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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
GESTÃO DO CONHECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
Ma. RACHEL CRISTINA MELLO GUIMARÃES 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: Gestão do Conhecimento 
Autora: Mestra RACHEL CRISTINA MELLO GUIMARÃES 
 
Primeira edição: 2009 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
Apresentação 
Caro Aluno e Cara Aluna 
O módulo de Gestão do Conhecimento tem o objetivo de mostrar como a Gestão do 
Conhecimento pode auxiliar as empresas a se desenvolverem estrategicamente, em relação 
a transformação das informações internas e externas, em conhecimento e assim aplicá-lo 
agregando valor a organização e tornando-a competitiva. Mostrar ainda, que essa 
necessidade surge pelo fato das rápidas mudanças que ocorrem no mercado em que se faz 
necessário a organização estar preparada para as inovações tecnológicas. 
Dessa forma, serão descritas as principais definições, habilidades e técnicas para trabalhar a 
Gestão do Conhecimento. Entender as características da Sociedade do Conhecimento e da 
nova Economia do Conhecimento, bem como os atuais modelos de Gestão nas 
Organizações do Conhecimento. E ainda, descrever os tipos de conhecimento e seu 
processo de conversão no ambiente das organizações, além, de enfatizar as práticas de 
gestão, interligadas, com a Gestão do Conhecimento. 
Será abordada a prática do Conhecimento Estratégico nas Organizações, os métodos de 
captura, tratamento e disseminação da informação e conhecimento. Também, serão 
apresentadas as tendências para o uso da tecnologia da informação, tais como: business 
intelligence, data warehouse e wokflow, com o objetivo de compartilhar e disseminar o 
conhecimento nas organizações e gerar novos produtos relacionados ao conhecimento, para 
as organizações. Outro destaque será o uso de Biblioteca Digital, Portal de Conhecimento, 
Comunidades de Prática, Resgate de Memória Empresarial, Gerenciamento Eletrônico de 
Documentos, Gerenciamento Eletrônico do Conhecimento e Certificação Digital para a 
Gestão do Conhecimento nas Organizações. 
Espera-se que o conteúdo teórico apresentado neste material incentive a aplicação, além de 
estimular a pesquisa e leitura. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
4
Objetivo 
Descrever as principais definições, habilidade e técnicas para trabalhar a Gestão do 
Conhecimento. 
Caracterizar a Sociedade do Conhecimento e a nova Economia do Conhecimento. 
Apresentar os Modelos Atuais de Gestão nas Organizações do Conhecimento. 
Descrever os tipos e o processo de conversão do conhecimento nas organizações. 
Enfatizar as práticas de gestão interligadas com a Gestão do Conhecimento. 
Discernir Conhecimento, Conhecimento Organizacional e Conhecimento Estratégico. 
Compreender a prática da Gestão do Conhecimento Estratégico nas Organizações. 
Capacitar o aluno no entendimento da formas de tratamento da informação e conhecimento. 
Capacitar o aluno no uso de tecnologias de informação para compartilhar e disseminar o 
conhecimento nas organizações. 
Entender o Gerenciamento Eletrônico de Documentos, Gerenciamento Eletrônico do 
Conhecimento e Certificação Digital 
 
Ementa 
Conhecimento. Sociedade do Conhecimento. Modelos Atuais de Gestão nas Organizações 
do Conhecimento. Gestão do Conhecimento. Práticas de Gestão interligadas com a Gestão 
do Conhecimento. Conhecimento Estratégico. Gestão do Conhecimento Estratégico. 
Tecnologias de Informação aplicadas a Gestão do Conhecimento. Práticas de Gestão, que 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
5
processam e tratam da Informação e Conhecimento. Uso tecnologia da informação na 
Disseminação do Conhecimento. Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Gerenciamento 
Eletrônico de Conhecimento. Certificação Digital. 
 
Sobre o Autor 
Ma. Rachel Cristina Mello Guimarães 
Bacharel em Biblioteconomia, pela Universidade Federal do Espírito Santo (1991); 
Especialização em Análise de Sistemas com Ênfase em Negócios; Especialização em 
Arquivos e Mestrado em Informática, pela Universidade Federal do Espírito Santo (2001). 
Atuando nas seguintes áreas do conhecimento: trabalho cooperativo suportado por 
computador, ambiente cooperativo, sistema de aquisição de material bibliográfico, 
automação de bibliotecas, ambientes Web, banco de dados, metodologia científica, sistemas 
de biblioteca, gestão do conhecimento, gestão de tecnologia e inovação e marketing. 
 
 
 
 
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6
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 9 
Sociedade do Conhecimento: Conceito ............................................................ 9 
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 15 
A Nova Economia do Conhecimento ............................................................... 15 
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 21 
Modelos Atuais de Gestão nas Organizações: Dimensões Interagentes e 
Interdependes na Organização Baseada em Conhecimento .......................... 21 
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 30 
Gestão do Conhecimento - Processo de Conversão do Conhecimento ......... 30 
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 39 
Prática de Gestão do Conhecimento: Capital Intelectual ................................ 39 
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 43 
Inteligência Competitiva e Vigilância Tecnológica ........................................... 43 
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 51 
Informação como Fator de Competitividade Organizacional .......................... 51 
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 56 
Conhecimento, Estratégia e Conhecimento Organizacional ........................... 56 
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 63 
Elementos que Compõem a Gestão do Conhecimento Estratégico ............... 63 
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 72 
Aprendizagem Organizacional: um Processo para Alavancar o Conhecimento 
nas Organizações............................................................................................ 72 
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 78 
Cultura Organizacional ..................................................................................... 78 
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 83 
 
 
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7
Modelos Mentais: principais definições ........................................................... 83 
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 90 
O Processo de Comunicação na Gestão do Conhecimento dando Suporte a 
Tomada de Decisão ......................................................................................... 90 
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 94 
Arquivos, Museus, Bibliotecas e Centros de Documentação: Conceito ......... 94 
UNIDADE 15 ..................................................................................................... 100 
Arquivos e Documentos nas Organizações: Organização de Arquivos ........ 100 
UNIDADE 16 ..................................................................................................... 109 
Tecnologias de Informação no Contexto da Organização ............................ 109 
UNIDADE 17 ..................................................................................................... 114 
Tecnologias Cognoscitivas ........................................................................... 114 
UNIDADE 18 ..................................................................................................... 119 
A Internet e a Economia Digital ..................................................................... 119 
UNIDADE 19 ..................................................................................................... 124 
Diferença entre Biblioteca Digital e Biblioteca Virtual .................................... 124 
UNIDADE 20 ..................................................................................................... 129 
Business Intelligence: Tecnologia alavancando a criação de conhecimento 129 
UNIDADE 21 ..................................................................................................... 136 
Conceituando Tecnologia Workflow .............................................................. 136 
UNIDADE 22 ..................................................................................................... 142 
Portal: Conceito e Características ................................................................. 142 
UNIDADE 23 ..................................................................................................... 150 
O Que São Comunidades de Prática? .......................................................... 150 
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 159 
Redes de Valor - Business Web: Conceito e Características ....................... 159 
Fatores de Sucesso de uma Rede de Valor .................................................. 164 
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 167 
Sistemas Baseados em Conhecimento: Conceito ........................................ 167 
 
 
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8
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 171 
Fundamentos de Gerenciamento Eletrônico de Documentos ....................... 171 
UNIDADE 27 ..................................................................................................... 176 
Soluções de Gerenciamento Eletrônico de Documentos: Tipos de 
Ferramentas para Aplicação de Gerenciamento Eletrônico de Documentos176 
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 181 
Gerenciamento Eletrônico de Documentos e Gerenciamento do 
Conhecimento ................................................................................................ 181 
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 187 
Memória Empresarial: Memória como Referencial de Cultura e Identidade 187 
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 193 
Certificação Digital ......................................................................................... 193 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 198 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 208 
 
 
 
 
 
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9
UNIDADE 1 
Objetivo: Caracterizar a sociedade do conhecimento evidenciando como ponto central o 
“saber” no desenvolvimento da sociedade mundial. 
Sociedade do Conhecimento: Conceito 
 
Segundo Peter Drucker (1993) as atividades que ocupam lugar central das organizações não 
são mais aquelas cujo objetivo é: produzir ou distribuir objetos, mas aquelas que produzem e 
disseminam informação e conhecimento. A Foto 1 representa uma forma de disseminação 
da informação e conhecimento nas organizações. 
 
Foto 1 – Disseminação da Informação e 
Conhecimento. 
 
Peter Drucker (1993) descreve que “o conhecimento tornou-se o recurso essencial da 
economia” e que “o fator de produção decisivo não é mais nem o capital nem o trabalho, mas 
o conhecimento”. 
 
