerado um método de rastreamento de patologia cervical e apesar da sua alta sensibilidade, não possui alta especificidade (LIMA, T. M, et al; 2012). Para realização do exame, o consultório genicológico deve possuir uma cadeira de altura regulável, aparelho colposcópio, material para biópsia, dilatação de canal cervical, anestésicos, bisturi elétrico de alta frequência (CAF) e aspirador de fumaça, pinças e soluções à mão e material para coleta de material para colpocitologia. Os materiais específicos para a coleta do exame são o SF 0,9%, ácido acético a 3% e 5%, solução de Schiller, hipossulfito de sódio, solução para assepsia, ácido tricloroacético entre 70% a 100%, cotonetes; - seringa, agulha e anestésico tópico; - pinça de exploração de canal cervical de Menckel, pinça de biópsia Allis, saca-bocado Gaylor-Medina, punch dermatológico, pinça de Pozzi e material de sutura simples além de tampão (FEBRASGO, 2010). Quanto a indicação do exame, pode ser realizado em mulheres gestantes sendo ressaltado que a partir do 7° mês gestacional o procedimento é pouco mais desconfortável e aumenta o risco de sangramentos, sendo menos realizado pela maior parte dos profissionais, a menos que haja real indicação. É importante lembrar que a paciente não pode estar no período menstrual para a realização do exame. O espéculo é inserido, limpa-se o excesso de secreção vaginal já se atentando a sua cor e espessura além do odor com gaze e SF 0,9%. Em seguida, o médico aplica a solução de ácido acético (3-5%) e observa de forma detalhada os fundos de saco e paredes vaginais com o algodão embebido pelo ácido, reaplicando-o sempre que preciso, dando atenção especial para identificação da junção escamo-colunar (JEC), a zona de transformação (ZT) e epitélios escamoso e colunar. (FEBRASGO, 2010). Em seguida, coloca-se a solução de Schiller no colo uterino e na vagina à procura de áreas de iodo negativas. Por se tratar de iodo, a paciente deve ser indagada antes da colocação da solução se já apresentou alergia a iodo em algum momento da vida. A solução pode causar certo desconforto, portanto é ideal retirar o seu excesso (FEBRASGO, 2010). Esse teste é fundamentado na fixação do iodo pelo glicogênio existente no epitélio pavimentoso estratificado do colo do útero e em condições normais colore em cor marrom-escura. (BRASIL, 2016) Por fim é feita a aavalição de vulva, períneo e ânus com o ácido acético a 5%. Em área iodo-negativas/acetoesbranquiçadas considera-se uma região atípica e necessita de biopsia. Também é comumna realização do exame o procedimento de retirada de pólipos preparados para realização da exploração de canal cervical, de biópsias, retiradas de pólipos. Já o hipossulfito de sódio, também citado como material conveniente para a realização da colposcopia possibilita a descoloração das áreas iodo positivas em uma segunda testagem no mesmo exame (FREBASGO, 2010). REFERÊNCIAS: LIMA, T. M., Lessa, P. R. A., FREITAS, L. V., TELES, L. M. R., AQUINO, P. S., DAMASCENO, A. K. C., PINHEIRO, A. K. B. Acta Paul Enferm. Análise da capacidade diagnóstica dos exames preventivos do câncer de colo uterino*. São Paulo, 2012;25(5):673-8. Acessado em: 27/10/2019. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n5/05.pdf Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional Câncer. Diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.citologiaclinica.org.br/site/pdf/documentos/diretrizes-para-o-rastreamento-do-cancer- do-colo-do-utero_2016.pdf FEBRASGO: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia: colposcopia normal e alterada. São Paulo, 2010. utero .|Jt http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n5/05.pdf http://www.citologiaclinica.org.br/site/pdf/documentos/diretrizes-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-utero_2016.pdf http://www.citologiaclinica.org.br/site/pdf/documentos/diretrizes-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-utero_2016.pdf ACIDO ACETICO Ilormal Ceryix Early stage IB Garvical cancer LUGOL Late stage IB Stage llB Cervical cancer The cancer is aatsi8e cervix No Anexo 3, posteriormente, podem ser vistas algumas alterações da colposcopia. d) O que é a JEC? Qual a sua relação no momento da coleta? O que é e quais são as consequências da ectopia, caso haja. REFERÊNCIAL TEÓRICO: A junção escamo colunar original (JEC) está localizada próximo ao orifício cervical externo. Com o crescimento da mulher, menarca, puberdade e início da atividade sexual, o colo uterino tem sem volume aumentado e o epitélio endocervical se alonga levando ao processo de eversão do epitélio colunar da parte inferior da endocérvice, para próximo a ectocérvice. Chamamos essa condição de ectopia, com ectocérvice de característica bastante avermelhada. O epitélio interage como o pH vaginal e essas exposições cuminam na formação de um novo epitélio, o metaplásico. Este, grande produtor de glicogênio (PIERRE, PL et al, 2015). Como se sabe, o epitélio do colo é dividido em dois tipos: a ectocérvice que é a região mais externa onde há o tecido escamoso e a região da endocervice que é mais interna e revestida por tecido glandular. Esses tecidos são conectados por uma linha que pode estar na endo ou na ectocérvice à depender da situação hormonal da mulher. Na infância e no período pós menopausa a JEC se encontra dentro do canal cervical enquanto que no período da menacme que é o período reprodutivo da mulher, ela está no orifício externo ou ainda para fora dele, caracterizando uma ectopia/eversão (FEBRASGO, 2010). Por conta do ph ácido ao qual o epitélio escamoso está submetido, ele se adapta e dá origem a ZT que é a zona de transformação que por meio do mecanismo de metaplasias se tornando uma área do colo mais propensa a alterações celulares de cunho maligno. É na zona de transformação que podemos identificar os Cistos de Naboth, que são cistos sem significado patológico que estão na ZT, uma espécie de tecido de cicatrização. Atualmente, ao identificar presentes as células metaplásicas ou células endocervicais na JEC, é um verdadeiro indicador quanto a eficiência da coleta, pois, como se sabe, a JEC é um ideal representativo do local onde se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do útero, o que não significa que ao visualizar o colo do útero (FEBRASGO, 2010). A formação do cisto de Naboth consiste na obstrução da região pelo muco da própria vagina no tecido glândular, é uma espécie de cicatriz. Com o acumulo da secreção, é comum a formação do cisto e são consideradas alterações benignas e podem indicar infecções já tratadas, por exemplo (BRASIL, 2006). REFERÊNCIAS: Martin-Hirsch Pierre PL, Jarvis Gerry G, Kitchener Henry C, Lilford Richard. Collection devices for obtaining cervical cytology samples. