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GESTÃO DE PRODUTOS, SERVIÇOS E MARCAS E-book 3 Nádia Cristina Rodrigues Nunes Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE SERVIÇOS NO MERCADO ��������������������������������������������������������������� 3 SETOR DE SERVIÇOS NO BRASIL ���������4 DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS ����������������������� 8 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS������11 Intangibilidade ������������������������������������������������������11 INSEPARABILIDADE ��������������������������������13 VARIABILIDADE ���������������������������������������� 14 PERECIBILIDADE ���������������������������������������16 CATEGORIAS DO MIX DE SERVIÇOS ���17 7 PS DOS SERVIÇOS ��������������������������������20 GESTÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS ��������������������������������������������������� 23 CONSUMIDOR DE SERVIÇOS ������������������������������23 MARKETING DE EXPERIÊNCIA�������������28 EXPERIÊNCIA DO CONSUMIDOR ���������31 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 35 SÍNTESE �������������������������������������������������������36 2 INTRODUÇÃO Neste módulo, estudaremos a Gestão de Serviços, ou seja, a importância da Gestão de Serviços no mercado e a participação do setor de serviços no Brasil. Em seguida, conheceremos a definição e as características dos serviços� Com isso, entendere- mos quais são as categorias do mix de serviços, os 7 Ps de serviços e quão importante é a Gestão da Qualidade de Serviços. Por fim, compreenderemos qual é o perfil do consumidor de serviços e como as empresas trabalham o Marketing de Experiência� IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE SERVIÇOS NO MERCADO Neste tópico, estudaremos um pouco sobre a im- portância do setor de serviços na participação do PIB no Brasil. Apresentaremos a definição, as ca- racterísticas e as categorias de serviços, além de tratarmos dos 7 Ps de Serviços. 3 SETOR DE SERVIÇOS NO BRASIL O setor de serviços é um dos mais dinâmicos e re- presentativos para a economia brasileira� Uma das formas de se medir o crescimento econômico do país é por meio do Produto Interno Bruto (PIB), que consiste na soma de todos os bens e serviços finais produzidos durante um ano, nos diversos setores da economia: indústria, agropecuária e serviços� O órgão do governo responsável por medir o PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, o PIB do Brasil, em 2018, foi de R$ 6,8 trilhões e apresentou um crescimento modesto de 1,1% em relação a 2017 (IBGE, 2019)� O setor de serviços representou 75,8% da composição do PIB brasileiro� Para avaliar o setor de serviços, foi feita uma pesqui- sa anual de serviços (PAS), cujo processo acontece da seguinte maneira: A PAS levanta dados econômicos financeiros para conhecer detalhadamente o setor de serviços. Ela investiga anualmente empresas que atuam nos seguintes setores de serviços empresariais não financeiros: serviços pres- tados principalmente às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços profis- sionais, administrativos e complementares; 4 transportes, serviços complementares dos transportes e correio; atividades imobiliá- rias; e, serviços de manutenção e reparação, além de outras atividades de serviços (IBGE, 2017). Dentro desses segmentos, a PAS cobre 34 ativida- des, as quais são formadas por agrupamentos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2�0)� São analisados os dados de mais de 1,3 milhão de empresas de serviços em todo país� Na Tabela 1, encontramos um complemento das infor- mações relativas aos setores pesquisados na PAS: Seção E: Água, esgoto, atividades de gestão e resíduos e descontaminação (exceto divisão 36 – captação, tratamento e distribuição de água)� Seção H: Transporte, armazenagem e correio (exceto grupo 51�1 – transporte espacial)� Seção I: Alojamento e alimentação� Seção J: Informação e comunicação� Seção L: Atividades imobiliárias� Seção M: Atividades profissionais, científicas e técnicas (exceto classe 69�12 – Cartórios; grupo 70�1 – Sedes de empresas e unidades admi- nistrativas locais; e divisão 72 – Pesquisa e Desenvolvimento Científico). Seção N: Atividades administrativas e servi- ços complementares (exceto classe 81�12 – Condomínios prediais)� 5 Seção R: Artes, cultura, esporte e recreação (exceto divisão 91 – atividades ligadas ao patri- mônio cultural e ambiental)� Seção S: Outras atividades de serviços (ex- ceto divisão 94 – atividades de organizações associativas)� Divisão 66: Atividades auxiliares dos serviços financeiros: Grupo 01�6: Atividades de apoio à agricultura e à pecuária; atividades de pós-colheita� Grupo 02�3: Atividades de apoio à