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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INTERATIVA TAIARA MEDEIROS RAMOS DE OLIVEIRA RA 2078810 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM IV SÃO MATEUS-ES 2020 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INTERATIVA TAIARA MEDEIROS RAMOS DE OLIVEIRA RA2078810 GASTRONOMIA REGIONAL BRASILEIRA Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV Trabalho direcionado para obtenção do título de Tecnólogo em Gastronomia apresentado à Universidade Paulista - UNIP Orientador: Prof. Rodrigo Stolf. SÃO MATEUS-ES 2020 3 RESUMO Este trabalho tem como fundamento apresentar a absorção dos conteúdos das disciplinas apresentadas no decorrer do segundo semestre. Proporcionando, portanto, condições para que se aplique, na prática, o que se foi aprendido. Serão apresentados, no decorrer do mesmo, o embasamento teórico de forma sucinta, sobre dois estados brasileiros que escolhi. Será citado, desde pontos gastronômicos turísticos, pratos regionais, principais ingredientes regionais, pontos marcantes da legislação para se iniciar um negócio, e apresentação de um prato de cada região citada, com suas respectivas fichas técnicas. Não podemos esquecer da riqueza que temos em nosso país, tanto cultural, como gastronômico e suas influências em nossos cotidianos. Mesmo sem perceber, preparamos e colocamos dentro de nossos pratos um pouco de cada culinária regional do nosso país. 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................... .....5 1 MINAS GERAIS.....................................................................................................6 1.1 MINAS: COM SABOR E MUITO AFETO.............................................................6 1.2 UM ESTADO PLURAL.........................................................................................7 1.2.1 Carnes do Cerrado......................................................................................7 1.2.2 O Norte do Queijo.......................................................................................7 1.2.3 Boemia na região metropolitana.................................................................7 1.2.4 Zona da Mata e os cortes suínos............................................................... 8 1.2.5 Carne de Sol x Carne Serenada.................................................................8 1.5 INGREDIENTES COM SOTAQUE MINEIRO.......................................................8 1.6 PRATOS TÍPICOS DE MINAS GERAIS...............................................................8 1.7 PONTOS TURÍSTICOS GASTRONÔMICOS.......................................................9 1.8 PRATO REGIONAL DE MINAS..........................................................................11 1.8.1 Ficha técnica..............................................................................................12 2 PERNAMBUCO......................................................................................................13 2.1 A CAPITAL GASTRONÔMICA DO NORDESTE................................................13 2.2 PONTOS TURÍSTICOS GASTRONÔMICOS.....................................................13 2.3 PRINCIPAIS IGUARIAS DA CULINÁRIA PERNAMBUCANA............................14 2.4 PRATO REGIONAL DO PERNAMBUCO...........................................................14 2.4.1 Ficha técnica..............................................................................................15 3 LEGISLAÇÃO........................................................................................................ 18 CONCLUSÃO ......................................................................................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 5 INTRODUÇÃO O Brasil, como sabemos, possui uma cultura gastronômica super rica. Cada canto de nosso País, do Nordeste à Minas Gerais, passando pela Amazônia, pelo Interior de São Paulo e pelas colônias europeias do Sul, possui um prato típico de encher a boca de água. A cozinha mineira é quase uma unanimidade no Brasil. Portanto este foi o estado escolhido da região Sudeste para ser representado neste trabalho. Nenhuma outra conseguiu se tornar tão parte do dia a dia de todas as regiões. Com ingredientes simples e acessíveis, essa culinária faz sucesso pelo sabor marcante e pelas referências afetivas que carrega