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 11, Art. Disponível em: <http://cochrane.bvsalud.org/doc.php?db=reviews&id=CD001036&lib=COC> Acesso em 20/janeiro/2015. FEBRASGO: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia: colposcopia normal e alterada. São Paulo, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Nomenclatura brasileira para laudos cervicais e condutas preconizadas: recomendações para profissionais de saúde. 2a ed. Rio de Janeiro: INCA; 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Nomenclaturas_2_1705.pdf. Acesso em: 02/11/2019. MEU ESPAÇO: Localização da JEC: http://cochrane.bvsalud.org/doc.php?db=reviews&id=CD001036&lib=COC http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Nomenclaturas_2_1705.pdf Cistos de Naboth: 4. No que consiste a Lei Maria da Penha? Quais os tipos de violências? Como seriam a assistência de enfermagem e os encaminhamentos realizados, nesse contexto? REFERÊNCIAL TEÓRICO: De fato, apesar do histórico de desenvolvimento da Lei Maria da Penha no Brasil, se trata de uma medida protetiva às mulheres, mas também para idosos, crianças e qualquer indivíduo que esteja em condição de opressão e vulnerabilidade e agressão aos direitos humanos por qualquer tipo de violência existente, segundo a Lei de número 11.340/2006. A iniciativa busca coibir a agressão através de punição legal aos denunciados e a garantia da segurança à toda e qualquer vítima. Um entrave encontrado nesse sistema é que as delegacias nem sempre são tão bem preparadas para atender a esse tipo de demanda. Esse é um fato amplamente discutido, pois, a aplicação da lei está diretamente ligada a compreensão da mesma pelos servidores e nesse tipo de procedimento não pode haver falhas. O artigo 10 dessa lei deixa claro que as autoridades precisam atender imediatamente esse tipo de demanda e garantir seu depoimento em modo sigiloso e a segurança do individuo além de tomar as providencias cabíveis já conhecidas nessa lei no decorrer do inciso 11. Atualmente, no ano de 2019, foram discutidas mudanças nessa lei para torna-la ainda mais compreensível e severa para os agressores (TRINDADE, V. E. B., 2016). As principais mudanças consistem na criação de um juizado de violência doméstica e familiar com a finalidade de tornas célere as devolutivas cíveis e criminais dos casos; agrega medidas protetivas de urgência para as vítimas de violência doméstica podendo inclusive emitir ordem de distância mínima entre agressor e vítima imediatamente à denuncia; trás a obrigatoriedade de que lesão corporal seja apurada e processada mesmo sem o desejo da vítima – o que já tem sido bastante questionável pois algumas correntes defendem a ideia de que obrigar o acontecimento do inquérito seria uma nova forma de violência contra essa vítima-; é assegurada a vítima o direito a assistência multidisciplinar em saúde, bem como, assistência social e jurídica (MENDES, J. L. R. et al, 2017). A lesão corporal, por exemplo, se divide em váriossubtipos e para cada um deles há uma pena. Em caso de lesão corporal simples, que gere vermelhidão, desmaio ou dor, preconiza- se de 3 meses a 1 ano de prisão podendo ser revertida em multas ou trabalhos comunitários. Já a lesão corporal grave que é aquela onde a vítima se torna incapaz de realizar suas atividades por mais de 30 dias ou são potencias riscos à vida, cause debilidade permanente de membros ou sentidos do corpo, a prisão varia de 1 a 5 anos de reclusão. Quando se trata de lesão corporal gravíssima e lesão seguida de morte, esses crimes geram detenções ainda maiores pois podem causar incapacidade ou deformação permanente ou até mesmo levar ao óbito. Para a lesão corporal gravíssima, está preconizada a detenção de 2 a 3 anos. Já para lesão seguida de óbito pune o agressor em 4 a 12 anos de prisão (SOUZA, M. C.; BARACHO, L. F., 2015). Infelizmente ainda não chegamos a visualizar a completa efetividade dessa lei. É ascendente a curva de crescimento no setor de violência e mesmo com o grande desejo de reverter esse quadro, ainda é de longe que se vislumbra tal realidade, pois, se faz necessária uma desconstrução do perfil ideológico cultural machista enraizado em nossa população. Ainda existe a necessidade do reconhecimento feminino, principalmente, como algo semelhante ao masculino e não como um fator de fragilidade e o ideal de serventia. De forma geral, segundo o Manual de Atendimento às Vítimas de Violência (2009), a violência física é a mais discutidas e conhecida, porém, existem muitos outros tipos de violência. São elas: TIPO DE VIOLÊNCIA DEFINIÇÃO Contra a criança e o adolescente; Conduta – ação ou omissão, agressão ou coerção que cause dano, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico ou social. Contra a mulher; Conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial e pode acontecer tanto em espaços públicos como privados. Contra o idoso; Ato único ou repetido ou, ainda, a omissão que cause dano ou aflição ao idoso, tal como: discriminação; agressão ou coerção; morte; constrangimento; limitação; sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social ou perda patrimonial. De gênero; Sofrida pelo fato de ser mulher/homem/transexual, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição. Intrafamiliar; Por membros da família, por afinidade ou afetividade, expressa por: abuso físico, sexual, psicológico ou como negligência ou abandono. Física; Machuque ou agrida intencionalmente uma pessoa, por meio da força física, arma ou objeto, provocando ou não danos e lesões internas ou externas no corpo. Violência institucional; Instituições públicas e privadas; apresenta-se na relação de servidores com o paciente/usuário, podendo se dar de diversas formas: ineficácia e negligência no atendimento, discriminação (de gênero, étnico-racial, econômica etc.), intolerância e falta de escuta, desqualificação do saber do paciente, uso de poder, massificação do atendimento e outros. Moral; Destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher ou do homem. Patrimonial; Implica dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens , valores e similares. Psicológica; Ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa, por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal. Sexual; Relação sexual em que a pessoa é obrigada a se submeter, contra a sua vontade, por meio de força física, coerção, sedução, ameaça ou influência psicológica. Essa violência é considerada crime, mesmo quando praticada por um familiar, seja