 
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10
Entretanto, os fatores clássicos de produção não desapareceram, apenas tornaram-se 
secundários. Eles podem ser obtidos com alguma facilidade desde que tenhamos 
conhecimento. O Conhecimento é, assim, o novo fator de produção. 
Dessa forma, as atividades que agregarão mais valor, que gerarão mais riqueza para os 
indivíduos e a sociedade serão aquelas geradas pela inovação, e esta principalmente pela 
capacidade de usar o conhecimento agregado aos produtos e serviços oferecidos. O que 
importa agora para o aumento da produtividade é; o trabalho intelectual e a gestão do 
conhecimento. 
O termo: “sociedade do conhecimento” (knowledge society) surgiu no final da década de 90. 
É empregado, particularmente, nos meios acadêmicos, como alternativa para “sociedade da 
informação”. 
 “Sociedade do conhecimento” ou sua variante “sociedade do “saber” é um termo adotado 
pela UNESCO dentro de suas políticas institucionais. Assim, desenvolveu-se uma reflexão 
em torno do assunto que busca incorporar uma concepção mais integral, não ligada apenas 
à dimensão econômica. Segundo Abdul Waheed Khan (apud BURCH, acesso em: 05/11/08) 
A Sociedade da Informação é a pedra angular das sociedades do conhecimento. O 
conceito: “sociedade da informação”, está relacionado à ideia da inovação tecnológica, 
enquanto o conceito “sociedade do conhecimento” inclui uma dimensão de 
transformação social, cultural, econômica, política e institucional, assim como uma 
perspectiva mais pluralista e de desenvolvimento. 
 
Para Abdul Waheed Khan (apud BURCH, acesso em: 05/11/08) o conceito “sociedades do 
conhecimento” é preferível ao da “sociedade da informação”, pois expressa melhor a 
complexidade e o dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. Dessa forma, o 
conhecimento em questão não só é importante para o crescimento econômico, mas, 
também, para fortalecer e desenvolver todos os setores da sociedade em todas as 
dimensões do conhecimento, como demonstra a figura 1. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil11
 
 
Figura 1- Dimensões do Conhecimento 
 
Em relação a distinção entre “conhecimento” ou “saber” (em inglês, ambos são traduzidos 
como “knowledge society”). Segundo Burch, (acesso em: 05/11/08): A noção de “saberes” 
implica certezas mais precisas ou práticas, enquanto que conhecimento abarca uma 
compreensão mais global ou analítica. 
André Gorz (apud BURCH, acesso em: 05/11/08) considera que os conhecimentos se 
referem aos “conteúdos formalizados, objetivados, que não podem, por definição, pertencer 
às pessoas... O saber está feito de experiências e práticas que se tornaram evidências 
intuitivas e costumes”. 
Para Gorz (apud BURCH, acesso em: 05/11/08), a inteligência abarca toda a gama de 
capacidades que permite combinar saberes com conhecimento. Sugere, então, que 
“knowledge society” seja traduzida por “sociedade da inteligência”. 
Então, como pode ser caracterizada a sociedade do conhecimento? A sociedade do 
conhecimento tem como principais características os elementos apresentados quadro 1: 
 
CC 
OO 
NN 
HH 
EE 
CC 
II 
MM 
EE 
NN 
TT 
OO 
 
Educação 
 
EEccoonnoommiiaa 
 
Cultura 
DDiimmeennssããoo 
HHuummaannaa 
DDiimmeennssããoo 
TTeeccnnoollóóggiiccaa 
Dimensão 
Social 
SSoocciieeddaaddee ddoo CCoonnhheecciimmeennttoo 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
12
Educação Orientada para “aprender a aprender” 
Processo de apropriação social 
do conhecimento 
O conhecimento se converte em bem público – o capital 
social 
O processo de aprendizagem 
social 
O conhecimento cria ou fortalece capacidades e 
habilidades nas pessoas, comunidades e organizações 
que o apropriam. 
Pensamento estratégico e 
prospectivo 
A compensação da mudança, a projeção de tendências 
dinâmicas e a identificação de aspectos críticos e 
estratégicos no processo de geração do conhecimento. 
Ética Ética na sociedade. 
Quadro 1 – Características da Sociedade do Conhecimento. 
 
Atual Sociedade do Conhecimento 
Atualmente vivemos numa completa fragmentação do conhecimento. Os indivíduos 
controlam as ações em partes e não mais no todo. O Foco no conhecimento pressupõe a 
preocupação com a eficiência, e dentro dessa constante a busca pelo o ideal, pelo acesso 
direto, sem fronteiras, às mais diversas fontes de informação. 
A sociedade passa a ter o conhecimento como uma mercadoria a ser oferecida ao mercado, 
e com isso entra de vez em uma sociedade do conhecimento, dentro de uma nova realidade 
mundial, onde a economia baseada no conhecimento, acabando por deslocar o eixo da 
riqueza e do desenvolvimento de setores tradicionais, como a industriais - intensivos em mão 
de obra; matéria-prima e capital – para setores cujos produtos, processos e serviços são 
intensivos em tecnologia e conhecimento, o valor dos produtos depende cada vez mais do 
percentual de inovação, tecnologia e inteligência a eles incorporadas. 
 
 
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13
Nesse tipo de sociedade, a capacidade de aprendizagem assume, cada vez mais, um lugar 
privilegiado nas interações sociais. O escritor Peter Senge (1990, p.11), propõe a formação 
de “organizações de aprendizagem”. 
Segundo Peter Senge (1990) pode-se formar “organizações de aprendizagem” nas quais as 
pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente 
desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é 
libertada e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo. 
Na sociedade do conhecimento, as mudanças e as inovações tecnológicas ocorrem num 
ritmo tão acelerado, que além dos fatores tradicionais de produção, como capital, terra e 
trabalho, é fundamental identificar e gerir, inteligentemente, o conhecimento das pessoas nas 
organizações. Esta nova era pressupões uma imensa oportunidade de disseminar 
democraticamente as informações, utilizá-las para gerar conhecimento que nos leve em 
direção a uma sociedade mais justa. 
O mundo convive hoje em dia com a sociedade do conhecimento. O aprendizado acadêmico 
evoluiu de um conhecimento aplicado para outro criado, de uma tarefa formada para outra 
pensada e de uma habilidade física para outra mental. Somente através da informação e do 
estreitamento das fronteiras (Figura 2), pode-se obter sucesso na nova situação que precisa 
ser enfrentada. Assim é o novo perfil do trabalhador, na era do conhecimento. 
Figura 2 – Estreitamento das Fronteiras 
 
 
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14
 
A sociedade do conhecimento é, antes de tudo, a expressão empresarial dos investimentos 
racionalmente programados para o mundo globalizado, relativos à informática, 
telecomunicação, redes de comunicação digitais (“Banda Larga”) sistemas de comunicação 
móveis, que incluem, de modo mais imediato: a) o ensino à distância, b) os serviços de 
telemática para pequenas e médias empresas, c) o tráfego computadorizado, d) a gerência 
de tráfego aéreo, e) a licitação e compra eletrônica, f) as redes de administração pública, g) o 
controle de infovias urbanas ligadas à prestação de serviços das prefeituras; h) o uso da 
telemedicina, entre outros tantos. 
A sociedade do conhecimento vai além da internet e tem como principal componente a 
informação, que cada estrato lhe dará a competência, utilização e aplicabilidade. Dentro de 
regras econômicas e plataformas políticas, para consumidor com e sem acesso, ativo ou as 
margens passivas. 
Enfim, o conhecimento representa o domínio do processo de produção e manufatura de bens 
e serviços, determinante para o desenvolvimento econômico e social. E, pertencer a 
sociedade do conhecimento, necessariamente, pressupõe ter acesso e domínio aos meios 
de informação. Além do mais, conhecer e reconhecer os processos, desenvolvimento e 
aplicação da informação. E como não poderia ser diferente, os marginalizados, com certeza, 
são aqueles que desde as primeiras ações fomentadas pela globalização já estavam 
excluídos. 
 
 Encontra-se disponível na pasta Estudo Complementar o arquivo: “quatro – sociedades.doc” 
referente às características de quatro sociedades. 
 
 
 
 
 
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15
UNIDADE 2 
Objetivo: Descrever os aspectos que caracterizam a Economia do Conhecimento. 
A Nova Economia do Conhecimento 
 
Como apresentado no capitulo anterior “Sociedade do Conhecimento”, as atividades que 
ocupam lugar central nas organizações são as que produzem e disseminam a informação e 
conhecimento. 
Esse fenômeno se desencadeou a partir da Segunda Guerra Mundial, pois os processos 
produtivos têm, crescentemente, se apoiado e dependido de atividades baseadas em 
conhecimento, no qual a proporção de trabalho que simplesmente “manuseia” bens 
tangíveis, ao longo do processo produtivo, tem se tornado cada vez menos significativa do 
que a proporção de trabalho responsável pela produção, distribuição e processamento do 
conhecimento. Cavalcanti e Gomes (s.d, p. 1) descrevem que: 
A competitividade das empresas brasileiras sempre esteve baseada em vantagens 
comparativas oriundas de fatores clássicos de produção – terra, capital e trabalho. Na 
nova economia estas vantagens deixam de ser relevantes diante do novo fator de 
produção: o conhecimento. 
 