consigo. De acordo com Cavalcanti (2007), o nordestino possui uma forte ligação com o açúcar: os dois foram inseparáveis desde o início; a civilização brasileira e a cana-de-açúcar brotaram juntas do mesmo solo de massapê (tipo de solo de cor bem escura, encontrado na região litorânea do Nordeste brasileiro) na Zona da Mata de Pernambuco. A culinária do Nordeste foi influenciada diretamente pela cultura europeia, africana e indígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade nessa região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas. Destaca-se pela chamada "doçaria pernambucana", ou seja, os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como o bolo de rolo, o nego bom e a cartola nordestina; e também pelas bebidas e iguarias salgadas descobertas ou provavelmente originadas no estado. Para quem planeja ir ao Estado do Pernambuco em especial em Recife conhecer a cidade dos rios Capibaribe e Beberibe, saiba que ela é hoje uma das quatro capitais mais importantes da cozinha brasileira e é considerada o terceiro polo gastronômico do país, com mais de seis mil estabelecimentos. 6 MINAS GERAIS MINAS: COM SABOR E MUITO AFETO O queijo é uma influência trazida pelos portugueses. No entanto, conforme Cascudo (2011), no Brasil ele associou-se formalmente aos doces, causando espanto aos europeus, que o serviam sozinho ou com vinho tinto. Queijo com banana tornou-se um prato nacional, muito comum pelo Brasil, em especial no estado de Minas Gerais – exceto na Região Norte, em que preferem a farinha de mandioca como acompanhamento. A chegada dos portugueses e dos escravos africanos, o contato com a população indígena e as características da região se uniram e geraram uma cultura própria. Dessa cultura, nasceu algo muito mais valioso do que pedras preciosas. Nasceu uma culinária única. Essa história começa com um ingrediente essencial: a distância. Foi a localização, quase um mundo inteiro além das grandes cidades e da metrópole portuguesa, que fez da culinária de Minas o que ela é. Por isso, a cozinha mineira cresceu, acima de tudo, baseada em uma cozinha de necessidade. Seus pratos e iguarias se baseiam em ingredientes simples e acessíveis: o porco, a galinha, o quiabo, a couve, o fubá. Em vez de empobrecer a culinária local, essa limitação serviu de inspiração para o mineiro. O preparo cuidadoso e as vezes bastante longo, chegando a tomar horas de cozimento ou no forno, permitiram aos colonos transformar aqueles ingredientes limitados em delícias que hoje todos nós apreciamos.Técnicas e principalmente muita paciência no preparo levaram a criação de pratos que se tornariam símbolos não só da comida da região, mas de todo o Brasil. Os aromas são outra característica única na comida de Minas. O uso dos temperos, aprendido pela população local enriqueceu os sabores. Um frango cozido não era mais qualquer frango cozido. Com toques locais, como o quiabo e a pimenta- de-cheiro, esse prato se transformou em um clássico local. Tantos outros pratos que no dia a dia são apenas triviais, com o toque mineiro, se transformam em uma iguaria. Essa criatividade se sente no olfato. E o lombinho crepitando no forno, o torresmo saltando em pururuca numa velha travessa de ferro ou a linguiça que toma forma com seu principal tempero. 7 Um Estado Plural - Com quase 600 mil quilômetros quadrados, ele tem o mesmo tamanho da Espanha e Portugal juntos. São mais de 20 milhões de habitantes vivendo em clima e relevos tão diversos quanto as regiões da Península Ibérica. Essa pluralidade se traduz também na sua riqueza gastronômica. Dividimos o estado em quatro regiões gastronômicas – delas saem desde o tradicional queijo do Serro, no Norte, passando pelo queijo Canastra e pela carne de sol e de sereno, do Cerrado Mineiro. De cada uma dessas regiões, um ou mais ingredientes se destacam e, com eles, delícias de todo tipo são preparadas, criando a identidade gastronômica de um povo, que se baseia em uma produção culinária rica e viva. Carnes do Cerrado Espalhado por várias regiões do estado, desde o Norte ate a Serra da Canastra, na divisa com São Paulo, o cerrado tem uma grande diversidade de sabores. Dele vem a carne serenada, uma versão de carne seca – muito comum em Montes Claros. Também e do cerrado que nasce o queijo do Parque Nacional da Serra da Canastra, que enche de orgulho o povo mineiro. O clima também favorece