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1 UNIVERSIDADE PAULISTA ADRIANA DOS SANTOS MAGALHÃES RA-0590178 PIM IV Gastronomia Regional Brasileira QUARAÍ 2020 2 ADRIANA DOS SANTOS MAGALHÃES RA-0590178 PIM IV Gastronomia Regional Brasileira Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Gastronomia apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Rodrigo Stolf QUARAÍ 2020 3 RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de colocar em prática o aprendizado referente às disciplinas propostas através da apresentação da culinária e o turismo gastronômico de dois estados brasileiros, sendo eles Rio Grande do Sul e Pernambuco, assim como seus pratos, sobremesas e ingredientes mais característicos, além do preparo de duas receitas típicas destes locais. Por ter sido colonizado por inúmeros povos e possuir climas bastante diferentes de uma parte para a outra do país, o que proporciona a produção de ingredientes distintos de um estado para o outro, o Brasil detém uma grande pluralidade cultural que se manifesta de diversas formas, e dentre elas está a gastronomia que, apesar de possuir algumas semelhanças em certos locais, normalmente se apresenta de forma totalmente diferente de um estado brasileiro para o outro, resultando em uma considerável diversidade culinária. Ainda serão abordadas as legislações a serem consideradas antes da abertura de algum estabelecimento gastronômico no Brasil, apresentando os pontos mais importantes a serem levados em conta pelo empreendedor. Palavras-chave: Culinária, gastronomia, diversidade. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5 2. RIO GRANDE DO SUL .......................................................................................... 6 2.1 Ingredientes mais comuns da gastronomia local: ........................................... 6 2.2 Pratos típicos: .................................................................................................... 7 2.3 Turismo Gastronômico ...................................................................................... 8 2.4 Prato típico: arroz de carreteiro. ..................................................................... 10 3. PERNAMBUCO ................................................................................................... 12 3.1 Ingredientes mais comuns da gastronomia local .......................................... 12 3.2 Pratos típicos ................................................................................................... 12 3.2 Turismo Gastronômico .................................................................................... 14 3.3 Sobremesa típica: bolo de rolo ....................................................................... 14 4. LEGISLAÇÃO APLICADA À HOSPITALIDADE ................................................. 17 5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 18 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 19 5 1. INTRODUÇÃO Agraciado com uma cultura bastante diversa, o Brasil dispõe de inúmeras riquezas gastronômicas em cada um de seus estados, neste trabalho será explorada a culinária de apenas dois desses locais, sendo um da região sul e outro da região nordeste, sendo eles respectivamente Rio Grande do Sul e Pernambuco. Dentro do desenvolvimento da disciplina gastronomia regional brasileira, haverá o preparo de dois pratos típicos, sendo eles o clássico gaúcho arroz de carreteiro e o patrimônio cultural imaterial pernambucano bolo de rolo. Será apresentada a ficha técnica de cada um deles e a comprovação de sua execução através de fotos realizadas antes, durante e após o processo de preparo. Para atender à disciplina hospitalidade: turismo, hotelaria e gastronomia foi feita a pesquisa sobre o turismo e os empreendimentos gastronômicos de ambos os locais, assim como os principais pratos, sobremesas e ingredientes de cada um desses estados. Na disciplina legislação aplicada à hospitalidade, serão apontadas as principais legislações em que o interessado em começar um empreendimento gastronômico deve manter sua atenção antes de abrir o seu negócio. 