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GESTÃO DE PRODUTOS, SERVIÇOS E MARCAS E-book 2 Nádia Cristina Rodrigues Nunes Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 HISTÓRICO DA UTILIZAÇÃO DE MARCAS ��������������������������������������������������������4 ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS MARCAS ���������������������4 A IMPORTÂNCIA DE CONSTRUIR MARCAS FORTES ���������������������������������������� 9 O papel das marcas �������������������������������������������������9 Brand equity����������������������������������������������������������� 15 Brand equity baseado no cliente �������������������������� 17 HISTÓRIAS DE MARCAS FAMOSAS BRASILEIRAS ���������������������������������������������26 O SUCESSO DA NATURA & CO ����������������������������� 26 História da Avon ���������������������������������������������������� 26 História da Natura ������������������������������������������������� 27 Natura & Co ����������������������������������������������������������� 28 HAVAIANAS: CRIANDO BRAND EQUITY POR MEIO DE EMOÇÃO E VALORES CULTURAIS �������� 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������34 SÍNTESE ������������������������������������������������������� 35 2 INTRODUÇÃO Neste módulo, abordaremos alguns temas relacio- nados ao histórico da utilização de marcas, ou seja, compreenderemos de que maneira as marcas se ori- ginaram e têm evoluído� Em seguida, analisaremos a importância da construção de marcas fortes, bem como o papel das marcas� Ainda, apresentaremos o conceito de brand equity e verificaremos sua apli- cação com base no cliente. Por fim, estudaremos a história de marcas famosas brasileiras, as quais todos nós conhecemos� 3 HISTÓRICO DA UTILIZAÇÃO DE MARCAS ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS MARCAS Não há um registro de qual teria sido a primeira mar- ca comercial da história� Porém, analisando em re- trospecto, pode-se supor que as primeiras marcas tenham sido criadas para identificar animais. Os rebanhos passaram a ter uma marca distintiva, que identificava o proprietário. É interessante perceber que essa prática perdura até os dias atuais� Diversas escavações arqueológicas revelaram peças como cerâmicas ou esculturas nas quais foi possível encontrar uma marca que poderia indicar o autor da peça� Essa marca pode ser um selo, um símbolo ou uma sigla� Foram encontradas marcas em peças pertencentes a diversas civilizações: fenícia, chinesa, egípcia, grega e romana� À medida que os mercadores levavam a produção de mercadorias locais para mercados mais afastados, eis que surge a necessidade de determinar, por meio de uma marca, quem havia produzido e de onde eram os produtos comercializados� 4 Durante a Idade Média, surgiram as guildas (ou corporações de ofício), as quais reuniam artesãos, produtores e comerciantes que criaram padrões de qualidade para a produção, identificando os produtos por meio de marcas� Com isso, Uma das determinações dessas guildas era de que cada produtor colocasse uma marca em seus produtos, expediente que facilitava a identificação de produtos de qualidade in- ferior, que poderiam prejudicar outros bens da guilda, permitindo a aplicação de sanções ao produtor responsável. As marcas torna- ram-se, desde então, uma forma de prote- ção ao consumidor, que podia identificar a origem da mercadoria comprada (MOREIRA, 2009, p. 80). No período Renascentista, os artistas, que haviam deixado de assinar suas obras artísticas durante a Idade Média, passaram a assinar novamente os trabalhos� Assim, grandes mestres como Leonardo da Vinci e Michelangelo tiveram suas obras de arte não apenas reconhecidas, mas também valorizadas: [...] a tradição de assinar trabalhos artísticos, permitindo uma avaliação global da obra, fazendo com que a presença da assinatu- ra influenciasse a avaliação comercial dos trabalhos, valorizando-os monetariamente (MOREIRA, 2009, p. 80). 