produção florestal� Grupo 45�2: Manutenção e reparação de veícu- los automotores� Grupo 85�5: Atividades de apoio à educação� Grupo 85�9: Outras atividades de ensino� Classe 45�43: Manutenção e reparação de motocicletas� Tabela 1: Setores de Serviços da CNAE 2.0 avaliados na PAS. Fonte: IBGE Metadados (2017). Em 2018, o PIB brasileiro teve um crescimento de 1,1%, o que coloca o Brasil como a oitava maior eco- nomia do mundo, tendo a China em primeiro lugar, com 6,6%. No Gráfico 1, podemos avaliar o desem- penho do PIB (2018) nas 10 maiores economias do planeta: 6 Maiores Economias - Mundo, 2018 (em %) 6,6% C h in a E sp a n h a Z o n a d o E u ro A le m a n h a Fr a n ça R e in o U n id o B ra si l It á li a Ja p ã o E U A 2,9% 2,5% 1,9% 1,5% 1,5% 1,4% 1,1% 0,8% 0,7% Figura 1: Gráfico 1. Variação do PIB em 2018. Fonte: Adaptado de G1 (2019). Se considerarmos que o setor de serviços repre- senta 75,8% do PIB brasileiro, podemos ter uma real dimensão da importância dos serviços na economia do país� 7 DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS Todos nós consumimos diversos serviços ao longo do dia, apesar de quase não nos darmos conta disso� Quando acessamos uma rede social pelo smartpho- ne, estamos utilizando os serviços da operadora de telefonia e da própria empresa que disponibiliza o site da rede social� Quando usamos o metrô para irmos ao cinema e depois a uma lanchonete comer algo, todas essas atividades estão ligadas a pres- tadores de serviços� Então, o que são os serviços afinal? Em consonância com Kotler e Keller (2013), podemos definir serviços como qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode ofe- recer a outra e que não resulta na propriedade de nada. Encontramos, ainda, outras definições, por exemplo: Serviços são atividades econômicas que uma parte oferece a outra. Geralmente ba- seadas no tempo, seu desempenho traz a seus destinatários os resultados desejados, objetos ou outros ativos pelos quais os com- pradores têm responsabilidade. Em troca de dinheiro, tempo e esforço, os consumidores de serviços esperam receber o valor do aces- so a bens, mão de obra, habilidades profis- sionais, instalações, redes e sistemas, mas eles não costumam deter a propriedade de 8 qualquer um dos elementos físicos envolvi- dos (LOVELOCK; WIRTZ; HEMZO, 2011, p. 21). A Associação Americana de Marketing define ser- viços como aquelas atividades, vantagens ou mes- mo satisfações que são oferecidas à venda ou que são proporcionadas em conexão com a venda de mercadorias� Assim, serviço é um ato, um esforço, um desempenho que pode apresentar-se de várias formas, ou seja, serviços é a parte que deve ser vi- venciada, é uma experiência vivida, é o desempenho (LAS CASAS; LAS CASAS, 2019, p� 4)� São vários os exemplos de serviços� Quando vamos cortar o cabelo com um cabeleireiro, temos o corte de cabelo como resultado final da prestação do ser- viço. Porém, não detemos a habilidade profissional do cabeleireiro, que a utilizou para prestar o serviço, durante o tempo em que o cabelo foi cortado� Figura 2: Serviço de cabeleireiro. Fonte: Pixabay. 9 https://pixabay.com/pt/photos/cabeleireiro-corte-de-cabelo-garoto-659146/ Temos, portanto, que os elementos-chave dizem respeito ao desempenho na prestação do serviçoe na experiência vivida pelo consumidor� Os dois estão inter-relacionados� Existem serviços que estão tão enraizados em nos- so cotidiano, que a simples ausência da prestação desse serviço muda completamente nossa experi- ência diária� Por exemplo, se houver uma falha na prestação de serviços de energia elétrica e uma ci- dade ficar sem energia por um dia inteiro, imagine as dificuldades que milhões de pessoas não teriam. Desde semáforos apagados nas ruas, sistemas de transportes inoperantes (metrô e trem), até as pes- soas ficarem sem telefone celular, em função da bateria ter descarregado� REFLITA Muito provavelmente, você já vivenciou uma ou mais falhas em serviços de mensagens instan- tâneas, em aplicativos como WhatsApp e Tele- gram� Nesse momento, pensamos como esses serviços estão ligados diretamente ao cotidiano� Percebemos como os serviços de mensagens instantâneas permitiram que nos aproximásse- mos de amigos e familiares� Até mesmo no tra- balho esses aplicativos têm sido utilizados como ferramenta fundamental de comunicação� Resta analisarmos se o uso massivo delas não estaria causando dependência ou se, de fato, elas são indispensáveis. O que você acha? 10 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS Os serviços têm características que os distinguem dos bens manufaturados, ou seja, quatro caracte- rísticas principais: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade� Vamos