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Técnica radiográfica periapical da Bissetriz Mesmo apresentando certo risco, já que se trata de uma radiação ionizante, o exame radiográfico é de fundamental importância nas diferentes especialidades da odontologia. Os exames radiográficos possibilitam o descobrimento, a confirmação, a classificação e a localização de alterações patológicas nos dentes e maxilares. Esses exames deverão ser utilizados como complementação do exame clínico, de onde obtemos os sintomas e outros sinais da alteração apresentada pelo paciente. Dentre os exames radiográficos utilizados em odontologia o exame radiográfico periapical é aquele que o dentista utiliza mais, pois promove uma visão dos ápices das raízes dos dentes e das estruturas que o rodeiam e pode ser feito com aparelho que ele tem no consultório. Duas técnicas podem ser empregadas para esse tipo de exame: a técnica da bissetriz e a técnica do paralelismo. Para as duas técnicas utilizamos o filme periapical nº 2, cujo tamanho é de 3 x 4 cm. A radiografia periapical é usada para pesquisa de nódulos e calcificações pulpares, fraturas, anomalias, reabsorções e lesões periapicais que atingem os dentes. Podemos ainda utilizá-lo para observação de: tamanho, forma e número das raízes e condutos radiculares; relação dos dentes com seio maxilar; relação dos germes permanentes com os dentes decíduos e a cronologia de mineralização e irrupção dentária. A técnica radiográfica periapical da bissetriz está baseada na lei isométrica de Price divulgada por Cieszinski, que postula: “a imagem projetada (no nosso caso, a imagem radiográfica do dente) terá o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto (do dente que está sendo radiografado), desde que o feixe de Raios X central seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo dente e o filme”. Para a Radiologia odontológica a boca é dividida em 7 regiões maxilares e 7 regiões mandibulares (molares, pré-molares, caninos e incisivos dos dois lados da boca). Para cada região haverá um ângulo vertical específico do tubo do aparelho radiográfico, de modo que em cada região consigamos incidir o feixe perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado entre o dente e o filme. O ângulo horizontal será diferente para cada uma das regiões e deverá ser paralelo às faces proximais dos dentes, para evitar as sobreposições. O paciente deverá estar posicionado corretamente na cadeira. Para radiografias na maxila: o plano de Camper (asa do nariz – Tragus) paralelo ao solo e o plano sagital mediano perpendicular ao solo. Para radiografias da mandíbula: plano comissura labial- Tragus paralelo ao solo e o plano sagital mediano perpendicular ao solo. O tempo de exposição relaciona-se com a sensibilidade do filme, já que em nossos aparelhos a kiloVoltagem e a miliamperagem são fixos. Os filmes deverão ser processados seguindo as especificações do método temperatura/tempo, utilizando-se a tabela exposta. Pesquise na literatura ou internet uma representação gráfica da lei isométrica de Price ou Cieszinski.