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Trato Geniturinário e Infecção (ITU) - Pediatria

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Pré - Teste❖
Mãe traz paciente de 6 meses a consulta na UBS e se queixa de que há um "excesso de pele" em região de glande. Nega alterações 
urinárias ou outras queixas. Ao exame físico, o paciente está em bom estado geral, com boa evolução pondero - estatural e apresenta 
fimose com exposição parcial da glande, com óstio da uretra bem visível. Qual a sua conduta ?
•
Tranquiliza a mãe em relação ao quadro, já que trata-se de fimose fisiológica e mantém seguimento clínico de rotina.
D: fimose
Menina de 4 anos é trazida pela mãe ao Pronto-Socorro Infantil, queixando-se de corrimento vaginal associado a prurido e vermelhidão 
local. Paciente rígida e sem comorbidades. Após o exame físico, você faz o diagnóstico de vulvovaginite. Quais orientações podem ser 
dadas a mãe para tratamento do quadro ?
•
Banho de assento com chá de camomila, melhora da higiene local e uso de roupas íntimas de algodão.
Lactente de 8 meses de idade apresenta ganho ponderal insatisfatório, evoluindo com episódios de febre e irritabilidade na última semana. 
Ao exame físico, está em bom estado geral e afebril no momento. Para investigar o quadro, você solicita uma urocultura. Qual o método 
padrão outro na coleta do material para esse exame? Sondagem vesical com técnica asséptica.
•
Adolescente de 15 anos de idade dá entrada no pronto-socorro infantil devido a dor testicular intensa e vômitos. Refere que o início foi 
súbito, há cerca de 30 minutos, sem trauma local ou outras queixas associadas. Ao exame físico, nota-se testículo esquerdo hiperemiado, 
aumentado de tamanho e muito doloroso a palpação. Qual sua conduta ?
•
Solicita ultrassom de bolsa escrotal e considera possível necessidade de abordagem cirúrgica.
Menino de 1 ano é trazido ao pronto-atendimento pediátrico apresentando febre, queda de estado geral e recusa alimentar. Pai refere que o 
quadro teve início há 3 dias, com piora hoje. Diz ainda, que o filho apresenta episódios de infecção de urina de repetição e que todos têm 
apresentação clínica semelhante, com melhora após uso de antibióticos por via oral. Após exame físico e coleta de exame de urina tipo I, 
você faz o diagnóstico de ITU. Além do tratamento do quadro atual, qual deve ser a sua preocupação ?
•
Investigação de possíveis fatores anatômicos predisponentes do quadro de ITU através de exames de imagem e uso de quimioprofilaxia.
Inspeção❖
Avaliar presença de malformações grosseiras e o grau de desenvolvimento puberal. •
Sexo masculino: posição da uretra, tamanho e formato do pênis, prepúcio, simetria dos testículos, posição e perviedade do 
ânus.
•
Sexo feminino: posição da uretra, tamanho e formato dos lábios, hímen, introito vaginal, posição e perviedade do ânus.•
Genitália ambígua•
Palpação❖
Meninos: exposição da glande, localização e tamanho dos testículos, bexigoma, hérnias…•
Meninas: perviedade do introito vaginal, bexigoma, hérnias…•
Principais Alterações•
Distopia Testicular / Criptorquidia•
"Anomalias de posição do testículo". •
Ectopia testicular: fora do trajeto normal (base do pênis, aponeurose do oblíquo externo). •
Testículo retrátil: hipercontratibilidade do músculo cremaster (facilmente levado a bolsa escrotal). •
Descida testicular é um processo complexo e se completa por volta das 35 semanas de idade gestacional: interação entre 
fatores hormonais e mecânicos. 
•
Principais Alterações⚫
Distopia Testicular / Criptorquidia❖
"Anomalias de posição do testículo". •
Ectopia testicular: fora do trajeto normal (base do pênis, aponeurose do oblíquo externo). •
Testículo retrátil: hipercontratibilidade do músculo cremaster (facilmente levado a bolsa escrotal). •
Descida testicular é um processo complexo e se completa por volta das 35 semanas de idade gestacional: interação entre 
fatores hormonais e mecânicos. 
•
No exame físico, deve-se procurar pelos testículos na bolsa escrotal e no canal inguinal. •
Caso não seja possível a localização da glândula, um exame de imagem é necessário: Ressonância Magnética, Tomografia 
Computadorizada, Ultrassom, Laparoscopia.