5 Um dos quadros mais famosos do mundo, Mona Lisa ou La Gioconda (Figura 1), pintado por Leonardo da Vinci, teve seu valor estimado por especialistas em mais de US$ 2 bilhões� REFLITA Em 2014, o governo francês pensou em vender a clássica pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, que está exposta no Museu do Louvre e pertence à França� Na época, especialistas esti- maram que a obra poderia ser vendida por cerca de US$ 2,5 bilhões� Note que o valor impressionante que a obra po- deria alcançar não deriva apenas do fato de ser uma obra antiga, mas em função de ter sido pin- tada por Leonardo da Vinci, considerado um dos maiores gênios da pintura� Podemos perceber como “a marca” de um qua- dro, ou seja, sua assinatura, pode se tornar um ativo muito valioso para colecionadores, museus e o mercado de arte� 6 Figura 1: Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Fonte: Pixabay. A partir da Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra entre os séculos 18 e 19, as marcas ga- nharam maior relevância em função do advento da produção em massa (KHAUAJA; PRADO, 2008)� Afinal, a competição passou a ser feita por meio da imagem da marca, pois se os produtos são pa- dronizados na produção, as marcas fortes criam diferenciais junto aos consumidores� As marcas se desenvolveram ao longo dos séculos, assim, ainda podemos encontrar diversas marcas centenárias em plena atividade, como a Faber- Castell, que foi fundada em 1761 e ainda hoje é a maior fabricante de lápis do mundo� Khauaja e Prado (2008, p� 13) apontam que, nesse sentido, temos as “marcas que existem até hoje, como aveia Quaker (marca corporativa aplicada ao produto), adquirida pela PepsiCo recentemente, e sabonete Ivory, da P&G, foram criadas em 1860 e 1870, respectivamente”� 7 https://pixabay.com/pt/photos/da-vinci-museu-do-louvre-monalisa-863125/ Uma das marcas brasileiras mais antigas é a Granado, fundada em 1870, que fabrica produtos para o cuidado pessoal, como sabonetes, cremes, talco e uma extensa linha de produtos� Deste modo, O uso de marcas como se conhecem hoje tem cerca de um século. Em 1883, a Convenção da União de Paris procurou esta- belecer uma base legal para coibir a concor- rência desleal. Por volta de 1890, a maioria dos países industrializados possuía legisla- ção específica sobre propriedade e proteção de marcas (MOREIRA, 2009, p. 80). Já no século 20, “a marca tornou-se, de fato, cen- tral para os concorrentes, tendo como finalidade acentuar a diferenciação e reduzir a importância do preço na decisão de compra” (KHAUAJA; PRADA, 2008, p� 16)� Se as marcas passam a ser o diferencial na percep- ção do consumidor, consequentemente as marcas mais fortes e com percepção de mais qualidade puderam se diferenciar também por cobrar preços mais altos que os de concorrentes com marcas não tão fortes� O valor de uma marca passou a representar um ativo para as organizações, apesar de a marca ser um bem intangível� Muitas marcas passaram a valer várias vezes mais do que os bens tangíveis de uma organização, como fábricas, máquinas, equipamen- tos e imóveis, pois uma marca forte torna-se uma vantagem competitiva� 8 A IMPORTÂNCIA DE CONSTRUIR MARCAS FORTES O papel das marcas Pense em quantas decisões de compra você toma ao longo de um mês� Pensou? São muitas, não é mesmo? Todos nós temos um repertório enorme de categorias de produtos e marcas na mente� Temos classificações a respeito de todos os produtos que compramos: aqueles de que mais gostamos, os que são mais caros ou mais baratos, os de melhor qua- lidade, aqueles que usamos há mais tempo, e assim por diante� Esse repertório mental nos ajuda em nossas toma- das de decisão de compra� E as marcas desempe- nham um importante papel nessas decisões� A partir dessa constatação, Keller e Machado (2006, p� 7) apontam os “papéis que as marcas representam para consumidores”: ● Identificação da origem do produto. ● Atribuição de responsabilidade ao fabricante� ● Redução de riscos� ● Simplificação do custo de busca. ● Vínculo com o fabricante do produto� 9 ● Elementos simbólicos� ● Indicativo de qualidade�Esses papéis são importantes por conta da prefe- rência do consumidor por uma marca, podendo ser inclusive determinante em sua decisão de compra� A esse respeito, alerta-se para o seguinte fato: Ainda que os concorrentes possam repro- duzir um processo de fabricação ou um de- sign, terão dificuldade em se equiparar às impressões duradouras formadas na mente de pessoas e organizações graças aos anos de atividade de marketing e experiência com o produto (KOTLER; KELLER, 2013, p. 258). Podcast 1 SAIBA MAIS Saiba mais sobre a relação consumidor-empre- sa, estudando os resultados da pesquisa con- duzida pela