6 2. RIO GRANDE DO SUL Localizado na fronteira com Uruguai e Argentina, palco da mais longa revolta brasileira, na qual se autodeclarou como república, agraciado com deslumbrantes paisagens, maior produtor de arroz em casca e de vinhos do Brasil, o Rio Grande do Sul é um estado rico em culturas, saberes e sabores. É lembrado nacionalmente por duas de suas iguarias preferidas: o churrasco e o chimarrão. Mas o estado vai muito além disso, dispondo de pratos e ingredientes dos mais diversos, possibilitando a satisfação de todos os paladares. Dada a colonização e imigração de diversos povos, sendo alguns deles eles portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses, poloneses e libaneses, o Rio Grande do Sul é privilegiado com uma considerável pluralidade cultural que reflete diretamente na culinária local. 2.1 Ingredientes mais comuns da gastronomia local: Carne- tanto bovina quanto ovina, é muito presente na culinária gaúcha, tanto no churrasco quanto nos pratos do dia a dia. Mandioca- conhecida em algumas regiões como aipim ou macaxeira, é um ingrediente bastante popular na gastronomia do sul, muito comumente sendo preparada junto com a costela bovina. Polenta- feita à base de farinha de milho, pode ser apresentada de várias formas, normalmente cozida ou frita. Charque- também chamado de carne seca ou carne de sol, é um dos mais clássicos ingredientes do estado, presente na mesa dos sul-rio-grandenses há muito tempo. Queijo colonial- pode ser fabricado de formas variadas e se faz muito presente como um aperitivo nas rodas de amigos. Salame- herança dos italianos é um frequente acompanhante do queijo como aperitivo. Pinhão- iguaria muito apreciada pelos gaúchos no inverno é tostado, geralmente no fogão à lenha, antes de ser consumido. 7 2.2 Pratos típicos: Apfelstrudel Uma das mais famosas sobremesas e herança da colonização dos alemães, o apfelstrudel é uma torta de maçã, que também leva uvas-passas e amêndoas, servida quente, podendo ser acompanhada por sorvete ou chantilly. Chimarrão Popularmente também chamado de mate, o chimarrão é um hábito na vida do povo gaúcho, fazendo-se presente em muitos momentos, além de ser um dos símbolos do estado. Oriundo da cultura dos índios Guaranis, o chimarrão é uma infusão de erva-mate (Ilex Paraguariensis) preparada em uma cuia (Porongo). Churrasco Provavelmente o queridinho do povo gaúcho, o churrasco geralmente está presente em muitos momentos da vida dos sul-rio-grandenses, sejam eles ocasiões especiais ou apenas um encontro entre amigos. Os cortes mais comuns são a costela, a picanha e o vazio bovinos, mas também podem fazer parte do churrasco paleta, pernil e costela ovinos, assim como cortes de frango. Cuca Oriunda da colonização alemã, a cuca é um bolo coberto por uma farofa doce, muito comumente recheada com goiabada, porém também pode apresentar outros recheios, como frutas ou doce de leite, também podendo ser encontrada em versões sem recheio. Apesar de um pouco menos populares, existem versões salgadas da cuca. Chimia Muito similar a uma geleia e geralmente é consumida como tal, a chimia pode ser feita de diversas frutas como laranja, framboesa ou figo. Normalmente é consumida com pães ou bolos. 8 Entrevero Com origem na época dos tropeiros, o entrevero,cujo nome vem da língua espanhola e significa "mistura" é um prato tradicional no Rio Grande do Sul. Pode ser feito em uma panela de ferro ou em um grande tacho e conter ingredientes variados de acordo com o local onde é preparado, embora seja essencialmente composto pela mistura de carnes e legumes. Galeto Herança da colonização italiana, o galeto é uma iguaria bastante comum no sul. O prato é oriundo das passarinhadas que eram um hábito dos imigrantes, contudo, com a caça sendo proibida, os pássaros foram substituídos pelos galetos (frangos abatidos jovens). Sagu Podendo ser preparado com suco de uva, vinho ou leite, o sagu nada mais é que bolinhas de fécula de mandioca e pode ser servido acompanhado de um creme de baunilha ou puro. 2.3 Turismo Gastronômico Graças à sua rica e diversa gastronomia, o Rio Grande do Sul dispõe de interessantes destinos turísticos, sendo alguns deles: Fenadoce A Feira Nacional do Doce- Fenadoce- acontece Pelotas, considerada a capital nacional dos doces, tendo como estrelas os doces tradicionais da