•
COMPLICAÇÕES: subfertilidade, malignização e torção. •
TRATAMENTO: cirurgia aberta ou laparoscópica. Melhora a função endócrina mas não reduz risco de malignidade. Pode •
Aula 3 - Trato Geniturinário e Infecção (ITU)
terça-feira, 7 de abril de 2020 08:13
 Página 1 de P2 
TRATAMENTO: cirurgia aberta ou laparoscópica. Melhora a função endócrina mas não reduz risco de malignidade. Pode 
haver associação com terapia hormonal. 
•
Escroto Agudo❖
Dor súbita com aumento de volume e hiperemia testicular. •
Situação de emergência: se a torção testicular não puder ser afastada rapidamente, deve-se indicar a exploração cirúrgica, 
sob risco de perda da gônada. Ultrassom pode ajudar, mas não deve retardar o tratamento. 
•
Causas:•
- Torção de cordão espermático.
- Torção de apêndices testiculares.
- Epididimite/Orquite. 
- Trauma. 
- Vasculite. 
- Hérnia Inguinal encarcerada. - emergência 
Tratamento: cirúrgico (torção de cordão) ou clínico (torção de apêndices / epididimite). 
Fimose❖
“Estreitamento do orifício prepucial que impede ou dificulta exposição total da glande”. •
Período neonatal: todos os meninos têm o prepúcio aderido à glande. Durante o primeiro ano de vida, há o descolamento 
progressivo, com aumento do orifício prepucial.
•
Diagnóstico clínico. •
- Classificação: graus I a III, de acordo com o grau de exposição da glande. 
A fimose impede a higiene adequada do pênis, provocando o acúmulo de secreção sebácea chamada esmegma. 
O acúmulo de urina e esmegma leva a uma infecção local chamada postite. 
Está relacionada a quadros de ITU. 
Parafimose: anel de constrição ao redor da glande, impedindo o retorno do prepúcio a posição original. Leva a sofrimento 
vascular da glande e deve ser prontamente reduzido.
•
Tratamento: postectomia. Período ideal: entre 12 e 18 meses (indicação controversa). •
Tratamento clínico com pomada (corticóide + hialuronidase) é possível em casos leves. •
Sinéquia Vulvar / Coalescência de Pequenos Lábios{❖
“Aderência das bordas internas dos pequenos lábios sobre o introito vaginal”. •
Membrana translúcida obstrui o introito vaginal. •
Causa não estabelecida: falta de higiene, hipoestrogenismo, irritação mecânica. •
Diagnóstico clínico. •
Pode favorecer o aparecimento de ITU. •
Tratamento: •
- Clínico: uso tópico de cremes a base de estriol.
- Cirúrgico: casos refratários.
Há possibilidade de recorrência em até 40% dos casos. •
Vulvovaginite ❖
Inflamação / Infecção da vulva. •
Apresentação clínica: corrimento, ardência, disúria, vermelhidão, prurido, sangramentos. •
Fatores de risco: proximidade entre vagina e ânus, dificuldade de higiene, uso de produtos locais inadequados, roupas 
apertadas ou de material sintético, alterações imunológicas, alterações de pH vaginal, traumatismos, verminoses. 
•
Associação com violência sexual.•
Exame físico: leucorréia com ou sem odor fétido e hiperemia local. •
Em adolescentes: atenção para IST. 
Tratamento:•
- melhora da higiene.
- banhos de assento (permanganato de potássio, benzidamina, chá de camomila). 
- antibióticos e antifúngicos tópicos.
- orientações de cuidados locais: roupas íntimas arejadas e de algodão, manter vulva limpa e seca, higiene fecal para trás. 
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- orientações de cuidados locais: roupas íntimas arejadas e de algodão, manter vulva limpa e seca, higiene fecal para trás. 