Accenture Strategy, que se encontra disponível em: https://newsroom.accenture.com/ news/majority-of-consumers-buying-from-com- panies-that-take-a-stand-on-issues-they-care- -about-and-ditching-those-that-dont-accenture- -study-finds.htm� Acesso em: 13 nov� 2019� 10 https://famonline.instructure.com/files/412049/download?download_frd=1 https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm Vamos a um exemplo que nos ajuda a compreen- der essa relação entre a marca e os consumidores� Imagine que você tenha que comprar um novo smar- tphone, porque perdeu o seu. Ao verificar marcas e modelos disponíveis, você se depara com uma marca nova que está com um preço bem atraente� Você pensa: “O preço é muito bom, mas eu gosto tanto da marca do meu antigo smartphone...” É mui- to provável que, por mais tentador que seja o preço do concorrente, você acabe escolhendo um novo smartphone da marca que você já conhece. Afinal, as marcas auxiliam os consumidores na redução de riscos� Para Keller e Machado (2006, p� 8), “os consumidores podem perceber muitos tipos diferentes de riscos ao comprar e consumir um produto”, por exemplo: ● Risco funcional: o produto não funciona conforme as expectativas� ● Risco físico: o produto representa uma ameaça ao bem-estar físico ou à saúde do usuário ou de outrem� ● Risco financeiro: o produto não vale o preço pago por ele� ● Risco social: o produto resulta em constrangimentos perante terceiros� ● Risco psicológico: o produto afeta o bem-estar men- tal do usuário� 11 ● Risco de tempo: o produto apresenta falhas que resultam em perda de tempo para encontrar outro produto que seja satisfatório� Em seguida os autores ponderam: Embora os consumidores disponham de vá- rios meios para lidar com esses riscos, um meio que certamente utilizam é comprar mar- cas conhecidas, especialmente aquelas com as quais já tiveram experiências anteriores favoráveis. Assim, marcas podem ser um im- portante dispositivo para enfrentar o risco. Em relação às empresas, as marcas desempenham papéis extremamente relevantes, os quais são lista- dos por Keller e Machado (2006, p� 7): ● Identificação para simplificar rastreamento. ● Proteção legal para aspectos exclusivos� ● Indicativo de qualidade para consumidores� ● Meio para criar associações exclusivas� ● Fonte de vantagem competitiva� ● Ativo para retornos financeiros. Podcast 2 Enquanto fonte de vantagem competitiva, a marca cria diversas oportunidades para as empresas� Um exemplo é o da Nike, fabricante de artigos esportivos� 12 https://famonline.instructure.com/files/412050/download?download_frd=1 Após décadas de trabalho consistente de marketing, a fim de reforçar a marca, a Nike adotou a estratégia de desverticalização (passando a produção de seus produtos para empresas terceirizadas)� Assim, a em- presa concentrou suas operações no marketing da marca e nas vendas, reduzindo significativamente seus custos� Além disso, a Nike utiliza sua marca como meio de criar associações exclusivas com o consumidor� Em uma decisão ousada, a empresa resolveu não utilizar mais o nome Nike em suas campanhas publicitárias, na fachada de suas lojas e em seus materiais de ponto de venda, ou seja, utiliza apenas o símbolo criado para a marca em 1971� Esse símbolo tem até nome próprio, Swoosh; e todos os consumidores o reconhecem como sendo da Nike (Figura 2)� Figura 2: Símbolo da Nike. Fonte: Pixabay. Com isso, as marcas passaram a ser também um ativo para retorno financeiro. De acordo com a con- 13 https://pixabay.com/pt/vectors/nike-s%C3%ADmbolo-marca-de-sele%C3%A7%C3% A3o-311452/ sultoria Interbrand (2019), a marca mais valiosa do mundo, a Apple, está estimada em US$ 234,2 bilhões� É indiscutível, portanto, que a marca representa um significativo ativo para valorização das empresas. Dito de outra forma, podemos citar alguns exemplos reais: A Unilever, uma das empresas com maior por- tfólio no mundo, adquiriu várias marcas no mercado brasileiro, como Cica, Arisco e Kibon. A aquisição da marca Kibon é um exemplo contundente: depois de quase 25 anos de investimentos na tentativa de construir uma marca forte para liderar o mercado de sor- vetes (Gelato), a empresa acabou optando por comprar a marca líder, pagando cerca de 930 milhões de dólares pela Kibon em 1997 – valor muito superior ao das fábricas e dos equipamentos cedidos pela então proprietária Philip Morris (KELLER; MACHADO, 2006, p. 9). Nesse sentido, Kotler e Keller (2013, p. 259) afirmam que, [...] para as empresas, as marcas representam uma propriedade legal incrivelmente valiosa que pode influenciar o comportamento do consumidor, ser comprada e vendida e, ain- da, oferecer a segurança de receitas futuras e estáveis para seu proprietário. 