analisar cada uma delas: Intangibilidade Para Kotler e Keller (2013, p� 384), “ao contrário de bens (produtos tangíveis), os serviços não podem ser vistos, provados, ouvidos ou cheirados antes de serem adquiridos”� Dessa forma, resta naturalmente a incerteza em relação à qualidade do serviço que um consumidor deseja adquirir� Será que o prestador do serviço vai realizar um bom trabalho? Será que vou ficar satisfeito? A fim de reduzir a incerteza, os consumido- res procuram por sinais ou evidências da qualidade do serviço deduzindo a qualidade com base nas instalações, nas pessoas, nos equipamentos, no material de comunicação, nos símbolos e nos preços (KOTLER; KELLER, 2013, p. 384). Imagine que uma companhia aérea informe que ofe- rece o melhor custo-benefício para o consumidor voar de uma cidade a outra� Você quer voar exata- 11 mente nessa rota, mas nunca utilizou os serviços dessa companhia aérea� Como saber se vale a pena arriscar com essa companhia? Ora, você busca evidências que possam comprovar a qualidade do serviço� Por exemplo, o preço, de fato, é o melhor entre os concorrentes que também voam na mesma rota� No site da companhia, infor- mam que as aeronaves são modernas, o espaço entre as fileiras de poltronas é o maior da categoria, a alimentação durante o voo é saborosa e que os funcionários recebem os clientes de braços abertos� Da última vez que voou nessa rota e com outra com- panhia, você ficou com a sensação de estar “espre- mido” na poltrona, com um espaço muito pequeno entre a poltrona da frente� Assim, com base nas informações levantadas, alguns dos fatores apre- sentados pela empresa (preço atraente e mais es- paço entre as fileiras) podem levá-lo a se decidir por comprar uma passagem com essa companhia aérea� Figura 3: Serviço em companhia aérea. Fonte: Pixabay. 12 https://pixabay.com/pt/photos/interior-avi%C3%A3o-companhia-a%C3%A9rea-2594469/ INSEPARABILIDADE Kotler e Keller (2013, p� 385) enfatizam que, “en- quanto os bens materiais são fabricados, estoca- dos, distribuídos e mais tarde consumidos, de modo geral os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente”� Por exemplo, temos o serviço de massagem tera- pêutica, que só pode ocorrer a partir do momento em que o prestador do serviço está com o cliente� O serviço não pode ser produzido sem essa interação direta entre prestador e consumidor� Dessa forma, todos serviços têm essa característica da insepa- rabilidade, mesmo aqueles que não são realizados por pessoas� Se você quer sacar dinheiro fora do expediente ban- cário, basta ir a um caixa eletrônico e sacar a quantia desejada� Mesmo que a interação tenha sido com uma máquina (neste caso, o caixa eletrônico), ainda assim, a prestação do serviço só ocorre a partir do momento em que você está participando da ação� Podcast 1 13 https://famonline.instructure.com/files/412051/download?download_frd=1 VARIABILIDADE Visto que dependem de por quem, onde e quando são fornecidos, os serviços são altamente variáveis (KOTLER; KELLER, 2013)� Se você já foi a consultas médicas, deve ter reparado que alguns médicos são mais amigáveis e atenciosos, enquanto outros nem tanto� Certamente, médicos são bem preparados tecnicamente para avaliar situações e buscar as melhores soluções para resolver os problemas dos pacientes� No entanto, há um componente adicio- nal relacionado ao comportamento humano, a so- ciabilidade e a empatia, que podem variar entre os profissionais. Usamos o exemplo da medicina, mas a variabilidade se aplica a todos os setores de serviços� Visando a reduzir a variabilidade, as empresas devem buscar formas de garantir a qualidade do serviço� Kotler e Keller (2013) apontam três providências que as empresas de serviços podem tomar para garantir a qualidade: 1. Investir em bons processos de contratação e treinamento� 2. Padronizar o processo de execução do serviço em toda a organização� 3. Acompanhar a satisfação do cliente� Tendo bons processos de contratação de colabo- radores e uma política de treinamento e reciclagem 14 de conhecimentos como prática habitual, é possível reduzir a variabilidade na prestação de serviços� Da mesma forma, a padronização dos processos de execução do serviço pode ser fundamental na redução da variabilidade, pois ela permite que cada profissional saiba o que fazer, na sequência correta, buscando o maior impacto positivo na percepção do cliente em relação ao serviço� Por fim, é de suma importância que a empresa acompanhe periodicamente a satisfação do con- sumidor com o serviço prestado, com a finalidade de promover melhorias contínuas� 15 PERECIBILIDADE É de Kotler e Keller (2013) a máxima de que servi- ços não podem ser estocados� Assim, tornam-se perecíveis� Por exemplo, um teatro tem capacidade para 200 espectadores� Se hoje forem vendidos 150 ingressos para assistir à peça em cartaz, que será representada no período noturno, restarão 50 ingres- sos não vendidos� O teatro não poderá mais vender esses ingressos, pois eles são válidos apenas para aquele dia, horário e espetáculo específicos. Os que não forem vendidos hoje, não podem ser estocados� Figura 4: Exemplo de Perecibilidade: lugares não vendidos no teatro. Fonte: Pixabay. 