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UNIP - Universidade Paulista _ DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos_

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14/04/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
A Ciência Política é uma disciplina das Ciências Sociais que estuda os sistemas de
governo, analisa o comportamento político e as atividades políticas em geral. Cuida,
principalmente, dos atos e dos atores que participam de atividades políticas,
considerando suas ações e o cenário em que essas ações são tomadas. 
É função da Ciência Política debruçar-se sobre o estudo dos processos de disputa
política, Recorrendo, inclusive, a diversas outras áreas do conhecimento humano,
tais como a economia, o direito, a sociologia, a história, a antropologia, a
administração pública, entre outras.
A Ciência Política baseia-se em documentos históricos, em registros oficiais, na
produção de pesquisa por questionário, análises estatísticas, estudos de caso e na
construção de modelos. 
Já a Teoria Geral do Estado estuda os fenômenos do Estado, desde sua origem,
formação, estrutura, organização, funcionamento e suas finalidades,
compreendendo-se no seu âmbito tudo que considera existindo no Estado ou sobre
ele influindo. 
Em Portugal e no Brasil a Teoria geral do Estado vem, nos últimos tempos, se
identificando com a Ciência Política. Isso advém principalmente de um maior
intercâmbio com o meio acadêmico Estadunidense. Publicaram obras de Ciência
Política alguns mestres consagrados da TGE, como Paulo Bonavides e Darcy
Azambuja 
Debruçando-se sobre o conceito de Estado, podemos dizer que é uma sociedade
política e soberana, juridicamente organizada, que nasce por um ato de vontade
humana, objetivando o bem comum do povo situado em seu território.
Na Antiguidade, o Estado foi estudado por Aristóteles que, analisando as cidades-
estados gregas, sob o ponto de vista político, destacou as formas de governos ideais.
Já a Idade Média foi caracterizada, principalmente, pelos conflitos existentes entre o
poder papal, detentor do poder total, e o poder real e entre esse e os senhores
feudais. 
Nesta época, como o poder se encontrava descentralizado, ou seja, disperso nos
Feudos, não era possível falar em Estado na sua acepção estrita.
A partir de Maquiavel (1464 – 1527), com seu livro “O Príncipe”, é que o Estado
passou a ser estudado através do ponto de vista político, com a análise,
principalmente, de sua organização e sua atuação.
A respeito, Nelson Saldanha (Pequeno Dicionário de Teoria da Direito e Filosofia
Política, Sergio Antonio Fabris Editor, p.197) ensina que, segundo certos pensadores,
o Estado teria surgido apenas no mundo moderno, mas, em seu sentido amplo,
realmente “ele apareceu quando, nas culturas do Oriente Antigo, estruturou-se o
poder de forma monárquica, fortalecendo o centro decisório-administrativo-militar
sobre periferias urbanas e sociais”.
14/04/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Acrescente-se que, para Miguel Reale, o Estado apresenta três faces: “O Estado
apresenta uma face social, relativa à sua formação e ao seu desenvolvimento em
razão de fatores sócio-econômicos; uma face jurídica, que é a que se relaciona com
o Estado enquanto ordem jurídica; e uma face política, onde aparece o problema das
finalidades do governo em razão dos diversos sistemas de cultura”.
Assim sendo, a Teoria Geral do Estado estuda o Estado em seu tríplice aspecto
(social, jurídico e político) e a Ciência Política preocupa-se, principalmente, com o
aspecto prático relativo ao exercício do poder. Portanto, enquanto “...a Teoria Geral
do Estado preocupa-se em estudar o fenômeno político por excelência, qual seja, o
Estado, como pessoa jurídica dotada de um poder soberano e de um ordenamento
jurídico visando ao bem comum, a Ciência Política preocupa-se com os aspectos
práticos do exercício do referido poder” (José Geraldo Brito Filomeno. Manual de
Teoria Geral do Estado e Ciência Política. 4ª ed.: São Paulo: Forense Universitária, p.
18).
Entretanto, não há como dissociar o Estado da política. De fato, Max Weber, em uma
Conferência publicada com o título “A Política como Vocação” conceitua Política como
sendo “o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar
a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado”.
Segundo Paulo Bonavides (Ciência Política, 10ª ed.:São Paulo, Malheiros, p. 38) “a
Ciência Política, em sentido lato, tem como objeto o estudo dos acontecimentos, das
instituições e das idéias políticas, tanto em sentido teórico (doutrina), como em
sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e à possibilidade futuras”.
Por outro lado, cumpre observar que o Direito Constitucional estuda a organização de
um Estado determinado, como fato histórico, singular e concreto. A Teoria Geral do
Estado, por sua vez, é considerada como o complemento teórico do Direito
Constitucional ou como sua parte geral.
Nesse contexto, Dalmo de Abreu Dallari demonstra que a Teoria Geral do Estado tem
como objeto o “...estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a
organização e o funcionamento e as finalidades compreendendo-se no seu âmbito
tudo o que se considere existindo Estado e influindo sobre ele” (Elementos de Teoria
Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 6).
Origem do Estado
Segundo Dalmo de Abreu Dallari (Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São
Paulo: Saraiva, p. 52) o estudo da origem do Estado leva a duas indagações: a
primeira a respeito da época do seu surgimento e a segunda relativa aos motivos
que levaram a seu surgimento.
1. Posições a respeito da época do surgimento do Estado
1.1) Primeira posição: alguns autores defendem que o Estado, assim como a própria
sociedade, sempre existiu, ou seja, “... desde que o homem vive sobre a terra acha-
se integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para
determinar o comportamento de todo o grupo” (Elementos de Teoria Geral do
Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 52).