região. O começo da história do povo pelotense com os doces ocorreu entre 1860 a 1890, quando o comércio do charque, carro chefe da economia da cidade na época, se intensificou. Os navios transportadores do charque, que tinham contato com diversos povos e costumes, foram responsáveis por trazer os doces até Pelotas. A região nordeste, economicamente estabilizada na produção de açúcar, enviou ao sul o que faltava para o início da produção doceira, graças à troca do açúcar pelo charque. Devido às regras de etiqueta da época, a maioria das atividades permitidas às mulheres eram realizadas em casa e este fato somado à disponibilidade do 9 açúcar foi o estopim para o começo da produção doceira. Entre os primeiros doces produzidos estão os bem-casados, fios de ovos, pastéis Santa Clara e ninhos. Atualmente a Fenadoce ocorre anualmente em Pelotas, sendo um importante acontecimento para a gastronomia e o turismo local. Tour Uva e Vinho Contemplando uma das bebidas mais queridas dos gaúchos, o Tour Uva e Vinho com Maria Fumaça também pode ser uma ótima opção de turismo gastronômico. Além de passar pelas estonteantes paisagens das cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, o passeio também conta com uma visita à vinícola Aurora, a maior do Brasil. Bela Vista Para os que não abrem mão de começar o dia com uma generosa refeição, um café colonial pode ser uma ótima opção. Dentre um dos mais famosos está o Bela Vista em Gramado. O café dispõe das mais variadas opções de guloseimas, entre elas pães, doces, geleias, linguiça, frango à milanesa, vinho, dentre outras delícias. Cantina Pastasciutta Localizada na Rua Borges de Medeiros, também em gramado, a Cantina Pastasciutta vai pegar o coração dos amantes de uma boa massa ao estilo italiano. Além dos pratos principais, a cantina conta também com um Buffet de entradas e um aconchegante ambiente para bem acomodar e cativar seus clientes. Lagoa Vermelha Também é válido dar destaque a Lagoa Vermelha, cidade com 27 mil habitantes, fundada em 25 de janeiro de 1845 que foi declarada oficialmente a capital nacional do churrasco em 2019. Apesar do Rio Grande do Sul como um todo ser reconhecido pelo saboroso churrasco, é válido visitar a capital desta iguaria tão aclamada pelos gaúchos. 10 2.4 Prato típico: arroz de carreteiro. Um dos mais populares e preferidos pratos da população gaúcha, sem dúvidas é o carreteiro. Fruto da necessidade dos mercadores ambulantes que atravessavam o sul em carretas puxadas por bois, o prato acabou se tornando apreciado em todo o estado. Pela necessidade de alimentos práticos, a abundância do produto e a necessidade dos carreteiros por produtos que não estragassem fácil, o charque acabou tornando-se a preferência alimentar. Graças aos primeiros bandeirantes e aos tropeiros, o arroz de carreteiro chegou ao Mato Grosso do Sul, sendo alimento para os peões no pantanal até os dias de hoje e pode ser servido no almoço, jantar ou até mesmo no café da manhã, acompanhado por ovos fritos. A prática e saborosa mistura de charque e arroz é muito popular na mesa dos sul-rio-grandenses, tendo algumas variações de ingredientes de acordo com o gosto de quem prepara, podendo ser incrementado com bacon ou sobras de churrasco. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Fonte: Própria, 2020. Fonte: Própria, 2020. Fonte: Própria, 2020. 11 Ficha técnica do prato: INGREDIENTES QUANTIDADE Carne-seca dessalgada 150 g Azeite de oliva 25 ml Cebola em brunoise ½ unidade Sal A gosto Pimenta-do-reino A gosto Arroz 250 g Salsa A gosto Ovo Uma unidade MODO DE PREPARO 1. Frite a carne em panela de barro ou ferro ate que doure bem. Em seguida, junte a cebola e o alho. Deixe dourar. 2. Acrescente o arroz, o tomate (opcional), o sal, a pimenta e, por ultimo, água fervente (para cozinhar o arroz). 3. Quando o arroz estiver pronto, sirva com o ovo cozido picado grosseiramente e a salsa. 