16 https://pixabay.com/pt/photos/teatro-musical-dan%C3%A7a-est%C3%A1gio-1477670/ CATEGORIAS DO MIX DE SERVIÇOS Quando falamos de categorias do Mix de Serviços, estamos nos referindo ao grau de serviços existen- tes em uma oferta� Há cinco categorias de oferta ao mercado, as quais são especificadas a seguir (KOTLER; KELLER, 2013, p� 383): 1. Bens puramente tangíveis: bens tangíveis, como sabonete, creme dental ou sal, sem nenhum tipo de serviço associado a eles� 2. Bens tangíveis associados a serviços: bens tan- gíveis, como carro, computador ou telefone celular, associados a um ou mais serviços� No geral, quanto mais tecnologicamente sofisticados forem esses bens, mais suas vendas dependerão de alta quali- dade de serviços ao consumidor� 3. Híbridos: ofertas, como uma refeição em um restaurante, igualmente compostas por bens e ser- viços� As pessoas frequentam restaurantes tanto pela comida servida quanto pelo serviço prestado� 4. Serviço principal associado a bens ou serviços secundários: um serviço principal como viagens aéreas, com serviços adicionais ou bens de apoio, como salgadinhos e bebidas� Esse serviço requer um bem de alto investimento de capital (aeronave), mas o item principal é o serviço� 17 5. Serviço puro: essencialmente um serviço intangí- vel, comoo de babá ou uma consulta de psicoterapia e uma sessão de massagem� Em relação às categorias do mix de serviços, vemos que há vários graus de prestação de serviços, desde bens manufaturados que não estão associados a ne- nhum tipo de serviço, passando por diversos graus de serviços, até o serviço puro� Assim, é possível perceber a dificuldade em se generalizar a oferta de serviço. Kotler e Keller (2013) afirmam que os servi- ços devem ser avaliados a partir de “uma distinção mais aprofundada”: ● Os serviços podem ser baseados em equipamentos (lava-rápidos de automóveis, máquinas de vendas automáticas) ou baseados em pessoas (lavagem de janelas, serviços de contabilidade)� ● Os serviços baseados em pessoas podem ser di- vididos entre os que não requerem nenhuma quali- ficação, os que requerem alguma qualificação e os que exigem especialização� ● As empresas prestadoras de serviços podem optar por diferentes processos para fornecer o serviço� Os restaurantes, por exemplo, apresentam-se em diferentes formatos: cafeteria, lanchonete, bufê e ambiente à luz de velas� ● Alguns serviços exigem a presença do cliente� Uma cirurgia cerebral exige a presença do cliente, mas o conserto de um carro, não� Se a presença do cliente é indispensável, o prestador de serviços tem de levar em conta suas necessidades� Os proprietários de 18 salões de beleza investem na decoração e na mú- sica ambiente, além de procurar manter conversas agradáveis com a clientela� Essas são algumas das particularidades relacio- nadas aos serviços� Há uma grande diversidade de categorias pelas quais os serviços podem ser prestados� É determinante que a empresa presta- dora de serviços estabeleça sua categoria, elabore seu planejamento e compreenda as necessidades de seu público-alvo, a fim de oferecer o serviço com qualidade e que atenda às expectativas dos consumidores� 19 7 PS DOS SERVIÇOS O Composto de Marketing (ou Mix de Marketing) é tradicionalmente composto por quatro conjuntos de elementos, conhecidos como 4 Ps: Quando discutem estratégias de marke- ting de bens manufaturados, profissionais de marketing geralmente abordam quatro conjuntos de elementos estratégicos bási- cos: produto, preço, praça (ou distribuição) e promoção (ou comunicação). [...] a natureza dos serviços acarreta desafios de marketing distintos. Dessa forma, os 4 Ps do marke- ting, da forma como foram desenvolvidos para bens, não são adequados para lidar com questões decorrentes do marketing de serviços e devem ser adaptados e ampliados (LOVELOCK; WIRTZ; HEMZO, 2011, p. 28). Assim, os autores propõem uma ampliação, ou seja, acrescentar três novos elementos associados à en- trega de serviços: processos, ambiente físico (“P” de physical environment, em inglês) e pessoas� Portanto, o Mix de Marketing de Serviços possui sete conjuntos de elementos, os 7 Ps: 1. Serviço: consiste em tudo que compõe o serviço e suas características. 