a produção de café – ali se desenvolve um grão de alto padrão, movimentando a economia de cidades como Araxá, Araguari, Aimorés, Monte Carmelo e Patrocínio. Boemia na região metropolitana À 50 quilômetros da capital, já nas montanhas, estão as cidades de Itabirito e Amarantina, onde os moinhos de água ainda trabalham na produção do fubá de milho, do qual é feito o delicioso pastel de angu. Já a cidade de Belo Horizonte, como foi apelidada pelos mineiros - tem alma boemia e centenas de bares. Ela inspira os mais variados petiscos – dos pasteizinhos de queijo canastra, passando pelo bolinho de milho e, como não poderia deixar de ser, o torresmo. Zona da Mata e os Cortes Suínos Região onde estão as históricas Tiradentes e São Joao Del Rei e local dos pontos altos da cozinha mineira. La, história e gastronomia estão entrelaçadas pelas ruas de paralelepípedos e casarios coloniais, de onde se sente o cheiro da comida preparada nos fogões a lenha. Ganha destaque na região a produção de porcos – hoje em dia com técnicas modernas de criação, especialmente na cidade de Ponte Nova. 8 Carne de Sol x Carne de Serenada Na Carne de Sol, a quantidade de sal e o tempo de “secagem” e bem maior, fazendo com que sua durabilidade também aumente. Já a carne serenada, além de levar menos sal, fica menos tempo exposta ao calor, o que a deixa mais macia, pois perde menos água no processo. Ingredientes com Sotaque mineiro Uma rápida olhada pelas receitas típicas, e a resposta estará na ponta da língua: o cheiro verde, a pimenta, a couve, sempre presentes, e as carnes de porco e curadas, como a de sol e de sereno. E também tem muito angu de fubá, complemento quase obrigatório do frango ensopado e, claro, o quiabo. Mineirão é tão tradição que, quando ele foi reaberto, após reforma para a Copa, a Vigilância Sanitária mandou retirar alguns ingredientes por razões de segurança alimentar. A galera reclamou geral e tiveram que adequar as instalações e, recentemente, tudo parece ter voltado ao normal. Este estado possui tantas receitas peculiares e bem saborosas como; -Frango ao molho pardo Muita gente torce o nariz para esse prato, pois ele é feito com sangue. Sim, trata- se de galinha em pedaços cozida no próprio sangue da ave. No prato tradicional, abate-se a galinha cortando seu pescoço e, então, deixa-se o sangue escorrer para uma vasilha. Acrescenta-se um pouco de vinagre para que não coagule e é com isso que se fará o caldo do frango, o molho pardo. Para quem gosta dessas iguarias, há restaurantes super famosos por servir o prato por aqui, como o Maria das Tranças. -Leitão a pururuca Pururuca é a pele do porco frita. No leitão a pururuca, o porco é assado com pele. Depois de pronto, passa-se gelo na superfície do leitão e então joga-se óleo bem 9 quente. Pode ser preciso repetir até que a pele dê bolhas. Tem gente que usa um maçarico para essa parte. Além dos já mencionados, outro prato clássico de Minas Gerais, que tem presença garantida nos restaurantes e nas casas mais tradicionais e nas reuniões familiares está a costelinha com canjiquinha, prato que será confeccionado neste trabalho, é um espécie de caldo feito com quirera de milho e costelinha de porco cozida, que fica bem saborosa e ajuda a aquecer o corpo em dias de clima mais frio. A seguir, falaremos de alguns pontos turísticos e festividades que encontramos no Estado de Minas Gerais - Monte Verde No Sul de Minas, Monte Verde é famosa pelas baixas temperaturas. Restaurantes espalhados por toda a cidade oferecem o melhor da gastronomia mineira para os turistas, mas o frio também faz com que os pratos de origem europeia façam bastante sucesso. Quem sai de Belo Horizonte para Monte Verde deve seguir pela BR-381 por um trajeto de, aproximadamente, 480 quilômetros. - Araxá No Circuito das Águas de Minas Gerais, Araxá também é famosa pelas compotas de doces produzidas na cidade. Várias organizações regionais se dedicam à produção de doces de figo em calda, queijadinhas, goiabadas cremosas e muito mais. É claro, a ambrosia, doce tipicamente mineiro, também não podia ficar de fora e é facilmente encontrada na região. Todos os anos, a cidade também recebe o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia em Araxá, que celebra diversos tipos de cozinha. A festa recebe chefs renomados de todo o país, além de contar com exposições de ingredientes locais e oficinas culinárias, Araxá está a uma distância de 369 quilômetros de Belo Horizonte. O melhor percurso é por meio da BR-262. 