ele pai, marido, namorado ou companheiro. Considera-se também, como violência sexual o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros. Consta, ainda, no Código Penal Brasileiro que a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro. Durante a consulta de enfermagem, na anamnese, é papel fundamental da enfermagem identificar traços de violência no discurso do usuário através do seu comportamento, fala e possíveis bloqueios representados na linguagem não verbal. Está contida nesse sentido a importância da ambiência e da construção do vínculo além do preparo para a abordagem à essa usuária ou usuário e o entendimento sobre o processo de notificação compulsória (FREITAS, R. J. M., 2018). Identificar e notificar em caso de constatação de algum tipo de violência domiciliar não é algo simples e nota-se que não existem treinamentos específicos que capacitem os profissionais, sendo essa uma ação muito definida pelo perfil do mesmo, o que é um problema, pois, a falta de preparo pode corroborar para a subnotificação ou até mesmo o receio do profissional em se envolver no caso. Essa situação contribui ainda para a invisibilidade dos atos de violência além de contribuir para a confusão entre notificação, denuncia e criminalização. Os mesmos confundem o ato de notificar com denúncia e criminalização (FREITAS, R. J. M., 2018). Segundo o Ministério da Saúde, no texo: “Caso suspeito ou confirmado de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, tortura, intervenção legal e violências homofóbicas contra mulheres e homens em todas as idades. No caso de violência extrafamiliar/comunitária, somente serão objetos de notificação as violências contra crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas e população LGBT.” (Ficha de Notificação Individual de Violência interpessoal/autoprovocada disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Ficha_Viol_5_1_Final_15_06_15.pdf) A notificação compulsória é necessária e difere de uma denuncia, é um instrumento para garantia dos direitos do usuário enquanto ser social. Crianças e adultos têm suas notificações feitas pelo SINAN além da obrigatoriedade de notificação ao Conselho Tutelar, segundo o artigo 13 da lei 8069/1990. Conforme o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741 de 01/10/2003) serão referenciados por meio de notificação compulsória a autoridade sanitária, bem como a autoridade policial; Ministério Público e/ou Conselho da Pessoa Idosa (artigo 19). Quanto às pessoas com deficiência, a Lei nº 13.146 de 06/07/2015 determina que a Autoridade Policial seja acionada, conforme determina o artigo 26. Para os casos de violência sexual, a notificação imediata visa agilizar o atendimento à pessoa que foi vítima e seu acesso à contracepção de emergência e às medidas profiláticas de doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais em até 72 horas da agressão, o mais precocemente possível, de acordo com o preconizado na Norma técnica “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes” e na “Linha de cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências”; no caso de violência contra mulher, deve-se orientar a mulher a procurar os serviços da rede de atendimento à mulher em situação de violência, tais como Delegacia de Atendimento à Mulher e Centro de Referência da Mulher (BRASIL, 2010). http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Ficha_Viol_5_1_Final_15_06_15.pdf A notificação imediata é fundamental para organização dos serviços a fim de que seja garantido o acesso às medidas de prevenção dos agravos resultantes da violência sexual em tempooportuno. A notificação se dará a partir do fluxo definido pela vigilância local, no qual o serviço de saúde notifica via ficha de notificação, telefone, fax ou outro meio específico à vigilância municipal e encaminha a pessoa que sofreu a violência para os serviços de referência para violência sexual no setor saúde e rede de proteção. É importante a agilidade deste fluxo para garantir que a vigilância tenha conhecimento destes casos, e que eles sejam encaminhados ao seguimento adequado. Portanto, é necessário articular a notificação do caso à vigilância epidemiológica do município, imediatamente após o seu conhecimento com o encaminhamento imediato da pessoa para a rede de atenção à saúde (BRASIL, 2009). REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Violência Intrafamiliar: orientações para a prática em serviço. Caderno da Atenção Básica n° 8. Brasilia – DF, 2002. Acessado em: 03/11/2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/violencia_intrafamiliar_cab8.pdf Brasil. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a Atenção Integral de Cuidado à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em situação de violência. Brasília –DF, 2010. Acessado em: 4/11/2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Manual para atendimento as vítimas de violência na Rede de Saúde Pública do DF. Brasília – DF, 2009. Acessado em: 03/11/2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_pu blica_DF.pdf MENDES, J. L. R.; BITU, R. V. L.; NÓBREGA, M. P. A (in)efetividade da Lei Maria da Penha no município de Souza na Paraíba. INTESA – Informativo Técnico do Semiárido (Pombal-PB), v 11, n 2, p 18 - 22, jul - dez , 2017. Acessado em: 04/11/2019. Disponível em: file:///C:/Users/FABRICIO%20HONORIO/Downloads/4799-22943-1-PB.pdf TRINDADE, V. E. B. Lei Maria da Penha: violência doméstica e familiar contra à mulher no âmbito da polícia judiciária. II Mostra Nacional de trabalhos científicos do XII Seminário Nacional de Demandas Sociais e Políticas Públicas na sociedade contemporânea. Rio Grande do Sul, 2016. Acessado em: 4/11/2019. Disponível em: file:///C:/Users/FABRICIO%20HONORIO/Downloads/14576-11326-1-PB.pdf SOUZA, M. C. de; BARACHO, L. F. A Lei Maria da Penha: Égide, evolução e jurisprudência no Brasil. Revista Eletrônica do Curso de Direito - PUC Minas Serro – n. 11 – Jan./Agost. 2015. Acessado em: 4/11/2019. Disponível em: file:///C:/Users/FABRICIO%20HONORIO/Downloads/8695-Texto%20do%20artigo-37769- 1-10-20150902%20(1).pdf Freitas, R. J. M. de, Sousa, V. B. de, Costa, T. da S. C. e, Feitosa, R. M. M., Monteiro, A. R. M., & Moura, N. A. de. (2018). Atuação dos enfermeiros na identificação e notificação dos casos de violência contra a mulher. HU Revista, 43(2), 91 - 97. Acessado em: 4/11/2019. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2585 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/violencia_intrafamiliar_cab8.