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1 Martina Frazão – P6 Gastroenterologia Síndrome Dispéptica CONCEITOS Dispepsia é uma dor epigástrica com duração de 1 mês em média. o Divide-se em: Dispepsia funcional: são pacientes com dis- pepsia em que a EDA é normal e a pesquisa de H. pylori é negativa; Dispepsia orgânica: pacientes com dispepsia em que apresentam alterações endoscópicas que justifiquem os sintomas, como gastrite, gastropatia, DRGE, úlceras gástricas. Síndrome Dispéptica: são sintomas em abdome superior como dor epigástrica, empachamento, queimação, saci- edade precoce. Gastrite: inflamação gástrica, com presença de infiltrado leucocitário inflamatório na mucosa do estômago. Gastropatia: indica lesão na mucosa gástrica, sem pre- sença de inflamação e sem infiltrado leucocitário. DISPEPSIA FUNCIONAL DEFINIÇÃO Dispepsia é um termo utilizado para caracterizar dificul- dade de digestão. É uma síndrome caracterizada pela presença de sinto- mas dispépticos recorrentes e crônicos, havendo ausên- cia de lesões estruturais ou metabólicas. Os sintomas dispépticos podem estar associados a uma doença digestiva específica: como úlceras péptica, neo- plasia gástrica, parasitoses intestinais entre outras. EPIDEMIOLOGIA Incidência de 20 a 40% da população em geral. Pode surgir em qualquer idade. É prevalente no sexo feminino. FISIOPATOLOGIA Pode ser causada por diversas doenças, mas predomi- nantemente a causa é desconhecida. CLASSIFICAÇÃO 1. Síndrome do desconforto pós-prandial; Empachamento pós-prandial: após as principais re- feições, ocorrendo várias vezes por semana; Saciedade precoce: impossibilita o término das refei- ções; Sintomas associados: distensão do abdômen supe- rior, náuseas pós-prandiais e eructações; 2. Síndrome da dor epigástrica; Dor ou queimação localizada no epigástrio, de mode- rada intensidade, uma vez por semana ao menos, nos últimos 3 meses; Dor intermitente, não generalizada, ou seja, não apresenta a queimação retroesternal, típica da pi- rose; Dor não alivia com defecação ou flatos; INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS ORGÂNICAS Anamnese e exame físico Laboratório: hemograma, função renal, perfil hepático, amilase, lipase. O objetivo é avaliar a presença de sinais de alarme. USG do abdome: solicitar na suspeita de doença pan- creática, biliar e/ou hepática. Endoscopia digestiva alta: realizada em pacientes sinto- máticos e na ausência de terapia antissecretora. EPF: investigar parasitoses intestinais. Cintilografia: na suspeita de gastroparesia. Eletrogastroma e Barostato Gástrico. Deve-se excluir doença celíaca e intolerâncias alimenta- res. H. PYLORI Bactéria gram negativa, espiralada, que possui grande afinidade com a mucosa gástrica. É a causa mais comum da dispepsia. A sua transmissão é fecal-oral. A sua investigação baseia-se em: Testes não invasivos: sorológico, ureia marcada e pesquisa de antígenos fecais. Testes Invasivos: teste da uréase, histopatológico, cultura e detecção molecular. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da dispepsia funcional ocorre após o des- carte de doenças orgânicas ou de H. pylori. Após des- carta-las, usa-se os critérios de Roma IV para diagnóstico. Presença de 1 ou mais dos 4 sintomas abaixo, du- rante os últimos 3 meses, com início dos sintomas pelo menos, 6 meses antes do diagnóstico: Empachamento pós prandial; Saciedade precoce; Dor epigástrica; Queimação epigástrica; Deve-se atentar aos sinais e sintomas de alarme, como: Perda de peso não intencional; Vômitos persistentes; Odinofagia; Disfagia progressiva; Hematêmese; Anemia; Massa abdominal palpável; História familiar de CA no TGI alto; TRATAMENTO Realizar dieta balanceada e incluir atividade física na ro- tina. O tratamento medicamentoso baseia-se em: Antissecretores procinéticos Tratamento H. pylori: IBP + Claritromicina (500mg de 12/12h) e Amoxicilina (1g de 12/12h); Antidepressivos tricíclicos ou ISRS; 2 Martina Frazão – P6 Gastroenterologia Tratamento de primeira linha para pacientes com sín- drome de dor epigástrica: IBP’s e em segundo lugar bloqueadores de H2 de histamina. Tratamento de primeira linha para pacientes com sín- drome do desconforto pós-prandial: Antissecretores procinéticos, pois melhoram a motilidade