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1.2) Segunda posição: há outros autores que sustentam que a sociedade humana já
viveu sem o Estado durante um determinado período, sendo que este apenas surgiu
no momento em que houve a necessidade de atender as necessidades ou as
conveniências dos grupos sociais;
1.3) Terceira posição: esta teoria é defendida pelos autores que apenas “... admitem
como Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem
definidas”[1], relativas ao exercício da soberania.
Defensores: Karl Schmidt (a justificativa do Estado apareceu com o surgimento da
soberania) e Balladore Pallieri que indica a data de nascimento do Estado no ano em
que o mundo ocidental se apresenta organizado em Estados (1648, ano em que foi
assinada a paz de Westfália).
2. Teorias relativas as causas que levaram ao surgimento do Estado:
2.1.Teoria da formação originária do Estado
O Estado surge de agrupamentos humanos que ainda não se encontravam integrados
em qualquer Estado.
2.1.1. Teorias da formação natural ou espontânea do Estado
Os autores que defendem esta Teoria, apesar de divergirem entre si em relação às
causas, sustentam que o Estado se formou naturalmente, independentemente de um
ato voluntário.
a) origem familiar
Esta teoria sustenta que o Estado deriva do núcleo familiar, tendo surgido, portanto,
de um casal originário;
b) origem patriarcal
O Estado surgiu de um núcleo familiar, sendo que autoridade suprema pertenceria ao
ascendente varão mais velho (patriarca).
c) origem matriarcal
Sustentada pelos autores que defendem que o núcleo familiar tem a mãe como
dirigente e autoridade suprema das primitivas famílias.
c) Origem em atos de força, violência ou conquista
Defendida Hobbes, que afirma que, em Estado de natureza,os homens, seriam
inimigos uns dos outros, vivendo em constante guerra, a qual termina com a vitória
dos mais fortes. Nesse contexto, o Estado teria surgido para organizar o grupo
dominante e lhe dar condições, portanto, em manter o poder sobre os vencidos.
d) Origem em causas econômicas e patrimoniais ou econômicas
Sustentada, principalmente, por Marx e Engels. Para este último, o Estado não teria
surgido junto com a sociedade, sendo apenas um produto da sociedade, quando ela
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chegasse a um determinado grau de desenvolvimento (impondo sua força sobre a
classe que não possuísse poder econômico).
e) Origem no desenvolvimento interno da sociedade
Sustentada por Robert Lowie que defende que toda sociedade humana prescinde do
Estado, enquanto aquela se mantém simples e pouco desenvolvida, sendo que o
próprio desenvolvimento espontâneo da sociedade gera a necessidade do Estado.
2.1.2. Teorias da formação contratual do Estado
Os autores que sustentam esta Teoria, apesar de também divergirem quanto às
causas, defendem a tese da criação contratualista do Estado.
2.2. Formação derivada do Estado
Os novos Estados se formam a partir de outros preexistentes, sendo este o processo
mais comum atualmente.
2.2.1. Fracionamento e união de Estados
Desmembramento de parte do território de um Estado, para a constituição de um
novo Estado que adquire ordenação jurídica própria, passando a agir com
independência (ex. territórios coloniais localizados na África que se desmembraram,
com a conquista da independência, para formar um novo Estado por formação
derivada).
2.2.2) União de Estados
Quando dois ou mais Estados unem-se para compor um novo Estado. “Todos os
componentes desaparecem como Estados, surgindo em seu lugar uma nova
entidade, que absorve todas as características de Estado que pertenciam àqueles que
se uniram para formá-lo.”[2]
[1] Dalmo de Abreu Dallari. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 53.
[2] Dalmo de Abreu Dallari. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª ed.: São Paulo: Saraiva, p. 56.
Exercício 1:
Assinale a alternativa falsa:
A)
O Estado é uma sociedade apolítica, juridicamente organizada, sendo que o bem
comum do povo não constitui, necessariamente, o principal objetivo do Estado
B)
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Segundo Miguel Reale, o Estado apresenta três faces: jurídica, social e política
C)
A face jurídica do Estado é a que se relaciona com o Estado enquanto ordem jurídica
D)
A face social do Estado é a que se relaciona com sua formação e seu
desenvolvimento em razão de fatores sócioeconômicos.
E)
A face política do Estado está relacionada com o problema das finalidades do
governo em razão dos diversas sistemas de cultura.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Assinale a alternativa correta: 
A) O objeto da Teoria Geral do Estado é a filosofia política 
B) O Estado encontra-se dissociado da política 
C) A Ciência Política estuda a organização política e os comportamentos políticos do
Estado, assim considerado como um sujeito de direitos e obrigações ilimitados; 
D) A Ciência Política não é uma disciplina autônoma 
E) A Teoria Geral do Estado é um dos ramos do Direito Público e a Ciência Política do
Direito Privado 
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Exercício 3:
Assinale a alternativa incorreta: 
A) O Estado, em sua acepção ampla, foi estudado por Aristóteles já na Antiguidade; 
B) Na Idade Média o poder encontrava-se disperso nos feudos 
C) Em sentido estrito, o Estado teria surgido apenas no mundo moderno, mas em
sentido amplo, teria aparecido, quando, no Oriente antigo, estruturou-se o poder de
forma monárquica 
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D) Em sua acepção estrita, o Estado surgiu apenas após a Primeira Guerra Mundial 
E) Foi a partir de Maquiavel, em sua obra O príncipe, que o Estado passou a ser
estudado sob um ponto de vista mais político 
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Exercício 4:
Para alguns autores são elementos constitutivos do Estado:
I- população;
II- território;
III- soberania;
A)
apenas o item I está correto
B)
os itens I, II e III estão corretos
C)
apenas os itens II e III estão corretos
D)
Apenas o item III está correto
E)
Os itens I, II e III são falsos
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