12 3. PERNAMBUCO Lar de belas praias, riquíssimo em arquitetura histórica e palco de um dos carnavais mais famosos do Brasil, Pernambuco tem atributos para agradar a todos os públicos, seja pelo entretenimento, seja pela rica gastronomia ou por seu patrimônio cultural imaterial da humanidade: o frevo. Além do frevo, também abriga a cidade de Olinda, tombada como patrimônio cultural e imaterial da humanidade e, ainda, é em Pernambuco onde se encontram a mais antiga igreja do Brasil - Igreja de São Cosme e Damião- e a sinagoga mais antiga das Américas - Sinagoga Kahal-Zur. Tendo suas maiores influências gastronômicas vindas das culturas africana, indígena e portuguesa, a culinária pernambucana adaptou muitas receitas com ingredientes mais acessíveis na região, dando origem a sabores miscigenados. 3.1 Ingredientes mais comuns da gastronomia local Carne de bode- símbolo gastronômico e cultural do estado de Pernambuco, a carne de bode é um dos alimentos mais populares e apreciados pelos pernambucanos, tendo até mesmo um complexo gastronômico cujo nome remete ao tão querido bode, o Bodódromo, localizado em Petrolina, é o maior complexo gastronômico da América Latina especializado nessa carne. Carne de sol- iguaria muito tradicional, cujo nome vem de seu modo preparo onde a carne é temperada e posta para secar ao sol por alguns dias. Quando pronta basta ser frita ou assada e servida, acompanhada de vinagrete, feijão de corda (também chamado feijão verde), queijo coalho frito, arroz branco, farofa de ovo ou cebola, macaxeira frita ou cozida e manteiga de garrafa. Macaxeira- muito popular na culinária local, a macaxeira (conhecida como mandioca em alguns locais) é consumida cozida ou frita, mas também é muito utilizada em forma de farinha ou goma. 3.2 Pratos típicos Bolo Souza Leão Patrimônio cultural e imaterial do estado que leva o nome da família responsável por sua "fama", o bolo Souza Leão é feito a partir de massa de mandioca e não leva trigo, o que resulta em uma textura cremosa. Também fazem parte da lista de ingredientes ovos, leite, manteiga e leite de coco. 13 Buchada Um dos mais famosos pratos do estado e muito comumente servido para muitas pessoas e/ou em ocasiões especiais, a buchada de bode é feita com as vísceras. Os intestinos são recheados com sarapatel, costurados, levados para cozinhar e caldo proveniente do cozimento é engrossado com farinha para se fazer um pirão. Normalmente os acompanhamentos desse prato são arroz branco e verduras. Cartola Uma das mais famosas sobremesas de Pernambuco e também patrimônio cultural imaterial, a cartola é uma sobremesa simples, feita de banana frita, queijo coalho ou de manteiga, açúcar e canela. A receita teria nascido nos grandesengenhos, dada a fácil disponibilidade dos ingredientes e à influência das culturas africana e indígena. Chambaril Originário da Itália, o Chambaril é feito de ossobuco refogado com temperos e normalmente é servido com um pirão feito com o caldo (do cozimento) fervendo e farinha de mandioca. Cozido Preparado com ossobuco e peito bovino, toucinho, charque e linguiça refogados em temperos variados, cozido com legumes e servido com arroz branco e um pirão feito do caldo do cozimento peneirado e misturado à farinha de mandioca. Dobradinha Com origens portuguesas, a dobradinha é feita de bucho (estômago), tripas e linguiça de boi picados em pequenos cubos e cozidos junto com o feijão, normalmente sendo servida acompanhada pelo arroz branco e a farinha de mandioca. Sarapatel Podendo servir de recheio para a buchada ou ser servido como um tira-gosto para a cachaça, o sarapatel é feito de sangue avinagrado/coalhado e miúdos de porco temperados, refogados e cozidos, comumente tendo farinha de mandioca e o arroz branco como acompanhamentos. Tapioca Primeiramente explorada pelos índios tupis, a tapioca é uma espécie de panqueca produzida a partir da goma da mandioca que pode ser recheada das mais 14 diversas coisas, doces ou salgadas, embora o recheio mais tradicional seja coco ralado e queijo. Sendo uma iguaria muito tradicional, o prato é facilmente encontrado à venda nos pontos turísticos pernambucanos. 