Buscar

Mecanismo de contra corrente

Prévia do material em texto

Mecanismo de contra 
corrente/ controle do volume e 
osmolaridade do líquido 
extracelular 
Água: 
- aproximadamente 70% do peso 
corporal; 
- solvente biológico; 
- atua no transporte de substâncias; 
- participa de reações químicas; 
- atua na conservação de temperatura 
de animais homeotérmicos 
Distribuição da água no organismo: 
- intracelular: dentro das células (30-40% 
do peso corporal) 
- extracelular: fora das células (plasma 4-
5% PC e líquido intertiscial 16%) 
- transcelular: líquidos CR, intraocular e 
sinovial (1-3% do PC) 
Mecanismos renais para a excreção de 
uma urina concentrada: 
- concentração da urina – essencial para 
a modificação do ambiente aquático para 
o terrestre 
*déficit hídrico – rim gera urina 
concentrada através da excreção de 
solutos e reabsorção aumentada de 
água 
- para tanto: 
1) altos níveis de ADH; 
2) alta osmolaridade do líquido intersticial 
renal (medula renal hiperosmótica – 
mecanismo de contracorrente) 
Hormônio antidiurético (ADH): 
- produzido nos corpos celulares dos 
neurônios dos núcleos supra-ótico e 
paraventricular do hipotálamo 
- uma vez produzido, é empacotado em 
vesículas de secreção e transportado 
até o terminal axonal do neurônio, que 
se localiza na neurohipófise 
*estímulos para liberação do ADH pela 
neurohipófise: 
- hiperosmolaridade (mais importante) 
- hipovolemia 
- hipotensão 
*efeitos do ADH no organismo: 
- receptores V1: localizados nos vasos 
sanguíneos; quando ativados promovem 
vasoconstrição 
- receptores V2: localizados nos 
segmentos finais do néfron (porção final 
do túbulo contorcido distal e ducto 
coletor); quando ativados promovem 
aumento da reabsorção de água nestes 
segmentos 
*aquaporinas: o ADH estimula a inserção 
de vesículas de aquaporinas na 
membrana luminal das porções finais do 
túbulo contorcido distal e ducto coletor 
do néfron, permitindo a reabsorção de 
água nestes segmentos e concentrando 
a urina 
- aumento da osmolaridade plasmática -> 
ADH -> receptores V2 -> inserção de 
aquaporinas -> aumenta reabsorção 
água 
- redução da osmolaridade plasmática -> 
ADH -> receptores V2 -> inserção de 
aquaporinas -> reduz reabsorção água 
Mecanismo de contra corrente: 
- a reabsorção seletiva para solutos no 
segmento ascendente da alça de Henle 
e para água no segmento descendente 
da alça gera um interstício medular 
hiperosmótico 
Mecanismo renais para a excreção de 
uma urina concentrada: 
- reciclagem da uréia na porção mais 
interna da medula renal também 
contribui para a geração um interstício 
medular hiperosmótico 
- disposição anatômica dos vasos retos 
impede que o gradiente osmótico 
medular se dissipe 
Mecanismos renais para excreção de uma 
urina diluída: 
- urina diluída em relação ao plasma 
devido a reabsorção contínua de solutos 
nos segmentos distais do sistema tubular 
com pouca reabsorção de água 
Principais mecanismos para controle do 
volume e osmolaridade sanguínea 
- Sistema nervoso simpático; 
- Sistema renina angiotensina aldosterona 
- Peptídeos natriuréticos 
- Hormônio antidiurético 
Sistema nervoso simpático: 
- queda no volume circulatório efetivo -> 
aumento da atividade do sistema 
nervoso simpático -> estimulação da 
reabsorção de Na+ e água renal; 
ativação do sistema renina angiotensina 
aldosterona 
- aumento no volume circulatório efetivo 
-> redução da atividade do sistema 
nervoso simpático -> não faz os 
processos acima 
Sistema renina angiotensina 
aldosterona: 
- queda da pressão de perfusão renal e 
no aporte de Na+ para mácula densa 
- estimulação receptores B1 renais 
- a renina é um hormônio produzido 
pelas células justaglomerulares renais e 
liberado na circulação frente a 3 
estímulos principais 
- angiotensinogênio -> renina -> 
angiotensina 1 -> enzima conversora de 
angiotensina -> angiotensina 2 -> 
receptor para angiotensina 2 
Efeitos da angiotensina 2 ao se ligar no 
receptor AT1:: 
- reabsorção de Na+ e secreção de K+ 
- sede e apetite ao Na+ 
- reabsorção de Na+ 
- aumento da função do sistema 
nervoso simpático 
- vasoconstricção 
- aumento da contratilidade 
- aumento do volume do líquido 
extracelular através da ingestão e 
retenção de sódio e água no organismo 
- estimulação da sede 
- estimulação do apetite pelo sódio 
- estimulação da secreção do ADH 
- estimulação do reabsorção de sódio 
renal 
- estimulação da liberação de aldosterona 
Peptídeos natriuréticos: 
- ANP – peptídeo natriurético atrial e 
BNP – peptídeo natriurético cerebral 
(mais importantes) 
- liberadoas na circulação frente a 
aumentos de retorno venoso 
Efeitos dos peptídeos natriuréticos no 
organismo: 
- redução do volume do líquido 
extracelular através da redução na 
reabsorção de sódio e água 
- aumento da taxa de filtração 
glomerular (vasodilatação renal) 
 