Assim, o crescimento das atividades e dos setores “intensivos de conhecimento” tem 
caracterizado os processos de desenvolvimento nas últimas décadas. Dessa forma, torna-se 
relevante compreender o papel do conhecimento e de sua produção nas atividades 
econômicas que demandam novas teorias, novas capacidades de pensamento, novas 
capacidades de transformar dados caóticos em informação útil e novos níveis de informação. 
 
 
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16
Davenport (1998) considerou que o processo de gestão do conhecimento pode ser divididoem três subprocessos: geração, codificação e transferência do conhecimento (Figura 3). 
Figura 1 – Subprocessos de Gerência do Conhecimento 
Fonte: Davenport (1998) 
Figura 3 – Subprocessos da Gestão do Conhecimento 
 
A codificação do conhecimento é, basicamente, um processo de redução e conversão que 
implica sua transformação em informação. Tal processo permite que a transferência, 
tratamento e reprodução do conhecimento (agora transformado em informação) se tornem 
tarefas relativamente simples. Tal conhecimento – codificado – se expressa numa forma 
padronizada e compacta de maneira a minimizar o curso de tais atividades, que, por sua vez, 
são radicalmente alteradas pela infraestrutura e tecnologia da informação e comunicações. 
Essa mudança vai delineando um novo perfil produtivo e tecnológico para as organizações 
estabelecendo assim a economia baseada no conhecimento, cuja base está nas novas 
tecnologias - indústrias de software, computação, biotecnologias, tecnologia da informação e 
internet - designada como Revolução Informacional. 
Dessa forma, a economia baseada em conhecimento é uma economia onde a criação e uso 
do conhecimento são peças fundamentais nas decisões e no crescimento econômico em 
que, também, conta com as novas fontes de vantagens competitivas como a capacidade de 
inovar e criar novos produtos e explorar novos mercados. 
Geração Codificação 
Transferência 
 
 
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17
Assim, as atividades que agregarão mais valor, que gerarão mais riqueza para os indivíduos 
e a sociedade, serão aquelas geradas pela inovação, e esta principalmente pela capacidade 
de usar o conhecimento agregado aos produtos e serviços oferecidos. Esse cenário se 
aplica a todas as organizações, sejam elas: de alta tecnologia, manufatura, serviços, varejo 
ou agricultura, governamentais e não governamentais. 
A economia do conhecimento desenha uma nova divisão internacional do trabalho, entre os 
países que se concentram intangíveis, como – pesquisa e desenvolvimento, design, 
advocacia, contabilidade, publicidade, sistemas de controle – e os que continuam com 
tarefas centradas na produção física. Onde antigamente tínhamos a produção de matérias- 
primas num pólo, e produtos industriais no outro, hoje se tem uma divisão mais fortemente 
centrada na divisão entre produção material e produção imaterial. 
Segundo Matos e Guimarães (2005) a nova Economia Baseada no Conhecimento é definida 
como aquela em que a geração e a utilização do conhecimento desempenham um papel 
predominante na criação do bem estar social. 
Além disso, segundo o autor, estima-se que, na maioria dos países desenvolvidos, mais de 
50% do PIB são gerados sobre a base de investimentos em produtos, isto é, bens e serviços 
de alta tecnologia, fundamentalmente em tecnologia da informação e comunicações (TIC). 
Dessa forma, os investimentos crescentes em equipamentos de informática, pesquisa e 
desenvolvimento (P&D) e em formação técnica manifestam a crescente importância do 
conhecimento e de sua gestão para o desenvolvimento econômico dos países. 
 
Os Fatores que Compreendem a Nova Economia do Conhecimento 
As mudanças relacionadas ao tratamento do conhecimento - devido ao desenvolvimento das 
novas tecnologias da informação, estão possibilitando a manipulação, armazenagem e 
distribuição do conhecimento codificado de forma cada vez mais rápida, com maior qualidade 
e para um maior número de pessoas. Têm transformado e gerado as formas de trabalho, 
bem como, os cenários econômicos nos quais a chave para se criar emprego e melhorar a 
 
 
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18
qualidade de vida está baseada em ideias inovadoras aplicadas a novos produtos, processos 
e serviços. 
Diante do exposto, observa-se, também, que essa nova economia pode ser caracterizada 
como uma economia cujo risco, insegurança e constante mudança deixam de ser uma 
exceção para torna-se uma regra. O Quadro 2 apresenta, de forma esquemática, as chaves 
da velha e nova economia. 
 
Aspectos determinantes Velha economia Nova economia 
Características Gerais 
Mercados Estáveis Dinâmicos 
Âmbito de competitividade Nacional Global 
Estrutura Organizacional Hierárquica e Burocrática Em rede 
Indústria 
Organização da produção Produção em massa Produção flexível 
Principais motores do 
crescimento 
Capital e mão de obra Inovação e Conhecimento 
Principais motores 
tecnológicos 
Mecanização Digitalização 
Fontes de Vantagem 
Competitivas 
Redução de custos via 
economias 
Inovação, qualidade, tempo 
de acesso a mercados 
Importância da pesquisa e 
inovação 
Baixa à moderada Alta 
Relações com outras Muito pouco frequentes Alianças e parcerias 
 
 
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19
empresas 
Capital humano 
Objetivos políticos Pleno emprego Salários-renda mais 
elevados 
Competências Especificas ao posto de 
trabalho 
Competências genéricas 
Requisitos de educação Titulação ou técnica 
completa 
Formação contínua 
Relações de trabalho Chefe/empregado Colaborativas 
Emprego Estável Mercado por risco e 
oportunidades 
Governo 
Relações governo/empresa Requisitos positivos Fomentar as oportunidades 
de crescimento 
Regulamentação Dominar e controlar Flexibilidade 
Quadro 2 – A “Velha e a “Nova Economia” 
Fonte: Matos e Guimarães (2005, p.4) 
 
As últimas teorias econômicas apontam para o fato de que os investimentos em 
conhecimentos podem incrementar a capacidade produtiva dos outros fatores de produção, 
assim como transformá-los em novos produtos e processos. Mas, o problema gerado na 
nova economia do conhecimento é em relação à valoração do retorno dos investimentos 
feitos em conhecimento. Essa é uma questão posta atualmente para os economistas, para a 
análise da evolução da nova economia. 
 
 
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Assim, as mudanças conceituais da economia requerem novos indicadores que permitam 
atribuir valor à situação econômica, ao longo do tempo e do espaço, com a complexidade 
que supõe medir uma variável com tanto peso atualmente quanto o conhecimento. 
Nesse novo cenário econômico o conhecimento e a inovação desempenham papel 
fundamental e ambos os fatores estão interrelacionados. Além disso, a produtividade e o 
crescimento estão baseados no progresso técnico e na acumulação de conhecimentos. 
Conclui-se então, que a nova economia do conhecimento é baseada em investimentos 
focados em ativos fixos (equipamentos de informática) e em ativos intangíveis (educação, 
pesquisa e desenvolvimento, software). Além disso, observa-se um aumento no grau de 
formação da população e um crescimento das indústrias baseadas no conhecimento, como 
por exemplo, indústrias de alta intensidade tecnológica e/ou com pessoal altamente 
especializado. 
 
 
 Fórum: Qual o perfil do profissional na nova Economia do Conhecimento? 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: Explicar as dimensões de uma organização do conhecimento e identificar as 
práticas de gestão existentes em uma organização baseada no conhecimento. 
Modelos Atuais de Gestão nas Organizações: Dimensões Interagentes e Interdependes 
na Organização Baseada em Conhecimento 
 
Em uma organização um modelo simplifica a realidade e transmite, com mais clareza, as 
relações complexas de forma fácil para o entendimento. Observa-se a importância dos 
modelos para a representação precisa das ações dos administradores, procurando refletir 
toda a realidade organizacional, esperando que sejam contemplados todos os elementos 
básicos existentes na organização – as tarefas, estrutura, pessoas e tecnologia. 
Considerando as organizações, como conjuntos vivos e com sistemas interligados entre si, 
com a finalidade de executar as operações divididas em tarefas,pode-se atuar no mínimo 
em três dimensões, promovendo mudanças na estrutura, engendrando um novo sistema de 
autoridade, de fluxos e processos do trabalho e de sistema de comunicação. 
Dessa forma, esse estudo focará o modelo de uma organização do conhecimento composto 
de três dimensões interagentes e interdependentes: a dimensão infraestrutura 
organizacional, a dimensão pessoas e a dimensão tecnologia (Figura 4). 
 