3.2 Turismo Gastronômico Bar do Neno e o Bar do Lula Compartilhando o mesmo endereço e a mesma cozinha, os bares servem porções de pratos típicos, tendo destaque para o caldinho de feijão que é conhecido como um dos melhores de recife. Com uma decoração composta por obras de artistas plásticos e fotógrafos, o local também apresenta shows de chorinho, sendo uma interessante opção para aqueles que desejam comer bem e não abrem mão de um bom ambiente. Casa dos frios Conhecida em especial pelo bolo de rolo que muitos consideram o melhor da cidade, o estabelecimento é multifuncional, desempenhando as funções de supermercado, lanchonete, padaria e loja gourmet, perfeito para quem deseja provar alguns dos quitutes da rica culinária pernambucana. Entre Amigos Também conhecido como "O Bode" e dispondo de mais de trinta pratos com a carne do animal, dentre eles a clássica buchada e até mesmo pizza de bode, o restaurante Entre Amigos é uma perfeita opção de destino turístico para quem deseja provar a tão apreciada carne de bode. Leite Restaurante mais antigo de Recife e detentor de um ambiente tranquilo e aconchegante, o Leite provavelmente agradará quem aprecia refinamento e sofisticação na hora da refeição. Parraxaxá Com ambiente temático e garçons vestidos como cangaceiros, o Parraxaxá oferece inúmeros pratos e doces típicos em seu Buffet, sendo um dos restaurantes mais populares de Recife. 3.3 Sobremesa típica: bolo de rolo Patrimônio cultural imaterial do estado de Pernambuco, o bolo de rolo é um derivado do doce português colchão de noiva, o qual era feito com amêndoas e, 15 dada à indisponibilidade dos ingredientes na região nordeste, o doce sofreu adaptações, tendo o recheio de amêndoas substituído por um recheio feito a base de açúcar, água e goiaba. Na época, as próprias sinhás preparavam o bolo de rolo, já que a receita era mantida em absoluto segredo, sendo passada apenas de mãe para filha. Além de iguaria muito apreciada, o doce foi um grande participante da hospitalidade doméstica do período, sendo inadmissível uma visita importante sair da casa de seus anfitriões sem experimentar um pedaço desta sobremesa e, ao longo dos anos, o bolo de rolo tornou-se cada vez mais utilizado como ferramenta de demonstração de simpatia ou hospitalidade, sendo dado como presente. Graças à sua popularização, o bolo de rolo se espalhou por todo o nordeste, mas o pernambucano ainda se destaca tanto por seu preparo quanto pelo sabor inconfundível, sendo apreciado também no resto do país. Apesar de ter ganhado versões com diferentes recheios, como chocolate ou doce de leite, o recheio de goiabada ainda é o mais popular e preferido pelo público. Imagem 4 Imagem 5 Imagem 6 Fonte: Própria, 2020. Fonte: Própria, 2020. Fonte: Própria, 2020. 16 Ficha técnica da sobremesa: INGREDIENTES QUANTIDADE Massa: Manteiga 200g Açúcar 200g Gemas Seis Farinha de trigo 200 g Claras em neve Seis Recheio: Goiabada 500g Água 1/2 xícara Montagem: Formas retangulares com margarina e enfarinhadas Açúcar para polvilhar MODO DE PREPARO Massa 1. Bata na batedeira a manteiga com o açúcar até formar um creme coloque as gemas e continue batendo até ficar cremoso. 2. Junte a farinha de trigo, por último as claras em neve. Recheio 1. Leve ao fogo a goiabada com a água e deixe amolecer, fica como uma geleia mole. Montagem 1. Coloque de 5 a 6 colheres sopa de massa para assar cada bolo, leve ao forno pré-aquecido 5 minutos aproximadamente. 2. Vire o bolo sobre um pano úmido polvilhado com açúcar, passe uma camada bem fina da goiabada e enrole. 3. Asse o segundo bolo passe o recheio e enrole com o primeiro bolo, faça o mesmo procedimento com toda massa dá mais ou menos cinco bolos. 4. Por último polvilhe com açúcar. 17 4. LEGISLAÇÃO APLICADA À HOSPITALIDADE Assim como os demais empreendedores, quem pretende abrir um negócio voltado à gastronomia deve atentar-se às legislações que abrangem esta área, sendo elas: • Definir se o restaurante será microempresa, de porte médio ou grande, bem como seu sistema tributário. • Buscar a ajuda de um contador para legalizar a empresa nos órgãos a seguir e na obtenção de documentos: — Junta Comercial. — Secretaria da Receita Federal (CNPJ). — Secretaria Estadual de Fazenda. — Prefeitura do município, para obter o alvará de funcionamento. — Caixa Econômica Federal, cadastramento no sistema Conectividade Social – INSS/FGTS. — Corpo de Bombeiros Militar, tirar o Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB). — Tirar o Alvará da Vigilância Sanitária, em municípios menores, a Vigilância Sanitária fica na própria prefeitura. — Fazer o