20 2. Preço: consiste em determinação do preço e con- dições de pagamento do serviço. 3. Praça (ou distribuição): consiste no local físico ou eletrônico onde ocorre a prestação do serviço. 4. Promoção e Educação: envolve a comunicação a respeito do serviço e as informações referentes à forma de utilizá-lo. 5. Processos: consiste em determinação e controle de todos os processos necessários para que possa ocorrer a prestação de serviço. 6. Ambiente Físico (physical environment): envolve o ambiente físico onde o serviço será prestado (apa- rência das instalações físicas ou eletrônicas, como websites e apps). 7. Pessoas: é um elemento fundamental na presta- ção de serviços; faz-se necessário manter pessoas bem treinadas e capacitadas como diferencial do serviço, considerando que, muitas vezes, são as pessoas que prestam os serviços e que influenciam diretamente na percepção do consumidor acerca da qualidade do serviço. Podcast 2 21 https://famonline.instructure.com/files/412052/download?download_frd=1 Figura 5: Qualidade percebida dos serviços. Fonte: Pixabay. Os 7 Ps do Marketing de Serviços é um conjunto de elementos estratégicos, e sua correta imple- mentação pode auxiliar as empresas prestadoras de serviços no desenvolvimento de serviços mais adequados para atender às necessidades e aos de- sejos dos consumidores� 22 https://pixabay.com/pt/illustrations/coment%C3%A1rios-opini%C3%A3o-cliente-1977986/ GESTÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS CONSUMIDOR DE SERVIÇOS A Gestão da Qualidade de Serviços é um elemento indispensável às empresas prestadoras de serviços que pretendem não somente crescer, mas também manter uma posição de destaque na área em que atuam, pois os consumidores avaliam a qualidade dos serviços que recebem� Deste modo, A qualidade do serviço de uma empresa é testada sempre que o serviço é prestado. Se os vendedores se mostram entediados, não conseguem responder a perguntas simples ou conversam uns com os outros e deixam os clientes esperando; estes pensarão duas vezes antes de fazer negócios novamente com essa empresa (KOTLER; KELLER, 2013, p. 397). Nesse sentido, Las Casas e Las Casas (2019, p� 40) chamam a atenção para o seguinte fato: Ao consumidor não é suficiente prestar bons serviço. Ele deve perceber o fato. Portanto, ao prometer qualidade de desempenho, o cliente deve percebê-lo em sua execução, e o prestador de serviços sempre deve se 23 certificar de que seu cliente está ciente do nível de atendimento recebido. Assim, é importante compreender o que os consu- midores desejam em relação à qualidade de servi- ços� Há várias dimensões nos serviços que os con- sumidores procuram. Por exemplo, “profissionais experientes na linha de frente e a capacidade de resolver um problema em uma única ligação ocupam o topo do ranking” (KOTLER; KELLER, 2013, p� 397)� No Gráfico 2, encontramos outras características que os consumidores avaliam em relação à quali- dade de serviços: 24 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Funcionários Experientes 65% 64% 62% 54% 49% 49% 45% 43% 38% 31% Atendimento às minhas necessidades no 1º Contato Demonstre desejo de satisfazer minhas necessidades Seja uma Empresa/Mar- ca na qual eu possa confiar Trate-me como um cliente valioso Possa acessar infor- mações rapidamente Forneça serviço rele- vante/personalizado Boa relação custo-benefício Trate-me de forma justa Funcionários amáveis Figura 6: Dimensões de serviços que clientes desejam. Fonte: Kotler e Keller (2013, p. 398). Conforme observamos, os consumidores esperam que as empresas de serviços os tratem como clien- tes valiosos; que demonstrem claramente que que- rem satisfazer às suas necessidades; que permitam um rápido acesso a informações; que ofereçam boa relação custo-benefício, entre outras dimensões de serviços desejadas� Além de conhecer profundamente as necessidades dos consumidores, muitas empresas de serviços passaram a incluir o consumidor em seus proces- sos, possibilitando uma interação com a qual se permite ao consumidor avaliar mais acuradamente 25 a qualidade do serviço prestado� Analisemos uma situação na qual isso acontece: A Gol, por exemplo, inaugurou o serviço de check-in com uso de selfie, que tem um sis- tema de reconhecimento facial em que o viajante cadastra uma foto no aplicativo da empresa para agilizar o embarque. Quando os clientes participam do processo, há uma tendência para o envolvimento maior e, con- sequentemente, aumenta o nível de satisfa- ção (LAS CASAS; LAS CASAS, 2019, p. 42). Naturalmente, é importante conhecer também o que os consumidores não querem em relação aos ser- viços que consomem� Os consumidores que não ficaram satisfeitos com os serviços e produtos