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pdf https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2585 MEU ESPAÇO: 5. Descreva o exame físico da mama, explique quando ele deve ser realizado, suas indicações e contraindicações, se houver. Em seguida, responda: a) Quais as características das alterações benignas e malignas da mama? b) Quais exames podem ser realizados nas mamas? Cite os fundamentos de rastreamento para cada um deles. Segundo o Consenso da sociedade brasileira de mastologia (2017), o exame físico da mama inicia antes mesmo do primeiro toque à paciente. O momento da anamnese é onde se investiga possíveis queixas de secreções, dores, desconfortos, discurso de posições ou atividades que provocam alguma alteração ou incomodo além do momento de saber se a mulher já amamentou em algum momento da sua vida e por quanto tempo isso aconteceu além de possíveis intercorrências relacionadas à mama. A inspeção inicia com a usuária ainda de roupa, no momento da coleta de dados onde se pode observar a simetria e volume da mama. Ainda fundamentado no consenso, solicitar que troque de roupa e deite na mesa ginecológica em decúbito dorsal com as mãos apoiadas sob a cabeça o profissional começa a avaliar minunciosamente cada mama através da inspeção. Observa-se tamanho e forma do seio, simetria, cor e forma das aréolas, como se apresenta o mamilo, qual a coloração da mama, se existem vasos aumentados, corrimentos ativos, presença de lesões externas, protuberâncias ou possíveis sinais de violência, pois esse também é um momento para abordar a mulher e orientá- la quanto à violência domestica. Concluída a inspeção, pedir licença e iniciar a palpação da mama no seguinte sentido: linha axilar posterior, linha axilar médica, linha axilar anterior, região infraclavicular e, por fim, toda região mamária fazendo leves punções digitais em movimento circular à procura de cistos, nódulos, massas, algia ou qualquer possível alteração. Após esse momento, é indicada a expressão sutil do mamilo para que se observe a possibilidade de saída de qualquer tipo de secreção mediante o estimulo. É importante que durante esse processo o profissional vá orientando a mulher sobre o que está fazendo para educa-la a realizar seu próprio autoexame periodicamente, o que não dispensa, obviamente, o exame físico direcionado por parte de um profissional habilitado. Além do autoexame que deve ser realizado rotineiramente no dia a dia da mulher seja no banho ou durante a hidratação do corpo ou como ela se sentir confortável para tal, o exame físico direcionado realizado pelo enfermeiro na consulta de enfermagem ou até mesmo pelo médico na consulta médica, também existem exames complementares e com finalidade diagnóstica além do rastreamento e prevenção do câncer de mama, são eles: ultrassonografia e a mamografia (BARRETO, A. P. S V. et al, 2016). A ultrassonografia é um exame de imagem que permite a visualização de órgãos através de ondas ultrassons. É realizada apenas pelo profissional médico, segundo a Lei 12842 de 10 de Julho de 2013 (Lei do Ato Médico). O exame de ultrassonografia das mamas não possui contraindicações nem mesmo para gestantes e deve ser feito anualmente mesmo em mulheres que já possuam critérios para realização de mamografia. É uma ferramenta de extrema importância para o acompanhamento de possíveis alterações benignas ou até mesmo malignas. Já o exame da mamografia é realizado anualmente e consiste na aplicação do raio-x tradicional com feixes de luz projetados para corresponder a anatomia da mama, por isso é um exame especializado que segundo o Artigo 5° da Lei 6684/1979 desde que seja capacitado para tal e esteja supervisionado por um médico, assim como na Lei 7394/1985 dista que o técnico de radiologia em presença de supervisão de um supervisor médico radiologista poderá executar o exame, bem como a classe médica mediante especialização, está legalmente pronta para realiza-lo. Esse exame, antigamente, era indicado apenas para mulheres a partir dos 40 anos, porém, segundo o Ministério da Saúde, havendo qualquer critério de inclusão em um grupo de risco voltado a temática, a mulher já está passiva a realização do exame de mamografia (BORGES, Z. da S. et al, 2016). O câncer de mama (neoplasia da mama) é um dos cânceres que mais acomete à mulheres, segundo o INCA. É uma alteração maligna na mama tratável por radioterapia, quimioterapia combinados ou não com o procedimento cirúrgico de mastectomia parcial ou ainda mastecomia total. Alguns sinais amplamente reconhecidos paraessa patologia são feridas na mama, nódulos aparentes, dor na mama ou região da aixila por onde há a rede de linfonodos, alterações nos mamilos, secreção escura saindo do mamilo (geralmente unilateral), pele enrugada com aspecto de casca de laranja, eritemas e edemas, aparecimento de covas ou pregas na pele, assimetria entre as mamas, alterações no formato convencional do mamilo e até mesmo a visualização de veias evidentes na pele da mama. É comum o aparecimento dessas alterações de maneira unilateral (BORGES, Z. da S. et al, 2016). O estilo de vida adotado corrobora com fatores de risco para o aparecimento do câncer, assim como: idade (mulheres acima de 50 anos são mais suscetíveis), fumar, consumir álcool, estar em sobrepeso ou em obesidade, ter histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário em parentes de primeiro grau, uso de terapia de reposição hormonal pós menopausa. Como já foi citado anteriormente, não é raro encontrar alguma alteração a nível de mama nas mulheres brasileiras, reflexo de uma cultura que incita o medo dos exames preventivos e o déficit de autocuidado no tocante a negligencia à realização dos exames ginecológicos de rotina, são elas (GINECOB, 2017): ALTERAÇÕES BENIGNAS ALTERAÇÕES MALIGNAS ➢ MASTALGIA: dor mamária quase sempre relacionada ao ciclo menstrual. É orientado o uso de sutiãs confortáveis, analgésicos de via oral ou até mesmo distúrbios ➢ CÂNCER DE MAMA: formato do seio irregular, bordas e massas mal definidas, tumores geralmente indolores e fixos. hormonais. ➢ FIBROADENOMA: formato nodular originário nos lóbulos mamários, geralmente é sólido, móvel, liso e indolor além de ser único quase sempre. ➢ NÓDULOS NA MAMA: tumoração da glândula mamária; ➢ CISTOS: nódulos intramamários cin líquido interior, Geralmente são múltiplos e bilaterais, não apresenta sintoma e pode ser identificado em qualquer um dos exames para mama já citados anteriormente. São classificados como simples (não palpáveis que aumentam o risco de câncer de mama no futuro); ou ainda complexos com septos ou lesões vegetantes internas podendo ser palpável e por alguns apresentarem lesões de provável desenvolvimento neoplásico sendo indicada biopsia e cirurgia. ➢ CALCIFICAÇÃO MALIGNA DA MAMA: depósitos de cálcio na mama que acontecem devido a processos degenerativos nas células mamárias. ➢ FLUXO PAPILAR: é o derrame ou a saída de líquidos não relacionados à amamentação. Possui significado se esse líquido sair espontaneamente sem a expressão manual. Quando mais relacionado a lesões pre cancerosas, unilaterais, sem expressão manual é importante agendar consulta médica. ➢ Carcinoma ductal in situ: células de características malignas não invadem a membrana basal sub epitelial , não atingindo veias e vasos linfáticos. REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Parâmetros técnicos para o rastreamento do câncer de mama. