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ANÁLISE DE TEXTO LITERÁRIO PROSA APOL 2

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Respostas das após :Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto do conto A Cartomante, de Machado de Assis:
“Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado. A cartomante. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/paulomartins/livros-classicos-de-literatura/a-cartomante-de-machado-de-assis-pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Machado de Assis, é correto afirmar sobre o projeto ficcional machadiano:
Nota: 10.0
	
	A
	trata-se de um conjunto representativo para estudar a produção literária barroca.
	
	B
	representa o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Machado de Assis - 9’ a 10’), o crítico brasileiro Antonio Bosi irá destacar o fato de que a produção de Machado de Assis representará o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
	
	C
	dá continuidade ao preceito indigenista da primeira geração romântica.
	
	D
	rompe com as fronteiras entre lírica e prosa, demarcando o início do Modernismo.
	
	E
	transforma-se no grande representante da expressão simbolista nacional.
 
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock
4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em determinada época.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“A tipologia da ficção em prosa é muito vasta. Temos, por exemplo, o romance picaresco [...], cavaleiresco [...], de aventura [...], sentimental [...], histórico [...], autobiográfico [...], de capa e espada [...], psicológico [...], romântico [...], gótico ou de terror [...], realista [...], de formação [...], naturalista [...], existencialista [...] de realismo crítico [...], de realismo fantástico [...], psicanalítico [...], de experimentalismo formal [...]. Outras classificaçõessão feitas não em função do aspecto temático, mas tendo em conta a predominância de um dos elementos constitutivos do gênero narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 117.
Considerando a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia romanesca, relacione corretamente os tipos de romance às suas respectivas características:
1. Romance pastoral ou sentimental
2. Romance picaresco
3. Romance de aventura
4. Romance psicológico
( ) É o tipo de romance em que o narrador se ocupa primordialmente dos estados emocionais de suas personagens.
( ) Nesse tipo de romance, o herói de origem humilde e caráter duvidoso, valendo-se de astúcia e de artimanhas, engana a todos se fazendo passar por um autêntico herói.
( ) Esse tipo de romance tem como característica prender a atenção do leitor em virtude da sequência frenética de ações.
( ) Nesse tipo de romance, a trama é tecida em torno de uma história amorosa. É a modalidade que o público leigo mais identifica como romance.
Agora, selecione a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), uma vez que a sequência correta é 4 – 2 – 3 – 1. “[1] O romance pastoral ou sentimental, tipo praticamente desaparecido, gira em torno de uma história de amor, um idílio preferencialmente em cena bucólica. É a modalidade popularmente mais identificada como romance pelo público leigo. Por extensão, é comum fazer referência a uma relação amorosa entre personagens referenciais, até pessoas de nosso convívio, como romance. [...] [2] O herói do romance picaresco é a contraface da figura heroica anteriormente descrita [heróis de epopeia], uma vez que o pícaro é justamente aquele que tem origem humilde e caráter duvidoso, mas consegue, com astúcia e artimanhas, enganar a todos e se fazer passar por herói autêntico. [...] Se é a sequência frenética de ações que prende a atenção do leitor, temos um [3] romance de aventuras, que pode ser, ao mesmo tempo, épico ou picaresco, e também histórico. [...] Se o narrador se ocupa, acima de tudo, dos estados emocionais da personagem, temos um [4] romance psicológico” (livro-base, p. 46,47).
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance, já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44).
	
	C
	O pastiche.
	
	D
	A polifonia.
	
	E
	A redundância.
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função nanarrativa.
( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“[...] com Barthes, Greimas, Genette, Todorov e Bremond, a narrativa encontrou-se invariavelmente no centro de estudos de índole teórica que procuravam [...] atingir e descrever as categorias ‘universais’ que regem a enunciação do discurso. E isso porque, de fato, o legado teórico-metodológico do Estruturalismo contemplava de forma muito mais generosa o domínio do discurso e das suas condições de produção [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 5.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições a seguir e assinale a alternativa que aponta corretamente suas categorias constitutivas:
Nota: 10.0
	
	A
	Personagem, narrador, tempo e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo como se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e espaço –, cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p. xx).
	
	B
	Autor, personagem, enredo e espaço.
	
	C
	Tempo e espaço.
	
