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ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO ÉSTER CLORIDRATO DE PROCAÍNA Classificação: éster Potência: 1 (procaína=1) Toxicidade: (1 procaína=1) Metabolismo: hidrolisado rapidamente no plasma pela pseudocolinesterase plasmática. Excreção: 90% como PABA, mais de 2% inalterado na urina. Propriedades vasodilatadoras: produz a MAIOR vasodilatação de todos os anestésicos locais em uso atualmente. pKa: 9,1 pH da solução pura: 5 a 6,5 pH da solução com vaso: 3,5 a 5,5 Início de ação: 6 a 10 minutos Meia-vida: 0,1 hora (6 minutos) Anestesia tópica (nenhuma) Pura: 15 a 30 minutos de anestesia dos tecidos moles e não proporciona anestesia pulpar. Era associada a propoxicaína. CLORIDRATO DE PROPOXICAÍNA Classificação: éster Potência: 7 a 8 (procaína=1). Toxicidade: 7 a 8 (procaína=1). Metabolismo: hidrolisada tanto no plasma como no fígado Excreção: pelos rins, quase inteiramente hidrolisada. Propriedades vasodilatadoras: sim, porém não tão acentuadas quanto as da procaína. pKa e PH da solução: não disponíveis Início de ação: rápido 2 a 3 minutos Meia-vida: não disponível Ação anestésica tópica: nenhuma em concentrações clinicamente aceitáveis. Não está disponível isoladamente devido a sua alta toxicidade (7 a 8 vezes da procaína). Dose máxima recomendada pelo fabricante: 6,6 mg/kg. Para crianças mesma dose até 5 tubetes. ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO AMIDA CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA Classificação: amida Potência: 2 em comparação a procaína, procaína=1. Toxicidade: 2 em comparação a procaína. Metabolismo: no fígado, pelas oxidases microssomais de função fixa. Excreção: pelos rins, mais de 80% na forma de vários metabólitos. Propriedades vasodilatoras: MENORES que as da procaína e MAIORES que as da prilocaína ou da mepivacaína pKa: 7,9 Anestésicos Locais pH solução pura: 6,5 pH com vasoconstritor: 3,5 Início de ação: rápido 3 a 5 minutos Concentração odontológica eficaz: 2%. Meia-vida: 1,6 hora (90 minutos) Anestésico tópico: sim (5%) Classificação para a GRAVIDEZ: B Dose máxima recomendada: 7,0 mg/kg, sem exceder a dose máxima absoluta de 500 mg. Lidocaína é padrão ouro. Concentrações América do Norte: 2% com adrenalina 1:50.000 e a 2% com adrenalina a 1:100.000. Lidocaína a 2% sem vaso: suas propriedades vasodilatadoras limitam muito a duração e a profundidade da anestesia da polpa dentária (5 a 10 minutos). Esse efeito vasodilatador leva a níveis sanguíneos mais altos de lidocaína, com um aumento associado no risco de reações adversas, juntamente com aumento da perfusão na região de infiltração da substância. Lidocaína a 2% com adrenalina a 1:50.000: a inclusão da adrenalina produz diminuição do fluxo sanguíneo (perfusão) levando a uma diminuição do sangramento na área de infiltração da substância por causa das ações alfa- estimuladoras da adrenalina. Em razão dessa redução da perfusão o anestésico local é absorvido mais lentamente pelo sistema cardiovascular (permanecendo por mais tempo no local de administração e portanto mais próximo ao nervo) causando um aumento da profundidade como da duração da anestesia: 60 minutos de anestesia pulpar e 3 a 5 horas de anestesia dos tecidos moles). O nível sanguíneo de anestésico também é reduzido. A única utilização da lidocaína a 2% com adrenalina a 1:50.000 é para a hemostasia. Lidocaína a 2% com adrenalina a 1:100.000 diminui o fluxo na área da injeção. CLORIDRATO DE MEPIVACAÍNA Classificação: amida Potência: 2 (procaína=1 e lido=2). Toxicidade: 1,5 a 2 procaína e lido 2. Metabolismo: no fígado, pelas oxidases microssomais de função fixa. Excreção: pelos rins, 1 a 16% inalterados. Propriedades vasodilatadoras: a mepivacaína produz apenas LIGEIRA vasodilatação. Duração da anestesia pulpar com mepivacaína sem vaso é de 20 a 40 minutos. pKa: 7,6 pH da solução pura: 5,5 a 6,0 pH da solução com vaso: 4,0 Início de ação: rápido 3 a 5 minutos. Concentração