Infecção do Trato Urinário na Infância⚫
Definição ❖
Multiplicação de germe patogênico em qualquer ponto do trato urinário (cistite, uretrite, pielonefrite). •
Identificação do agente através de urocultura (atentar-se para o método de coleta). •
Infecção bacteriana mais prevalente no lactente. •
Até os 6 meses de idade: predomínio no sexo masculino.•
Após os 6 meses: predomínio no sexo feminino (20:1).•
Pico de incidência: 3 a 5 anos de idade e adolescência (alterações hormonais e início da atividade sexual).•
Em até 40% dos casos há reincidência da infecção,principalmente no sexo feminino. •
Importância e Consequências❖
Infecções recorrentes levam a lesão renal (cicatrizes renais). •
Importante causa de hipertensão arterial e insuficiência renal na vida adulta. •
Diagnóstico precoce, tratamento e investigação são muito importantes. •
Fisiopatologia❖
Trato urinário e urina, a princípio, são estéreis. •
Região perineal colonizada por bactérias potencialmente patogênicas, principalmente no primeiro ano de vida. •
Escherichia coli, Enterobacter sp e Enterococos. •
Proteus sp em meninos (prepúcio). •
Quando os agentes ascendem para região periuretral, caracteriza-se a ITU
Cerca de 80% dos casos são causados por E. coli uropatogênicas (UPEC). •
Importância dos fatores de virulência na invasão do trato urinário: fímbrias. •
Agentes ascendem pelo trato urinário e podem alcançar as pelves renais e/ou rins: ITU febril / pielonefrite. •
Fatores protetores: hábito urinário normal (evitar estase) e urina de composição normal (pH, osmolaridade). •
J.P.P, sexo masculino, 4 anos, é levado pela mãe ao pronto-socorro com queixa de disúria. A mãe refere, ainda, que o filho já não 
necessitava de fraldas, mas que na última semana voltou a urinar na cama durante a noite. Mãe nega febre ou outras queixas. Criança 
em bom estado geral e apenas com dor leve a palpação de região infraumbilical do abdome ao exame fisico, sem outras alterações. 
Qual sua principal hipótese diagnóstica ? Por que é importante realizar investigação da etiologia do quadro ? *
•
Infecção do Trato urinário (ITU). A importancia da avaliaçao etiológico é para evitar infecções repetidas, problemas renais futuramente 
e possíveis complicações como insuficiência renal e hipertensão arterial.
Cistite é sinônimo
Pielonefrite - tem que ter febre; é mais alto•
Com febre - não necessariamente cistite•
Mário, 14 anos, iniciou dor testicular aguda a esquerda há 10 minutos. Não há história de trauma local e nem de comorbidades. Refere 
já ter iniciado a vida sexual com uso irregular de preservativo. Ele procurou atendimento médico porque evoluiu com episódios de 
vômito e piora progressiva da dor. Ao exame físico apresenta-se em regular estado geral, taquicárdico, afebril e com edema e 
hiperemia escrotal com dor intensa na palpação da região. Quais os diagnósticos diferenciais você deve considerar para o quadro de 
Mário ? Quais exames complementares auxiliariam no diagnóstico e na decisão do melhor tratamento desse paciente ? *
•
O diagnóstico se enquadra em escroto agudo.Diferenciais como torção de cordão espermático, torção de apêndices testiculares, 
epididimite/Orquite.
Ultrassonografia de bolso escrotal.
Se precisa solicitar cirurgia ou não
Pedro, 1 ano, está sendo consultado por você em uma UBS na cidade de Bauru. Mãe não apresenta queixas e a criança tem bom 
crescimento e desenvolvimento, além do cartão vacinal em dia e bons hábitos alimentares. Durante o exame você nota bolsa escrotal 
vazia à direita e não consegue localizar o testículo mesmo após palpação de toda a região inguinal. O testículo esquerdo está tópico e 
sem alterações. Não há outras alterações de exame físico. Qual a sua conduta ? Justifique.
•
É recomendado fazer um exame de imagem tais como ressonância magnética, tomografia, ultrassom caso há suspeita de Distopia 
Testicular/Criptorquidia. - diagnóstico está feito tardiamente, pois é até 6 meses. 
SANARFLIX
Definição: crescimento signitivo no trato urinário 
- Gram negativos e enterobactérias
Pode ser: Cistite: bexiga
 Pielonefrite: infecção até a pelve renal 
Pico entre 3-5anos e na adolescência
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Pico entre 3-5anos e na adolescência
Mais comum em meninas - exceto nos primeiros 3 meses de vida
Etiologia
Infecção ascendente fazendo a cistite ou pielonefrite
Infecção por via hematogênica: em geral nos casos de sepse e periodo neonatal (anomalia obstrutiva associada)
Enterobactérias: bactéria de flora intestinal 
- E. Coli uropatogênica: aderam as céls uruteliais
- Klebsiela pneumoniae
- Strepcoccus faecalis
- Proteus mirabilis: coloniza o prepúcio, meninos não-circuncidados, menos de 5 anos
- Pseudomonas: imunodeprimidos, pós manipulação cirúrgica ou sondagem
- Staphylococcus saprophyticus: comum em meninas adolescentes
Etiopatogenia
Ocorre ITU dependendo:
- Virulência bacteriana
- Fatores predisponentes do hospedeiro/paciente
Virulência bacteriana
- E. Coli: aderir aos tecidos uruepiteliais; fimbrias p/ adesão as céls uruepiteliais e impedir conforme tem o fluxo urinário 
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