 
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Figura 4 – Modelo de Organizações do Conhecimento 
Fonte: Adaptado de Angeloni et. al. (2008) 
 
A. A Dimensão Infraestrutura Organizacional 
A dimensão intraestrutura organizacional deve ser desenvolvida para que as organizações 
estejam aptas para competir no mercado atual. As variáveis relevantes a serem 
implementadas inicialmente nas organizações Angeloni et. al. propõem a visão holística, a 
cultura, o estilo gerencial e a estrutura (Figura 5). 
 
pesso
Infraestrutura 
organizacional 
Tecnologia 
 
 
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Figura 5: Variáveis da Dimensão Infraestrutura Organizacional 
Fonte: Angelioni et al (2008, p. 8) 
 
B. Dimensão Pessoas 
A dimensão pessoas está focada nas características pessoais relacionadas ao conhecimento 
dos indivíduos em uma organização. As variáveis que compõem a dimensão pessoas são: 
aprendizagem, modelos mentais, compartilhamento, criatividade e inovação e intuição 
(Figura 6). 
Estilo gerencial 
Organizações 
do 
Conhecimento 
Cultura 
Visão holística 
Estrutura 
Infraestrutura 
Organizacional 
 
 
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Figura 6: Variáveis da Dimensão Pessoas 
Fonte: Angelioni et. al. (2008, p.9) 
 
Em uma organização de conhecimento faz-se necessário uma visão de totalidade em que a 
integração dos vários níveis de conhecimento e de expressão, à ação coordenada de todos 
os indivíduos e ao desenvolvimento de suas habilidades e competências. 
Para Drucker (1993) as organizações devem atribuir ênfase aos recursos humanos nas 
organizações. O autor destaca que poder econômico e de produção das empresas repousa 
muito mais nas suas capacidades intelectuais (conhecimento desenvolvido pelas pessoas) e 
de serviços do que em seus ativos imobilizados. 
Sveiby (1998, p.33), descreve como os indivíduos estão inseridos nas organizações do 
conhecimento: 
[...] o poder não vem mais do nível hierárquico, mas sim do próprio conhecimento, que 
passa a estabelecer novos perfis profissionais para os trabalhadores do 
conhecimento. As relações entre as pessoas, fornecedores e clientes assumem outra 
Criatividade e Inovação 
Compartilhamento 
Organizações 
do 
Conhecimento 
Aprendizagem 
Modelos mentais 
Intuição 
Pessoas 
 
 
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dimensão nas organizações do conhecimento: estes passam a ser componentes 
importantes do capital intelectual, criadores de conhecimento e cujas relações são 
geradoras de competências organizacionais distintivas. 
 
Drucker (1993) e Crawford (1994) enfatizam o novo perfil dos trabalhadores na era do 
conhecimento: o primeiro cunhou a expressão “trabalhadores do conhecimento e o segundo 
sugere um novo modelo financeiro no qual sejam incluídos o valor dos “Ativos do capital 
humano”. 
 Sveiby (1998) complementa que a geração de receitas nas organizações do conhecimento 
ocorre através das pessoas que criam o conhecimento, base da inovação e da 
competitividade. Para ele grande parte destas relações deixa de ser unidirecional e passa a 
ser interativa, através de redes (networks) e o aprendizado não se limita mais apenas à 
aplicação de novas ferramentas, mas também se volta para a criação de novos ativos, 
sobretudo de natureza intangível. 
Angelioni et al. (2008) afirmam que a figura do líder e seu perfil funcional assumem novas 
formas, bem como, a capacidade de desenvolver uma visão compartilhada com objetivos 
comuns entre pessoas, atuando de forma agregadora, de trazer à tona modelos mentais 
vigentes focando a maneira pela qual as pessoas entendem e explicam a realidade e de 
incentivar padrões mais sistêmicos de pensamento com uma visão holística que envolve 
habilidades fundamentais como enxergar inter-relações e processos, distinguir a 
complexidade de detalhes da complexidade dinâmica. 
A dimensão humana do homem destaca a necessidade de ser considerar o agente humano 
nas organizações com artífice criador do conhecimento, em que as organizações devem 
proporcionar condições pertinentes ao trabalho criativo para que o processo de inovação seja 
um elemento inerente as organizações e assim ter maior poder de competitividade. 
 
 
 
 
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C. Dimensão Tecnológica 
A dimensão tecnológica refere-se as ferramentas desenvolvidas para criar, armazenar, 
resgatar e distribuir conhecimentos, tais como: computadores, redes e softwares. Essas 
tecnologias da informação podem trabalhar de forma integrada para gerenciar o 
conhecimento acumulado e em desenvolvimento, como exemplo pode-se citar: data 
warehouse, workflow, o gerenciamento eletrônico de documentos (GED), business 
intelligence e os portais de conhecimento como apresentados na Figura 7. 
Figura 7: Variáveis da Dimensão Tecnologia 
Fonte: Angelioni et. aL. (2008, p.9) 
 
Práticas de Gestões aplicadas às Organizações do Conhecimento 
Sabe-se que as organizações que desenvolvem a Gestão do Conhecimento adotam em suas 
práticas administrativas e apresentam características próprias e específicas, que tornam 
possível o surgimento de ambientes de trabalho que favorecem o autodesenvolvimento, a 
inovação, o aperfeiçoamento contínuo e a melhoria de serviços e produtos. 
Organizações 
do 
Conhecimento 
Workflow 
Redes 
GED/EED 
Tecnologia 
portais 
Business 
Intelligence 
 
 
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Além disso, as organizações sofrem influências dos seus meios externos e internos, das 
tecnologias das quais dependem para o desenvolvimento de seu produto e serviços, do 
mercado, de seus consumidores e clientes, de seu corpo técnico e gerencial, como 
apresentado na figura. 
Assim, para desenvolver de forma eficaz o modelo de gestão que compreende a dimensão 
de infraestrutura, a dimensão de pessoas e a dimensão tecnológica nas organizações do 
conhecimento, faz-se necessário a associação dos outras práticas de gestão, tais como: 
Capital Intelectual, Inteligência Competitiva, Gestão do Conhecimento Estratégico, 
Aprendizagem Organizacional, Gestão de Pessoas, Cultura Organizacional, Processo de 
Comunicação, Gestão de Arquivos, Documentação, Gestão de Tecnologias, Gestão de 
Inovação, Educação Corporativa, Gestão de Documentos Eletrônicos (Figura 8). 
A maneira de se reagir às influências insere as organizações nos diversos estágios do 
caminho para a Gestão em Conhecimento. Para que exista aderência das práticas de gestão 
a alta direção da organização precisa estar atenta permanentemente aos fatores que 
acontecem nos ambientes externos, internos e das práticas gerenciais, de forma a garantir 
que a empresa se transforme num verdadeiro sistema. 
 
 
 
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28
Figura 8 – A Empresa e as Influências que ela sofre 
Nessa unidade foram analisadas às dimensões pessoas, a infraestrutura e tecnologias 
existentes nas Organizações do Conhecimento, bem como as práticas de gestão que dão 
suporte ao processo de Gestão do Conhecimento e que, também, estão relacionadas às 
dimensões existentes nas organizações. Dessa forma, nas próximas unidades serão 
aprofundados os aspectos relacionados às práticas de gestão e as tecnologias da 
Mercado e Concorrência 
Tecnologia 
Consumidores e Clientes 
AMBIENTE 
EXTERNO 
Alta Gerência Corpo Gerencial 
Corpo Técnico eAdministrativo 
AMBIENTE 
INTERNO Empresa 
Conhecimento 
Práticas de Gestão 
Capital Intelectual 
Inteligência Competitiva 
Gestão do Conhecimento Estratégico 
Aprendizagem Organizacional 
Gestão de Pessoas 
Cultura Organizacional 
Processo de Comunicação 
Gestão de Arquivos, Documentação... 
Gestão de Tecnologias 
Gestão de Inovação 
Educação Corporativa 
Gestão de Documentos Eletrônicos 
AMBIENTE 
INTERNO 
 
 
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informação que podem ser aplicados no desenvolvimento do processo da Gestão do 
Conhecimento nas organizações. 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: Apresentar uma abordagem como o conhecimento está ensejando rápidas 
mudanças nas organizações, em suas estruturas, nas estratégias de negócios, nas formas 
de gestão e redes de relacionamento. 
Gestão do Conhecimento - Processo de Conversão do Conhecimento 
 
Para entender a gestão do conhecimento faz-se necessário definir o que é conhecimento. 
Contudo, é preciso distinguir os termos: dados, informação e conhecimento, bem como 
compreender os tipos de conhecimento existentes em uma organização. O conceito de 
dados, informação e conhecimento já foi trabalhado no módulo “Sistemas de Informações 
Gerenciais”. Contudo, faz-se necessário reforçar o conceito, pois esses elementos compõem 
a base da prática Gestão de Conhecimento. 
Dados referem-se a elementos descritivos de um evento e não necessitam de qualquer 
tratamento lógico ou contextualização. Eles comunicam um estado da realidade pura e têm 
base factual. 
A origem etimológica da palavra informação é o vocábulo latino informatio, que designa a 
ação de informare (dar forma, moldar) corresponde a uma representação mental do mundo 
empírico. 
A construção de uma informação envolve atividades como: coleta, classificação e 
aglutinação de dados. Ao contrário dos dados a informação não possui sentido imanente, 
próprio, sendo sempre o produto de relações que lhe confere sentido e, portanto, utilidade. 
Dessa forma, a informação pode ser compreendida como um conjunto de dados 
selecionados, agrupados segundo um critério lógico para atingir um determinado objetivo. 
 