	D
	Autor e leitor
	
	E
	Enredo, narrador e personagem.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausa e efemeridade.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacionem corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, o narrador será autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 1/10 - Análise deTexto Literário: Prosa
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 0.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um espaço temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa altura aparece a referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto com o ‘episódio inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo, ‘enfatizando a sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de Machado de Assis não passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas palavras, por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock
4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em determinada época.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narradore com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa.
( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, o narrador será autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto do conto A Cartomante, de Machado de Assis:
“Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado. A cartomante. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/paulomartins/livros-classicos-de-literatura/a-cartomante-de-machado-de-assis-pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Machado de Assis, é correto afirmar sobre o projeto ficcional machadiano:
Nota: 10.0
	
	A
	trata-se de um conjunto representativo para estudar a produção literária barroca.
	
	B
	representa o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Machado de Assis - 9’ a 10’), o crítico brasileiro Antonio Bosi irá destacar o fato de que a produção de Machado de Assis representará o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
	
	C
	dá continuidade ao preceito indigenista da primeira geração romântica.
	
	D
	rompe com as fronteiras entre lírica e prosa, demarcando o início do Modernismo.
	
	E
	transforma-se no grande representante da expressão simbolista nacional.
 
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela literatura realista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134.
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta corretamente o teórico que formulou tal conceito:
Nota: 0.0
	
	A
	Gaston Bachelard, em A poéticado espaço.
	
	B
	Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões de literatura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]” (livro-base, p. 193).
	
	C
	Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório.
	
	D
	Antonio Dimas, em Espaço e romance.
	
	E
	Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44).
	
	C
	O pastiche.
	
	D
	A polifonia.
	
	E
	A redundância.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“A tipologia da ficção em prosa é muito vasta. Temos, por exemplo, o romance picaresco [...], cavaleiresco [...], de aventura [...], sentimental [...], histórico [...], autobiográfico [...], de capa e espada [...], psicológico [...], romântico [...], gótico ou de terror [...], realista [...], de formação [...], naturalista [...], existencialista [...] de realismo crítico [...], de realismo fantástico [...], psicanalítico [...], de experimentalismo formal [...]. Outras classificações são feitas não em função do aspecto temático, mas tendo em conta a predominância de um dos elementos constitutivos do gênero narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 117.
Considerando a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia romanesca, relacione corretamente os tipos de romance às suas respectivas características:
1. Romance pastoral ou sentimental
2. Romance picaresco
3. Romance de aventura
4. Romance psicológico
( ) É o tipo de romance em que o narrador se ocupa primordialmente dos estados emocionais de suas personagens.
( ) Nesse tipo de romance, o herói de origem humilde e caráter duvidoso, valendo-se de astúcia e de artimanhas, engana a todos se fazendo passar por um autêntico herói.
( ) Esse tipo de romance tem como característica prender a atenção do leitor em virtude da sequência frenética de ações.
( ) Nesse tipo de romance, a trama é tecida em torno de uma história amorosa. É a modalidade que o público leigo mais identifica como romance.
Agora, selecione a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), uma vez que a sequência correta é 4 – 2 – 3 – 1. “[1] O romance pastoral ou sentimental, tipo praticamente desaparecido, gira em torno de uma história de amor, um idílio preferencialmente em cena bucólica. É a modalidade popularmente mais identificada como romance pelo público leigo. Por extensão, é comum fazer referência a uma relação amorosa entre personagens referenciais, até pessoas de nosso convívio, como romance. [...] [2] O herói do romance picaresco é a contraface da figura heroica anteriormente descrita [heróis de epopeia], uma vez que o pícaro é justamente aquele que tem origem humilde e caráter duvidoso, mas consegue, com astúcia e artimanhas, enganar a todos e se fazer passar por herói autêntico. [...] Se é a sequência frenética de ações que prende a atenção do leitor, temos um [3] romance de aventuras, que pode ser, ao mesmo tempo, épico ou picaresco, e também histórico. [...] Se o narrador se ocupa, acima de tudo, dos estados emocionais da personagem, temos um [4] romance psicológico” (livro-base, p. 46,47).
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela literatura realista”.
Após esta avaliação, caso queira ler otexto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134.
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta corretamente o teórico que formulou tal conceito:
Nota: 0.0
	
	A
	Gaston Bachelard, em A poética do espaço.
	
