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É um medicamento prescrito para controle de ansiedade (ansiolítico). Pode ser prescrito pelo cirurgião- dentista. “Ir ao dentista” foi considerado o segundo entre os medos e temores mais frequentes da população. ⤷ consideram como um “tratamento doloroso”, incomoda o barulho feito pela “broca”, “ignorância sobre o que irá acontecer”, medo da ”anestesia”, “sangramento”. Na ficha clínica, há um espaço sobre a história dentária, buscando saber se o paciente teve alguma história negativa com o dentista. ANSIEDADE Há a ativação do “sistema de luta ou fuga”. Pode ser conceitualizada de duas formas: - Antropológica: pensa na reação do ser humano; receio social com causa definida ou indefinida. - Biológica: fisiologia do corpo; ocorre a desregulação (hiperativação) do sistema nervoso autônomo simpático. Tipos de ansiedade - Ansiedade normal: o indivíduo precisa apresentar esse tipo de ansiedade fisiologicamente, se não o paciente tem problemas neurológicos. “nervosismo” - Ansiedade patológica: é de fato uma doença. Pode ser causada por respostas incompatíveis ao estímulo (reação exagerada a algo) e não-estimuladas (sem ter a causa aparente). - Síndrome do pânico: não é somente a ativação do “sistema de luta ou fuga”, a pessoa quer lutar para sair da situação (há resposta física perante a situação). QUANDO O DENTISTA PODE INTERVIR FARMACOLOGICAMENTE? Apenas em dois casos: nas respostas incompatíveis ou na síndrome do pânico, quando ambos forem associados ao tratamento odontológico. O dentista não pode tratar o transtorno de ansiedade generalizada e a síndrome do pânico só é tratada o episódio que ocorreu no consultório. MANEJO DO PACIENTE ANSIOSO Abordagem psicológica – conversar e explicar o tratamento; criar um “vínculo”. Abordagem farmacológica – é uma sedação consciente; feita quando a abordagem psicológica não foi suficiente ou quando o paciente a solicita. AGENTES ANSIOLÍTICOS Hipnóticos-sedativos. Inicialmente, era muito utilizado os barbitúricos (até os anos 60, tanto na medicina quanto na odontologia), porém tinha muito risco de overdose. Geralmente, um fármaco que trata ansiedade, passa primeiro por uma sedação, depois por um estágio hipnótico (que dá sono no paciente), estágio anestésico e em casos mais graves, coma. FÁRMACOS BENZODIAZEPÍNICOS Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus Com o surgimento dos benzodiazepínicos, foi possível reduzir as chances de coma. Segue a linha do fármaco B (foto). Há hipnóticos recentes, utilizados para induzir sono. Não faz uma sedação propriamente dita. Óxido nitroso não é tão comum no Brasil, tem efeito rápido (~ 5min) para iniciar e para finalizar a sedação. Possuem quatro efeitos principais: - Efeito ansiolítico (reduz a ansiedade). - Efeito hipnótico-sedativo (gera sonolência). - Efeito anticonvulsionante (inibem o sistema nervoso). - Efeito miorrelaxante (causa relaxamento). O principal medicamento é o diazepam. MECANISMO DE AÇÃO Facilitam a ação de um neurotransmissor que inibe (hiperpolariza) o neurônio. Esse neurotransmissor inibitório é chamado de GABA. O benzodiazepínico ao se ligar ao seu receptor, facilita a ação do GABA, fazendo com que o neurônio tenha dificuldade de conduzir a resposta de impulso (inibição da condição adrenérgica). A inibição está associada a entrada de íons cloreto (negativo), que reduz as chances da célula bipolarizar. EFEITOS Regulação do sono (efeito em curto prazo). - Melhora a eficiência do sono por diminuir sua latência. - Aumenta o tempo total de sono. - Diminui despertares durante a noite. Efeito de taxilacsia: associado à necessidade de doses maiores de outros medicamentos para conseguir maior efeito clinico. Não interfere no sono. Depois de um tempo, causa piora da qualidade do sono, diminuindo as fases mais profundas do sono EFEITOS ADVERSOS Efeitos paradoxais: perda de controle sobre comportamentos socialmente aceitáveis. - Excitação, agressividade, irritabilidade, violência, aumento de crises epilépticas, comportamento suicida. Tolerância: diminuição do efeito atingido pela dose inicial, as vezes é necessário aumentar a dose. - Pode causar abuso do medicamento. Dependência e insônia de rebote: sinais e sintomas desagradáveis após a suspensão abrupta do uso de qualquer substancia. - Retirada gradual da medicação, sendo recomendada mesmo para pacientes que usam doses terapêuticas. Riscos de acidentes: o paciente perde os reflexos ao utilizar essa medicação. - Maior risco de queda e fratura de fêmur em idosos. - Os pacientes não podem dirigir, nem controlar maquinas pesadas. FÁRMACOS BENZODIAZEPÍNICOS Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus PRINCIPAIS BENZODIAZEPÍNICOS 1. Diazepam. 2. Lorazepam. 3. Alprazolam. 4. Midazolam. 5. Triazolam. DIAZEPAM (VALIUM) Fármaco padrão; primeiro benzodiazepínico a ser liberado. Início dos efeitos: 30~45min. Meia-vida plasmática: 20~50h (é a maior). Longa duração: sua metabolização forma dois compostos ativos, desmetildiazepam e oxazepam. Sonolência e prejuízo na função psicomotora podem persistir devido à produção de metabólitos ativos. Pode produzir efeito paradoxal. Só deve utilizar na odontologia em casos de extrema necessidade (exceção: no sistema público, é o fármaco oferecido) MIDAZOLAM (DORMONID) É a mais indicada, tem sido mais empregado que o Diazepam. Quando administrado por via oral, é rapidamente absorvido, atingindo sua concentração máxima após 30min. Duração de efeito de 1~3 horas – ideal para procedimentos ambulatoriais. Administração via oral: 10~20min. Antes do procedimento, produz amnésia anterógrada. Amnésia anterógrada: esquecimento dos fatos a partir de um evento tomado como referência. - Benefícios psicológicos x não cumprimento de cuidados pós- operatórios. - O paciente não lembra da dor, mas também esquece das recomendações para após o procedimento. ALPRAZOLAM (FRONTAL) Indicado para casos mais graves, sendo muito empregado no tratamento da ansiedade generalizada e na síndrome do pânico. Suas maiores concentrações plasmáticas são obtidas de 1~2h após sua administração, com uma duração de 12~15h. Pouco utilizado devido a poucos estudos. É utilizado devido ao efeito rápido e prolongado CONTRA-INDICAÇÕES Grávidas e lactantes. Pacientes idosos. Pacientes obesos. Pacientes com apneia obstrutiva do sono. Se for ansiedade com efeitos cardiovasculares? Deverá usar medicamento que iniba o sistema adrenérgico e reduza a função cardiovascular, como o propranolol. *Fármacos prescritos em notificação de receita azul* - Dose: 5 a 10mg, na noite anterior ao procedimento. - Crianças: 0,2 a 0,5mg/kg - Via endovenosa: 0,3 a 0,5mg/kg, início da ação após 1~2min. - Dose adulto: 7,5 a 15mg. - Dose idoso: 7,5mg. - Dose crianças: 0,2 a 0,5mg/kg - Via endovenosa: 0,05 a 0,15mg/kg. . FÁRMACOS BENZODIAZEPÍNICOS - Dose adulto: 0,5 a 0,75mg. - Crianças: contraindicado. - Idoso: 0,25 a 0,5mg. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus
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