 
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O conhecimento envolve o agrupamento articulado das informações por meio de legitimação 
empírica, cognitiva e emocional. O termo conhecimento significa compreender todas as 
dimensões da realidade, capturando expressando essa totalidade de forma cada vez mais 
integral. Conhecimento é informação combinada com; experiência, contexto, interpretação e 
reflexão. É uma forma de informação de alto valor que está pronta para aplicar a ações e 
decisões. 
Nonaka e Takeuchi (1997) dividiram o conhecimento, que podem ser identificados em uma 
organização, em dois tipos: o formal ou explicito e o tácito ou informal: 
O conhecimento formal ou explicito encontra-se materializado nos livros, manuais, 
documentos, periódicos, base de dados, repositórios etc. Por ser um produto concreto, ele 
normalmente é captado pelas organizações. 
O conhecimento informal ou tácito é aquele gerado e utilizado no processo de produção do 
conhecimento formal, constituindo-se de ideias, fatos, suposições, decisões, questões, 
conjecturas, experiências e pontos de vista. Por conter a inteligência do conhecimento 
formal, ele é um ativo patrimonial de imenso valor, apesar de se perder ao longo do tempo 
por falta de mecanismos para que seja coletado, estruturado, compartilhado e reutilizado. 
Portanto, gerenciar o conhecimento formal e informal em uma organização é o grande 
desafio a ser vencido. 
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997) as duas formas de interação, entre o conhecimento 
tácito e o conhecimento explícito e entre o indivíduo e a organização, realizarão quatro 
processos principais da conversão do conhecimento (Figura 9) que, juntos, constituem a 
criação do conhecimento apresentados a seguir: 
 
 
 
 
 
 
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32
 
Figura 9 – Os Quatro Processos de Conversão do Conhecimento 
Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997) 
 
1. do tácito para o explícito (externalização) - processo de articulação do conhecimento 
tácito em conceitos explícitos, ou seja, de criação do conhecimento perfeito, à medida 
que o conhecimento tácito se torna explícito, expresso na forma de analogias, 
conceitos, hipóteses ou modelos; 
2. do explícito para o explícito (combinação), cujo modo de conversão do conhecimento 
envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito, ou seja é a 
sistematização de diferentes conhecimentos explícitos; 
3. do explícito para o tácito (internalização), que é o processo de incorporação do 
conhecimento explícito no conhecimento tácito; 
4. do tácito para o tácito (socialização), que é um processo de compartilhamento de 
experiências e, a partir daí, de criação do conhecimento tácito, como modelos mentais 
ou habilidades técnicas compartilhadas. 
 
Conheciment
o Tácito 
Conhecimento 
Tácito 
Conhecimento 
Explicito 
Conhecimento 
Explicito 
 
Socialização 
 
 
 
Externalização 
Internalização Combinação 
 
 
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33
Esse modelo é adotado por diversos autores como ponto de partida principalmente para a 
classificação dos tipos de conhecimento e nos processos de conversão envolvidos a estes, 
pois dificilmente será possível gerenciar o conhecimento sem desenvolver as seguintes 
fases: a) Captação do conhecimento; b) Inventário do conhecimento; e c) Transferência do 
conhecimento. 
Choo (1998) distingue, além dos conhecimentos: tácito e explícito, o cultural. O 
conhecimento cultura é composto das estruturas afetiva e cognitiva que são usadas 
habitualmente pelos membros de uma organização a fim de perceber, explicar, avaliar e 
construir a realidade da organização incluindo suposições e crenças, bem como as 
convenções e expectativas utilizadas para atribuir valor e significado à informação nova. 
Estes valores, crenças e normas compartilhadas estabelecem o referencial em que os 
membros de uma organização constroem a realidade, reconhecem uma informação nova e 
avaliam interpretações e ações alternativas. 
Segundo Sackmann (1992) existem quatro tipos de conhecimento cultural em uma 
organização: 
 conhecimento de dicionário que descreve “o que” de situações de situações. Identifica 
o é considerado um problema ou o que é considerado um sucesso; 
 conhecimento de diretório que se refere às práticas comuns e é conhecimento sobre 
as sequências de eventos e suas relações de causa e efeito que descrevem o “como” 
dos processos, semelhante a como um problema é resolvido ou como o sucesso é 
alcançado; 
 conhecimento de manual que engloba as prescrições para compor e aperfeiçoar 
estratégias que recomendam qual ação deve ser tomada, por exemplo, para resolver 
um problema ou tornar-se um sucesso; 
 conhecimento axiomático refere-se às razões e explanações das causas finais ou das 
premissas a priori que são consideradas no “por que” eventos acontecem. 
 
 
 
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Auditore (2002) apresenta uma classificação de tipo de conhecimento em que considera 
idêntico conceito do conhecimento tático e desdobrando o conhecimento explicito em duas 
categorias: o explicito propriamente dito (livros, email, banco de dados) e o embutido 
(conhecimentos encontrados em processos, produtos e serviços da organização). 
Assim, identificar e compreender os tipos de conhecimento em uma organização é 
necessário, pois gestão do conhecimento envolve o gerenciamento e ativos intangíveis de 
diferentes naturezas: pessoas, conhecimentos tácitos, explícitos, individuais, organizacionais 
e de redes. E, também, conhecimentos estruturais, que servem de base tecnológicapara a 
estocagem, a melhoria e o fluxo dos bens intangíveis. 
 
Gestão de Conhecimento 
A gestão do conhecimento organizacional é um conjunto de processos que governa a 
aquisição, a criação, o compartilhamento, o armazenamento e a utilização do conhecimento 
no âmbito das organizações, de forma a atingir seus objetivos, ou seja, é uma forma de olhar 
a organização, em busca de pontos dos processos de negócio em que o conhecimento 
possa ser usado como vantagem competitiva. 
Dessa forma, a capacidade de lidar, de forma criativa, com as diferentes dimensões do 
conhecimento útil, oriundo da experiência, da análise, da pesquisa, do estudo, da inovação, 
da criatividade, enfim, conhecimento sobre o mercado, a concorrência, os clientes, os 
processos de negócio, a tecnologia e tudo mais que possa trazer vantagem competitiva para 
a organização. Esse processo envolve a sua criação, a partir de dados, sua transformação 
em informações, e, a partir da análise dessas informações, sua transformação em 
conhecimento propriamente dito. A eficácia do conhecimento depende de sua 
contextualização, categorização, armazenamento, uso e disseminação, correção, compilação 
e reutilização. 
Segundo Miranda (2004, 72) “gestão do conhecimento é o processo de criação, captura, 
assimilação e disseminação de conhecimento tácito extrínseco individual, integrando-o ao 
 
 
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conhecimento organizacional, a fim de que seja utilizado como subsidio útil às diversas 
atividades desenvolvidas no âmbito da organização.” 
Assim, iniciativas voltadas para a gestão do conhecimento podem trazer benefícios para: 
 tomada de decisão; 
 gestão dos clientes; 
 respostas às demandas de mercado; 
 desenvolvimento de habilidades dos profissionais; 
 produtividade; 
 lucratividade; 
 compartilhamento das melhores práticas; e 
 redução de custos. 
 
Para definição dos objetivos no processo de gestão do conhecimento, é preciso ter uma 
visão macro da missão da organização e de sua ambiência. Uma das maneiras de iniciar 
este processo é desenvolvendo uma análise de diagnóstico da situação atual, que pode ser 
realizado mediante resposta às seguintes perguntas, apresentadas por Moresi (2001): 
 Quais as categorias de conhecimento que são necessárias para apoiar as estratégias 
da organização? 
 Qual é o estado atual do conhecimento no âmbito da organização? 
 Como reduzir as lacunas existentes nos processos? 
 Como deve ser gerenciado o conhecimento para assegurar o seu máximo retorno? 
 
 
 
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A primeira pergunta é a mais crítica por requerer uma revisão completa da cadeia de valores 
da organização visando a estabelecer quais departamentos e atividades são mais relevantes 
no cumprimento de sua missão. Além disto, é preciso determinar como uma base de 
conhecimento representará um impacto positivo na organização. (MORESI, 2001). 
Para a segunda pergunta, Segundo Moresi (2001) a organização deve examinar os 
seguintes aspectos: 
 como é o acesso rotineiro ao conhecimento; 
 qual a importância do conhecimento nas estratégias da organização; 
 onde estão localizadas as fontes potenciais de produção do conhecimento; e 
 identificar o conhecimento relevante que não é gerado internamente. 
 