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parametros_rastreamento_cancer_mama.pdf BARRETO, A. P. S. V.; LIMA, T. N. F. de A.; CAMBOIM, F. E. de F.; RODRIGUES, E. S. R. C.; LIMA, I. E. S.; SANTOS, F. L. Autoexame da mama: conhecimento e prática entre usuárias em uma unidade básica de saúde. Temas em Saúde, vol. 16, número 4, João Pessoa, 2016. Acessado em: 11/11/2019. Disponível em: http://temasemsaude.com/wp- content/uploads/2017/01/16403.pdf BORGES, Z. da S.; WEHRMEISTER, F. C.; GOMES. A. P.; GONÇALVES, H. Exame clínico das mamas e mamografia: desigualdades nas regiões Sul e Nordeste do Brasil. Rev. bras. epidemiol. 19 (01) Jan-Mar 2016. Acessado em 11/11/2019. 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Assim como na mama, as alterações benignas não necessariamente trazem dano à saúde da mulher, a menos que por motivos de aumento de massa ou sensibilidade a usuária sinta dor, sendo necessária intervenção médica. A fim de facilitar a compreensão, o quadro abaixo define algumas das principais alterações benignas e malignas relacionadas ao sistema reprodutor feminino: ALTERAÇÕES BENIGNAS ALTERAÇÕES MALIGNAS i. PÓLIPO ENDOMETRIAL; I. CÂNCER DE OVÁRIO; ii. PÓLIPO CERVICAL; II. CÂNCER DO COLO DO ÚTERO; iii. MIOMAS UTERINOS; III. NEOPLASIA MALIGNA DA VULVA; iv. PAPILOMAS CERVICAIS; IV. CÂNCER DE VAGINA; ➢ ALTERAÇÕES BENIGNAS: i. Pólipos endometriais: Correspondem a lesões protuberantes no endométrio com distribuição irregular das glândulas podendo ser assintomático ou sintomático onde a queixa mais comum é de sangramento entre as menstruações ou ainda, sangramento irregular e de grande volume durante a menstruação sangramento vaginal na pós-menopausa, sangramento no ato sexual (sinusorragia) e ainda sangramentos irregulares em usuárias que fazem reposição hormonal no período de menopausa. Fatores como o aumento de estrogênio circulante e a diminuição da progesterona, o comum durante a menopausa, também está relacionado ao aparecimento de pólipos endometriais (GINECOB, 2017). A depender da sua localização, pode ser classificado como pólipo endometrial séssil ou pediculado. Apesar de se tratar de uma alteração benigna do sistema reprodutor os pólipos endometriais podem ser malignos. A American Association of Gynecologic Laparoscopists, em 2012, reportou que a malignidade ocorre em 0% a 12,9% dos pólipos endometriais. Atualmente, estudos estão investigando a relação entre a infertilidade em mulheres que possuem o diagnóstico de pólipo endometrial. ii. Pólipos cervicais: Trata-se de uma hiperplasia focal na mucosa endocervical de base séssil ou pediculada e que pode ou não se exteriorizar pelo orifício externo do colodo útero. A mulher apresenta sangramentos intermenstruais ou após o coito, podem ocorrer fluxos menstruais aumentados além de sangramentos no período pós menopausa e corrimentos vaginais. Esse tipo de alteração está associado a lesões endometriais com alta incidência em malignidade (GINECOB, 2017). iii. Miomas uterinos: São tumores sólidos formados pelo músculo liso sendo a causa mais comum para o aumento do volume uterino e uma das principais causas da indicação do procedimento cirúrgico de histerectomia. A elevada produção de estrógeno é um fator de estimulo ao desenvolvimento do mioma assim como a sua diminuição também está relacionada, pois a baixa de estrógeno é compensada pela produção de andrógenos ovarianos e adrenais que são convertidos em estrógeno nas células dos miomas, o que favorece o seu crescimento. Por esse motivo, mulheres em período pós-menopausa dificilmente apresentam tal diagnóstico (GINECOB, 2017). Pesquisas indicam que alguns dos fatores de risco como alta susceptibilidade em mulheres nulíparas, alto risco para o desenvolvimento de leiomioma em mulheres, ou travestis e transexuais que usam terapia hormonal exógena. A depender da localização e tamanho do mioma não é rara a ausência de sinais e sintomas clínicos. Quando a usuária apresenta sintomas, são eles: sangramento profuso e em coágulos, dor pélvica com aumento abdominal, urgência urinária devido a compressão da bexiga pela massa do mioma e até mesmo anemia dentre outros (GINECOB, 2017). Algumas das modalidades de tratamento foram comparadas conforme a sintomatologia da patologia em questão: Quadro: Opções de tratamento recomendadas para mulheres com miomatose – página 211 (GINECOB, 2017). Pode-se observar também no seguinte quadro intitulado como: Comparação dos Tratamentos da Miomatose, contido na página 22 (GINECOB, 2017): iv. Papilomas cervicais: São tumores benignos, geralmente múltiplos, com atividade de proliferação no tecido do canal cervical de característica com elevações de superfícies irregulares com aspecto verrugoso localizada na entrada do colo do útero. ➢ ALTERAÇÕES MALIGNAS: I. Câncer de ovário: Segundo o INCA (2019), é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, proveniente das células epiteliais dos ovários, células germinativas que formam os óvulos e células estromais que produzem hormônios femininos, o que justifica o fato de que o crescimento de tumores desse tipo são proporcionais a produção hormonal da mulher. Inicialmente é assintomático e com o crescimento do tumor é iniciado o desconforto e dor pela compressão de órgãos no abdome, pelve, costas e até mesmo as pernas. Pode provocar náuseas, má digestão, constipação ou diarreia e a sensação de fadiga ou cansaço constante. Pode ser tratado com hormonioterapia, quimioterapia e cirugia, combinados ou isoladamente com exceção da hormonioterapia. II. Câncer de Colo do Útero: O câncer cervical tem como principal fator de desenvolvimento a infecção viral por HPV. As estimativas de incidência e de mortalidade segundo o Instituto nacional do Câncer (INCA) são de 16370 novos casos em 2018 e 6385 mortes em 2017. Existem três classificações patológicas: tumor exofítico ou vegetante que é a forma clínica mais frequente e apresenta-se sangrante