14 Percebe-se que as marcas fortes passaram a ser um ativo intangível de considerável valor para as empre- sas, sendo muitas vezes o ativo mais valioso no caso de uma possível fusão ou aquisição� Brand equity A partir de uma tradução literal, brand equity sig- nifica “valor da marca”, e pode ser definido como o “[���] valor agregado atribuído a bens e serviços” (KOTLER; KELLER, 2013, p� 260)� Pode-se analisar o brand equity a partir das percepções e reações dos consumidores em relação às marcas, ou seja, Embora existam várias visões diferentes do conceito de brand equity, a maioria dos ana- listas concorda que ele deve ser definido em termos dos efeitos de marketing que são atri- buíveis exclusivamente a uma marca. Isto é, brand equity está relacionado ao fato de se obterem com uma marca resultados diferentes daqueles que se obteriam se o mesmo produto ou serviço não fosse identificado por aquela marca (KELLER; MACHADO, 2006, p. 30). Anteriormente, soubemos que a marca mais valio- sa do mundo é a Apple� Há 20 anos, a consultoria Interbrand tem apresentado um ranking das marcas mais valiosas do mundo, bem como tem feito uma pesquisa anual visando a determinar as marcas mais 15 valiosas do Brasil� Esse ranking é elaborado com base em três critérios principais: perspectivas de negócio, percepção dos consumidores e ambiente de mercado das marcas� Na Tabela 1, as 10 marcas mais valiosas do Brasil são: Posição Marca Valor (em bilhões de R$) 1 Itaú 33,5 2 Bradesco 24,8 3 Skol 17,2 4 Brahma 11,4 5 Banco do Brasil 10,9 6 Natura 8,3 7 Antarctica 3,8 8 Petrobras 3,1 9 Vivo 2,5 10 Renner 1,5 Tabela 1: Marcas Brasileiras Mais Valiosas – 2019. Fonte: Interbrand (2019). O ranking das marcas brasileirasmais valiosas apre- senta algumas particularidades� Observe que, entre as cinco marcas mais valiosas, três são marcas de banco. Traduzindo, o setor financeiro tem feito um bom trabalho no posicionamento de suas marcas e comunicação dos atributos e diferenciais das marcas junto aos consumidores� Além disso, dentre as dez marcas apresentadas no ranking, três são da mes- ma empresa: Skol, Brahma e Antarctica pertencem à AB Inbev, empresa belga que comprou a Ambev em 2004� 16 Outro ponto interessante de análise diz respeito à Petrobras� Em 2014, quando se iniciaram as investi- gações da Operação Lava-Jato, a Petrobras ocupava a sétima posição no ranking da Interbrand, com um valor de marca estimado em R$ 6,7 bilhões� Em 2019, a empresa caiu uma posição no ranking, ficando em oitavo lugar, mas com um valor de marca estimado em R$ 3,1 bilhões, ou seja, para os consu- midores, a Petrobras continua uma marca forte e re- presentativa, apesar de ter sofrido algum abalo com o escândalo de desvio de recursos� Para o mercado, contudo, a empresa sofreu um grande desgaste, re- fletindo diretamente no valor da marca, que diminuiu para menos da metade do que valia em 2014� Assim, é importante frisar que, além de criar uma marca forte, as empresas devem estabelecer crité- rios relacionados à manutenção da força da marca ao longo do tempo� Brand equity baseado no cliente Keller e Machado (2006) apresentam o modelo de brand equity baseado no cliente, definindo-o formal- mente como o efeito diferencial que o conhecimento de marca tem sobre a atitude do consumidor em relação àquela marca� Assim, se uma marca é forte o suficiente para um consumidor, é provável que ele resista aos preços mais baixos da concorrência e dê preferência à compra do produto ou serviço com 17 o qual esse consumidor tem experiências positivas� Assim, segundo os autores, [...] uma marca que tem brand equity positivo pode resultar, por parte do cliente, na maior aceitação de uma nova extensão de marca, em sua menor sensibilidade a elevações de preços e à retirada da propaganda, ou ainda em sua maior disposição de procurar a marca em um novo canal de distribuição (KELLER; MACHADO, 2006, p. 36). Dessa forma, para que uma