Comissão Técnica

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Comissão Técnica 
Preparação física 
“Constitui-se pelos métodos e processos de treino utilizados de forma sequencial, em 
obediência aos princípios da periodização e que visam levar o atleta ao ápice da forma 
física específica, a partir de uma base geral ótima.” (DANTAS, 2014). 
É o treino que faz uma pessoa para estar em condições de realizar uma certa atividade. 
Através de determinados exercícios e de uma alimentação saudável, um indivíduo pode 
“preparar” o seu corpo para um determinado desafio. 
A preparação física é a base para qualquer esporte, ajudará maximizar e manter o 
rendimento no treinamento. As principais capacidades físicas são: coordenação, força, 
resistência, velocidade e flexibilidade. 
Cada atividade desportiva requer uma preparação física diferente. Dependendo da 
modalidade, o desportista deverá potenciar a sua capacidade aeróbica, a força dos seus 
braços, a sua velocidade, a sua elasticidade, etc. É um componente do treinamento, cujo 
objetivo básico é o desenvolvimento e melhoria das capacidades motoras que influenciam 
diretamente no desempenho do atleta durante um jogo. Ou seja, são quase todas as 
atividades realizadas durante um treino ou um jogo. 
Preparação técnica 
Técnica é o conjunto de procedimentos e conhecimentos capazes de propiciar a execução 
de uma atividade específica, de complexidade variável, com o mínimo de desgaste e o 
máximo de sucesso. A preparação técnica é o conjunto de atividades e ensinamentos que 
o atleta assimila, visando a execução do movimento desportivo com o máximo de 
eficiência e o mínimo de esforço (DANTAS, 2014). 
No Treinamento esportivo a preparação técnica é considerada como um dos principais 
componentes do treinamento, pois essa preparação concentra o aprendizado de todos os 
fundamentos específicos do esporte. 
A técnica ótima é obtida por intermédio da preparação técnica. Ao visar à perfeição do 
gesto esportivo e à obtenção do automatismo na sua execução, estão sendo fornecidos ao 
atleta fundamentos técnicos que possibilitarão que ele, futuramente, desenvolva seu estilo 
pessoal. O caminho para se alcançar o automatismo do perfeito gesto esportivo passa por 
infindáveis repetições durante meses de treinamento, suportando crescentes exigências 
de correção de detalhes. (DANTAS, 2014) 
Preparação tática 
Tática é a arte de dispor de nossos recursos de maneira a explorar ao máximo os pontos 
fracos do adversário, ao mesmo tempo que se minimizam nossas deficiências. Segundo 
Barbanti, “tática é toda estratégia elaborada através da observação e antecipação na 
realização de um ponto, consiste em achar o melhor meio para vencer ou atingir o melhor 
resultado”. Não basta apenas aprender a técnica precisamos saber quando e como usa-la. 
Preparação Tática é conjunto de procedimentos que assegura ao atleta a utilização dos 
princípios técnicos mais adequados a cada situação da competição ou do adversário. 
(DANTAS,2014) 
Como finalidades para o preparo tático, Matveev (1981) estabelece os seguintes itens: 
 Assimilação dos fundamentos teóricos da tática esportiva 
 Estudo das possibilidades dos adversários e das condições das competições que 
irão ocorrer 
 Assimilação dos recursos táticos, das suas combinações e variantes, até se chegar 
ao domínio de destreza e aos hábitos táticos perfeitos 
 Desenvolvimento da racionalização tática e de outras condições necessárias ao 
domínio completo da tática. 
Preparação psicológica 
Parte do treinamento desportivo que, considerando as características individuais 
hereditárias (genótipo) e as influências assimiladas do meio (fenótipo) propicia ao atleta 
suportar o treinamento e atingir o máximo de suas potencialidades através da mobilização 
de sua vontade (DANTAS, 2014). 
A preparação psicológica é a área de atuação da psicologia esportiva que contribui para 
que o psicólogo esportivo e o técnico programem, de maneira científica, as atividades do 
preparo psicológico. O psicólogo esportivo é responsável, segundo Dantas, pela 
harmonização da comissão técnica; sociabilização da equipe; Preparação psicológica dos 
atletas para suportar o treino e enfrentar as competições; preparação do atleta para se 
comportar convenientemente face à torcida; orientação da comissão técnica a respeito de 
como incentivar e punir os atletas. 
Preparação médica 
Consiste nas atividades profiláticas e terapêuticas de medicina geral e nos procedimentos 
específicos de medicina desportiva (DANTAS, 2014). 
Ao médico esportivo, como componente da comissão técnica, caberá: 
 Planejamento e fiscalização da alimentação dos atletas, contando para isso com a 
assessoria de um nutricionista 
 Profilaxia e recuperação de doenças e lesões, provocadas ou não pela prática 
esportiva 
 Prevenção de acidentes esportivos por intermédio da inspeção de locais e 
materiais de treinamento 
 Realização de testes, exames e controles necessários para a quantificação do 
treinamento, contando para isso com a participação de laboratórios 
especializados. 
Preparação complementar 
Chamada por Raoul Mollet de “treinamento invisível”, a preparação complementar é o 
conjunto de medidas administrativas que possibilita que o treinamento total se desenvolva 
sem solução de continuidade nem quebra do ritmo. (Dantas, 2014). Também propicia a 
obtenção da performance. É a parte logística. Normalmente fica a cargo do supervisor. 
Ele é responsável por providenciar e administra viagens, alojamento, transporte, 
alimentação e insumos de treinamento; evitar que problemas externos interfiram no 
processo de treinamento; confeccionar e atualizar a caderneta de treinamento de cada 
atleta. 
O supervisor será também o responsável pela coordenação dos membros da comissão 
técnica, estabelecendo funções definidas e interfaces entre cada uma das áreas, além de 
executar as tarefas da preparação complementar. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DANTAS, ESTÉLIO H.M. A PRÁTICA DA PREPARAÇÃO FÍSICA. 6ª ED., RIO DE JANEIRO: ROCA, 2014. 
 
BARBANTI, VALDIR JOSÉ. TEORIA E PRÁTICA DO TREINAMENTO DESPORTIVO. 2ª ED. SÃO PAULO: 
EDGARD BLUCHER: EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2000.