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PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA Trajeto de raiz especifica: radícolopatia Vários territórios acometidos: Polineuropatia (doença de vários nervos Sensibilidade vibratória (Palestesia) Apenas em mãos e pés • Testado em apófises ósseas • Utilizar diapasão de 128Hz -Membro desnudo, de forma comparativa, com os olhos fechados. Segura na haste, percute e assim vai vibrar, encoste o diapasão. -Hipoestesia no membro tal quando possui diminuição da sensibilidade. Propriocepção (Batiestesia) No braço: articulação interfalangeana distal, articulação interfalangeana proximal, articulação metacarpofalangeana, punho, cotovelo, ombro Na perna: articulação interfalangeana distal, articulação metatarso-falangeana, tornozelo, joelho e quadril. Teste de Romberg é um teste da noção de posição segmentar – PROPRIOCEPTIVA -Sentir como o paciente sente o corpo no ambiente. Paciente em pé, com os braços juntos ao corpo, pés semi-abertos. Se não tiver queda, Romberg negativo= sem comprometimento do funículo posterior da medula. Testado com estesiômetro de pressão de Head -Em algum território do corpo faz o teste de sensação a pressão, apenas colocar sobre o membro e fazer uma leve pressão. Olho fechado e membro desnudo. Do mais calibroso ao mais fino. (Estímulo suave) Sensibilidade dolorosa • Testar de distal para proximal • Pesquisar nos dermátomos • Utilizar um alfinete – um alfinete neurológico descartável, um alfinete de alfaiate ou de segurança Sensibilidade térmica • Testar de distal para proximal • Pesquisar nos dermátomos • Utilizar algodão embebido em álcool ou tubos contendo água quente e fria (temperaturas controladas para evitar danos) -Sempre comparar um lado com o outro. Tato fino • Testar de distal para proximal • Pesquisar nos dermátomos • Utilizar algodão ou gaze seca L4/L5/S1 no pé SÍNDROME DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA Perda total da sensibilidade: paresia Formigamento: parestesia Diminuição da sensibilidade: hipoestesia Aumento da sensibilidade: hiperestesia Sensibilidade de dor ao estímulo fino: alodínia Luvas e botas: neuro CASO CLÍNICO • Homem, 29 anos procurou atendimento em UPA com queixa de febre alta, cefaleia e mialgia há 01 dia. Foi atendida por um clínico geral que prescreveu analgésico antitérmico e liberou para casa orientando poder ser alguma início de quadro viral. • Retornou no dia seguinte na UPA tendo em vista que o quadro evoluiu com piora da cefaléia, vômitos incoercíveis, um episódio de perda de consciência relatada como desmaio e piora do estado geral. • Ao exame: paciente acordado, lúcido e orientado em tempo e espaço, pupilas isocóricas e fotorreagentes, PA 100x60 FC 120 FR 18rpm, Tax 39°C, apresentando rigidez de nuca, com os sinais de Kernig e Brudzinski positivos. Pergunto: 1) Qual o provável diagnóstico sindrômico? R: Síndrome de irritação meníngea devido a rigidez. 2) O que significa os sinais de Kernig e Brudzinski estarem positivos? R:Irritação meníngea. Síndromes presentes na meningite • Síndrome toxêmica -> febre, queda do estado geral • Síndrome de irritação meníngea • Síndrome de hipertensão intracraniana Síndrome de irritação meníngea • Rigidez de nuca – com o paciente em decúbito horizontal, é feita flexão anterior da cabeça. O paciente apresenta graus variáveis de dificuldade na execução da prova, sendo a espasticidade muscular de natureza reflexa. • Sinal de Brudzinski – ao se fazer a pesquisa do sinal de rigidez de nuca, o examinador deve observar também os joelhos do paciente, que precisam ser mantidos descobertos. Ao se proceder à flexão anterior da cabeça, o paciente flete ligeiramente ambos os joelhos. • Sinal