empresa possa construir uma marca forte, é determinante que os consumi- dores tenham conhecimento a respeito da marca� Para isso, o conhecimento que o consumidor tem da marca está expresso em “todos os pensamentos, sensações, imagens, experiências e crenças asso- ciados a ela” (KOTLER; KELLER, 2013, p� 260)� Esse conhecimento a respeito da marca é avaliado a partir de dois elementos: lembrança de marca e imagem de marca� Segundo os autores, a lembrança de marca consiste no desempenho do reconhecimento e da lembrança espontânea de marca� Assim, se o consumidor reco- nhece a marca em diversas situações e se lembra dela espontaneamente ao ser perguntado sobre quais marcas conhece em uma determinada categoria, pode-se dizer que há o conhecimento da marca� 18 Entretanto, apenas conhecer a marca não é sufi- ciente. É necessário também construir a imagem da marca� Keller e Machado (2006, p� 44), apontam então que “uma imagem de marca positiva é criada por programas de marketing que ligam associações fortes, favoráveis e exclusivas à marca na memória”� FIQUE ATENTO As empresas devem implementar seus progra- mas de marketing de modo a (KHAUAJA; PRADO, 2008): - Compreender o significado da marca e comer- cializar produtos adequados de uma maneira apropriada� - Posicionar a marca apropriadamente� - Ser capaz de entregar de forma superior os be- nefícios desejados� - Empregar uma lista completa de elementos de marca complementares e de atividades de ma- rketing para suportá-los� - Adotar comunicação integrada de marketing e comunicar com uma “voz” consistente� - Medir as percepções do consumidor sobre valor e desenvolver uma estratégia de preços que este- ja de acordo com essas percepções� - Estabelecer credibilidade e uma personalidade de marca apropriada� 19 - Manter a inovação e a relevância da marca� - Desenvolver e implementar estrategicamente uma hierarquia e um portfólio de marcas� - Implementar um sistema de gerenciamento de valor da marca para garantir que as ações de ma- rketing reflitam, de forma adequada, o seu con- ceito de valor� A fim de ilustrar o quão importante é para uma em- presa desenvolver marcas fortes, apresentamos a Tabela 2 com as marcas mais escolhidas no Brasil em 2018� Posição Marca Consumer Reach Points (milhões) 1 Coca-Cola 489 2 Ypê 485 3 Colgate 304 4 Italac 293 5 Tang 253 6 Nissin 245 7 Nescau 231 8 Soya 230 9 Piracanjuba 229 10 Vitarella 225 11 Qualy 221 12 Sadia 213 13 Omo 210 14 Itambé 204 15 Perdigão 195 20 16 Sorriso 195 17 Maratá 189 18 Marilan 185 19 Nestlé 183 20 Sazon 176 Tabela 2: Marcas mais escolhidas no Brasil – 2018. Fonte: Adaptada de Kantar (2018) e Murad (2019). O estudo Brand Footprint Brasil 2019, realizado pela Kantar — líder global em dados, insights e consultoria —, pesquisa quais são as marcas mais escolhidas pelos consumidores no Brasil� Segundo a Kantar (2019), é atribuído um indicador chamado Consumer Reach Points (CRP), que é a métrica da Kantar para classificar as marcas de maior sucesso através do número de vezes que elas são escolhidas pelos con- sumidores durante o ano� Assim, Coca-Cola continua sendo – pelo 7º ano con- secutivo – a marca de produto de consumo mais escolhida pelos brasileiros. Segundo o relatório anual Brand Footprint da Kantar e seu ranking das marcas escolhidas do mun- do, Coca-Cola foi escolhida nas prateleiras pelos compradores 489 milhões de vezes (KANTAR, 2019). 21 Figura 3: Coca-Cola. Fonte: Pixabay. Segundo o Meio e Mensagem (2019), veículo que pu- blica o estudo com exclusividade no país, nas listas por setores, a Coca-Cola também lidera a de Bebidas, conforme podemos observar na Tabela 3� Setor Marcas Bebidas Coca-Cola Tang Nescau Guaraná Antarctica Fanta Alimentos Nissin Soya Vitarella Perdigão Sadia 22 https://pixabay.com/pt/photos/caixa-dose-de-cola-cola-bebida-592366/ Setor Marcas Lácteos Italac Piracanjuba Qualy Itambé Vigor Cuidados com o Lar Ypê Omo Brilhante Tixan Limpol Cuidados Pessoais Colgate Sorriso Palmolive Rexona Seda Tabela 3: Marcas mais escolhidas por Setores no Brasil – 2018. Fonte: Adaptada de Kantar (2019) e Murad (2019). Ao analisarmos as Tabelas 2 e 3, verificamos que grande parte das marcas pertence a empresas multi- nacionais, que fabricam e comercializam essas mar- cas ao redor do mundo� São marcas como Coca-Cola e Fanta (pertencentes