10 - Januária Às margens do Rio São Francisco, Januária, no norte de Minas, encanta pelas riquezas culturais e naturais. Um dos pontos turísticos mais atrativos da cidade é o Mercado Municipal. Lá, o turista pode encontrar diversas iguarias típicas, como peixes, temperos e ervas. A gastronomia do município é tipicamente sertaneja, e o pequi é um dos destaques da culinária da região. Por conta do Rio São Francisco, os peixes também possuem um papel muito importante nos pratos de Januária. A carne de sol e a manteiga de garrafa são outros itens indispensáveis. Januária está a cerca de 600 quilômetros da capital mineira, por meio da BR- 135. Como o caminho é longo, uma boa ideia pode ser traçar um roteiro por diversas cidades do norte deMinas e do Vale do Jequitinhonha. - Festivais de comidas e ingredientes regionais Alguns ingredientes são tão importantes na cultura e na produção mineira que possuem até festivais próprios. Seguindo a antiga tradição de celebrar a colheita, a realização de muitos deles obedece aos calendários de safra de cada alimento. Festa Nacional do Milho, em Patos de Minas O evento surgiu na década de 1950 como comemoração do aniversário de Patos de Minas, no Triângulo Mineiro. Hoje, reúne diversos atrativos, como shows de grande expressão e o concurso de Rainha do Milho. O grão foi escolhido como grande homenageado da festa por exercer um papel importante na tradição e na agricultura da cidade. A Fenamilho, como também é conhecida, acontece todos os anos, entre os meses de maio e junho. -Festa do Ora-pro-nóbis, em Sabará O ora-pro-nóbis é uma iguaria oriunda de uma planta folhosa que movimenta boa parte da economia de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além de ser muito saborosa, a hortaliça é muito nutritiva e usada em diversas receitas típicas da gastronomia de Minas. A festa acontece anualmente em maio. -Festa da Jabuticaba, em Cachoeira do Campo A Festa da Jabuticaba acontece em Cachoeira do Campo, um pequeno e charmoso distrito de Ouro Preto (Região Central) que é um dos maiores produtores 11 da fruta em todo o país. A data do festival, que surgiu em 1992, depende da safra, e normalmente acontece entre setembro e outubro. O evento também conta com barraquinhas de artesanato local e shows musicais de artistas da região. -Festa do Vinho, em Andradas Há 52 anos, a Festa do Vinho faz parte do calendário festivo anual de Andradas, no sul de Minas. O evento, que normalmente acontece no final de julho, conta com exposições vinícolas, apresentações musicais de peso e barracas gastronômicas de produtores locais. A gastronomia de Minas Gerais é mesmo incrível, mas também é só mais uma das diversas maravilhas turísticas que o estado tem a oferecer. Prato regional de Minas Gerais Costelinha com Canjiquinha - Tempere a costela suína com o sal, pimenta do reino, os dentes de alho bem picado e o suco do limão. Reserve e deixe marinando neste tempero por 30 minutos. Em uma panela grande, coloque a quirera (xeren, canjiquinha) adicione 1 litro do caldo de legumes e um pouco de sal, ligue o fogo e mexa até que a canjiquinha esteja macia, após esse tempo reserve-a. Aqueça uma panela grande, adicione o pouco de óleo ou banha suína, coloque a costelinha reservada e deixe dourar, adicione a cebola picada e deixe dourar, acrescente o tomate picado sem sementes, mexa, acrescente 1 litro de caldo de legumes, tape a panela e deixe cozinhando até que a costelinha esteja macia, após esse tempo, adicione a canjiquinha reservada junto à costelinha, mexa até encorpar, experimente o sabor para verificar se é necessário acrescentar mais sal ou outro tempero, junte o maço de couve picada grosseiramente, misture bem, por último finalize a receita salpicando cheiro verde (cebolinha e salsa) por cima. Sirva ainda quente. 