A terceira pergunta apresenta um grande desafio para os gestores do conhecimento, o de 
descobrir maneiras de transformar o estado atual da base de conhecimento da organização 
em uma nova e poderosa ferramenta. Além disto, a redução do hiato pode ser atingida, 
inicialmente, por meio de contato pessoal ou remoto das pessoas envolvidas na produção e 
na utilização do conhecimento (MORESI, 2001) 
A última pergunta de acordo com Moresi (2001) não possui resposta certa ou errada. As 
soluções a serem implementadas dependerão de fatores tais como o tipo de organização, a 
cultura organizacional e as necessidades. Todavia, a gestão efetiva do conhecimento deve 
ser direcionada para aquelas soluções que consigam abranger todo o sistema: organização, 
público interno e tecnologia. 
A partir destas perguntas é possível desenvolver um planejamento para se obter o 
gerenciamento efetivo do conhecimento. Para Moresi (2001) Inicialmente, não deve existir 
preocupação com o desenvolvimento de metodologias e de ferramentas de apoio ao 
gerenciamento, mas com a implantação de um projeto de gestão que vincule o conhecimento 
aos objetivos estratégicos da organização. 
 
 
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Com base nos objetivos definidos, Moresi (2001) apresenta várias ações (Figura 10) que 
devem ser executadas em atividades de gestão do conhecimento: 
 descobrir conhecimentos (experiências, práticas otimizadas) de modo que todo 
indivíduo possa usá-los no contexto dos papéis da organização; 
 assegurar que o conhecimento esteja disponível com oportunidade nos locais de 
tomada de decisão; 
 assegurar que o conhecimento esteja disponível com oportunidade sempre que for 
necessário no contexto dos processos organizacionais; 
 facilitar o desenvolvimento efetivo e eficiente de conhecimentos novos (aprendizado 
baseado em casos históricos); 
 assegurar que os conhecimentos novos sejam distribuídos a todos os segmentos da 
organização envolvidos em sua utilização; 
 assegurar que todo o público interno da organização saiba onde os conhecimentos. 
Figura 10 – Ações básicas para Gestão do Conhecimento 
Fonte: Adaptado de Moresi (2001) 
 
Conhecimento 
Oportunidade Localização 
Forma Conteúdo 
 
 
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38
Diante do exposto, observa-se a gestão do conhecimento é uma prática que possui como 
tarefa relevante a transformação da informação em conhecimento que possibilite perceber as 
ameaças e oportunidades e iniciar ações que viabilizem o uso desse conhecimento como 
vantagem competitiva. Dessa forma, gestão do conhecimento complementa e aprofunda 
outras práticas de gestão. Dentre as práticas estão: a gestão da qualidade, a reengenharia 
de processos e o aprendizado organizacional para sustentar a posição competitiva das 
organizações. 
 
 
Atividade: Aplique, no seu ambiente organizacional, as questões propostas por Moresi (2001) 
apresentada nesta unidade para que você possa perceber o processo inicial do mapeamento 
na Gestão do Conhecimento. 
 
 
 
 
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39
UNIDADE 5 
Objetivo: Mostrar a importância da organização que utiliza o capital intelectual como parte de 
sua estratégia promovendo a transferência de conhecimento e o desenvolvimento das 
competências, criando com isso, uma poderosa vantagem competitiva. 
Prática de Gestão do Conhecimento: Capital Intelectual 
 
Capital Intelectual é a soma do conhecimento de todos os colaboradores em uma 
organização, o que lhe proporciona vantagens competitivas; é a capacidade mental coletiva, 
a capacidade de criar continuamente e proporcionar valor de qualidade superior. 
Assim, o Capital Intelectual é criado a partir do intercâmbio entre: capital humano e a 
capacidade organizacional que uma empresa possui de suprir as exigências do mercado. 
Seu desenvolvimento está nas habilidades dos funcionários, em seus conhecimentos tácitos 
e nos obtidos nas suas informações profissionais, na busca permanente de atualização de 
saber, nas informações alcançáveis, nas informações documentadas sobre clientes, 
concorrentes, parceiros e fornecedores, nas competências sociais e motivações da 
administração e de seus funcionários, além das patentes e direitos autorais e domínio das 
tecnologias existentes na organização. Isso significa que ele é a fonte de inovação e 
renovação da companhia. 
Essencialmente diz respeito às pessoas, seu intelecto, seus conhecimentos e experiências 
(Figura11). É importante saber que a definição de capital intelectual engloba todos os ativos 
intangíveis em uma organização. 
 
 
 
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Figura 11 - Conhecimento 
 
Dessa forma, todo e qualquer ativo intangível de uma organização, podem ser tratados como 
capital intelectual, inclusive conhecimento. Conhecimento sobre a tecnologia, conhecimento 
sobre processos de negócio, conhecimento sobre concorrência e produtos. 
A dificuldade das organizações é conseguir transformar o conhecimento tácito (aquele 
referente à experiência individual das pessoas) em explícito (que se pode encontrar em livros 
e palestras), de modo a agregar valor aos produtos ou serviços prestados. 
 
O Valor dos Ativos Intangíveis 
Ativo pode ser definido como: o conjunto de bens e direitos à disposição de uma entidade ou 
recursos controlados pela entidade, capazes de gerar fluxos de caixa. Os ativos 
compreendem os ativos intangíveis e ativos tangíveis. 
Os ativos intangíveis são importantes fatores de diferenciação e, dessa forma, contribuem 
sobremaneira para a obtenção de importantes vantagens competitivas. Isso se deve à 
característica fundamental de todo ativo intangível: sua singularidade, pois os ativos 
tangíveis como: máquinas, equipamentos, fábricas, etc., são adquiridos com relativa 
 
 
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facilidade, desde que a empresa possua os recursos financeiros para tal. Já os ativos 
intangíveis, por outro lado, são únicos e de propriedade de uma única organização. 
Os ativos intangíveis podem ser definidos como: 
 capital intelectual, humano, relacional, estrutural, social; 
 propriedades intelectuais e ativos do conhecimento; 
 stakeholders, recursos humanos, infraestrutura, cultura, práticas e rotinas e 
propriedade intelectual. 
 
Existem, também, algumas classificações em categorias, como por exemplo: capital humano, 
capital da informação e capital organizacional (Figura 12). 
Figura 12 – Os capitais de uma organização. 
 
Os ativos intangíveis, também, são conhecidos como recursos. Recursos incluem todos os 
ativos, competências, processos organizacionais, atributos, informação, conhecimento e 
outros fatores controlados pela organização. 
Capital 
Humano 
Capital 
da 
informação 
Capital 
Organizacional • Talento; • Habilidades; e 
• Conhecimento 
dos 
 Empregados. 
• Infra-estrutura 
tecnológica; 
• Redes; 
• Bancos de dados; e 
• Sistemas de informação. 
• Trabalho em equipe; 
• Liderança; 
• Alinhamento dos empregados; e 
• Gestão do conhecimento. 
 
 
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42
Para que uma organização possa sustentar uma vantagem competitiva por longo período de 
tempo, esses recursos precisam ser valiosos, raros, inimitáveis e insubstituíveis. 
Os ativos tangíveis, como computadores e automóveis, devido ao seu uso sofrem 
depreciação, mas existe uma grande diferença quanto aos ativos intangíveis, pois o 
conhecimento perde o seu valor quando não é utilizado. 
Neste enfoque pode-se observar outra característica interessante em relação ao 
conhecimento, por exemplo, se você transfere seu conhecimento à outra pessoa, ela ganhou 
e você não o perdeu. 
Dessa forma, o conhecimento de um indivíduo é um ativo intangível, que é de sua única 
propriedade e serve de base para as suas atividades do dia a dia. Ele servirá também para o 
crescimento da empresa, caso ela tenha implementado processos de gestão do 
conhecimento, fazendo com que este conhecimento seja registrado, divulgado e gere novos 
conhecimentos, criando com isso uma vantagem competitiva e fique mais preparada para 
enfrentar mudanças e incertezas. 
 