- inibição direta da reabsorção de Na+ 
no ducto coletor 
- a diminuição da reabsorção de Na+ 
redua a reabsorção de água 
- inibição dos efeitos estimuladores da 
angiotensina II 
- redução da liberação de renina, 
aldosterona e ADH 
Concentração e diluição da urina: 
- água é o determinante direto da 
osmolaridade dos líquidos corporais 
- alteração na osmolaridade -> respostas 
orgânicas (hormonais) -> alteram a 
reabsorção de água pelos rins – 
restaurar a osmolaridade 
- também incentiva comportamento de 
ingerir água – sede 
- regulação da osmolaridade dos líquidos 
corporais depende do grau de 
reabsorção renal de água e do 
mecanismo de sede 
- urina hiperosmotica (concentram urina) 
– tentativa de conservar água no corpo 
– osmolaridade aumentada ou queda de 
volume extracelular (ficar sem água) – 
estimula reabsorção de água – volume 
pequeno de urina concentrada 
- urina hiposmótica: excedente de água 
no corpo – dilui o plasma – diminui a 
osmolaridade do plasma – excedente 
seja eliminado através de um volume 
grande de urina diluída 
- túbulo proximal: primeiro a manejar a 
água; intensa reabsorção de água; 
reabsorção isosmótica em relação ao 
plasma 
- segmento fino descendente da alça de 
henle: manejo de água e soluto é 
separado – reabsorção apenas de água 
– concentração do ultrafiltrado -no 
segmento final é hiperosmótico em 
relação ao plasma 
- do segmento fino descendente da alça 
de henle até o início dos ductos 
coletores: epitélios impermeáveis a água 
– não há transporte de água; intensa 
reabsorção de soluto -> diluir o 
ultrafiltrado ao longo do caminho – liquido 
hiposmótico em relação ao plasma – 
pode reabsorver água em caso do 
hormônio ADH – urina isso, hipo ou 
hiperosmótica 
- o ultrafiltrado produzido durante a 
filtração glomerular é isosmótico em 
relação ao plasma e ao passar pelo 
túbulo proximal continua sendo 
isosmótico 
- água transportada pela via paracelular e 
transcelular 
- na transcelular depende das 
aquoporinas 
- segmento fino descendente da alça de 
henle - impermeável a saída de agua e 
permeável a de solutos 
- pressão osmótica do interstício que 
promove p gradiente osmótico favorável 
para reabsorção de agua no segmento 
fino descendente da alça de henle 
- o ultrafiltrado que adentra os ductos 
coletores é hiposmótico – transporte 
majoritariamente transcelular 
(aquoporinas) 
*controle do corpo em relação a 
reabsorção de água – depende da 
quantidade de aquoporinas presente na 
membrana apical; controlado pelo ADH 
- parênquima renal: córtex renal e 
medula renal 
- medula: externa e interna 
- corpúsculo renak fica no córtex 
- alças de henle adentram a medula renal 
- nefrons justamedulars – maior parte 
estão dispostas ao longo da medula 
- sem ADH – eliminar urina diluída – 
osmolaridade chega em 600 
- com ADH – eliminar urina concentrada 
– osmolaridade chega a 1200 
- a osmolaridade do interstício medular é 
hiperosmótica em relação ao plasma 
- sem ADH: eliminar urinadiluída – 
ductos coletores não estão permeáveis 
a água – diluições adicionais pelas 
continuas reabsorções de cloreto de 
sódio ao longo do trajeto – urina 
hiposmótica em relação ao plasma 
- com ADH: torna o epitélio dos ductos 
coletores permeáveis a água e a ureia – 
urina hiperosmótica – conservando água 
* quanto mais longa a alça de henle em 
relação proporcional a profundidade do 
córtex – mais o animal consegue 
concentrar urina – maior concentração 
do interstício medular 
* o mecanismo multiplicador por contra 
corrente é crucial para gerar a 
hiperosmolaridade do interstício medular 
-> necessária para habilitar os rins a 
reabsorver água pelo segmento fino 
descendente da alça e ductos coletores 
quando estão permeáveis a água 
Manutenção da osmolaridade intertiscial 
da medula renal: 
- arranjo vascular dos rins: fluxo 
sanguíneo renal para medula bem baixo 
- o sangue ao passar pelo interstício 
medular não pode carrear os solutos p 
fora da medula significativamente 
- fluido tubular e sangue trafegam em 
sentidos contrários – arranjo entre alça 
de henle e vasa recta é em 
contracorrente 
- entrada passiva de soluto da vasa recta 
– sangue perde agua para o interstício – 
sangue fica progressivamente mais 
concentrado 
- osmolaridade do sangue supera a do 
interstício ao longo do trajeto de retorno 
ao córtex – saída de soluto e entrada de 
água – evitando a diluição do interstício 
- há uma remoção de soluto ne medula 
– suficiente para que não ocorra a 
deposição de cristais de soluto no 
interstício 
- atleta de alta performance tem que ter 
a ingestão de eletrólitos suficiente para 
conservar água no corpo durante o 
exercício

Continue navegando

Outros materiais