consumidos passaram a expor sua insatisfação de várias formas� Na Tabela 2, temos um ranking de uma das várias formas de expressão de insatisfação de consumi- dores por meio das reclamações formais junto à Fundação Procon-SP� Esse órgão público dispo- nibiliza umranking das empresas que receberam mais reclamações� Em 2019, o ranking apresentou as seguintes empresas: EMPRESA ATENDIMENTOS ÁREA 1º Grupo Vivo / Telefonica 27�699 Serviços 2º Grupo Claro / Net / Embratel 25�098 Serviços 3º Grupo Tim 20�908 Serviços 26 4º Grupo Pão de Açucar / Extra / Ponto Frio / Casas Bahia 16�306 Serviços varejistas 5º Grupo Bradesco 11�148 Serviços financeiros 6º Grupo Itaú / Unibanco 10�254 Serviços financeiros 7º Eletropaulo 6�506 Serviços 8º Grupo Sky 6�479 Serviços 9º Grupo B2W / Submarino/ Americanas 6�302 Produtos 10º Grupo Caixa Econômica Federal 5�497 Serviços financeiros Figura 7: Ranking de reclamações Procon-SP 2019. Fonte: Adaptada de Procon-SP (2019). Os dados apresentados na Tabela 2 apontam que as empresas de serviços são as mais demandadas no tocante a reclamações de consumidores� Dessa forma, percebemos como é importante as empresas monitorarem as insatisfações de seus consumido- res, além de buscarem resolvê-las, tanto para não perderem clientes quanto para melhorarem conti- nuamente seus serviços� 27 MARKETING DE EXPERIÊNCIA Segundo Bernd Schmitt (2002) consumidores dese- jam obter uma experiência� O grau, segundo o qual uma empresa poderá fornecer uma experiência de- sejada (usando a tecnologia da informação, marcas, e a comunicação e o entretenimento integrados), vai determinar seu sucesso no mercado global do novo milênio� Para esse autor, que é considerado o criador do conceito de marketing de experiência, o desejo dos consumidores por experiências marcantes deveria nortear a estratégia das empresas em todos os pon- tos de contato com os consumidores� Nesse aspecto, Lovelock, Wirtz e Hemzo (2011, p� 310), explicam que, Em organizações de serviços de alto contato, o projeto do ambiente físico e o modo como as tarefas são executadas pelo pessoal de contato com o cliente desempenham papel vital na criação da identidade corporativa e na modelagem da natureza da experiência do cliente. Para que os pontos de contato da empresa e da marca com os consumidores sejam lembrados e despertem consciência (awareness) da marca e da empresa, é necessário um planejamento em relação 28 à apresentação de cada ponto de contato, a fim de impactar positivamente o consumidor em suas ex- pectativas de consumo� O ambiente de serviço e a atmosfera que o acompa- nha causam impacto no comportamento do com- prador de três modos importantes, de acordo com Lovelock, Wirtz e Hemzo (2011, p� 310): 1. Como um meio de criação de mensagem, usan- do indícios simbólicos para comunicar ao público pretendido a natureza e a qualidade distintivas da experiência de serviço� O conteúdo simbólico que o cliente decodifica transmite uma mensagem, que deve ser gerenciada para reforçar o posicionamento do serviço� 2. Como um meio de chamar atenção, para fazer com que o cenário de serviço se destaque do de outros concorrentes e atraia clientes dos segmentos pre- tendidos� As características, sobretudo as visuais, permitem que o cliente encontre o ponto quando deseja voltar a consumir� 3. Como um meio de criação de efeito, utilizando cores, texturas, sons, aromas e projetos espaciais para realçar a experiência de serviço desejada� [���] O ambiente cria, mediante elementos sensoriais e ações do pessoal de serviço, a sensação de estar de- sempenhando um papel dentro de uma experiência� 29 SAIBA MAIS Existem diversas maneiras de gerar experiên- cias memoráveis para os consumidores� Mesmo que a experiência não tenha sido vivenciada na prática, com a internet, os sites de compartilha- mento, os aplicativos de mensagens e as redes sociais, uma experiência marcante de um grupo de consumidores, gerada por uma marca, pode ser compartilhada com milhares ou milhões de pessoas� Saiba mais sobre Marketing de Experiência e analise os exemplos geniais de aplicação des- sa estratégia, lendo Sinto, logo converto, que se encontra disponível em: https://www.meioemen- sagem.com.br/home/opiniao/2019/02/21/sinto- -logo-converto.html� Acesso em: 18 nov� 2019� 30 https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2019/02/21/sinto-logo-converto.html https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2019/02/21/sinto-logo-converto.html https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2019/02/21/sinto-logo-converto.html EXPERIÊNCIA DO CONSUMIDOR Mais do que os pontos de contato, a experiência do consumidor (ou customer experience) deve tratar da sua jornada� Assim, a