 
 Está disponível na pasta Estudo Complementar o arquivo “quadro_intagiveis.doc” contendo 
uma proposta de classificação de bens intangíveis. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: Compreender o desenvolvimento do processo de Inteligência Competitiva nas 
organizações, bem como, as ferramentas utilizadas por ela. 
Inteligência Competitiva e Vigilância Tecnológica 
 
Inteligência competitiva está relacionada à noção de processo e seu objetivo é agregar valor 
à informação, fortalecendo seu caráter estratégico, catalisando, assim, o processo de 
crescimento organizacional, permeando todo o ambiente da organização (CANONGIA, 1998, 
p.2-3). Nesse sentido, a coleta, o tratamento, a análise e a contextualização de informação 
permitem a geração de produtos de inteligência, que facilitam e otimizam a tomada de 
decisão no âmbito tático e estratégico da organização. 
Além disso, a Inteligência Competitiva desenvolve atividades relacionadas à adoção de 
ferramentas que permitam monitorar o mercado e a concorrência. Seu foco está nas 
estratégias da organização. 
Pode-se afirmar que Inteligência Competitiva é um conjunto de capacidades próprias 
mobilizadas por uma entidade lucrativa, destinadas a assegurar o acesso, capturar, 
interpretar e preparar conhecimento e informação com alto valor agregado para apoiar a 
tomada de decisão requerida pelo desenho e execução de sua estratégia competitiva. 
Tyson (1998), como ponto de partida, indica que Inteligência Competitiva é análise do 
princípio ao fim, em um processo que envolve coleta de informação sobre competidores, 
consumidores, fornecedores, possíveis concorrentes, possíveis associações e alianças 
estratégicas. 
Entende-se o processo de Inteligência Competitiva, que é o foco nas informações do meio 
ambiente, como parte do processo de Inteligência Organizacional, a partir de uma visão de 
 
 
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gestão estratégica. Portanto, as organizações trabalham com dados, informações e 
conhecimento estruturados, estruturáveis e não estruturados que são descritos a seguir: 
 
a) Dados, informações e conhecimento estruturados 
São aqueles acessados dentro ou fora da organização e podem ser entendidos como 
aqueles que compõem: bancos e bases de dados internos e externos, redes de comunicação 
como Internet, Intranet’s, publicações impressas e outros. 
 
b) Dados, informações e conhecimento estruturados 
Basicamente são aqueles produzidos pelos diversos setores da organização, porém sem 
seleção, tratamento e acesso. Como exemplo pode-se citar: cartões de visita, colégio 
invisível, nota fiscal, atendimento ao consumidor, entre outros. 
 
c) Dados, informações e conhecimento não estruturados 
São aqueles produzidos externamente à organização, porém sem filtragem e tratamento. 
Exemplos: informações veiculadas na mídia, mais especificamente TV e rádio, boatos, 
acontecimentos sociais e políticos. 
Para facilitar a continuidade ao assunto, referente ao processo de tratamento do dado, 
informação e conhecimento em uma organização, apresenta-se duas situações: Situação A e 
Situação B, referentes as empresas que investem em novos produtos. 
 
 
 
 
 
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Situação A 
As empresas europeias perdem 20 bilhões de dólares americanos por ano em inovações e 
inventos que já foram patenteados. Muitas Empresas na Europa, nos Estados Unidos e em 
outros países desenvolvem programas de pesquisa para tentar criar novos produtos que 
possam ser patenteados. Dessa forma, investem recursos financeiros e despendem tempo 
e esforços. Quando resolvem patentear, frequentemente são surpreendidas com a 
resposta de que esses produtos já existem. Isto representa muitas perdas, pois as 
empresas repetem um trabalho que com um bom sistema de vigilância de documentação 
não iriam repetir. 
 
Situação B 
No Japão, onde a cultura de vigilância tecnológica está bem disseminada, para produzir um 
novo produto ou iniciar um novo projeto de pesquisa geralmente a etapa inicial é a vigilância 
tecnológicae comercial. Ter um projeto e pretender levá-lo adiante implica descobrir antes: 
O que já foi feito? O que fizeram os concorrentes? Que documentação existe? Que artigos 
existem? Que patentes existem? Os japoneses possuem um processo disciplinado cuja 
primeira fase é a de vigilância tecnológica e comercial. Depois, assimilam as tecnologias 
que se encontram desenvolvidas para criar e melhorar o produto novo, para finalmente 
comercializá-lo. 
 
Verifica-se nas situações apresentadas acima que o uso, a administração e o fornecimento 
de pesquisas de informações desempenham um papel relevante no desenvolvimento das 
organizações e nas ações de inovação para as empresas. Esse conjunto de dados permite 
que se tenham informações nacionais e internacionais úteis a respeito dos concorrentes, 
fornecedores, mercados e inovações tecnológicas. Por meio dessas informações, as 
empresas conectam-se com as necessidades dos clientes e com novas tecnologias, o que 
auxilia na implementação de ações de inovação no mercado com uma baixa taxa de risco. 
 
 
 
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O processo descrito no parágrafo anterior é chamado de Inteligência Competitiva, entendido 
como: um processo voluntário e coletivo com o qual as organizações trabalham informações 
de uma maneira ativa. Essas informações são utilizadas para que as organizações se 
antecipem às mudanças socioeconômicas da sociedade e criem oportunidades de ações de 
negócio. 
Segundo a Associação Brasileira dos Analistas em Inteligência Competitiva (acesso em: 17 
jan. 2008) a Inteligência Competitiva é um processo proativo que conduz à melhor tomada de 
decisão, seja ela pela estratégia, seja operacional. É um processo sistemático que visa 
descobrir as forças que regem os negócios, reduzir riscos e conduzir o tomador de decisão 
agir antecipadamente, bem como proteger o conhecimento gerado. 
Dessa forma, a Inteligência Competitiva necessita desenvolver ações que visem criar uma 
cultura informacional/intelectual na organização: 
 ter o mapeamento e a prospecção de dados, informações e conhecimento produzidos 
internamente e externamente à organização; 
 conhecer profundamente as pessoas chave da organização independentemente de 
cargos, assim como as pessoas estratégicas, fora da organização; 
 saber quais setores/instituições participam dos fluxos informacionais, formais e 
informais, tanto no ambiente interno quanto externo à organização; 
 estar sensíveis as necessidades informacionais dos clientes internos e externos, 
visando elaborar produtos e serviços informacionais de qualidade e direcioná-los de 
forma adequada e, finalmente diminuir o stress informacional da organização; 
 conhecer quais tecnologias e produtos estão sendo desenvolvidos, ou seja, quais 
linhas de pesquisa, com quais ferramentas, qual a infraestrutura, o que se publica e o 
que se patenteia; 
 saber distinguir as tecnologias emergentes daquelas que se tornaram ultrapassadas; 
 
 
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 conhecer o que fazem os competidores, o que pesquisam, onde patenteiam, aonde 
vão; 
 conhecer empresas que dominam uma determinada tecnologia. Saber que é o líder, o 
instituto, a universidade ou a empresa que pode ser contatado para se tentar 
conseguir tal vantagem; 
 avançar na qualidade dos serviços e melhorar a atenção ao cliente; 
 aumentar a capacidade competitiva por atividades desenvolvidas; 
 obter processos e estruturas flexíveis, com mecanismos rápidos de adaptação às 
novas condições de mercado; e 
 disseminar e transferir os dados, informações e conhecimento através de serviços e 
produtos de alto valor agregado para o desenvolvimento competitivo e inteligente das 
pessoas e da organização. 
 
O modelo apresentado na Figura 13 mostra, de forma geral, o processo da Inteligência 
Competitiva que a organização deve gerenciar para obter competitividade empresarial. 
A Inteligência Competitiva possibilita o desenvolvimento da organização de forma contínua 
num mercado cada vez mais agressivo. 
Os dados, informações e conhecimento prospectados sobre empresas, produtos, mercados, 
materiais, processos, meio ambiente, tecnologia, pessoas, política, economia, finanças, 
comércio etc., têm a finalidade de dar maior segurança às direções perseguidas pela 
organização. 
Agregar valor é fundamental para que o processo de inteligência competitiva da organização 
seja efetivo. Outra questão importante para a inteligência competitiva é a validade dos dados, 
informações e conhecimento, isto é, realmente eles respondem as perguntas críticas do 
 
 
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negócio da organização quanto à consistência e confiabilidade, utilidade e obsolescência e, 
finalmente a confidencialidade exigida. 
 