e com odor fétido; seu crescimento pode ocorrer para o canal cervical, ocasionando o aumento do volume do colo. Pode ser um tumor ulcerativo, associado com infecção e apresentando secreção purulenta ou ainda um tumor infiltrativo que determina aumento do volume cervical, com pequena ou nenhuma área de tumor visível. O colo do útero se apresenta endurecido, chamado stone-hard cervix. Na evolução pode apresentar sangramento e fluxo purulento. O tumor de colo uterino pode infiltrar em direção à vagina, nos casos avançados, chegando até o seu terço inferior, em direção à cavidade uterina, para os paramétrios anteriores, laterais ou posteriores, para a bexiga e reto. III. Câncer de Vulva: Segundo o INCA (2019), rara neoplasia maligna que acontece geralmente nos pequenos e grandes lábios. Seus fatores de risco são: forte associação com infecção por HPV tipo oncogênico e atrofia vulvar decorrente de hipoestrogenismo, que é a redução do estrogênio como ocorre na menopausa. Seu tratamento é cirúrgico e consiste na ressecção da área neoplásica, seguido de tratamento com radioterapia ou quimioterapia. IV. Câncer de vagina: É o tumor que origina na vagina e não acomete a vulva nem o colo do útero. Cerca de 70 a 80% das pacientes com essa doença têm mais de 60 anos de idade. A exceção são os tumores associados ao uso de dieteilestilbestrol (DES) por mulher gestante, que expõe o feto feminino intraútero, e esse feto, quando adolescente ou mulher adulta jovem, entre os 17 e 21 anos de idade pode desenvolver o adenocarcinoma de células claras da vagina. O carcinoma de células escamosas representa 85% dos casos. Na disseminação, a invasão inicial é na parede da vagina e posteriormente atinge os tecidos paravaginais e paramétrios Quanto à assistência de enfermagem, a anamnese completa e a direcionada são fundamentais para uma boa realização do exame físico ginecológico a fim de identificar tais alterações benignas ou malignas relacionadas ao sistema reprodutor feminino. Após a realização do exame físico direcionado, observados achados, é papel do enfermeiro fazer uso do protocolo do Ministério da Saúde voltado para a Atenção Básica quando necessária a transcrição e a prescrição de urgência de alguma medicação além de realizar o encaminhamento para o profissional médico ginecologista sugerindo por meio das informações obtidas através do exame feito anteriormente, exames complementares e uma investigação minuciosa à cerca disso. REFERÊNCIAS: Manual de Ginecologia da Sociedade brasileira de ginecologia e obstetrícia de Brasília - 2° Edição. Brasília, 2017. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva – INCA. Parâmetros técnicos para o rastreamento de câncer do colo do útero. Rio de Janeiro, 2019. Acessado em 13/11/2019. Disponível em: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/988200/parametros-tecnicos-colo-do-utero_2019.pdf COSCIA, E. B.; SARAIVA, M. F. de A.; SILVA, R. F. da; Carcinoma Espinocelular de vagina. Relato de caso e revisão da literatura. Rev. Da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, vol 18, 33° Congresso da SUMEP, out -2016. Acessado em: 13/11/2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/29705 CORLETA, H. V.; CHAVES, E. B. M.; KRALISE, M. S.; CAPP, E. Tratamento atual dos miomas. Rev Bras Ginecol Obstet., 2007; 29(6):324-8. Acessado em: 13/11/2019. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v29n6/a08v29n6.pdf. MEU ESPAÇO: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/988200/parametros-tecnicos-colo-do-utero_2019.pdf https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/29705 http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v29n6/a08v29n6.pdf Trompas Cis& de Utero — Vagina 7. Como se dá o ciclo da resposta sexual? Masters e Johson são os pioneiros no estudo do ciclo da resposta sexual e novos estudos já evidenciam que apesar de existirem fases definidas para esse momento é importante compreender que as pessoas respondem de forma diferente nessa mesma temática além disso, alguns fatores são influenciadores de como a atividade sexual se dá, como por exemplo, tempo de relacionamento entre os parceiros, local onde o ato é realizado, o gênero dos envolvidos e até mesmo o tipo de penetração a ser realizada e o que precede ao ato sexual. Dessa forma, são compreendidas 5 fases para essa resposta sexual. (SENA, T., 2010). A primeira fase é a da excitação sexual, é nela que iniciam asmudanças fisiológicas diante da estimulação sexual, ela prepara o corpo para o ato em si. Nas mulheres, múltiplasmudanças podem ser observadas como aumento da lubrificação vaginal devido ao sistema nervoso parassimpático, dilatação do canal vaginal que favorecerá, posteriormente, a penetração. Além disso, nota-se o aumento do clitóris e dos mamilos por consequência da congestão vascular. Já no homem, também podemos visualizar alterações fisiológicas também devido ao sistema nervoso parassimpático e a congestão vascular causando a ereção do pênis, tensão no escroto e a elevação dos testículos além de contrações regulares no reto. De forma geral, homens e mulheres apresentam elevação da pressão arterial e frequência cardíaca e o rubor sexual (MENDONÇA, C. R D., et al, 2012). Na fase de excitação, que é a segunda nesse processo, é uma manutenção do estado de excitação e pode ser considerada como a fase mais extensa e é nela que há um aumento na tensão sexual, contração muscular genital aumentada e a vasoconstricção até a chegada do orgasmo/clímax. Nas mulheres, observa-se uma grande contração da parede vaginal, o clitóris retrai, pequenos lábios vaginais escurecem e o útero se aumenta. Esse momento é estendido até uma terceira fase, a de platô que nada mais é que um prolongamento desses sintomas já apresentados, uma espécie de clímax (SENA, T., 2010). O quarto momento é composto pela fase orgásmica, que se subdivide em dois momentos: a emissão e a jatada propriamente dita. A sensação do orgasmo é a de prazer máximo seguida de um relaxamento profundo. Estudos afirmam que os homens precisam de alguns minutos ou até mesmo horas para se recuperar desse ciclo e iniciar todo o processo novamente para uma segunda ejaculação, esse intervalo é chamado de “período resistente paradoxal”. Por fim, a quinta e ultima fase, o estágio de resolução. Nela acontece a detumescência, que é o fenômeno onde os órgãos reprodutores realizam uma involução (SENA, T., 2010). Paralelo a isso, sabe-se que muitas pessoas apresentam diferentes tipos de disfunções sexuais e que a maioria delas existe tanto em formatação para o sexo masculino como para o feminino (ABDO, C. L. N., 2010). Para