12 Fotos do Preparo da Costelinha com Canjiquinha (Foto. 01, 02, 03 e 04) Foto1 (ingredientes) Foto 2 (dourando a costelinha) Foto 3 (juntando a canjiquinha à costelinha) Foto 4 (prato finalizado) Ficha técnica: Costelinha com canjiquinha Descrição Quantidade Unidade Costela suína 500 gr 01 Canjiquinha 150 gr 01 Caldo de legumes 2000 ml 02 litros Limão 30 ml 01 Sal 20 gr 01 c.s Alho 5gr 02 Pimenta do reino 2 gr ½ c.c Cebola 50 gr 01 Tomate 50 gr 01 Óleo 15ml 01 c.s Couve 50gr 01 Cheiro verde 20gr 01 13 PERNAMBUCO Um estado com paladar aberto à novidades, convidativo a empresários e chefs estrangeiros dispostos a expor a cozinha de seus países. No estado, as “embaixadas gastronômicas” exibem bandeiras asiáticas, africanas, latino-americanas e europeias, com direito a adaptações para se adequar ao gosto do nordestino. Temperos são amenizados e ingredientes são acrescentados, mas mantém-se a base cultural da gastronomia tipo exportação. O Pernambuco é, sem dúvida, um dos cinco maiores mercados gastronômicos do país e essa força também está presente na quantidade de estabelecimentos estrangeiros A capital gastronômica do Nordeste A diversidade cultural pernambucana é encantadora. Com uma arquitetura marcante e força musical impressionante, a capital de Pernambuco inspira artistas do mundo todo. A música, em especial, carrega multidões de turistas todos os anos, que vão ao Recife seguir o Galo da Madrugada, o maior bloco de carnaval do mundo, que arrasta mais de um milhão de pessoas. O estado, porém, não é conhecido apenas por seu frevo e seu maracatu. Para quem planeja ir a Recife conhecer a cidade dos rios Capibaribe e Beberibe, saiba que ela é hoje uma das quatro capitais mais importantes da cozinha brasileira e é considerada o terceiro polo gastronômico do país, com mais de seis mil estabelecimentos. Capital gourmet do Nordeste, Recife aumenta a cada ano seu espaço entre os grandes restaurantes, apresentando jovens chefs e receitas extraordinárias que se fortalecem pelo uso de ingredientes locais. A cozinha pernambucana é resultado de influências diversas, como a negra, a indígena e a portuguesa, e é lá onde o tradicional encontra o contemporâneo, onde a tradição encontra a novidade. Da famosa carne de bode e dos frutos do mar, até à cozinha internacional de grandes hotéis, que agrada os paladares menos aventureiros. E o açúcar? Ah, o açúcar! Você já deve ter escutado falar do famoso bolo de rolo, um tipo de rocambole recheado de doce de goiaba em camadas tão finas que até parece arte psicodélica. O mungunzá (feito com leite de coco e milho), angu, tapioca e todas as frutas embebedadas em caldas de açúcar tornam a experiência muito mais especial e também da cartola nordestina, receita a ser apresentada neste projeto. 2.2 Pontos turísticos gastronômicos Anualmente, Recife recebe eventos que provam que a cidade é a menina dos olhos de comensais dedicados. Festivais como o Bar em Bar, que oferece petiscos em bares de várias cidades pernambucanas com custo de R$ 10, a Fliporto Gastronomia, festa que combina gastronomia e literatura, e também a famosa Restaurante Week, que em 2013 realizará sua sexta edição, podem pautar a sua visita ao estado, não é? Para experimentarum pouco de cada delícia pernambucana, uma dica é visitar os botecos que se espalham aos montes não somente por Recife, mas também por Olinda e Garanhuns. Em Recife, vá ao Bar do Neno e Lula (Rua Padre Roma, 722 – Parnamirim), que às terças apresenta roda de chorinho e oferece uma carta de cachaças de respeito, nacionais e importadas. Mergulhe de cabeça na cultura local e prove porções com patolas de caranguejo ao vinagrete, tripas de porco fritas ou charque na cebola. Entre os mais pedidos, empadinha de queijo do reino e o caldinho de feijão com temperinhos, considerado o melhor da cidade. Para comer frutos do mar, sente-se no salão à beira-mar do Biruta Bar (Rua 14 Bem-Te-Vi, 15 – Brasília Teimosa), e delicie-se com a incrível bruschetta de camarão e polvo e o tacho com frutos do mar, que leva camarão, polvo, sururu e pescada- amarela. Vá também ao Bargaço (Av. Antônio de Góes, 62 – Pina) para provar deliciosas moquecas e porções generosas de ostras fresquinhas. Para a famosa carne de bode, o Entre Amigos (Rua Marquês de Valença, 50 – Boa Viagem) é o lugar para comer a iguaria local. Em Olinda, um recanto da culinária pernambucana é a Oficina do Sabor (Rua do Amparo, 335). Sob o comando do chef César Santos, a cozinha prepara delícias com o adocicado jerimum (abóbora), que pode ser servido com camarão ao molho de pitanga. Como eu sempre digo, nunca deixe de comer a sobremesa, então, prove a tradicional Cartola. A sobremesa que foi considerada por lei como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Pernambuco é feita com queijo manteiga, banana madura, açúcar e canela. Permita que a brisa fresca da orla