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Helena Galhardo e Isabelle Marques - 142
Otorrino
Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU)
DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
PREVALÊNCIA
· 1-6 neonatos para cada 1000 nascidos vivos
· 1-4:100 RN provenientes de UTI neonatal 
· Prevalência elevada se comparada a outras doenças passíveis de triagem na infância
· Fenilcetonúria → 1:10.000
· Anemia falciforme → 2:10.000
· Perda auditiva → 30:10.000
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL 
Conjunto de ações que devem ser realizadas para a atenção integral à saúde auditiva na infância
· Triagem 
· Monitoramento e acompanhamento do desenvolvimento da audição e da linguagem 
· Diagnóstico e (re) habilitação 
	Escala para acompanhamento do desenvolvimento da audição e da linguagem 
	Recém-nascido 
	Acorda com sons fortes
	0-3 meses
	Acalma com sons moderadamente fortes e músicas
	3-4 meses
	Presta atenção nos sons e vocaliza
	6-8 meses
	Localiza a fonte sonora e balbucia sons 
	12 meses
	Aumenta a frequência do balbucio, inicia a produção das primeiras palavras e entende ordens simples
	18 meses
	Fala no mínimo seis palavras 
	2 anos 
	Produz frases com duas palavras 
	3 anos
	Produz sentenças 
OBS: Em casos de RN prematuros, sempre considerar a idade corrigida.
OBJETIVOS 
· Cobertura da TAN em pelo menos 95% dos recém-nascidos vivos com a meta de alcançar 100%
· Realizar a TAN até o 1º mês de vida dos neonatos ou até o 3º mês de vida dos lactentes, considerando os prematuros e aqueles com longos períodos de internação 
· Índice entre 2% e 4% de neonatos encaminhados para diagnóstico 
· Comparecimento ao diagnóstico de pelo menos 90% dos neonatos encaminhados, com conclusão do diagnóstico até os 3 meses de vida 
· Início de terapia fonoaudiológica em 95% dos lactentes confirmados com perdas auditivas bilaterais permanentes, assim que concluído o diagnóstico 
· Adaptação de aparelho de amplificação sonora individual/AASI em 95% dos lactentes confirmados com perdas auditivas bilaterais ou unilaterais permanentes no prazo de um mês após o diagnóstico 
FATORES DE RISCO
· Preocupação dos pais com o desenvolvimento da criança, da audição, fala ou linguagem
· Antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância (hereditariedade)
· Consanguinidade
· Permanência na UTI por mais de cinco dias
· Ventilação extracorpórea; ventilação assistida
· Exposição a drogas ototóxicas
· Hiperbilirrubinemia
· Anoxia perinatal grave
· Apgar neonatal de 0 a 4 no primeiro minuto, ou 0 a 6 no quinto minuto
· Peso ao nascer inferior a 1.500 gramas.
· Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV)
· Infecções bacterianas ou virais pós-natais (CMV, herpes, sarampo, varicela e meningite)
· Anomalias craniofaciais
· Síndromes genéticas que expressem deficiência auditiva
· Distúrbios neurodegenerativos
· Traumatismo craniano
· Quimioterapia
OTOEMISSÕES ACÚSTICAS 
· Primeira etapa da triagem auditiva (“Teste da orelhinha”)
· Avalia função coclear
· Forma rápida, simples e barata de avaliação da cóclea
POTENCIAIS EVOCADOS AUDITIVOS DO TRONCO ENCEFÁLICO (PEATE)
· BERA
· Avaliação eletrofisiológica da condução do estímulo auditivo do NC VIII até córtex auditivo
· Capacita diagnóstico do tipo e intensidade da perda auditiva
CONDUTA
Para os neonatos e lactentes sem indicador de risco, utiliza-se o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE). Caso não se obtenha resposta satisfatória (falha), deve-se repetir o teste EOAE. Se normal, segue-se apenas em acompanhamento. Porém, caso a falha persista, deve-se realizar de imediato o Potencial Equivocado Auditivo de Tronco encefálico (PEATE/BERA). Se houver falha deste, deve-se repeti-lo e, se houver uma nova falha, realiza-se o diagnóstico de perda auditiva.
Para os neonatos e lactentes com indicador de risco, utiliza-se tanto o teste PEATE quanto o de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE). Se falhar, retesta o PEATE. Caso haja falha novamente, realiza-se o diagnóstico de perda auditiva. 
	Após o diagnóstico da perda auditiva, é preciso reabilitar essa criança o quanto antes, adaptando aparelhos sonoros de amplificação (próteses auditivas externas) ou, para os casos de perdas auditivas bilaterais profundas, o implante coclear. É importante que isso seja feito o mais rápido possível para que essas crianças possam ter a função de linguagem normal.

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