a Coca-Cola); Rexona, Seda, Omo e Brilhante (pertencentes a Unilever); Nestlé e Nescau (pertencentes a Nestlé); Colgate, Palmolive e Sorriso (pertencentes a Colgate), entre outras marcas e fabricantes estrangeiros� Outras marcas são de grandes grupos empresariais brasileiros, como Perdigão, Sadia e Qualy (perten- 23 centes a BRF); Ypê e Tixan (pertencentes a Química Amparo), Vitarella (pertencente a M� Dias Branco, maior fabricante de massas e biscoitos da América Latina), entre outras marcas e fabricantes nacionais� Percebemos, com isso, que as marcas mais escolhi- das levam uma série de vantagens sobre as demais em seus setores de atuação� Seja porque são as mais lembradas pelos consumidores, seja porque são as mais vendidas e, portanto, as que trazem mais lucros para as empresas� SAIBA MAIS Saiba mais sobre os dados referentes ao estudo da Kantar, que aponta as marcas mais escolhi- das pelos consumidores no Brasil, consultando Coca-Cola, Ypê e Colgate são as mais escolhidas do Brasil, disponível em: Erro! A referência de hiper- link não é válida.� Acesso em: 14 nov� 2019� Atente-se, no entanto, para o fato de que há diversas vantagens para as empresas com a construção de marcas fortes (Tabela 4): Melhor percepção de desempenho do produto Maior fidelidade Menor vulnerabilidade às açõesde marketing da concorrência Maiores margens Menos sensibilidade do consumidor aos aumentos de preço Mais sensibilidade do consumidor às reduções de preço 24 Maior cooperação a suporte comercial Mais eficácia das comunicações de marketing Possíveis oportunidades de licenciamento Oportunidades adicionais de extensão de marca Melhor recrutamento e retenção de funcionários Maiores retornos financeiros de mercado Tabela 4: Vantagens de marketing que uma marca forte proporciona. Fonte: Kotler e Keller (2013, p. 260). Como podemos verificar pelas vantagens detalhadas na Tabela 4, as marcas fortes, que possuem um brand equity positivo perante os consumidores, apresentam mais vantagens em relação às marcas que não pos- suem lembrança e imagem de marca fortes� 25 HISTÓRIAS DE MARCAS FAMOSAS BRASILEIRAS Neste tópico, vamos conhecer dois casos de sucesso de marcas brasileiras, que são reconhecidas interna- cionalmente e que apresentam marcas fortes e uma trajetória com muitos desafios: Natura e Havaianas. O SUCESSO DA NATURA & CO O mercado de cosméticos e beleza teve uma modifi- cação expressiva em todo o mundo no ano de 2019� A maior companhia brasileira do setor, a Natura, anunciou a compra de uma gigante global, a Avon� Com essa aquisição, criou-se uma das maiores em- presas do setor, estamos falando da Natura & Co� História da Avon O norte-americano David Hall McConnell (1858-1937) criou a Avon nos EUA em 1886� McConnell vendia livros de porta em porta quando percebeu que seus clientes, principalmente as mulheres, adoravam as amostras gratuitas de perfumes oferecidas como incentivo para que elas abrissem a porta� Assim, a produção de perfumes cresceu e tornou-se o seu negócio principal� Inicialmente, o nome da empresa era California Perfume Company� O nome Avon foi adotado em 1939� 26 No Brasil, a Avon opera desde 1958, comercializando produtos em todo o território nacional� Possui unida- des em São Paulo (fábrica e centro de distribuição), Ceará e Bahia� O Centro de Distribuição de São Paulo, no município de Cabreúva, é o maior da empresa, cer- tificado com o selo Leed Gold, qualificando-o como construção verde� A Avon atua em mais de 100 países, mas o Brasil representa a maior operação da companhia, detendo sua maior força de vendas, com mais de 1,5 milhão de revendedores autônomos� História da Natura Antônio Luiz Seabra (1942-) fundou a Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaut em 1969� Logo em seguida, a empresa passa a se chamar Natura� No ano posterior, é inaugurada a primeira loja, na Rua Oscar Freire, no município de São Paulo� Em 1974, a loja é fechada e a empresa passa a atuar com venda direta� A Natura só voltaria a ter lojas físicas em 2016� Em 1982, a empresa passou a atuar no mercado internacional, por meio de um distribuidor local no Chile� Ao longo das décadas, ampliou sua atuação internacional com operações na Argentina, Peru, Colômbia, México, além de lojas em Paris (França) e Nova York (EUA)� 27 A Natura conta com 6,6 mil