de Kernig – o paciente deve estar em decúbito dorsal. A coxa de um dos lados é fletida sobre o abdome, em ângulo de cerca de 90º, e a perna do mesmo lado fletida em relação à coxa também aproximadamente a 90º. A perna é então estendida passivamente, com uma das mãos do examinador sob o calcanhar da perna fletida empurrando para cima e a outra mão sobre o joelho da mesma perna empurrando para baixo, de modo a haver um estiramento do membro inferior até cerca de 45º. Quando há inflamação meníngea, o paciente resiste à extensão da perna; • Rigidez de nuca • Kernig –fletir o joelho e estender a perna, se o paciente fletir o pescoço de forma reflexa =sinal positivo de Kernig e Brudzinsk • Brudzinsk Agentes principais: • Pneumococos • meningococos • hemófilos; • mais raramente, por estreptococos do grupo B e por Listeria. • Queda importante na incidência de meningite por pneumococos e hemófilos – Por quê??? Devido a vacinação. Profilaxia – hemófilos e pneumococo • Em contactantes íntimos que morem no mesmo domicílio em que tenha havido um caso de meningite ou que compartilhem o mesmo alojamento em domicílios coletivos (quartéis, orfanatos, internatos e outros). • Em colegas da mesma classe de berçários, creches ou pré-escolas (geralmente crianças com menos de 7 anos), bem como adultos dessas instituições que tenham mantido contato com o caso de meningite. • Em outros contactantes que tenham tido relação íntima e prolongada com o doente e que tenham tido contato com as secreções orais • Em profissionais de saúde que tenham sido expostos às secreções do paciente sem as medidas de proteção adequadas, sobretudo antes ou no início da antibioticoterapia. • Para quimioprofilaxia, deve ser utilizado um dos seguintes esquemas terapêuticos: • Rifampicina 600 mg VO/dia, ministrada de 12 em 12 horas por dois dias. • Ceftriaxona 250 mg IM, em dose única • Ciprofloxacina 500 mg VO, em dose única SÍNDROME DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Controle fisiológico da pressão intracraniana (PIC) -Acúmulo de liquido • Equilíbrio entre sangue (10%), parênquima cerebral(80%) e líquor (LCR) 10%; • A perfeita harmonia desses três conteúdos determina a existência da pressão intracraniana normal; Na HIC • 1º diminuição do espaço subaracnóideo periencefálico; • 2º a redução das cavidades ventriculares por diminuição do LCR; • Quando esse aumento é rápido há descompensação conteúdo x continente = HIC (torção do neuroeixo ou herniações). Monro Kellie PPC = PAM-PIC PAM= 1xPAS + 2xPAD / 3 Síndrome de hipertensão intracraniana • Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da quebra da relação volume/pressão intracraniana – principais sinais e sintomas associados ao aumento da pressão intracraniana (PIC): - cefaléia - náuseas/vômitos - papiledema - Outros sinais e sintomas podem ser confusão mental, convulsões, síndromes deficitárias... Cefaléia • Primeiro sintoma e o mais constante • holocraniana, occipital ou frontal. • pior pela manhã – quando a PIC atinge o seu valor máximo • se exacerbar com esforço físico, tosse, espirro, evacuação, ou qualquer manobra que acarrete a elevação da pressão intratorácica subitamente; • Compressão dos ramos nervosos meníngeos kkkkk• Trigêmeo Náuseas/vômitos • Associada a liberação de citocinas • Compressão dos centros bulbares Papiledema / edema de papila • Borramento das margens da papila óptica ao exame de fundo de olho • Por congestão venosa • Por compressão dos axônios do nervo óptico Hérnia de uncus Hematoma subdural com deslocamento do tecido encefálico, uncus ao ser deslocado para o mesencéfalo comprime o núcleo de Edinger Westphal • Ipsilateral (midríase) • Consciência (diminuída) • Hemiparesia (contralateral) -Anisocoria