	B
	Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões de literatura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]” (livro-base, p. 193).
	
	C
	Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório.
	
	D
	Antonio Dimas, em Espaço e romance.
	
	E
	Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário.
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em determinada época.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a seguinte afirmação:
“O conto foi, em sua primitiva forma, uma narrativa oral, frequentando as noites de lua em que antigos povos se reuniam e, para matar o tempo, narravam ingênuas estórias de bichos. Reminiscências desse tempo são as figuras, ainda próximas de nós, de Tio Remus, recriada em filme por Walt Disney, Pai João, dos serões coloniais, ou Dona Benta, registrada por Monteiro Lobato”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Luzia de Maria R. O que é conto. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984. p. 8.
Conforme essa afirmação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a gênese do conto, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	O conto surgiu no século X, a partir das sucessivas narrativas de Sherazade, em As mil e uma noites.
	
	B
	O surgimento do conto ocorre em 1353, com a publicação da obra Decameron, de Giovanni Boccaccio.
	
	C
	A origem do conto é desconhecida, mas sabe-se que ele já existia centenas de anos antes de Cristo.
Comentário: A alternativa (c) está correta, uma vez que: “Massaud Moises, no Dicionário de termos literários [...], apresenta longo percurso dessa forma, iniciando por apontar-lhe a ‘gênese desconhecida’. O autor afirma que ‘exemplares podem ser localizados centenas de anos antes do nascimento de Cristo’ e se detém no cultivo do conto nos ‘últimos séculos da era medieval’ [...], considerando que o estado desse período perdurou até o século XVIII. Nesse momento, o pesquisador situa a autonomização em relação ao romance e à novela e localiza ‘época de esplendor’ no século XIX [...]” (livro-base, p. 48).
	
	D
	O conto surgiu com as grandes navegações do século XVI, quando os marinheiros retornavam cheios de histórias para contar.
	
	E
	Os primeiros contos surgiram na Idade Média, com a publicação de uma coletânea de histórias curtas de autoria desconhecida.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 0.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance, já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teóricadesde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock
4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“A tipologia da ficção em prosa é muito vasta. Temos, por exemplo, o romance picaresco [...], cavaleiresco [...], de aventura [...], sentimental [...], histórico [...], autobiográfico [...], de capa e espada [...], psicológico [...], romântico [...], gótico ou de terror [...], realista [...], de formação [...], naturalista [...], existencialista [...] de realismo crítico [...], de realismo fantástico [...], psicanalítico [...], de experimentalismo formal [...]. Outras classificações são feitas não em função do aspecto temático, mas tendo em conta a predominância de um dos elementos constitutivos do gênero narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 117.
Considerando a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia romanesca, relacione corretamente os tipos de romance às suas respectivas características:
1. Romance pastoral ou sentimental
2. Romance picaresco
3. Romance de aventura
4. Romance psicológico
( ) É o tipo de romance em que o narrador se ocupa primordialmente dos estados emocionais de suas personagens.
( ) Nesse tipo de romance, o herói de origem humilde e caráter duvidoso, valendo-se de astúcia e de artimanhas, engana a todos se fazendo passar por um autêntico herói.
( ) Esse tipo de romance tem como característica prender a atenção do leitor em virtude da sequência frenética de ações.
( ) Nesse tipo de romance, a trama é tecida em torno de uma história amorosa. É a modalidade que o público leigo mais identifica como romance.
Agora, selecione a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), uma vez que a sequência correta é 4 – 2 – 3 – 1. “[1] O romance pastoral ou sentimental, tipo praticamente desaparecido, gira em torno de uma história de amor, um idílio preferencialmente em cena bucólica. É a modalidade popularmente mais identificada como romance pelo público leigo. Por extensão, é comum fazer referência a uma relação amorosa entre personagens referenciais, até pessoas de nosso convívio, como romance. [...] [2] O herói do romance picaresco é a contraface da figura heroica anteriormente descrita [heróis de epopeia], uma vez que o pícaro é justamente aquele que tem origem humilde e caráter duvidoso, mas consegue, com astúcia e artimanhas, enganar a todos e se fazer passar por herói autêntico. [...] Se é a sequência frenética de ações que prende a atenção do leitor, temos um [3] romance de aventuras, que pode ser, ao mesmo tempo, épico ou picaresco, e também histórico. [...] Se o narrador se ocupa, acima de tudo, dos estados emocionais da personagem, temos um [4] romance psicológico” (livro-base, p. 46,47).
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa.( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“[...] com Barthes, Greimas, Genette, Todorov e Bremond, a narrativa encontrou-se invariavelmente no centro de estudos de índole teórica que procuravam [...] atingir e descrever as categorias ‘universais’ que regem a enunciação do discurso. E isso porque, de fato, o legado teórico-metodológico do Estruturalismo contemplava de forma muito mais generosa o domínio do discurso e das suas condições de produção [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 5.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições a seguir e assinale a alternativa que aponta corretamente suas categorias constitutivas:
Nota: 10.0
	