do calçadão da Boa Viagem te encante e te leve para provar novos sabores de um lugar tão rico! Toda experiência se fortalece quando provamos a comida local. É como se provássemos do povo. Principais iguarias da culinária pernambucana O bolo de rolo, um dos símbolos de Pernambuco. Outros doces criados no estado e considerados patrimônio imaterial são o bolo Souza Leão e a cartola. Há ainda o nego bom, doce pernambucano muito popular, também conhecido como "bala de banana". As iguarias salgadas mais conhecidas são, entre outras, o beiju ou tapioca, a feijoada à brasileira, o arrumadinho, o escondidinho, os caldinhos a exemplo dos caldos de sururu, camarão e peixe, a caldeirada, a moqueca pernambucana, a peixada pernambucana, o cozido, o Chambaril, o charque à brejeira, o bredo de coco, o feijão de coco, o quibebe, a galinha à cabidela, o angu, o mungunzá salgado, o sarapatel, a buchada e a rabada. Entre as bebidas mais comuns, merece destaque a cachaça, que tem possível origem no estado; e entre os doces típicos de Pernambuco podemos citar o bolo de rolo, o bolo Souza Leão, o bolo pé de moleque, o bolo de macaxeira, o bolo de mandioca, o bolo barra branca, a cartola e o nego bom. No São João as comidas de milho estão presentes na pamonha, na canjica, no bolo de milho, no mungunzá doce, dentre outros quitutes. O bolo Souza Leão, o bolo de rolo e a cartola receberam, por lei, status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. A Tapioca do Alto da Sé de Olinda, considerada a mais tradicional do Brasil e preservada pela "Associação das Tapioqueiras de Olinda", recebeu o título de patrimônio imaterial da cidade. O Recife é o terceiro maior polo gastronômico do Brasil segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) — com cerca de 10 mil estabelecimentos —, após Rio de Janeiro e São Paulo. A Rua da Hora, no bairro do Espinheiro, Zona Norte da capital pernambucana, vem se tornando um reduto da culinária recifense, com os mais variados cardápios: da culinária japonesa à Nikkei, passando pelos ingredientes regionais. Pernambuco é o estado com o maior número de restaurantes estrelados pelo exigente Guia Quatro Rodas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul brasileiro, e o quarto do Brasil, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 16 estabelecimentos pernambucanos, que contam com chefs renomados e que vão da cozinha regional às cozinhas lusitana, italiana, francesa, japonesa e peruana, foram agraciados. 15 Prato regional do Pernambuco: Cartola nordestina A cartola nordestina é uma sobremesa considerada patrimônio imaterial do Pernambuco. Os ingredientes desse doce são: banana, queijo de manteiga (requeijão do sertão), canela e açúcar. Referência em servir o tradicional cartola e parada obrigatória para quem visita Recife é o “Restaurante Leite” que foi fundado em 1882 sendo considerado o restaurante mais antigo em funcionamento no Brasil. 16 Modo de Preparo da cartola nordestina Corte as bananas ao meio no sentido do comprimento, aqueça uma frigideira e coloque a manteiga, arrume as bananas sobre a frigideira e deixe dourar dos dois lados, retire e arrume as bananas douradas num prato, na mesma frigideira doure o queijo manteiga dos dois lados, retire cuidadosamente e sobreponha sobre as bananas, misture o açúcar com a canela e salpique por cima para finalização do prato, sirva a seguir. 3.1 Ficha técnica da cartola nordestina Descrição Quantidade Unidade Banana prata 100gr 02 Queijo manteiga 100gr 01 Manteiga 10gr 01 c.s Açúcar cristal 13gr 01 c.s Canela em pó 05gr 01 c.c 17 Fotos do preparo da sobremesa Cartola Nordestina (Fotos 01,02,03,04) Foto 01 (ingredientes já separados) Foto 02 (dourando as bananas) Foto 03 (salpicando açúcar com canela) Foto 04 (sobremesa finalizada) 18 LEGISLAÇÃO Um dos principais entraves referentes à legislação do setor, a regulamentação da gorjeta no país, é uma necessidade. Com legislação indefinida, o destino do dinheiro depende do bom senso de cada estabelecimento ou do que foi acordado previamente entre os sindicatos patronais e laborais de cada Estado. Em Pernambuco, a gorjeta é opcional, ou seja, não tem caráter obrigatório para o consumidor. Ainda assim, as gorjetas fazem parte da remuneração variável dos empregados, sendo que 45% do valor total são descontados para pagar os custos com encargos sociais e previdenciários. Existe um