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Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 1 TECIDO CARTILAGINOSO . É um tipo especial de tecido conjuntivo. . É o primeiro tecido adaptado para sustentar partes “moles” do nosso corpo. . Apresenta-se constituído por dois tipos de células e abundante material intercelular. Tipos de tecidos cartilaginosos: . Cartilagem hialina. . Cartilagem elástica – coloração amarelada natural. . Cartilagem fibrosa – assemelha-se com o TCPDDM, encontra-se presente nas sínfises. CARTILAGEM HIALINA Cartilagem hialina, que é a mais comum, cuja matriz contém delicadas fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo II; A cartilagem hialina é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, na traqueia e nos brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade). Além disso, esse tipo de cartilagem constitui o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento, observa-se o disco epifisário, formado por cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão durante a vida intrauterina e após o nascimento até o fim do crescimento corporal. Dentre as proteínas, um componente importante da matriz da cartilagem hialina é a glicoproteína estrutural condronectina, uma macromolécula com regiões de ligação para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanos. Assim, a condronectina participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos. . Apresenta-se com cor branca azulada ou translúcida. . Contém um teor médio (50%) de fibras colágenas. . Reveste superfícies articulares. . Forma o modelo cartilaginoso dos ossos longos. . Nas cavidades articulares, a cartilagem hialina não tem pericôndrio. . A cartilagem hialina é substituída (e não transformada) por tecido ósseo. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 2 CARTILAGEM ELÁSTICA . Contêm altos teores de fibras elásticas. . Está presente no pavilhão auricular, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, mas inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma abundante rede de fibras elásticas contínuas com as do pericôndrio. **Contém menos fibrilas de colágeno tipo II do que a hialina, e abundantes fibras elásticas; A elastina confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada quando examinada a fresco. As fibras de elastina podem ser demonstradas por seus corantes usuais, como a orceína; porém, são de difícil visualização em cortes corados por corantes rotineiros, como a hematoxilina-eosina. Assim como a cartilagem hialina, a elástica apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição. Contudo, ela é menos sujeita a processos degenerativos patológicos do que a hialina. CARTILAGEM FIBROSA . Apresenta grande resistência a tração por conter muitas fibras colágenas. . Está presente nos discos intervertebrais e na sínfise pubiana. Com abundância de MEC rica em colágeno; . Presença de condrócitos; . Sem pericôndrio, nutrição atraves do líquido sinovial. **Não apresenta pericôndrio. **Apresenta matriz constituída preponderantemente por fibras de colágeno tipo I. Muito semelhante com: TCPDDM (tendão). É um tecido com características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina. A fibrocartilagem está sempre associada a tecido conjuntivo denso, e os limites entre os dois são imprecisos. A matriz da fibrocartilagem é acidófila por conter grande quantidade de fibras colágenas formadas por colágeno tipo I, além de colágeno tipo II. Sob esse aspecto, é bastante diferente da matriz basófila da cartilagem hialina. A substância fundamental (ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e limitada à proximidade das lacunas que contêm os condrócitos. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 3 CÉLULAS Condroblasto – célula jovem que irá se transformar em condrócito. Produção da MEC. Presente na periferia do tecido conjuntivo cartilaginoso. Contém grande quantidade de RE, complexo de golgi e mitocôndrias. . Condroblasto produz a matriz em grande quantidade, é envolvido por ela e se torna condrócito. Condrócito – condroblasto maduro envolto por MEC e alojado em uma cavidade chamada condroplasto ou lacuna, uma lacuna pode ter um ou mais condrócitos. Está relacionada com a MANUTENÇÃO da matriz cartilaginosa (produção em pequena quantidade). Por só manterem a MEC, contém baixos teores de RE, complexo de golgi e mitocôndrias. . Estão agrupados formando grupos isógenos. . Células diferentes do tecido conjuntivo propriamente dito, mas MEC semelhante. . Os condrócitos são também células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como a condronectina. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 4 CRESCIMENTO Crescimento Intersticial – resultado do aumento do número de condrócitos (mitose) e formação dos grupos isógenos. Crescimento de dentro para fora. Crescimento Aposicional – crescimento na região interna do pericôndrio. Células mesenquimais indiferenciadas na parte interna do pericôndrio se transformam em condroblastos, que cada vez mais geram MEC e deixam a cartilagem mais grossa. OBS: Só se vê crescimento aposicional e intersticial quando o indivíduo está em fase de crescimento. O crescimento da cartilagem ocorre por dois processos: intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes; e aposicional, a partir das células do pericôndrio. Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento do número de células. O crescimento intersticial é menos importante e quase só ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem. À medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o crescimento intersticial deixa de ser viável, e a cartilagem passa a crescer somente por aposição. Fibrocitos no pericôndrio? Células do pericôndrio que se assemelham a fibrocitos/fibroblastos são na verdade células mesenquimais indiferenciadas que se transformam em condroblastos. Porém, há também fibrocitos verdadeiros que não se diferenciam. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 5 MEC Fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas; PROTEOGLICANAS (proteínas + glicosaminoglicanas). Tipos de glicosaminoglicanas: . Condroitina 4 sulfato, condroitina 6 sulfato, queratosulfato e ácido hialurônico. Glicosaminoglicanos, também chamados de glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos são formados de cadeias de carboidratos de açúcar encontradas em numerosas células do corpo humano. . As glicosaminoglicanas juntam-se com proteínas e formam as proteoglicanas. As proteoglicanas formadas combinam-se com as fibras colágenas ou elásticas. **hidroxiprolina – aminoácido relacionado a formação de colágeno (10% da estrutura). As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da estrutura da matriz, que é constituída por colágeno ou colágeno e elastina. Além disso, há grande quantidade de macromoléculas de proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas glicoproteínas associadas às fibras de colágeno e elásticas. As moléculas de proteoglicanos assemelham-se a escovas de limpar tubos de ensaio, em que a proteína (eixo proteico) representa a parte central, e as moléculas de glicosaminoglicanos correspondem aos pelos da escova. Um dos agregados moleculares mais comuns na cartilagem hialina é o agrecan, proteoglicano formado por associação de proteínacom condroitim sulfato. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 6 Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens deve-se, principalmente, a dois motivos: . Ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o colágeno; . E alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de glicosaminoglicanos atua como um sistema de absorção de choques mecânicos, ou mola biomecânica, de grande importância funcional, principalmente nas cartilagens articulares. Glicosaminoglicanos, também chamados de glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos. Com exceção ao hialuronan (ou ácido hialurônico), os GAGs são cadeias polissacarídicas, covalentemente ligadas a um núcleo proteico, que formam os proteoglicanos – componentes muito importantes da matriz extracelular, que conferem suporte contra forças de compressão. A maioria dos Glicosaminoglicanos ou GAGs no corpo são ácidos hialurônicos não proteicos, enquanto outros incluem as moléculas de condroitina e sulfato de heparano. Ácido hialurônico – GAG não sulfatado. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 7 Em torno dos condrócitos existem regiões mais ricas em proteoglicanos e pobres em colágeno, que apresentam basofilia e reação ácido periódico-Schiff (PAS) mais intensas do que o resto da matriz. São chamadas de matriz territorial. Em regiões da matriz mais afastadas dos condrócitos, chamadas de matriz interterritorial, a concentração de moléculas é menor e a coloração é menos intensa. PERICONDRIO As cartilagens (exceto as articulares e a do tipo fibroso) são envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de pericôndrio, a qual contém nervos e vasos sanguíneos e linfáticos. Essa bainha se continua gradualmente com a cartilagem por sua face interna e com o conjuntivo adjacente pela face externa. É um tecido conjuntivo que reveste as cartilagens. É fundamental para a nutrição e crescimento das cartilagens. Apresenta-se com aspecto fibroso externamente e celular na face interna. Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, o pericôndrio é responsável por nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no interior do tecido cartilaginoso. O pericôndrio é formado por um tecido conjuntivo que possui muitas fibras de colágeno tipo I e poucas células na sua região mais externa; porém, torna-se gradativamente mais rico em células na região do pericôndrio adjacente à cartilagem. Morfologicamente, as células do pericôndrio são semelhantes aos fibroblastos, mas as situadas próximo à cartilagem podem facilmente multiplicar-se por mitose e originar condrócitos, caracterizando-se funcionalmente como condroblastos. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 8 NUTRIÇÃO O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do pericôndrio, e é desprovido de vasos linfáticos e de nervos. A nutrição dos condrócitos se faz através do conjuntivo frouxo das imediações, enquanto a cartilagem articular se nutre do líquido sinovial, contido na membrana sinovial. Devido as dificuldades nutricionais, o metabolismo do condrócito é baixo e preponderantemente anaeróbico e se regenera com muita dificuldade. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 9 SIMULADO **reação de hipersensibilidade – é associada aos mastócitos, não monócitos. Izabelle P. Santana Turma XXIV – A 10 OK 7/7
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