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LIDERANÇA E FUNÇÕES ADM. NOS SETORES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE AFINAL, O QUE É LIDERANÇA? A liderança é tida como uma das principais competências a serem adquiridas pelo profissional de saúde. No trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz. (FLEURY & FLEURY,2001) LIDERANÇA E ADMINISTRAÇÃO A liderança eficiente é fundamental no sucesso das organizações, mas para ser um líder- administrador liderança e administração é e como essas habilidades podem necessário o conhecimento do que seja ser desenvolvidas. É de fundamental importância conseguir integração entre essas duas habilidades para atingir certo equilíbrio na organização. CONHECIMENTOS GERENCIAIS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA Planejamento; Estratégias gerenciais; Estrutura organizacional; Gerência de pessoas; Processo decisório; Administração do tempo; Gerenciamento de conflito; Negociação; Poder e comunicação. (MARX & MORITA, 2000) HABILIDADES: As habilidades necessárias para a participação no processo decisório, precisa-se desenvolver conhecimentos especializados que capacitem para a relação interpessoal e intergrupal, para a compreensão da organização na qual o enfermeiro (a) trabalha e do contexto em que está inserido, bem como de todos os aspectos que influenciam a vida organizacional. Matos (1980) e Maximiano (1995) Muitas organizações ainda não consideram o perfil de um profissional com a capacidade de “mobilizar, articular, colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho” ideal de trabalhador, principalmente ao se falar do enfermeiro inserido nos serviços de saúde. A lógica mercadológica enfatiza a mão-de-obra capacitada em detrimento à formação crítico-reflexiva. Percebe-se, portanto, a divisão entre ensino e serviço, o que gera uma situação paradoxal na gestão do processo de trabalho em enfermagem. ALGUMAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS a) Desenvolver o cuidado humano visando a promoção da qualidade da vida; b) Prestar Assistência Integral de Enfermagem em diversos níveis de atenção à saúde; c) Intervir no processo saúde/doença responsabilizando-se pela qualidade da assistência prestada; d) Prestar cuidados de Enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo sujeito, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade; e) Analisar numa perspectiva histórico-cultural, os determinantes e os condicionantes políticos, sócio- econômicos e ambientais do processo saúde/doença, atuando como agente de mudança; f) Reconhecer seu papel de educador atuando como produtor e multiplicador do conhecimento; g) Planejar e implementar programas de formação permanente/continuada dos trabalhadores de Enfermagem; h) Responsabilizar-se pela qualidade da assistência de Enfermagem, como responsável técnico e científico da equipe de Enfermagem; i) Planejar, programar e gerir serviços, no Sistema de Saúde vigente. Conhecimento Habilidade Atitude Competências GESTÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE Alguns enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde estão distanciados do processo decisório, principalmente no que diz respeito à priorização das ações de saúde a serem desenvolvidas no seu município. A Unidade Básica de Saúde detém responsabilidades e poder decisório ante a política local de saúde, mas sabemos que não basta apenas identificar as necessidades e desenvolvimento os problemas de saúde da população, sem o de planos que intervenham prevenindo, reduzindo e eliminando, na medida do possível, os problemas identificados. O decidir sobre prioridades, frente aos indicadores de saúde de uma determinada população, é de extrema importância. DIFICULDADES RELACIONADAS À REDE DE ATENÇÃO Ao assumir a função gerencial da Unidade, o que ocorre, em termos práticos, é um acúmulo de funções que acaba por sobrecarregar o enfermeiro. Prejudicando o desenvolvimento de seu trabalho e, consequentemente, a eficiência da própria Unidade em assistir a população. O excesso de incumbências leva a um atropelamento na execução de ações. Nas Unidades da Atenção Básica, os enfermeiros desenvolvem, no dia a dia, múltiplas atividades no campo da assistência na Estratégia Saúde da Família, da gerência e da educação, ampliando as responsabilidades que, associadas às dificuldades existentes e ao interesse em proporcionar o bom andamento do serviço, sobrecarregam o seu cotidiano, o que acarreta sentimento de sobrecarga, estresse e insatisfação com o seu trabalho. DIFICULDADES RELACIONADAS À REDE DE ATENÇÃO O desmantelo da rede e a falta de fluxos interferem diretamente na garantia da integralidade e resolutividade das ações, ferindo os princípios do SUS, e são apontados como os principais através do processo gerencial nesta categoria. DIFICULDADES RELACIONADAS À REDE DE ATENÇÃO Para que ocorra, de fato, um trabalho integrado, que contribua para aumentar o impacto das ações, é importante não somente facilitar a comunicação entre as várias unidades de saúde, setores e níveis gerenciais, mas adotar um sistema que produza um compartilhamento simultâneo de responsabilidades pelas ações sistemáticas com definição de papéis. LIDERANÇA + GESTÃO= CUIDADO Na liderança em enfermagem, é necessário que o resgate do cuidado seja uma constante, visto que ele é o foco central da profissão, fundamentando-a e justificando as ações da equipe de enfermagem. Entretanto, para que o cuidado seja elemento presente nas ações de enfermagem, é preciso que ele esteja inserido inicialmente nas relações entre os próprios profissionais, a fim de que não haja empecilhos para os processos assistenciais. A enfermeira deve desenvolver constantemente pensamento crítico e manter acesas em sua atuação como líder as motivações do cuidador e a empatia. O líder pode influenciar escolhas através da comunicação e, assim, promover os liderados a serem o melhor que possam ser. Mas, antes disso, é necessário que o próprio líder faça suas escolhas no processo de liderar. É preciso que ele dê o primeiro passo. É preciso que ele esteja disposto a servir por meio do cuidado com aqueles que ele lidera. Uma das formas para que o cuidado do paciente seja realmente o centro do processo gerencial é a participação ativa de todas as categorias de enfermagem no planejamento do processo de trabalho, o gerenciamento em comunicação aberta, compreensãoequipe, o qual é caracterizado pela mútua, satisfação, competência, consenso, criatividade e inovação no ambiente de trabalho. REFERÊNCIAS BERTO. G. S. A participação do enfermeiro nas decisões da organização. Seminário Nacional. Cascavel- PR, 2000. FERNANDES. J. C; CORDEIRO. B. C. O Gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde no Olhar dos Enfermeiros Gerentes. Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(1):194-202. Jan, 2018 MONTEZELI. J. H. PERES. A. M. Competência Gerencial do Enfermeiro: Conhecimento Publicado em Periódicos Brasileiros. Cogitare Enferm. Curitiba- PR. Pág. 553- 558; Jun, 2009. PONTES. J. E. D; ROCHA. M. S. Influência das habilidades de liderança do enfermeiro em seu processo gerencial. Centro Oswaldo Cruz. SOUSA. L. B; BARROSO. M. G. T. Reflexão sobre o cuidado como essência da liderança em Enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm; 13 (1): Pág 181-187. Jan- Mar,2009.
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