empresa que pretende oferecer uma experiência realmente marcante precisa se- guir alguns passos, como explicam Las Casas e Las Casas (2019), a partir do compêndio da McKinsey & Co� Para melhorar a experiência do consumidor, mude os pontos de contato para jornadas: ● Observe: a jornada dos consumidores relaciona- -se com o conjunto de pontos de contato com que interagem com a companhia� Colocando-se na visão dos consumidores, as empresas podem se adequar mais positivamente, organizando-se e treinando seus funcionários para atender às necessidades dos consumidores� ● Repense: é necessário que as interações sejam repensadas e colocadas em diferentes sequências� Mesmo que comece de uma forma simples, a ten- dência é que, com o passar do tempo, o processo seja otimizado, sendo incluídos reorientação de cul- tura, novas abordagens e processos� ● Aja: redefinir a empresa para proporcionar ex- periências de excelência aos consumidores é um processo, uma jornada, o que leva de três a quatro anos e deve ter alto engajamento dos clientes tanto das lideranças empresariais como dos funcionários da organização� 31 SAIBA MAIS Saiba mais sobre experiência do consumidor da McKinsey & Company, acessando: https://www. mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20in- sights/customer%20experience/cx%20compen- dium%202017/customer-experience-compen- dium-july-2017.ashx� Uma marca que conseguiu atingir o patamar de em- presa que oferece experiências memoráveis aos seus consumidores é o festival Rock in Rio� A di- retora de marketing da empresa declara que eles atuam a partir de três “universos” ligados à marca: sensações, conhecimento e inspiração� Uma das ações ligadas à inspiração é a que oferece a alguns casais a possibilidade de se casarem dentro do Rock in Rio, durante o evento� Imagine o simbo- lismo que representa, para esses casais, celebrar um dos momentos mais importantes de suas vidas em um evento único, de forma praticamente exclusiva� SAIBA MAIS O Rock in Rio apresenta uma estratégia basea- da na experiência do consumidor, que tem sido muito bem-sucedida, tanto no Brasil como no exterior� Conheça um pouco mais a respeito do conceito de Experiência do Consumidor e veja o trabalho que a marca vem realizando a fim de gerar experiências memoráveis para seus con- sumidores� Para isso, acesse Conheça os três universos por trás do Rock in Rio, que está dis- 32 https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/customer%20experience/cx%20compendium%202017/customer-experience-compendium-july-2017.ashx https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/customer%20experience/cx%20compendium%202017/customer-experience-compendium-july-2017.ashx https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/customer%20experience/cx%20compendium%202017/customer-experience-compendium-july-2017.ashx https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/customer%20experience/cx%20compendium%202017/customer-experience-compendium-july-2017.ashx https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/customer%20experience/cx%20compendium%202017/customer-experience-compendium-july-2017.ashx ponível em: https://www.meioemensagem.com. br/home/marketing/2017/09/14/conheca-os-tres- -universos-do-rock-in-rio.html� Acesso em: 18 nov� 2019� Existem diversas formas de uma empresa gerar experiências marcantes e memoráveis aos consu- midores� A partir do momento em que essa estra- tégia se torna uma diretriz da empresa, dificilmenteos consumidores que passem pelas experiências proporcionadas pela empresa deixarão de ser con- sumidores fiéis à marca, e muitas vezes passam a ser defensores apaixonados da marca� No caso do Rock in Rio, isso fica bastante evidente quando verificamos que há famílias inteiras assis- tindo às atrações apresentadas em cada edição do evento. Dessa maneira, pais, filhos e netos que são ardorosos fãs não apenas das bandas e músicos que se apresentam, mas também do próprio evento� Figura 8: Experiência do consumidor. Fonte: Pixabay� 33 https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2017/09/14/conheca-os-tres-universos-do-rock-in-rio.html https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2017/09/14/conheca-os-tres-universos-do-rock-in-rio.html https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2017/09/14/conheca-os-tres-universos-do-rock-in-rio.html https://pixabay.com/pt/photos/concerto-m%C3%BAsicas-multid%C3%A3o-dancings-1149979/ Conforme podemos perceber, [o] marketing de serviços, para ser susten- tável, necessita de clientes satisfeitos. A prática de atos, ações e desempenho serão recompensadas se forem bem realizadas. Portanto, o esforço de criar boas experiên- cias será sempre