colaboradores, que atuam no Brasil e em suas operações internacionais� O mo- delo de venda por relações da Natura conta com uma rede de 1,7 milhão de consultoras de beleza, no Brasil e América Latina� O e-commerce no Brasil ultrapassa 5 milhões de consumidores registrados� As vendas na web foram estendidas para Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México, Estados Unidos e França� Em 2017, nasceu o grupo Natura & Co, junção das empresas Natura, da Aesop e The Body Shop (adqui- ridas em 2012 e 2017, respectivamente)� A Natura & Co passa a ser a maior multinacional brasileira do setor de cosméticos� Um grupo global, multimarca e multicanal com mais de 18 mil profissionais, atu- ando em 73 países� Em maio de 2019, a Natura & Co comunicou ao mercado a compra da Avon Products, Inc, em uma operação de troca de ações� Natura & Co A partir da comunicação ao mercado sobre a compra da Avon, uma nova sociedade, a holding Natura & Co, será criada para controlar as ações da Avon e da Natura, sendo que a nova sociedade será deti- da em 76% pelos acionistas da Natura e 24% pelos acionistas da Avon� A combinação dessas empresas gerou o quarto maior grupo global em cosméticos, multimarca e multicanal, líder na relação direta com seus consu- midores, com mais de 6,3 milhões de representantes 28 e consultoras da Avon e da Natura. É presença ge- ográfica global, com 3,2 mil lojas, e uma crescente força digital� Com a Avon, a Natura & Co terá um faturamento bruto anual superior a US$ 10 bilhões, mais de 40 mil colaboradores e uma presença em 100 países� A nova multinacional brasileira tem um grande de- safio pela frente, mas sua trajetória até aqui aponta para um caminho de sucesso nos mercados globais� SAIBA MAIS Saiba mais sobre todo esse processo consultando as seguintes fontes: AVON: https://www.avon.com.br/. NATURA: https://www.natura.com.br/� SALOMÃO, K. Revista Exame. Natura compra operação da Avon e será a 4ª maior do mundo. Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/natura-com- pra-operacao-da-avon-e-sera-a-quarta-maior- -do-mundo/. Acesso em: 14 nov. 2019. 29 https://www.avon.com.br/ https://www.natura.com.br/ https://exame.abril.com.br/negocios/natura-compra-operacao-da-avon-e-sera-a-quarta-maior-do-mundo/ https://exame.abril.com.br/negocios/natura-compra-operacao-da-avon-e-sera-a-quarta-maior-do-mundo/ https://exame.abril.com.br/negocios/natura-compra-operacao-da-avon-e-sera-a-quarta-maior-do-mundo/ HAVAIANAS: CRIANDO BRAND EQUITY POR MEIO DE EMOÇÃO E VALORES CULTURAIS As sandálias Havaianas foram lançadas em 1962, introduzindo no Brasil o conceito de “chinelos de dedo”� O nome da marca foi escolhido buscando remeter ao astral agradável e relaxante que o Havaí sempre inspirou nas pessoas� Rapidamente, o cal- çado prático e barato se tornou popular, atingindo a marca de milhões de pares vendidos no mercado brasileiro� Nas décadas de 1970 e 1980, a marca construía seu brand equity com um apelo notadamente funcional� A comunicação enfatizava aspectos como “não tem cheiro, não deforma e não solta as tiras”� Personagens populares do humorista Chico Anysio eram utilizados para dar voz à marca e destacar os aspectos de desempenho dos produtos. É tam- bém dessa mesma época o nascimento do slogan “as legítimas”, ainda bastante utilizado� Tudo isso já dava sinais, naquela época, da preocupação da marca com cópias e imitações que pudessem por- ventura surgir� No entanto, apesar do sucesso em vendas, o apelo funcional não era suficiente para tornar a marca desejada, principalmente pelo público mais elitizado� Segundo análise da empresa na época, todos os públicos conheciam a marca, mas havia resistência à sua utilização por parte do público mais elitizado, 30 uma vez que os produtos e a própria marca carre- gavam uma personalidade excessivamente popular� Com o objetivo de alterar essa situação e tornar uni- versal a aceitação da marca, a empresa mudou sua estratégia e passou a explorar na comunicação o conceito “todo mundo usa”� Essa virada na mudança da estratégia de branding ficou marcada na década de 1990, época em que a empresa passou a incor- porar à sua comunicação celebridades brasileiras� Dessa forma, o objetivo foi demonstrar que todo mundo usava Havaianas, ainda que muitos não ad- mitissem publicamente� A partir disso, a marca pas- sou