enumerá-las, segue o quadro de criação própria: DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA Desejo sexual hipoativo: diminuição ou ausência total no interesse em atividade sexual. Disfunção erétil: muito relacionado a idade, é a incapacidade persistente ou recorrente de manter ou ter uma ereção durante seu ciclo da resposta sexual. Dispareunia: dor persistente durante o ato sexual em região pélvica ou genital, Disfunções ejaculatórias: na ejaculação prematura ou precoce, dificuldade de controlar ejaculação no momento ou antes da penetração; já a anejaculação, ausência de ejaculação no ato. Vaginismo: dificuldade em tolerar a penetração por contração involuntária, recorrente ou contínua do períneo. Dispaneuria: dor na região genital antes, durante ou depois da relação sexual por motivo de infecção genital, prostatite ou até mesmo fimose. REFERÊNCIAS: BRITTO, D. F., ARAÚJO, J. S. A., COELHO, R. A. Protocolo clínico: avaliação sexual. Hospitais Universitários Federais. Maternidade Escola Assis Chateau Briand. Fortaleza – Ceara, 2018. Acessado em: 14/11/2019. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1106177/PRO.MED-GIN.040+- +ABORDAGEM+SEXUALIDADE.pdf/0b77f3cf-9b4a-4b05-859c-3a0e5e661db0 MENDONÇA, C. R. de; SILVA, T. M.; ARRUDA, J. T.; GARCIA-ZAPATA, M. T. A.; AMARAL, W. N. do. Função sexual feminina: aspectos normais e patológicos, prevalência no Brasil, diagnósticos e tratamentos. FEMINA, vol. 40, número 4, julho/agosto, 2012. Acessado em: 14/11/2019. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100- 7254/2012/v40n4/a3364.pdf SENA. T. Os relatórios Masters e Jhonson: gêneros e as práticas psicoterapêuticas sexuais a partir da década de 70. Rev. Estud. Fem. vol.18 no.1 Florianópolis Jan./Apr. 2010. Acessado em: 14/11/2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2010000100014 ABDO, C. H. N. Considerações a respeito do ciclo de resposta sexual da mulher: uma nova proposta de entendimento. Diagn Tratamento. 2010;15(2):88-90. Acessado em: 14/11/2019. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2010/v15n2/a88-90.pdf http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1106177/PRO.MED-GIN.040%2B-%2BABORDAGEM%2BSEXUALIDADE.pdf/0b77f3cf-9b4a-4b05-859c-3a0e5e661db0 http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1106177/PRO.MED-GIN.040%2B-%2BABORDAGEM%2BSEXUALIDADE.pdf/0b77f3cf-9b4a-4b05-859c-3a0e5e661db0 http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2012/v40n4/a3364.pdf http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2012/v40n4/a3364.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2010000100014 http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2010/v15n2/a88-90.pdf MEU ESPAÇO: fig. I Curva dv e / Ejacu âa Pres PNR Pond dv Nâo Retomo Plat6 6XCltdl3O sexual/ Tensâo xcita5âo Resolu5ao Tempo Gnifico das fases de resposta sexual feminine segundo Masters e Johnson. Adaptado de Rosemary Basspn (2totl): The Female Sexual Response: A Different Model, Journal of Sex & Marital Therapy, 26:1, 51-65 8. Sobre o HPV, responda: como se dá a infecção, qual a sua clínica, formas de tratamento e imunização. REFERÊNCIAL TEÓRICO: Capaz de infectar mucosas, existem mais de 150 tipos de vírus do Papiloma vírus humano dos quais aproximadamente 40 deles são responsáveis por infecções genitais. A transmissão ocorre por contato com a pele, mucosa e ato sexual incluindo contato oral-genital e manual- genital o que torna a infecção possível ainda que não haja penetração; também podendo haver infecção através do parto. A maioria dos casos é de caráter transitório, é curado espontaneamente e geralmente são assintomáticas (SILVA, P. M. C. et al, 2018). As lesões mais comuns no HPV são as verrugas e lesões microscópicas. O vírus pode estar latente no organismo, portanto ainda que não existam lesões, a infecção existirá. Quando a mulher possui a infecção e doença de forma sintomática pode apresentar condilomas acuminados que são conhecidos como “crista de galo, figueira ou ainda cavalo de crista” com aspecto de couve flor e tamanhos variados. Em mulheres, aparecem no colo do útero, vagina, região pubiana, períneo, região perianal e ânus. Em homens, geralmente surge na glande do pênis, bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Também é comum o aparecimento de lesões na mucosa de boca e garganta de ambos os sexos conforme prática sexual (BRASIL, 2019). A infecção latente é aquela onde não há sinais e sintomas, é o que chama-se de fase subclínica e o diagnóstico só pode ser realizado por exame biológico/patológico, isso é, por biologia molecular, identificando o DNA do vírus. Essas lesões também podem ser diagnosticadas por meio de histopatológico, colpocitologia oncótica, colposcopia com biopsia, penioscopia e anuscopia. Infelizmente o HPV ainda não possui cura mas pode ser facilmente diagnosticado e a qualidade de vida da usuária dependerá de sua alimentação, imunidade e comprometimento com a própria vida e periodicidade dos exames preventivos até porque se trata de um fator de risco de alta relevância relacionado ao desenvolvimento de lesões neoplásicas (BRASIL, 2019). A atenção básica é sem dúvidas a maior responsável por esses rastreios porém, isso depende das três esferas de liderança da saúde. Atualmente, segundo o INCA (2018), aproximadamente 281 milhões de mulheres são portadoras de HPV tipos 16, 18 ou até mesmo ambos. Compreende-se que apesar de a infecção por HPV ser um fator de alto risco para o desenvolvimento de câncer no colo do útero, ele não é o único fator que contribui para isso. A imunidade, comportamento sexual e até mesmo a genética também influenciam nesse processo. O HPV pode ser identificado através da colpocitologia oncóticaque é o exame de Papanicolau, através da biopsia que procede à colposcopia e ainda por meio do painel de captura híbrida para HPV, que é o exame específico para busca do DNA do vírus por biologia molecular. Mediante diagnóstico médico e tratamento de cauterização geralmente realizado em 3 ou 4 sessões, seguido do uso por 20-30 dias de creme vaginal a base de corticoide e posteriormente mais 7-15 dias com creme vaginal a base de colagenase, o exame de citologia e colposcopia deve ser repetido imediatamente ao fim do tratamento e estando tudo normal, semestralmente. Após resultado positivo para ausência de lesões no período de avaliação semestral, os exames passam a ser realizados anualmente (INCA, 2016). Em 2018 o governo federal em parceria ao Ministério da Saúde realizou o levante dochamamento para a imunização como medida profilática para o HPV em crianças e adolescentes de ambos os sexos, meninas na