projeto de lei (PLC57/2010) que regulariza o pagamento dos 10% da gorjeta, mas que ainda está́ em discussão, pois precisa de alguns ajustes. Antes de abrir uma empresa, o empreendedor precisa definir o tipo de empresa a ser aberta e que se enquadra melhor com o tipo de negócio escolhido. Firma Individual e Sociedade Empresarial Limitada são os mais comuns. No caso de existir uma sociedade, os empreendedores deverão definir o tipo de participação de cada um dos sócios. Obrigatoriamente deverá existir pelo menos um sócio-administrador. No caso de um ser o administrador, os demais serão sócio quotistas. Comrelação à sociedade, o empreendedor deverá, primeiramente, checar se não existem impedimentos legais - por exemplo, uma pessoa que é funcionária pública deverá antes consultar a entidade para a qual trabalha para saber se existe algum impedimento. Para a abertura da empresa, serão necessários consultas e registros junto à Secretária da Receita Federal, que emitirá o CNPJ; à Junta Comercial; à Receita estadual, por meio da qual será́ obtida a inscrição estadual (caso a empresa seja sujeita ao ICMS, como empresas do setor de comércio, transporte ou indústria); à prefeitura municipal, para obtenção de Alvarás de Localização e Alvarás de Licença Sanitários; à Secretaria da Fazenda; e ao sindicato patronal. A empresa terá́ também que se cadastrar junto à Caixa Econômica Federal no sistema Conectividade Social (INSS/FGTS), a fim de obter autorização do Corpo de Bombeiros. O empreendedor deve estar atento ao Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078, de 11/9/1990) e as suas especificações. Portanto, é importante ter o acompanhamento de um profissional de contabilidade, pois é uma medida segura e eficiente para o bom andamento do negócio desde a sua abertura. O contador, além de executar boa parte das atividades acima descritas, prestará orientações com relação à definição do tipo d e empresa e à 19 melhor forma de tributação, entre outras. Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a formulação e o controle das legislações específicas dos produtos de origem animal e bebidas. Já ao Ministério da Saúde competem os alimentos de origem vegetal industrializados, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia de fabricação, embalagens e materiais destinados a entrar em contato com os alimentos, alimentos dietéticos, águas minerais e potáveis de mesa, e ingredientes industrializados para alimentos. A ação fiscalizadora é exercida pelas autoridades federais, estaduais ou municipais, no âmbito de suas atribuições, que após exame das amostras, se constatadas alterações, poderão interditar os alimentos. É importante que o empreendedor tenha amplo conhecimento do Código de Defesa do Consumidor, de portarias do Ministério do Trabalho (MTB) e de resoluções da Anvisa. Ao contrário do que muitos pensam, quanto maior é o domínio sobre a legislação, mais prevenido estará́ o empreendedor, evitando despesas extras como reforma e advogado, acidentes de trabalho, contaminação alimentar, multas etc. O consumidor atual também está ligado a essas questões e poderá ́ perceber um valor adicional para o estabelecimento bem preparado com relação à legislação. Abaixo, encontra-se a lista de algumas leis, normas e resoluções importantes relativas ao setor de AFL. • Lei no 8.069, de 13/7/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. • Lei no 8.078, de 11/9/1990 (Código de Defesa do Consumidor), dispõe sobre a proteção e a defesa do consumidor, ou da coletividade equiparada, nas relações de consumo • Lei no 8.080, de 19/9/1990 (Lei Orgânica da Saúde), institui o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelece a necessidade da melhoria da qualidade de vida decorrente da utilização de bens, serviços e ambientes oferecidos à população na área de alimentos, através de novos ordenamentos que regulam, no âmbito da saúde, as relações entre os agentes econômicos, a qualidade daqueles recursos e o seu 20 consumo ou utilização. • Decreto no 2.181, de 13/5/1997, dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) e estabelece normas gerais de aplicação das sanções administrativas previstas na Lei no 8.078, de 11/9/1990, que define códigos de proteção e defesa do consumidor de ordem pública e interesse social. Ainda revoga o Decreto no 861, de 9/7/1993, que organiza o SNDC e assegura os direitos e a