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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro APX3 – 2020/2 – Álgebra Linear II – 10/12 (16h) a 12/12 (16h) Código da disciplina EAD 01014 Gabarito Questão 1 (1,0 pontos) Determine os valores de a, b, c ∈ R para que seja autoadjunto o operador L : R3 −→ R3 definido por L(x, y, z) = ( 30x+ (a− b)y + (4c)z, 5cx+ 10y + (3c)z, 8x+ (a+ b)y + 20z ) . Solução: a) A matriz de L na base canônica (base ortonormal) é [L] = 30 a− b 4c5c 10 3c 8 a+ b 20 . L é autoadjunto ⇐⇒ [L] = [L]t ⇐⇒ a− b = 5c a+ b = 3c 4c = 8 ⇐⇒ a− b = 10 a+ b = 6 c = 2 ⇐⇒ 2a = 16 2b = −4 c = 2 ⇐⇒ a = 8, b = −2 e c = 2. Questão 2 (3,0 pontos) Seja A = [ 4 −10 −10 25 ] . a) [1,3 pts] Determine uma base do R2 formada por autovetores de A, indicando os autovalores. b) [1,7 pts] Usando os cálculos do item anterior, identifique a cônica dada pela forma matricial abaixo, obtendo uma equação reduzida à forma canônica por meio de uma rotação. (x, y) [ 4 −10 −10 25 ] [ x y ] + (15 √ 29 , 6 √ 29) [ x y ] − 58 = 0. Solução: a) Seja A = [ 4 −10 −10 25 ] . Temos λI2 − A = [ λ− 4 10 10 λ− 25 ] e p(λ) = det(λI2 − A) = det [ λ− 4 10 10 λ− 25 ] = (λ− 4)(λ− 25)− 100 = λ2 − 25λ− 4λ+ 100− 100 = λ2 − 29λ = λ(λ− 29). Os autovalores de A são 0 e 29. – Cálculo dos autovetores associados a λ = 0: Devemos resolver o sistema linear homogêneo cuja matriz associada é 0I2−A. Reduzindo por linhas à forma em escada, obtemos: 0I2 − A = [ −4 10 10 −25 ] L1←− 14L1∼ [ 1 −52 10 −25 ] L2←L2−10L1∼ [ 1 −52 0 0 ] . Assim, x− 5y2 = 0 e E(λ = 0) = {(x, y) ∈ R2; 2x− 5y = 0} = {(52y, y) ; y ∈ R} = {y( 5 2 , 1) ; y ∈ R}. Algebra Linear 2 APX3 2020/2 Logo, fazendo y = 2 obtemos que v = (5, 2) é autovetor associado λ = 0. – Cálculo dos autovetores associados a λ = 29: Devemos resolver o sistema linear homogêneo cuja matriz associada é 29I2 − A. Reduzindo por linhas à forma em escada, obtemos: 29I2 − A = [ 25 10 10 4 ] L1← 125L1∼ [ 1 25 10 4 ] L2←L2−10L1∼ [ 1 25 0 0 ] . Assim, x+ 25y = 0 e E(λ = 29) = {(x, y) ∈ R2;x+ 25y = 0} = {(− 2 5y, y) ; y ∈ R} = {y(− 2 5 , 1) ; y ∈ R}. Logo, fazendo y = 5, obtemos que w = (−2, 5) é autovetor associado a λ = 29. Assim, α = {v = (5, 2), w = (−2, 5)} é uma base do R2 formada por autovetores de A associados, respectivamente, aos autovalores 0 e 29. b) Pelos cálculos e notações anteriores e a figura a seguir, - 6 �� �� �� �� �� �� � x λ = 29 y �� �� ���1 B B B B B BBM B B B B B B B BB B B B B B BB v λ = 0 w vemos que devemos girar v = (5, 2) de π2 no sentido anti-horário para fazê-lo coincidir com w = (−2, 5). Portanto, β = { u1 = v‖v‖ = ( 5√ 29 , 2√ 29 ) , u2 = w‖w‖ = ( − 2√29 , 5√ 29 )} é uma base ortonormal, orien- tada positivamente, de autovetores associados, respectivamente, aos autovalores λ1 = 0 e λ2 = 29. A matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, é dada por P = [ u1 u2 ] = [ 5√ 29 − 2√ 29 2√ 29 5√ 29 ] , com det(P ) = 1, cuja correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 0 0 0 29 ] . Como [ x y ] = P [ x1 y1 ] e P tAP = [ 0 0 0 29 ] , obtemos: (x1, y1) [ 0 0 0 29 ] [ x1 y1 ] + (15 √ 29, 6 √ 29) [ 5√ 29 − 2√ 29 2√ 29 5√ 29 ] ︸ ︷︷ ︸ faça essa conta primeiro [ x1 y1 ] − 58 = 0⇐⇒ 0x21 + 29y21 + (87, 0) [ x1 y1 ] − 58 = 0⇐⇒ 29y21 + 87x1 − 58 = 0⇐⇒ 3x1 = −y21 + 2⇐⇒ x1 = 13(−y 2 1 + 2), que é uma equação reduzida na forma canônica da parábola. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Algebra Linear 2 APX3 2020/2 Questão 3 (2,0 pontos) Determine a matriz C que representa, na base canônica do R2, a trans- formação linear obtida pela rotação R de π6 radianos no sentido anti-horário seguida de uma reflexão P em relação ao eixo x e seguida de um dilatação D de 4. Solução: Sejam [D], [P ] e [R], respectivamente, as matrizes de D, P e R na base canônica do R2, onde D corresponde a dilatação de 4, P a reflexão em relação ao eixo x e R a rotação de π6 radianos no sentido anti-horário. Como [D] = [ 4 0 0 4 ] , [P ] = [ 1 0 0 −1 ] e [R] = [ cos π6 − sen π 6 sen π6 cos π 6 ] = [ √ 3 2 − 1 2 1 2 √ 3 2 ] Assim C = [D ◦ P ◦R] = [D] [P ] [R], Logo C = [ 4 0 0 4 ] [ 1 0 0 −1 ] [ √ 3 2 − 1 2 1 2 √ 3 2 ] = [ 4 0 0 4 ] [ √ 3 2 − 1 2 −12 − √ 3 2 ] = [ 2 √ 3 −2 −2 −2 √ 3 ] Questão 4 (2,0 pontos) Seja A ∈M3(R) com autovalores λ1 = 3 e λ2 = −1 tal que E(λ1 = 31) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 2y + 7z = 0, y + 5z = 0 e 2x+ 3y + 9z = 0} e E(λ2 = 37) = {(x, y, z) ∈ R3 ; y − 2z = 0}. a) [1,5 pts] Determine bases para os autoespaços e dê as multiplicidades geométricas dos seus autovalores. b) [0,5 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) – Cálculo da base de E(λ1 = 31): Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema linear homogêneo que define E(λ1 = 31), obtemos: 1 2 70 1 5 2 3 9 L3←L3−2L1∼ 1 2 70 1 5 0 −1 −5 L3←L3+L2∼ 1 2 70 1 5 0 0 0 L1←L1−2L2∼ 1 0 −30 1 5 0 0 0 Logo, x− 3z = 0 e y + 5z = 0. Assim, E(λ1 = 31) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 2y + 7z = 0, y + 5z = 0 e 2x+ 3y + 9z = 0} = { (x, y, z) ∈ R3 ; x− 3z = 0 e y + 5z = 0} = { (x, y, z) ∈ R3 ; x = 3z e y = −5z} = { (3z,−5z, z) ; z ∈ R} = { z(3,−5, 1) ; z ∈ R} = [(3,−5, 1)]. Portanto, {(3,−5, 1)} é uma base de E(λ1 = 31) e a multiplicidade geométrica de λ1 = 31 é 1. – Cálculo da base de E(λ2 = 37): Temos que E(λ2 = 37) = {(x, y, z) ∈ R3 ; y − 2z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; y = 2z} = {(x, 2z, z) ; y, z ∈ R} = {(x, 0, 0) + (0, 2z, z) ; x, z ∈ R} = {x(1, 0, 0) + z(0, 2, 1) ; x, z ∈ R} = [(1, 0, 0), (0, 2, 1)] Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Algebra Linear 2 APX3 2020/2 Portanto, {(1, 0, 0), (0, 2, 1)} é uma base de E(λ2 = 37) e a multiplicidade geométrica de λ2 = 37 é 2. b) Pelos cálculos do item (a), vemos que existe uma base do R3 formada por autovetores de A, equivalentemente, a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 2 = 3 = dimR3, logo A é diagonalizável. Questão 5 (2,0 pontos) Seja T : R2 −→ R2 a reflexão com respeito à reta √ 10x− y = 0. a) [0,6 pt] Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovetores de T , indicando os respectivos autovalores. b) [1,4 pts] Determine uma matriz inverśıvel P que diagonaliza T , sua correspondente matriz diagonal D e determine a matriz A que representa T na base canônica do R2. Solução: a) Temos que – u1 = (1, √ 10) pertence à reta, então T (1, √ 10) = (1, √ 10), logo u1 = (1, √ 10) é autovetor de T associado ao autovalor λ1 = 1. – u2 = ( √ 10,−1) é ortogonal à reta, então T ( √ 10,−1) = −( √ 10,−1), logo u2 = ( √ 10,−1) é autovetor de T associado ao autovalor λ2 = −1. Portanto, β = {u1 = (1, √ 10)︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , u2 = ( √ 10,−1)︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } é uma base do R2 formada por autovetores de T . b) Uma matriz inverśıvel P que diagonaliza T é a matriz de mudança de base, da base β (obtida no item (a)) para a base canônica, dada por P = [ u1 u2 ] = [ 1 √ 10√ 10 −1 ] . A sua correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . A inversa de P é P−1 = 1−11 [ −1 − √ 10 − √ 10 1 ] = [ 1 11 √ 10 11√ 10 11 − 1 11 ] . Temos que A = PDP−1 = [ 1 √ 10√ 10 −1 ] [ 1 0 0 −1 ] [ 1 11 √ 10 11√ 10 11 − 1 11 ] = [ 1 √ 10√ 10 −1 ] [ 1 11 √ 10 11 − √ 10 11 1 11 ] = [ − 911 2 √ 10 11 2 √ 10 11 9 11 ] . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ
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