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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE MACEIÓ/AL. SEBASTIÃO SOUZA, brasileiro, divorciado, autônomo, com cédula de identidade RG n°. XXXXXX XXX/AL, inscrito no CPF sob n°. XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua XXXX, n° XXX, bairro XXXX, na cidade de Maceió – AL, CEP XXXXX-XXX, devidamente representado por sua procuradora judicial, Katlyn Rayana Menestrina, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/SC sob o n°. XXXXX, com o devido acato e respeito vem perante Vossa Excelência propor o presente: AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS Em face de MARIA SOUZA, brasileira, solteira, comerciante, CPF. XXX.XXX.XXX-XX, RG XXXXX XXX/AL, e MARCOS SOUZA, brasileiro, solteiro, estagiário, CPF. XXX.XXX.XXX-XX, RG XXXXX XXX/AL, ambos residentes e domiciliados à Rua XXXXXX, n. XXX, bairro XXXXX, cidade de Aracajú/SE, CEP XXXXX-XXX, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos: 1. Dos Fatos. No ano de 1995, o autor, Sr. Sebastião Souza, inscrito no CPF sob o n° xxx.xxx.xxx-xx, se separou de sua ex mulher, Sra. Maria Souza, conforme consta peça vestibular comprobatória em anexo nesta inicial. Acontece que, com a separação, à época, possuíam 3 filhos, menores de idade, que ficaram sob guarda de Sra. Maria, e Sebastião ficou responsável pelo pagamento da pensão alimentícia, no valor de um salário mínimo e meio para cada um deles, tendo em seu direito visita-los em sábados alternados, das 8 às 18 horas, e também da prestação de alimentos a Sra. Maria, de um salário mínimo, visto que a mesma se encontrava desempregada. Atualmente, seu filho mais velho, Sr. Marcos Souza, completou a maioridade civil, posto que quando alcançada, se extingue automaticamente tal obrigação. E Sra. Maria Souza, se encontra empregada, conforme consta em sua CTPS Nº XXXXXXXX anexa no rol de documentos desta petição. Ocorre que, desde a decretação do divórcio, a realidade financeira de Sr. Sebastião tornou-se inferior ao que já foi, visto que o mesmo perdeu o emprego e tornou-se autônomo de pequenos serviços, o que lhe deixa prejudicado a ter uma melhor qualidade de vida. Sendo assim, requer o autor o provimento jurisdicional favorável para a exoneração da pensão alimentícia cedida a seu filho que já atingiu a maioridade civil e de sua ex cônjuge que já não se faz mais dependente do mesmo. Ante os fatos expostos acima, faz jus seu requerimento. 2. Do Direito. Em virtude dos fatos acima relacionados, para corroboração do fato em tela, se faz necessário gozar dos benefícios da justiça gratuita, conforme o art. 98 do CPC: Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. O STJ tem limitado o pagamento de pensão ao ex cônjuge. Em recente julgado, deixou fixado que: “ (...) O fim de uma relação amorosa deve estimular a independência de vidas e não, ao contrário, o ócio, pois não constitui garantia material perpétua. O dever de prestar alimentos entre ex-cônjuges ou companheiros é regra excepcional que exige interpretação restritiva...” Citando julgado da ministra Nancy Andrighi, o Ministro do STJ Ricardo Villas Boas Cueva, afirmou: “(...) Os alimentos devidos a ex cônjuge devem apenas assegurar tempo hábil para sua inserção, recolocação ou progressão no mercado de trabalho, que lhe possibilite manter, pelas próprias forças, status social similar ao período do relacionamento.” Julgado assim ementado: CIVIL. FAMÍLIA. ALIMENTOS. CÔNJUGES. EXONERAÇÃO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE. Ação de alimentos proposta por cônjuge separado de fato. O dever de prestar alimentos deriva da mútua assistência entre os cônjuges. Inviável considerar como prova da possibilidade a declaração contida em acordo sequer assinado pelas partes. Ausente o dever de prestar alimentos porque não configurada a necessidade. A Autora é pessoa jovem, com formação profissional e patrimônio próprio, possui uma clínica de estética, estando plenamente apta ao trabalho e a prover seu sustento. Recurso provido. (TJRJ, 0100183-78.2017.8.19.0001 Apelação - Rel. Des. Henrique Carlos de Andrade Figueira, 5ª Câmara Cível do Estado do Rio de Janeiro, julgado em 17/09/2019) Por todo exposto evidente a necessidade de exoneração da verba alimentar, segundo os fatos já demonstrados e os argumentos jurídicos deste tópico da inicial, se faça a procedência da presente ação para exonerar o autor do pagamento da pensão alimentícia. 3. Do Requerimento. Ante o exposto, requer: 1. Os benefícios da justiça gratuita, conforme art. 98 CPC, em face a comprovação da renda; 2. Determinar as citações das requeridas nos endereços declinados para, querendo, apresentar contestação, sob as penas da legislação processual vigente; 3. Exonerar o autor de pagar pensão alimentícia em favor de seu filho, por conta da sua maioridade civil; 4. Exonerar o autor de pagar pensão alimentícia em favor de sua ex cônjuge, ante a ausência de necessidade da dependência financeira; 5. Que arque a demandada com as verbas advocatícias derivadas do princípio da sucumbência, caso os mesmos venham a recorrer da decisão prolatada por Vossa Excelência; 6. Que seja deferida a produção de todos os meios de prova admitidos em direito; 7. Requer que não seja designada audiência de conciliação, tendo em vista, a ausência de interesse em conciliar; Dá-se ao valor da causa R$ 6.000 (seis mil reais). Termos em que, pede e aguarda deferimento. Maceió, 26 de abril de 2002. Katlyn R. Menestrina OAB/SC n° XXXXX Rol de documentos: - Certidão de divórcio de Sebastião e Maria. - Certidão de nascimento do réu Marcos Souza. - Carteira de trabalho da réu Maria Souza. - Comprovante de renda do autor, como demonstrativos de pagamentos e extratos de contas correntes.
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