faixa etária de 9 -14 anos e meninos de 11 – 14 anos respeitando o intervalo de 6 meses entre as duas doses como intuito de ampliar a oferta da vacinação quadrivalente. É importante ressaltar que mantém-se a necessidade de apresentação, no ato da vacinação, de prescrição médica para indivíduos vivendo com HIV/Aids e estende-se a mesma orientação para os indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos. A vacina em modalidade pública está restrita para essas populações nessas faixas etárias. O usuário que deseje vacinar-se precisará usufruir do sistema privado, que é de valor bastante oneroso, aproximadamente R$ 450,00 por dose (BRASIL, 2018). REFERÊNCIAS: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. ampl. atual. Rio de Janeiro: INCA, 2016. Acessado em: 15/11/2019. Brasil. Ministério da Saúde. Informe técnico da ampliação das vacinas papiloma vírus humano – 6,11, 16, 18 (recombinante) – vacina HPV quadrivalente e meningocócica C (conjugada). Brasília, março de 2018. Acessado em: 15/11/2019. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/14/Informe-T--cnico-HPV- MENINGITE.pdf Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Parâmetros técnicos para rastreamento de câncer do colo do útero. Rio de Janeiro, 2019. Acessado em: 15/11/2013. Disponível em: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/988200/parametros- tecnicos-colo-do-utero_2019.pdf SILVA, P. M. C. da; SILVA, I. M. B.; SOUZA, I. N. da C.; LINHARESm F. M. P.; SERRANO, S. Q.; PONTES, C. M. Conhecimento e atitudes sobre o papiloma vírus humano e a vacinação. Escola Anna Nery, 22(2), Pernambuco, 2018. Acessado em: 15/11/2019. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v22n2/pt_1414-8145-ean-22-02-e20170390.pdf MEU ESPAÇO: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/14/Informe-T--cnico-HPV-MENINGITE.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/14/Informe-T--cnico-HPV-MENINGITE.pdf http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/988200/parametros-tecnicos-colo-do-utero_2019.pdf http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/988200/parametros-tecnicos-colo-do-utero_2019.pdf http://www.scielo.br/pdf/ean/v22n2/pt_1414-8145-ean-22-02-e20170390.pdf http://www.scielo.br/pdf/ean/v22n2/pt_1414-8145-ean-22-02-e20170390.pdf Alto Risco 16, 18, 45 e 48 Risco Intermediârio 31, 33, 35, 39, 51 e 52 Baixo Risco 6, 11, 41, 42, 43 e 44 Vfrus clo HPV DNA indica present a do HPV E6/E7 mRNA E6/E7 indica atividade de oncoproteinas induzem oncogenes de HPV a transforma§ao dacélula Focus no fat or de risco principal! HPV oncogenes ativos 1, 2 e 4. 6 e 11. l6, 18, 31, 33 e S1. 5, 8, 9, 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21, 25, 36, 38 e 46. TIPOS SUBTIPOS Desenvolvimento do HPV HPV NO COLO DO UTERO IMAGEM DE COLPOSCOPIA Tem\nologia da displasia Atipia Displas\ a leve. ou diicariose leve Displasia rnoderada ou cllscariose rr+oderada Displasia grave ou discar iose grave 7er'minoIogia griginal da NIC Alipacoiloitica, condilomaplano.’sem alteracéesepleHais NIC 1 NEC 2 HIC Z Terms nologia modlFIcé”da da NIJ NIC ”de baixo gra u NIC de baJxo grau NC deakoyrau NICdeakoBrau Terminologki do sktema Bethmda (SL) (J 991) DentradeWrMtesdenormaWdade lteacee*c{uaxbenignx’ lVec;âoou eea âol éW US.* AGUS LSIL LSIL Cartinomain&i{« Carc*nornainvasvo N|C 3 I1C de alto grau Carcinoma Jrrvasivo Carcinoma invasivo HSIL Marc inoma J nvas*vo NtC: neoQaiiailxa-epiteGalcevicat LStL- teiâoinra-epitéial amoso dedaioq cau: HStL:lesâqiotra epitetiat escamobace akogau;ASCtf/ ceum eic*mozazati razde GgnJicado i « ,»inado; U&' cé4Uas @andutarm aHpcasde dgciflca8o PAPILOMA VIRUS HUMANO - HPV ASPECTO D”O COLO UTERINO 9. O que é climatério e menopausa? REFERÊNCIAL TEÓRICO: Segundo a Organização Mundial de Saúde, climatério é uma fase biológica e não um processo patológico. Compreende a transição entre o período reprodutivo da mulher que é a menacme e o não reprodutivo. Esse processo pode ser fragmentado em três períodos: a pré- menopausa que tem inicio, geralmente, após os 40 anos. A perimenopausa que também pode ser chamada de transição menopausal e se inicia 2 anos antes à ultima menstruação e pode se estender até 1 ano após ela; por fim, a pós menopausa que se inicia 1 ano após ultima menstruação, pode ser classificada em precoce quando em até 5 anos da ultima menstruação ou tardia quando em mais que 5 anos. Essas mudanças fisiológicas começam a acontecer em torno dos 48 a 50 anos podendo ser antecipada em casos de histerectomia, por exemplo (BRASIL, 2016). Um dos sinais mais impactantes e que é responsável pela maioria dos sintomas do climatério é a queda abrupta da concentração do hormônio estrogênio acompanhado por outros hormônios andrógenos. Um dos mais recorrentes sintomas do climatério são os fogacjos. Essa instabilidade vasomotora é caracterizada pela elevação da temperatura da pele, vasodilatação periférica, aumento transitório dos batimentos cardíacos e mudanças na impedância da pele. As ondas de calor parecem ser produzidas por variação no sistema termorregulatório hipotalâmico, que leva a instabilidade vasomotora periférica característica (dilatação capilar, perspiração) e também a alterações comportamentais concomitantes à dissipação do calor, apesar da temperatura corporal manter-se estável (FILHO, J. F. L. ET AL, 2018). Outra queixa comum a esse período é a do ressecamento da pele, olhos, pernas e principalmente vagina. Isso faz com que aumente o índice de disfunção sexual pela diminuição da lubrificação da vagina somado ainda a atrofia da mucosa endocervical causando quadro de dispineuria. Esse quadro está ligado à incontinência urinária e à dificuldade em esvaziar a bexiga A incontinência tem forte relação com repercussões emocionais, induzindo a mulher a procurar um especialista, já que o desconforto apresentado pelo odor da urina é por demais deprimente. Mais um fator alertante é Fisiologicamente, o corpo passa por um processo contínuo de REMODELAGEM ÓSSEA = osso é continuamente depositado por osteoblastos e reabsorvido nos locais onde os osteoclastos estão ativos EQUILÍBRIO entre a deposição e reabsorção óssea. Na osteoporose, esse equilíbrio não é atingido e há uma desproporção entre a ação dos osteoblastos e osteoclastos, com predomínio da última (ALVES, E. R. P. et al, 2015). O esqueleto acumula osso até os 30 anos, sendo a massa óssea maior no homem do que na mulher. Vejamos agora alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento desse prcesso fisiológico sem que haja qualidade e vida anterior a ele: As rugas faciais são
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