gastroin- testinal, motilidade antral e coordenação antroduo- denal. DISPEPSIA ORGÂNICA São muitas as etiologias da dispepsia orgânica: o DRGE (ver comentário anterior); o Doença ulcerosa péptica; o Gastrites; o Duodenites (incluindo parasitoses); o Câncer (principalmente gástrico); o Doença biliar; o Gastroparesia; o Uso de drogas. DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO DEFINIÇÃO É o refluxo do conteúdo gástrico provocando sintomas e/ou complicações. Decorre de uma falha da barreira antirrefluxo em prote- ger contra quantidades anormais e frequentes de refluxo gastroesofágico. EPIDEMIOLOGIA Distúrbio mais comum do trato gastrointestinal alto. Sua prevalência aumenta com a idade, durante a gesta- ção e em indivíduos obesos. Em homens é mais comum apresentar complicações como esofagite e esôfago de Barret. ETIOPATOGENIA É classificada em: o Doença de refluxo não erosiva: forma mais comum e possui EDA normal. o Doença de refluxo erosiva: apresenta lesões na EDA. Essas lesões são ocasionadas quando a mucosa do esôfago é exposta ao refluxato gástrico. FISIOPATOLOGIA Ocorre principalmente em decorrência de: 1. Relaxamento transitório do EEI não relacionados à deglu- tição; o É o mecanismo mais comum, quando relacionado aos casos de indivíduos sem esofagite ou em casos leves de esofagite. 2. Hipotonia verdadeira do EEI; o Principal mecanismo patogênico em pacientes que apresentam esofagite erosiva grave. 3. Hérnia de Hiato o Pacientes com hérnia de hiato faz a DRGE tender a ser mais grave. o A hérnia hiatal por deslizamento é mais relacionada a DRGE. Além desse tipo, há a hérnia hiatal mista e a paraesofágica. QUADRO CLÍNICO Manifestações típicas (esofagiano): pirose e regurgita- ção. Manifestações atípicas (extraesofagiano): dor torácica não cardíaca, globus faringeus, tosse crônica, rouquidão, pigarro, laringite, asma, fibrose pulmonar idiopática, ap- neia do sono. Deve-se atentar para sinais de alarme, os quais são frequen- temente relacionados a complicações: anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, disfagia, odinofagia, sintomas de grande intensidade e de início recente em idosos, além de história familiar. DIAGNÓSTICO Na maioria das vezes o diagnóstico é apenas clínico: pa- ciente refere pirose pelo menos 2 ou mais vezes por se- mana, por um período mínimo de 4 a 8 dias. o Nesses casos, a resposta à prova terapêutica (redu- ção sintomática maior que 50% após 1-2 semanas de uso de IBP) é considerada o principal teste confirma- tório. A realização de exames complementares está indicada em algumas situações: 1. Endoscopia Digestiva Alta o Permite a visualizar se há presença de erosões esofá- gicas, suas características e realizações de biópsias; o Indicações: presenças de sinais de alarme, sintomas refratários ao tratamento, história prolongada de pi- rose, idade maior de 45-55 anos, presença de náu- seas e vômitos, história familiar de câncer e sintomas intensos ou noturnos. OBS: a maioria dos pacientes sintomáticos apresenta EDA normal e isso não descarta o diagnóstico da doença. o Classificação de Los Angeles: é a mais utilizada atual- mente para estadiar a gravidade da esofagite de re- fluxo. Grau A: lesões menores que 5 mm que não se es- tendem entre 2 pregas longitudinais; mais leve. Grau B: lesões maiores que 5 mm que não se esten- dem entre 2 pregas longitudinais; mais leve. Grau C: acomete menos que 75% da luz do órgão, se estendendo entre pregaslongitudinais; mais grave. Grau D: acomete no mínimo 75% da luz do órgão se estendendo entre pregas longitudinais; mais grave. 3 Martina Frazão – P6 Gastroenterologia 2. pHmetria de 24h o Método PADRÃO OURO. o Indicações: sintomas refratários ao tratamento clínico, avaliação dos sintomas atípicos, documentação da real existência de DRGE antes de uma cirurgia antirrefluxo e reavaliação de pacientes ainda sintomáticos após ci- rurgia. 3. Esofagomanometria Não serve para diagnosticar DRGE. Indicação: antes da realização da pHmetria ou para auxi- liar no planejamento cirúrgico, ajudando a selecionar o tipo de fundoaplicatura que deve ser realizada. 4. Esofagomanometria baritada Utilizada para caracterizar as hérnias de hiato. 