odontológica: 3% sem vaso, 2% com vaso. Meia-vida: 1,9 hora. Anestésico tópica: nenhuma em concentrações clinicamente aceitáveis. Classificação para a gravidez: C. Dose máxima recomendada: 6,6 mg/kg, não devendo ultrapassar 400 mg. CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA Classificação: amida Potência: 2 (procaína 1; lidocaína 2) Toxicidade: 1 (procaína 1; lidocaína 2); 40% menos tóxica que a lidocaína. Metabolismo: difere da lido e da mepivacaína. Por ser uma amina SECUNDÁRIA, a prilocaína é hidrolisada de maneira direta pelas amidases hepáticas. O dióxido de carbono é o principal produto final da biotransformação. A ortoluidina pode induzir a formação de metemoglobina, produzindo METEMOGLOBINEMIA se administrada em altas doses. Limitar a dose total de prilocaína a 600 mg evita a cianose sintomática. A prilocaína sofre biotransformação mais rápida e completamente que a lido, tanto no fígado, quanto em menor grau, nos rins e nos pulmões. Os níveis plasmáticos diminuem mais rápido que os da lido. A prilocaína portanto é considerada menos tóxica sistematicamente do que os outros anestésicos do tipo amida com potência equivalente. Excreção: principalmente pelos rins. Depuração renal mais rápida que as outras amidas, resultando em sua remoção mais rápida da circulação. pKa: 7,9 pH da solução pura: 6,0 a 6,5. pH da solução com vaso: 4,0 Início de ação: discretamente mais lento que o da lido (3 a 5 minutos). Concentração odontológica eficaz: 4%. Meia-vida: 1,6 hora Ação tópica: nenhuma Classificação para a gravidez: B Segurança amamentação: desconhecida Dose máxima: 8,0 mg/kg, até dose máxima recomendada de 600 mg. A prilocaína pura é frequentemente capaz de proporcionar anestesia com duração equivalente aquela obtida com a lido ou mepivacaína com vaso. A prilocaína é relativamente contraindicada para pacientes com metemoglobinemia idiopática ou congênita, anemia falciforme ou insuficiência cardíaca ou respiratória evidenciada por hipóxia. CLORIDRATO DE ARTICAÍNA Molécula híbrida. Classificada como amida, todavia possui características tanto de amida como de éster. Potência: 1,5 vez a da lido; 1,9 a da procaína. Toxicidade: semelhante à da lidocaína e a da procaína. Metabolismo: biotransformação tanto no plasma (hidrólise pela esterase plasmática), quanto no fígado (enzimas microssomais hepáticas). Excreção: 90% rins, 5 a 10% na forma inalterada. pKa: 7,8. pH da solução pura: não disponível na América do norte. pH com vaso: 3,5 a 4,0 Início da ação: depende. Concentração odontológica eficaz: 4% com adrenalina 1:100.000 ou 1:200.000. Meia-vida: 0,5 hora (27 minutos). Ação tópica: inexistente Classificação na gravidez: C Segurança amamentação: desconhecida. Dose máxima recomendada: 7,0 mg/kg. A metemoglobinemia era citada como efeito colateral potencial da administração de doses altas de articaína. CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA Classificação: amida Potência: 4x a da lidocaína, mepivacaína e prilocaína. Toxicidade: 4x menos a da lido e a da mepivacaína. Metabolismo: metabolizada no fígado por amidases. Excreção: rins; 16% inalterada. Propriedades vasodilatadoras: relativamente SIGNIFICATIVAS; maiores que as da lido, prilocaína e mepivacaína, mas consideravelmente menores que as da procaína. pKa: 8,1 pH da solução pura: 4,5 a 6,0 pH da solução com vaso: 3,0 a 4,5 Início de ação: requer um tempo maior; 6 a 10 minutos. Concentração odontológica eficaz: 0,5%. Meia-vida: 2,7 horas (MAIOR MEIA- VIDA). Ação anestésicatópica: inexistente em concentrações clinicamente aceitáveis. Classificação na gravidez: C Dose máxima recomendada: 90 mg. Disponível em solução a 0,5% com adrenalina a 1:200.000, há 2 indicações básicas: procedimentos dentários prolongados, nos quais é necessário anestesia pular profunda por mais de 90 minutos; controle da dor pós- operatória (endodontia, cirurgia periodontal e pós-implante e cirúrgica). Bianca Abreu
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