uma tática recomendada, pois na era do marketing digital a multiplica- ção de comentários positivos e dos elogios às atividades da empresa colaboram por expandir a exposição por meio de comuni- cação boca a boca. Convém observar que na prática de marketing de serviços, o Customer Experience passou a ser fundamental para a sustentabilidade dos negócios (LAS CASAS; LAS CASAS, 2019, p. 100). Dito de outra forma, a utilização da estratégia de experiência do consumidor pode se transformar em um grande diferencial da empresa de serviços no mercado, tornando-a capaz de destacar a empresa de seus concorrentes e garantir a fidelização dos consumidores� 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, estudamos a importância da Gestão de Serviços no mercado e a participação do setor de serviços no Brasil� Na sequência, abordamos a definição e as características dos serviços. Com isso, entendemos quais são as categorias do mix de serviços e os 7 Ps de serviços� Pudemos perceber, ainda, a importância da Gestão da Qualidade de Serviços, ao entendermos o perfil do consumidor de serviços e como as empresas trabalham o Marketing de Experiência e as experi- ências criadas para o consumidor� 35 SÍNTESE • Os 7 Ps dos Serviços: • Categorias do Mix de Serviços. • Características dos Serviços. • Definição de Serviços. • Setor de Serviços no Brasil. A Importância da Gestão de Serviços no Mercado: • Experiência do Consumidor. • Marketing de Experiência. • Consumidor de Serviços. Gestão da Qualidade de Serviços: Gestão de Produtos, Serviços e Marcas • Serviço. • Preço. • Praça. • Promoção e educação. • Processos. • Ambiente físico (Physical environment). • Pessoas. Referências Bibliográficas & Consultadas BUENO, W� C� (Org�)� Comunicação Empresarial e Gestão de Marcas� Barueri: Manole, 2018 [Minha Biblioteca]� G1� Globo� PIB do Brasil cresce 1,1% em 2018 e ainda está no patamar de 2012. (Economia)� 28 fev� 2019� Disponível em: https://g1.globo.com/eco- nomia/noticia/2019/02/28/pib-do-brasil-cresce-11- -em-2018.ghtml Acesso em: 18 nov� 2019� IBGE� INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS� Agência IBGE Notícias. 28 fev. 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge. gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/ noticias/23885-pib-cresce-1-1-pelo-segundo-ano- -seguido-e-fecha-2018-em-r-6-8-trilhoes� Acesso em: 17 nov� 2019� IBGE� INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS� Estatísticas Econômicas Serviços. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/ economicas/servicos/9028-pesquisa-anual-de-ser- vicos.html?=&t=o-que-e� Acesso em: 17 nov� 2019� IBGE� INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS� Conceitos e Métodos: Metadados. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/28/pib-do-brasil-cresce-11-em-2018.ghtml https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/28/pib-do-brasil-cresce-11-em-2018.ghtml https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/28/pib-do-brasil-cresce-11-em-2018.ghtml https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23885-pib-cresce-1-1-pelo-segundo-ano-seguido-e-fecha-2018-em-r-6-8-trilhoes https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23885-pib-cresce-1-1-pelo-segundo-ano-seguido-e-fecha-2018-em-r-6-8-trilhoes https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23885-pib-cresce-1-1-pelo-segundo-ano-seguido-e-fecha-2018-em-r-6-8-trilhoes https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23885-pib-cresce-1-1-pelo-segundo-ano-seguido-e-fecha-2018-em-r-6-8-trilhoes https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/servicos/9028-pesquisa-anual-de-servicos.html?=&t=o-que-e https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/servicos/9028-pesquisa-anual-de-servicos.html?=&t=o-que-e https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/servicos/9028-pesquisa-anual-de-servicos.html?=&t=o-que-e Disponível em: Erro! A referência de hiperlink não é válida.� Acesso em: 17 nov� 2019� KELLER, K� L�; MACHADO, M� Gestão estratégica de marcas� São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2006 [Biblioteca Virtual]� KOTLER, P�; KELLER, K� L� Administração de Marketing� 13� ed� São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013� LAS CASAS, A� L�; LAS CASAS, J� L� Marketing de Serviços. Como criar valores e experiências posi- tivas aos clientes� 7� ed� São Paulo: Atlas, 2019 [Minha Biblioteca]� LOVELOCK, C�; WIRTZ, J�; HEMZO, M� A� Marketing de Serviços. Pessoas, Tecnologia e Estratégia� 7� ed� São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011 [Biblioteca Virtual]� PASTORE, C� M� A� Gestão de Marcas. 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