5. Raio X contrastado de esôfago Indicação restrita; Indicados nos casos de: disfagia e odinofagia; 6. Cintilografia com ingestão de contraste com tc99: Utilizado em crianças e em investigações de manifesta- ções atípicas; 7. Impedância esofágica: Indicada na suspeita de refluxo fracamente ácido ou não ácido. Detecta a ocorrência de refluxo indepente do pH do ma- terial refluído. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Esofagite Infecciosa; Esofagite Eosinofílica; Dispepsia não ulcerosa; Úlcera péptica gastroduodenal; Doença do trato biliar; Distúrbios motores do esôfago; Doença coronariana; COMPLICAÇÕES DA DRGE São indicações para realização de biopsias na EDA; Presentes em 50% dos pacientes; 1. Esofagite 2. Estenose esofágica; 3. Úlcera de esôfago; 4. Esôfago de Barrett o Ocorre pela substituição do epitélio escamoso normal por um epitélio colunar intestinal, alta- mente resistente ao ph ácido. Acontece uma metaplasia intestinal. o O grande problema é que a lesão formada é precursora do adenocarcinoma de esôfago. o Suspeita na EDA: lesão de cor salmão – indica- tivo de biopsia. TRATAMENTO Objetivo: controle dos sintomas, cicatrizar as lesões e preve- nir complicações; Pode ser cirúrgico, clínico e endoscópico (em fase de in- vestigação); 1. Tratamento Clínico: medidas comportamentais e farma- cológicas. Modificações comportamentais: Elevação da cabeceira da cama; Moderação na ingesta dos seguintes alimentos: alimen- tos gordurosos, cítricos, café, chocolate, bebida alcoó- lica, hortelã, tomates e derivados; Medicações de risco: anticolinérgico, teofilina, antide- pressivos tricíclicos, bloqueadores do canal de cálcio, alendronato; Redução ou cessação do tabagismo; Redução do peso corporal; Medidas Farmacológicas: Bloqueadores dos receptores H2 de Histamina: cimeti- dina, ranitidina, famotidina e nizatidina; o Apresentam Taquifilaxia; o Prescritos em situações onde IBP não podem ser prescritos; Procinéticos: metoclopramida, domperidona e bromo- prida: o Utilizados em associação com IBP, principalmente em pacientes com dismotilidade associada a DRGE; IBP: inibidores da bomba de protóns: Omeprazol 40 mg; Lansoprazol 30 mg; Pantoprazol 40 mg; Esomeprazol 40 mg; Rabeprazol 20 mg; Dexlansoprazol 60 mg; o Mais eficazes. o Índices de cicatrizações são elevados; o Seguros para uso de longo prazos; ESQUEMA TERAPÊUTICO: Sintomas leves e intermitentes: o Quando os sintomas aparecerem com frequência de menos de 1x por semana: tratar sob demanda, usar medicamento conforme a necessidade. Usar antiácidos ou BH2. Sintomas mais graves e frequentes: o Tratamento Inicial: IBP em dose padrão 1x ao dia por 4-8 semanas. Caso o paciente não melhore com a dose padrão após as 2-4 semanas, usar 2x ao dia. 4 Martina Frazão – P6 Gastroenterologia Na ausência de resposta à dose dobrada, solicitar exames complementares. o Tratamento de Manutenção: Pacientes que respondem se forma satisfatória ao IBP dose padrão devem tentar suspender a medica- ção após tratamento. Cerca de 80% evoluem com recidiva dos sintomas dentro dos 3 meses, realizar: reintroduzir o IBP na dose padrão e mentê-lo indefinidamente ou utilizar IBP na dose padrão, mas de forma intermitente ou utilizar IBP sob demanda. OBS: grávidas usam omeprazol. 2. Tratamento cirúrgico (fundoplicatura): O objetivo é restabelecer a competência do EEI, circundando a extremidade inferior do esôfago com um manguito ou vál- vula, formado pelo fundo gástrico. Indicações: Esofagites redicivantes após tratamentos bem-suce- didos, de no mínimo 06 meses; Pacientes que apresentam complicações da DRGE, inclusive extra esofágicas; Perspectiva de uso de IBP por longos anos; Hérnias de grande volume em pacientes com risco de volvo ou perfuração; Baixa idade; Tipo de cirurgia indicada: Fundoplicatura total (Nissen – 360º): procedimento de escolha, sendo mais eficaz. Porém, há disfagia coo complicação cirúrgica mais frequente. Fundoaplicaturas Parciais: válvulas parciais, variando entre 180º a 270º, podendo ser anteriores (Lind) ou posteriores (Toupet). Acompanhamento pós cirúrgico: Sem a presença de displasia - EDA a cada 3 anos; Displasia de baixo grau - EDA 1 vez por ano; Displasia de alto grau - revisão da lâmina após a ci- rurgia. DOENÇA ÚLCEROSA PÉPTICA DEFINIÇÃO É uma lesão que ocorre em decorrência da acidez da se- creção gástrica e