Figura 13 - Processo de Inteligência Competitiva 
 
Desenvolvimento da Inteligência Competitiva 
O desenvolvimento do processo de Inteligência Competitiva é realizado utilizando-se as 
bases de dados existentes. As bases de dados - uma coleção de registros similares entre si 
e que contém determinadas relações entre esses registros de forma a permitir a recuperação 
da informação - armazenam os artigos técnicos científicos, como os que podem ser 
encontrados no Science Citation Index, na Medline, para medicina, e na Chemical Abstracts, 
Arquivos de 
Pessoas 
Outros 
Arquivos 
 
 
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na Compedex, para temas de engenharia e na Bireme para a área de Saúde e base de 
dados de patentes. 
Nos últimos anos, as bases de dados e muitas outras informações relevantes, passaram a 
estar disponíveis na Internet (Figura 13). A ênfase atual dessa técnica é o desenvolvimento 
de ferramentas e metodologias que permitam consultas a esse tipo de mídia. 
a) Registros de uma base de dados 
Um registro de base de dados – por exemplo, um artigo – é um registro dividido em diversos 
campos, tais como: título do artigo - pode conter algumas palavras interessantes, chamadas 
“chaves”, as quais podem ser identificadas por um software adequado, bem como, o autor, a 
empresa na qual foi feito o experimento, o ano de publicação, a língua, o abstract, os 
descritores (palavra-chave que figuram no thesaurus e que o autor do artigo considerou para 
definir seu conteúdo). 
 
b) Recontar palavras 
Para saber a respeito de determinada área de atuação, verifica em que base de dados a 
informação a respeito de uma determinada área pode ser encontrada, quais os registros que 
tratam do tema, quais patentes concedidas ou solicitadas. O resultado é uma informação 
bastante extensa que atinge cerca de 1.000 a 1.500 artigos e igual número de patentes. 
Dessa forma, os especialistas que executam esse tipo de pesquisa contam as palavras e a 
informação que aparecem, nos diversos campos. Por exemplo, podem ser contadas as 
palavras chave dos títulos, dos autores, dos abstracts, dos descritores e dos identificadores. 
Com a recontagem são obtidas informações relevantes, como a comparação da recontagem 
das palavras chave em um período determinado em relação a períodos anteriores. 
 
c) Coocorrência de palavras 
 
 
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Coocorrência de palavras é uma ferramenta conhecida em inglês como co word analysis. A 
coocorrência é mais complexa que a recontagem, pois informa quando duas palavras vão 
juntas, por exemplo, no titulo, no abstract ou no número de descritores ou identificadores. Se 
aparecerem juntas em muitas ocasiões, significa que existe uma relação entre essas 
palavras. Softwares de pesquisa indicam com rapidez as concorrências. Quando a 
coocorrência é elevada, nota-se que existe proximidade e relação entre duas palavras. Se a 
coocorrência é baixa, nota-se a falta de relação entre elas. 
 
d) Mapas tecnológicos 
Os mapastecnológicos indicam os domínios tecnológicos de atuação das empresas e quem 
são seus concorrentes. De acordo com os critérios de proximidade ou distância, hoje em dia 
é possível representar um campo de atuação na forma de um gráfico. É assim que aparecem 
os mapas tecnológicos. Podem referir-se a temas amplos, como as aplicações de materiais 
específicos por grupos de tecnologias. E, também, a padrões de patenteamento, que indicam 
o que os competidores estão explorando em seu portfólio de projetos. 
 
 Dica: Visite o site da ABRAIC – Associação Brasileira de Inteligência Competitiva 
 
 
 
 Reflita: Qual a diferença entre Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva? 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Identificar os aspectos que relacionam a Gestão da Informação, Gestão do 
Conhecimento e Inteligência Competitiva. 
Informação como Fator de Competitividade Organizacional 
 
As organizações são formadas por três diferentes ambientes: o primeiro está ligado estrutura 
da empresa, ou seja, próprio organograma; o segundo está relacionado à estrutura de 
recursos humanos; o terceiro e último, é composto pela estrutura informacional (Figura 14). 
A partir do reconhecimento dos três ambientes organizacionais, pode-se mapear os fluxos 
informais de informação existentes na organização, assim como estabelecer fluxos formais 
de informação, para consumo da própria organização. 
Além disso, para gerenciar esses fluxos informacionais, sejam eles formais ou informais, é 
necessário realizar algumas ações integradas objetivando prospectar, selecionar, filtrar, tratar 
e disseminar todo o ativo informacional e intelectual da organização, incluindo desde 
documentos, bancos e bases de dados e outras fontes de informação, produzidos interna e 
externamente à organização até o conhecimento individual dos diferentes atores existentes 
na organização. 
 
 
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Figura 14 – Ambientes Organizacionais 
 
Os dados, informações e conhecimento prospectados sobre empresas, produtos, mercados, 
materiais, processos, meio ambiente, tecnologia, pessoas, política, economia, finanças, 
comércio etc., têm a finalidade de dar maior segurança às direções perseguidas pela 
organização. 
Desta maneira, faz-se necessário que a organização defina em seu organograma uma 
unidade de trabalho especificamente voltada a desenvolver ações e atividades à gestão da 
informação, gestão do conhecimento ou inteligência competitiva na organização. 
 
Relação da Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva 
Para que sejam estabelecidas as relações entre as práticas de gestão da informação, Gestão 
do Conhecimento e Inteligência Competitiva é fundamental rever o conceito dessas três 
práticas. 
 
 
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A Gestão da Informação Segundo Miranda (2004, p.68), 
é a aplicação de metodologias e de tecnologias da informação e da comunicação 
adequadas ao processo de planejamento, de organização e de controle das 
informações de uma organização, de forma a tornar disponível, acessível e útil o 
conhecimento explicito resultado desse processo. 
 
Miranda (2004, p.72) define Gestão de Conhecimento como: o processo de “criação, captura, 
assimilação e disseminação de conhecimento tácito e extrínseco individual, integrando-o ao 
conhecimento organizacional, a fim de que seja utilizado como subsidio útil às diversas 
atividades desenvolvidas no âmbito da organização.” Dessa forma, a gestão do 
conhecimento está ligada a forma capacidade das empresas utilizarem e combinarem os 
diversos tipos de fontes de informação e conhecimento organizacional. 
Inteligência Competitiva é o resultado da análise de informações e dados coletados, que irá 
embasar decisões. É feita aqui a distinção entre "dado" (valor sem significado), "informação" 
(dado com significado) e "conhecimento" (informação estruturada e contextualizada). O 
conhecimento (ou "inteligência") é o elemento habilitador da decisão. 
O processo de Inteligência Competitiva é que dá a visão geral consistente, a partir das 
informações. A definição de inteligência competitiva está muito ligada a noção de processo, 
Segundo Canongia (1998, p.2), 
objetiva agregar valor à informação, fortalecendo seu caráter estratégico, catalisando, 
assim, o processo de crescimento organizacional. Nesse sentido, a coleta, tratamento, 
análise e contextualização de informação permitem a geração de produtos de 
inteligência, que facilitam e otimizam a tomada de decisão no âmbito tático e 
estratégico. 
 
 
 
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Assim, Cubillo (1997) complementa que: inteligência competitiva possui um conjunto de 
capacidades próprias mobilizadas por uma entidade lucrativa, destinadas a assegurar o 
acesso, capturar, interpretar e preparar conhecimento e informação com alto valor agregado 
para apoiar a tomada de decisão requerida pelo desenho e execução de sua estratégia 
competitiva. 
Figura 15 - Ações desenvolvidas pela Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento e 
Inteligência Competitiva 
 
A Figura 15 apresenta o foco, a forma de trabalho e as ações desenvolvidas pela Gestão da 
Informação, Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva. 
A Gestão da Informação trabalha essencialmente com os fluxos formais de informação com 
foco nos negócios executando as seguintes ações: Prospecção, seleção e obtenção da 
Informação; mapeamento e reconhecimento dos fluxos formais de informação; tratamento, 
análise e armazenamento da informação utilizando tecnologias de informação; disseminação 
e mediação da informação ao público interessado; e criação e disponibilização de produtos e 
serviços de informação. 
A Gestão do Conhecimento trabalha, essencialmente, com os fluxos informais de informação 
com foco no capital intelectual da organização desenvolvendo as seguintes ações: 
desenvolvimento da cultura organizacional voltada ao conhecimento; mapeamento e 
 
 
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reconhecimento dos fluxos informais de informação; tratamento, análise e agregação de 
valor às informações utilizando tecnologias de informação; transferência do conhecimento ou 
socialização do conhecimento no ambiente organizacional; e criação e disponibilização de 
sistemas de informação empresariais de diferentes naturezas. 
A Inteligência Competitiva trabalha, essencialmente, com os dois fluxos de informação, tanto 
o formal quanto o informal com foco nas estratégias da organização desenvolvendo as 
seguintes ações: desenvolvimento da capacidade criativa do capital intelectual da 
organização; prospecção, seleção e filtragem de informações estratégicas nos dois fluxos 
informacionais informais; agregação de valor às informações prospectadas, selecionadas e 
filtradas; utilização de sistema de informação estratégico voltado à tomada de decisão; e 
criação e disponibilização de produtos e serviços específicos à tomada de decisão. 
Dados, informação e conhecimento são insumos básicos para os três modelos de gestão, 
estabelecendo assim a relação entre os três conceitos. O que muda é a complexidade das 
ações despendidas. A Gestão da Informação trabalha no âmbito do conhecimento explícito, 
ou seja, são dados e informações que já estão consolidados em algum tipo de veículo de 
comunicação, como exemplo pode-se citar, desde o livro impresso até a rede Internet. 
No caso da Gestão do Conhecimento, a complexidade está na inserção do conhecimento 
tácito - experiências, crenças, sentimentos, vivências, valores - nesse universo. 
A Inteligência Competitiva está ligada ao conceito de processo contínuo. Sua maior 
complexidade está no fato de estabelecer relações e conexões de forma a gerar inteligência 
para a organização, na medida

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