ou midríase. Síndrome de hipertensão intracraniana -Causas: • Lesões expansivas cerebrais, hemorragia, abscesso, toxoplasmose, tumor. • Trauma cranioencefálico; • Encefalopatia metabólica (ex: insuficiência hepática aguda, hiponatremia aguda); • Meningoencefalites e encefalites; • Hidrocefalia; • Trombose do seio sagital superior com edema cerebral venoso; • Hipertensão intracraniana (HIC) idiopática (ex: pseudotumor cerebri). Tríade de Cushing leva a morte SÍNDROMES MEDULARES • Sd. Secção transversa completa • Sd. Hemissecção medular • Sd. Cone medular • Sd. Artéria espinal anterior • Sd. Siringomiélica Medula espinal • Medula= miolo • Massa cilindróide de tecido nervoso localizada dentro do canal vertebral. • Cerca de 45 cm no homem adulto • Cranialmente limita-se pelo Bulbo (forame magno) • Caudalmente limita-se em L2 - Cone Medular - Filamento terminal - Cauda Equina MEDULA: Anatomia da medula espinal • Substância branca • Substância cinzenta: H medular • Coluna anterior • Coluna posterior • Lateral (T1-L2) • Canal medular 31 pares de nervos medulares: • 8 cervicais • 12 torácicos • 5 lombares • 5 sacrais • 1 coccígeo Funículo anterior: • Tato protopático • Pressão Funículo lateral: •Dor • Temperatura • Propriocepção inconsciente Funículo posterior • Propriocepção consciente • Tato epicrítico • Vibração • Estereognosia Secção medular completa Fase aguda: • Paralisia flácida • Perda completa da sensibilidade • Arreflexia • Relaxamento dos esfíncteres • Arreflexia da bexiga • Ausência de função autonômica • Interrupção dos tratos motores, sensitivos e autonômicos; Fase crônica: • Paralisia espástica • Perda completa da sensibilidade • Hiperreflexia • Disautonomia • Hipertonia vesical e de esfíncteres BABINSKI!!!! Hemissecção medular – Brown Sequard • Paresia espástica • Hiperreflexia ipsilateral • Perda de sensibilidade vibratória, proprioceptiva e de tato discriminativo ipsilateral • Perda de sensibilidade a dor e temperatura contralateral (se cruza, se for lado direito, o comprometimento será a esquerda). Síndrome da artéria espinal anterior Comprometimento da artéria que irriga a porção anterior e lateral da medula. • Paralisia espástica bilateral abaixo do nível da lesão • Perda da sensibilidade térmica e dolorosa abaixo do nível da lesão • Preservação da sensibilidade profunda • Disautonomia -Corno lateral da medula, disfunção do sistema nervoso autônomo (disautonomia). Síndrome do cone medular -Geralmente cai sentado e choca o cone medular (L1/L2, plexo sacral) • Incontinência anal • Paralisia flácida da bexiga • Impotência sexual • Anestesia em sela • Preservação de reflexos profundos -Reflexo preservado, prejudica o que sai do cone medular. Sd. dos funículos posteriores • Perda da sensibilidade profunda bilateral • Romberg positivo (comprometimento da prop. consciente) • Marcha tabética • Disfunção vesical • TABES DORSALIS!!!! Síndrome de nervos periféricos Nervo que parte através de raízes. • Sd. Do túnel do carpo • Tinel (percussão leve sobre o punho, na localização do nervo mediano. Assim, o resultado positivo é quando essa percussão transmite uma sensação de parestesia na região de distribuição do nervo mediano) • Phalen (dorso da mão com dorso da mão por um minuto -choque ou dor no território do mediano). • Polineuropatia • Reflexos -hiporreflexia ou arreflexia • Perda da sensibilidade profunda • Romberg positivo –sensibilidade e propriocepção • Sd. Cubital ou do nervo ulnar • Mão em garra devido ao comprometimento do nervo ulnar, 4/5º dedo comprime. • Paralisia do nervo fibular • Pé caído, comprometimento do nervo fibular, síndrome de nervos periféricos. Pé caído
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