ultrapassa a camada muscular da mu- cosa na parede do estômago. Acontece mais comumente em estômago e no duodeno. Seu diâmetro deve ser superior a 0,5cm. Menor que isso é chamada de erosão. FISIOLOGIA GÁSTRICA O estômago possui glândulas gástricas (oxínticas e pilóri- cas). As glândulas pilóricas estão localizadas em corpo e fundo gástrico. Essas glândulas secretam ácido clorídrico (HCl), por meio das células parietais. As glândulas oxínti- cas estão localizadas no antro, que produzem as células G, produtoras de gastrina, e as células D, produtoras de somatostatina. o A gastrina é produtora de ECL, a qual produz hista- mina; o A somatostatina faz feedback negativo com a gas- trina; Existem 3 estímulos para a bomba de prótons (produção de HCL) funcional: 1. Nervo vago através da acetilcolina 2. Histamina 3. Gastrina MECANISMO DE PROTEÇÃO A proteção da mucosa contra a extrema acidez do suco gástrico se dá pela ação do muco, bicarbonato e prosta- glandinas (PGE2). O muco recobre toda a parede e protege contra a ação ácida, enquanto o bicarbonato faz controle do pH ácido estomacal. Já a PGE2 age na produção de muco, tor- nando-o mais gelatinoso. As prostaglandinas inibem a liberação de ácido clorí- drico. FISIOPATOLOGIA O surgimento da úlcera péptica ocorre quando acontece uma inversão nos fatores de agressão e proteção, em que existem mais fatores de agressão do que fatores de barreira/proteção. A agressão se dá pela acidez no estômago. Fatores facilitadores da agressão: AINEs, H. Pylori, Gas- trinoma (pensar nele quando não houver relação com AINE ou H. pylori). o Os AINEs agem inibindo a COX 1 e COX 2. o A H. pylori gera uma hipercloridia por uma afi- nidade da bactéria pelo antro, aumentando a produção de gastrina. Há a situação em que a bactéria pode infectar todo o estômago, ge- rando uma hipocloridia, diminuindo a barreira de mucosa. CLÍNICA 1/3 dos pacientes são assintomáticos, principalmente os idosos. Úlcera Gástrica o Dispepsia com piora imediata após a alimentação. o Dor em 4 tempos Úlcera Duodenal o Dispepsia com piora 2 a 3 horas após a alimentação e à noite (pacientes que acordam durante a noite com dor). o Dor em 3 tempos DIAGNÓSTICO Padrão Ouro: Endoscopia Digestiva Alta (EDA), mas: 5 Martina Frazão – P6 Gastroenterologia o < 40 anos e sem sinal de alarme: diagnóstico presun- tivo, não faz EDA; o > 40 ou sinais de alarme: diagnóstico por EDA; Se for UG pode ser um câncer, deve biopsiar e promover um controle de cura (nova EDA). TRATAMENTO1. Reduzir a acidez: IBP por 4-8 semanas 2. Questionar o uso de AINE: suspender se possível 3. Pesquisar e erradical H.Pylori Pesquisa: EDA por biopsia ou outros testes. Erradicação: claritromincina + amoxicilina + omaprazol. 4. Controle de Cura 4 semanas após término do tratamento pedir uma nova EDA TRATAMENTO CIRÚRGICO Hipercloridia o Úlcera duodenal o Úlcera gástrica tipo II: localizada em corpo gástrico – Vagotomia Troncular + Antrectomia o Úlcera gástrica tipo III: localizada em pré piloro - Va- gotomia Troncular + Antrectomia Hipocloridia o Úlcera gástrica tipo I: localizada em pequena curva- tura baixa, tipo mais comum – Gastrectomia distal ou Hemigastrectomia o Úlcera gástrica tipo IV: localizada em pequena cur- vatura alta – Gastrectomia subtotal + Y de Roux ou Hemigastrectomia com extensão vertical + Y de Roux COMPLICAÇÕES Hemorragia: o Complicação mais comum o Paciente com hematêmese e melena nos casos mais graves o Diagnóstico: EDA o Tratamento: 1º passo: estabilização hemodinâmica 2º Passo: EDA com injeção de adrenalina e ter- mocoagulação 3º passo: cirúrgico, caso o sangramento persista após EDA Perfuração: o Pode ser livre ou tamponada o 90% ocorre na parede anterior do duodeno o Clínica: dor abdominal aguda, hipotensão, taquicar- dia, taquipneia, irritação peritoneal o Diagnóstico: pneumoperitônio ao RX ou TC o Tratamento: sempre operar. Obstrução: o Geralmente ulceras tipo II o Clínica: plenitude epigástrica associada à saciedade precoce, náuseas e vômitos. Cronicamente: vômitos contínuos = desidratação, alcalose metabólica hipo- clorêmica e hipocalêmica; o Diagnóstico: EDA, exame contrastado o Tratamento: dilatação endóscopica com balão + erra- dicação do H. pylori
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