Cadastro Municipal de Vigilância em Saúde (CMVS) junto ao Ministério da Saúde. — Buscar a ajuda de um profissional da área de nutrição para garantir que as orientações do Manual de Boas Práticas na Manipulação de Alimentos sejam feitas (este documento descreve as corretas operações que devem ser realizadas na cadeia de produção de alimentos), e também para efetuar o Procedimento Operacional Padrão (POP), entre outros pontos, que o nutricionista desenvolve na questão da qualidade da refeição apresentada. • Ter a documentação exigida pelo Ministério do Trabalho e Emprego quanto aos funcionários, como: — Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): é estabelecido por parte dos empregadores e tem o objetivo da preservação da saúde dos seus funcionários. Determina a realização de exames admissionais, periódicos (uma vez ao ano, todos os funcionários passam por avaliação médica, sendo que os da área de alimentos e bebidas são mais criteriosos), também o de retorno ao trabalho depois de um afastamento por motivo de saúde, o de mudança de função se o grau de risco aumentar e por último o demissional. Tem ainda o objetivo de controlar a saúde e a integridade do empregado e detectar os riscos prévios no que diz respeito às doenças relacionadas ao trabalho. — Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): trata‑se da iniciativa da empresa quanto à preservação da saúde e integridade dos seus trabalhadores em relação aos riscos existentes no seu ambiente de trabalho. Está articulado com as demais normas regulamentadoras e principalmente com o PCMSO.— Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). — Livrode registro de funcionários. — Relógio de cartão de ponto. — Escala de revezamento de trabalho. — Certificado de controle de pragas – sempre atualizado. — Certificado de limpeza e desinfecção dos reservatórios de água sempre atualizado. (PAZINATTO, 2020, p.37-38) 18 5. CONCLUSÃO Este trabalho falou-se sobre a culinária particular de dois estados brasileiros, houve a execução de um prato e uma sobremesa, cada um deles oriundo de um destes estados e foram mencionadas as principais legislações a serem consideradas antes de se começar um empreendimento gastronômico no Brasil. As pesquisas realizadas sobre a culinária regional de ambos os estados auxiliou na ampliação da visão do quanto nosso país é plural e rico culturalmente, enquanto falar sobre as legislações foi de extrema importância para um maior conhecimento de como operam as leis nesse setor. 19 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria do Carmo. Bolo de Rolo. 2008. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=arti cle&id=468&Itemid=181. Acesso em: 06 nov. 2020. ARANOVICH, Alexandra. 15 comidas típicas da serra gaúcha que você precisa provar. Disponível em: https://www.cafeviagem.com/comidas-tipicas-serra-gaucha/. Acesso em: 22 out. 2020. BRANCO, Rafael. Descubra 13 experiências gastronômicas imperdíveis em Gramado. 2019. Disponível em: https://magazine.trivago.com.br/onde-comer- gramado/. Acesso em: 29 out. 2020. CAMARGO, Mauro. Receita do dia: Entrevero. 2019. Disponível em: https://embaixadordochurrasco.com.br/receita-de-entrevero/. Acesso em: 23 out. 2020. CHAVARRIA, Marcos. Terceiro polo gastronômico do País, Recife agrada a todos. 2009. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e- estilo/turismo/brasil/nordeste/terceiro-polo-gastronomico-do-pais-recife-agrada-a- todos,73088908cb237310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em: 19 out. 2020. GUERRA, Alessander. Doces de Pelotas. 2016. Disponível em: https://www.cuecasnacozinha.com.br/doces-de-pelotas. Acesso em: 28 out. 2020. LACERDA, Rayane; BITTENCOURT, Stefany. A doce fama pelotense. 2015. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/empauta/a-doce-fama-pelotense/#:~. Acesso em: 20 out. 2020. LUIZ, Lucio. Gordices em Recife. 2011. Disponível em: https://www.papodegordo.com.br/2011/10/20/gordices-em-recife-pernambuco/. Acesso em: 09 nov. 2020. PAZINATTO, Maria Amélia Parada. Legislação Aplicada à Hospitalidade. 2. ed. São Paulo: Sol, 2020. 108 p. PETELINKAR, Luciana. Arroz carreteiro é tradição e história. 2017. 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