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Doença crônica, complexa e multifatorial; Acúmulo excessivo de tecido adiposo (localizado ou generalizado). Em condições normais o tecido adiposo de um adulto representa 15% do peso corporal. Essa quantidade pode chegar até 70% em casos de obesidade extrema (obesidade mórbida e super obesidade). IBGE - Brasil CONCEITO: ↪ “Obesidade é o distúrbio do metabolismo energético no qual ocorre armazenamento excessivo de energia sob a forma de triglicerídeos no tecido adiposo, causado por doenças genéticas, endócrino- metabólicas, alterações nutricionais que podem atuar isoladamente ou em conjunto, ou seja, consiste no excessivo acúmulo de gordura sobre a forma de tecido adiposo”. (Diretriz Brasileira de Obesidade, 2010) ETIOLOGIA: → Ainda não está totalmente elucidada. → Balanço energético positivo = Maior consumo alimentar e menor gasto energético. Por consequência desse desbalanço, temos a obesidade. ● Papel dos Genes vs. Ambiente Risco de obesidade quando: ↠ Nenhum dos pais é obeso (9%) ↠ Um dos pais é obeso (50%) ↠ Os dois pais são obesos (80%) TECIDO ADIPOSO: ↪ Composto por gordura, proteína e água. ↪ Dividido em TAB e TAM. ● Tecido adiposo branco (TAB): Armazena triglicerídeos, protege órgãos abdominais contra traumas, atua como isolante térmico. O caroteno lhe confere coloração amarelo-claro. ● Tecido adiposo marrom (TAM): Encontrado nas áreas escapular, subescapular e pescoço. A cor marrom se deve a vascularização. Possui um número maior de mitocôndrias e está presente em pequenas quantidades no homem adulto. Está relacionado a adaptação ao frio. DIAGNÓSTICO - INFÂNCIA: → A identificação da obesidade na infância e adolescência é realizada clinicamente, com informações da história nutricional, exames físicos e alguns exames complementares. → Peso, altura, composição corporal. Genética Estilo de vida Emocional Ambiental → Valores de referência para diagnóstico do estado nutricional utilizando as curvas de IMC para idade, da OMS. TRATAMENTO DIETÉTICO: ● Aumentar o gasto energético ↠ A partir da modificação comportamental. ● Um planejamento alimentar mais flexível, que objetive reeducação, geralmente obtém mais sucesso. ● Sucesso ↠ Velocidade de perda de peso; ↠ Ajuste fisiológico; ↠ Manutenção comportamental. ● Motivação da família e da criança/adolescente. ● Nem sempre é fácil uma criança perceber as razões da dieta. ● Mais fácil obter sucesso no tratamento da obesidade na puberdade, do que na infância. ● Evitar dieta restritiva. ● Uma adaptação qualitativa, ou seja, as dietas devem ser flexíveis e atender às necessidades da criança. ↪ Sobrepeso e obesidade infantil e no adolescente recomenda uma abordagem em estágios para o manejo do peso em crianças: ● Estágio 1: inclui dieta e atividade física, incluindo aumento no consumo de frutas e vegetais e limitando as atividades sedentárias. Se não houver melhora no IMC em 3 a 6 meses passar para o próximo estágio 2. ● Estágio 2: recomenda a ingestão de alimentos com baixa densidade calórica e dieta balanceada, refeições estruturadas, atividade física supervisionada de no mínimo 60 minutos por dia, 1 hora ou menos de televisão e/ou computadores e tablets e auto monitoramento por meio de recordatórios alimentares e de atividade física. Acompanhamento com nutricionista é necessária nesse estágio com retornos mensais ajustados a necessidade do paciente e família. De acordo com a resposta ao tratamento deve-se avaliar a necessidade de seguir para o próximo estágio, levando em consideração os riscos à saúde dos pacientes, idade e motivação do paciente e da família. ● Estágio 3: caracteriza-se por um contato mais próximo com os profissionais da saúde e uso de mais estratégias comportamentais e monitoramento. Retornos semanais nas primeiras 8 a 12 semanas seguidas por retornos mensais são recomendados. Envolvimento dos pais de forma mais efetiva para crianças menores de 12 anos. Esse estágio requer o envolvimento de uma equipe multidisciplinar com experiência em obesidade infantil incluindo um aconselhador comportamental (assistente social, psicólogo e enfermeiro especialista em trabalhos comportamentais), nutricionista registrado e educador físico. Um consultório de atendimento primário com nutricionista e psicólogo pode fornecer esse atendimento juntamente com parceiros comunitários como programas de saúde pública e escolas locais. Crianças com resposta inadequada ao estágio 3, com riscos aumentados a saúde e baixa motivação deve ser considerados para o estágio 4. ● Estágio 4: inclui dietas com baixa calorias, uso de medicações e/ou cirurgia. Esse estágio requer uma equipe multidisciplinar especialista em obesidade infantil em um centro pediátrico contendo protocolos clínicos e pesquisa de avaliação e evolução dos resultados e riscos no manejo de obesidade infantil. Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia Tratamento Dietoterápico da Obesidade Infantil CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS: ● Para o cálculo das necessidades energéticas, recomenda-se o uso das fórmulas utilizadas pelo Institute of Medicine (IOM) - Dietary Reference Intake (DRI - 2011). EER = estimated energy requirement (estimativa da necessidade energética) TEE = total energy expenditure (gasto energético total) BEE = basal energy expenditure (gasto energético basal) ● Mesmo quando o excesso de peso é discreto, em crianças ou adolescentes com histórico familiar positivo de doenças cardiovasculares, recomenda-se a prevenção dessas doenças: ↠ Consumo diário de até 30% do valor energético total (VET) em gorduras, sendo de 10% a 7% em gorduras saturadas, percentagens para prevenção e tratamento das dislipidemias, respectivamente. O consumo de gordura trans deve limitar-se a 1% do VET. ↠ Restringir o consumo de sódio a 1,5 g/dia (ou 5 g/dia de sal). ↠ Orientar a redução do consumo de alimentos e bebidas ricos em carboidratos simples, assim como de bebidas alcoólicas. ↠ Estimular o consumo de aves e carnes vermelhas magras e de peixes, pelo menos duas vezes por semana. ↠ Estimular o consumo de mais de cinco porções por dia de frutas e hortaliças. ORIENTAÇÕES GERAIS: 1. Cuidado com a proibição de alimentos. 2. Estabeleça e organize os horários das refeições e dos lanches. 3. Oriente a criança e a família a realizarem a refeição em tempo adequado. 4. Incentive para que as refeições sejam feitas em local tranquilo, sem a interferência de televisão, videogame ou computador. 5. Evite oferecer suco às refeições. 6. Sanduíches são permitidos, desde que preparados com alimentos com baixos teores de gordura e sódio. 7. Diminua a quantidade de alimentos gordurosos e de frituras. 8. Incentive a criança e ao adolescente a elevarem o consumo de frutas, verduras e legumes. 9. Combata o sedentarismo. ANOTAÇÕES: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _________________________At.te Renata Duarte.
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