representação legal do consumidor. • Decreto no 6.871, de 4/6/2009, regulamenta a Lei no 8.918, de 14/7/1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. • Portaria MS/Anvisa no 518, de 25/3/2004, estabelece procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. • Resolução MS/Anvisa no 23, de 15/3/2000, alterada pela Resolução RDC no 278, de 22/9/2005, institui o regulamento técnico sobre o manual de procedimentos básicos para registro e dispensa da obrigatoriedade de registro de alimentos. • Resolução MS/Anvisa RDC no 275, de 21/10/2002, institui o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos de alimentos e à lista de verificação das boas práticas de fabricação em estabelecimentos produtores de alimentos. • Resolução MS/Anvisa RE no 9, de 16/1/2003, dá orientação técnica sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente, de uso público e coletivo. • Resolução MS/Anvisa no 216, de 15/9/2004, institui o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. 21 CONCLUSÃO Ao estudarmos as disciplinas apresentadas durante este semestre, concluímos que para a área da gastronomia o conhecimento da abrangência gastronômica, turística, legislativa é muito extensa e diversificada em todos as regiões do nosso País, cada região possui sua característica peculiar, as legislações variam, a forma de hospitalidade também é bem diferenciada de uma região para outra e todas tendo sua peculiaridade, mostrando assim um país rico em todos os aspectos. Foi citado neste projeto, dois estados brasileiros, sendo; Minas Gerais e Pernambuco, com seus pontos turísticos, gastronômicos, seus principais e respectivos ingredientes específicos, e alguns pratos típicos regionais de cada estado. Para abstração do conteúdo deste semestre, foram feitas pesquisas relacionadas aos Estados escolhidos, executados e apresentados um prato de cada estado escolhido. Sendo os mesmos, detalhado com suas etapas de preparo e ficha técnica. A gastronomia regional nos fez ter a visão de como o país é diversificado com suas miscigenações, e como nossa cultura brasileira é rica. Apresentamos um breve conteúdo sobre Legislação e Hospitalidade, onde aprendemos sua história, o que ela rege, sua importância econômica e social, a forma com que cada região hospeda, recebe e trata os turistas, concluiu-se que na prática conseguimos entender com mais clareza a essência preservada da hospitalidade e forma de alimentar de cada Estado. Com a Legislação concluiu-se tornar legal, dar força de lei àquilo que é justo e reto, para manter a ordem e o desenvolvimento dentro das normas vigentes num País e seus respectivos Estados. No Brasil percebemos que temos o não cumprimento da legislação por falta de fiscalização ou desconhecimento da mesma. Conclui-se que, o projeto, vivenciando na prática e o contato “real” com a matéria, foram essenciais para absorção da aprendizagem do conteúdo deste semestre, havendo assim o sanar de questões que geravam dúvidas. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Gezaine. 12 comidas típicas para provar em Minas Gerais. Disponível em:http://www.mineirosnaestrada.com.br/comidas-tipicas-minas-gerais/ Acessado em 02 de Novembro de 2020. Equipe Lokamig Rent a Car. Conheça os 5 melhores destinos Gastronômicos de Minas. Disponível em: <https://blog.lokamig.com.br/conheca-os-melhores- destinos-gastronomicos-de-minas-gerais/> Acessado em 02 de Novembro de 2020. HAMILTON, Cherie. A Culinary Journey. Hippocrene Books. pp. 66-67. Agosto, 2005. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. LARINI, Fernanda. Pratos Típicos de todos os estados brasileiros. Disponível em: www.chapinhanamala.com.br. Acessado em: 17 de Novembro de 2020. PASCOAL, João Vitor. O mundo inteiro no seu prato. Disponível em: https://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/o-mundo-inteiro-no-seu- prato/. Acessado em 21 de Novembro de 2020. RAPOSO, Alessandra. Variedade, qualidade e quantidade: Comidas típicas do Recife. Disponível em: http://www2.recife.pe.gov.br/noticias/19/07/2012/ variedade-qualidade-e-quantidade-comidas-tipicas-do-recife. Acessado em 22 de novembro de 2020. SAMADELLO, Ana. Recife: a capital gastronômica do Nordeste. Disponível em: https://viajando.expedia.com.br/recife-capital-gastronomica-do-nordeste-855/. Acessado em 22 de novembro de 2020. 23
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