a priorizar a construção de significados emocio- nais, utilizando celebridades em sua comunicação� Características como irreverência e descontração tipicamente brasileiras foram gradativamente sendo incorporadas à marca� Criatividade e diversidade no lançamento dos modelos passaram a ser uma rotina� Em 1998, por ocasião da Copa do Mundo na França, foi criada uma edição especial com uma bandei- ra brasileira� Esse foi um momento decisivo para o início da internacionalização da marca Havaianas como um ícone da cultura brasileira� A marca passou a ser exportada para diferentes pa-íses, como França, Itália, Austrália e até mesmo o estado americano do Havaí� Estrangeiros em visita ao Brasil adquiriram o hábito de comprar pares de Havaianas e levar para seus países de origem� 31 Ao mesmo tempo, ações de apoio a esse proces- so de internacionalização da marca começaram a se multiplicar, como a criação e a distribuição de chinelos personalizados para as celebridades indi- cadas ao Oscar de 2003; as ações criadas na oca- sião do lançamento e filmes de sucesso, como O Último Samurai; e ações em desfiles e feiras de mo- das internacionais e lojas ícones, como as Galéries Lafayette, em Paris� Muitas dessas ações criativas geraram expressiva mídia espontânea para a marca, que passou também a ser apresentada como um elemento da cultura brasileira, principalmente do que seria essa cultura aos olhos do mundo� Em 2009, o Espaço Havaianas é aberto na Rua Oscar Freire, em São Paulo� Trata-se de uma loja conceito, criada com o objetivo de oferecer toda a linha de produtos e, principalmente, transmitir a essência ou DNA da marca: descontraída, criativa, brasileira e global� O sucesso atual da marca no Brasil e no mundo comprova sua eficácia simbólica como transmis- sora dos valores aspiracionais da cultura brasileira� Além de se apropriar desses valores, a própria marca passa a ser um agente ativo de sua construção e propagação, uma vez que uma parte dos valores transmitidos também está ligada à essência da marca� Os tempos de apelo funcional para a construção do brand equity da marca ficaram definitivamente no passado e, ao que tudo indica, não retornarão� 32 SAIBA MAIS Saiba mais sobre as informações aqui contidas, con- sultando Havaianas: criando brand equity por meio de emoção e valores culturais (KOTLER; KELLER, 2013, p� 288)� 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, estudamos assuntos relacionados ao histórico da utilização de marcas, ou seja, com- preendemos como se deu a origem e a evolução das marcas� Em seguida, analisamos a importância da construção de marcas fortes e o papel das marcas� Apresentamos ainda o conceito de brand equity e verificamos sua aplicação com base no cliente. Por fim, analisamos cases de marcas famosas brasilei- ras, mais especificamente Natura e Havaianas, que todos nós conhecemos bem� 34 SÍNTESE • Brand Equity baseado no cliente. • Brand Equity. • Origem e evolução das marcas. Histórico da utilização de marcas: • O papel das marcas. A Importância de construir marcas fortes: • Havaianas. • Natura. Histórias de marcas famosas brasileiras: Gestão de Produtos, Serviços e Marcas Referências Bibliográficas & Consultadas ACCENTURE STRATEGY� Global Consumer Pulse� Disponível em: https://newsroom.accenture.com/ news/majority-of-consumers-buying-from-compa- nies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about- -and-ditching-those-that-dont-accenture-study- -finds.htm� Acesso em: 13 nov� 2019� BUENO, W� C� (Org�)� Comunicação Empresarial e Gestão de Marcas� Barueri: Manole, 2018 [Minha Biblioteca]� FURRIER, M� T� Posicionamento e reposiciona- mento de marcas� In: SERRALVO, F� A� (Org�)� Gestão de marcas no contexto brasileiro. 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A referência de hiperlink não é válida.� Acesso em: 11 nov� 2019� https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://newsroom.accenture.com/news/majority-of-consumers-buying-from-companies-that-take-a-stand-on-issues-they-care-about-and-ditching-those-that-dont-accenture-study-finds.htm https://www.interbrand.com/best-brands/best-global-brands/2019/ranking/ https://www.interbrand.com/best-brands/best-global-brands/2019/ranking/ INTERBRAND� Marcas Brasileiras Mais Valiosas. 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