	A
	Personagem, narrador, tempo e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo como se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e espaço –, cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p. xx).
	
	B
	Autor, personagem, enredo e espaço.
	
	C
	Tempo e espaço.
	
	D
	Autor e leitor
	
	E
	Enredo, narrador e personagem.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista,o narrador será autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto do conto A Cartomante, de Machado de Assis:
“Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado. A cartomante. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/paulomartins/livros-classicos-de-literatura/a-cartomante-de-machado-de-assis-pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Machado de Assis, é correto afirmar sobre o projeto ficcional machadiano:
Nota: 10.0
	
	A
	trata-se de um conjunto representativo para estudar a produção literária barroca.
	
	B
	representa o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Machado de Assis - 9’ a 10’), o crítico brasileiro Antonio Bosi irá destacar o fato de que a produção de Machado de Assis representará o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
	
	C
	dá continuidade ao preceito indigenista da primeira geração romântica.
	
	D
	rompe com as fronteiras entre lírica e prosa, demarcando o início do Modernismo.
	
	E
	transforma-se no grande representante da expressão simbolista nacional.
 
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a seguinte afirmação:
“O conto foi, em sua primitiva forma, uma narrativa oral, frequentando as noites de lua em que antigos povos se reuniam e, para matar o tempo, narravam ingênuas estórias de bichos. Reminiscências desse tempo são as figuras, ainda próximas de nós, de Tio Remus, recriada em filme por Walt Disney, Pai João, dos serões coloniais, ou Dona Benta, registrada por Monteiro Lobato”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Luzia de Maria R. O que é conto. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984. p. 8.
Conforme essa afirmação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a gênese do conto, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	O conto surgiu no século X, a partir das sucessivas narrativas de Sherazade, em As mil e uma noites.
	
	B
	O surgimento do conto ocorre em 1353, com a publicação da obra Decameron, de Giovanni Boccaccio.
	
	C
	A origem do conto é desconhecida, mas sabe-se que ele já existia centenas de anos antes de Cristo.
Comentário: A alternativa (c) está correta, uma vez que: “Massaud Moises, no Dicionário de termos literários [...], apresenta longo percurso dessa forma, iniciando por apontar-lhe a ‘gênese desconhecida’. O autor afirma que ‘exemplares podem ser localizados centenas de anos antes do nascimento de Cristo’ e se detém no cultivo do conto nos ‘últimos séculos da era medieval’ [...], considerando que o estado desse período perdurou até o século XVIII. Nesse momento, o pesquisador situa a autonomização em relação ao romance e à novela e localiza ‘época de esplendor’ no século XIX [...]” (livro-base, p. 48).
	
	D
	O conto surgiu com as grandes navegações do século XVI, quando os marinheiros retornavam cheios de histórias para contar.
	
	E
	Os primeiros contos surgiram na Idade Média, com a publicação de uma coletânea de histórias curtas de autoria desconhecida.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Embora a expressão ‘ponto de vista’ (‘point de vue’) seja de uso comum em francês, mesmo como termo técnico da crítica literária, Jean Pouillon, ao tratar do assunto em obra publicada em 1946 – Temps et le Roman –, preferiu usar, nesse sentido, a palavra vision”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 15.
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia proposta por Jean Pouillon a respeito do narrador, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. A visão “com”
2. A visão “por detrás”
3. A visão “de fora”
( ) Nesse modo de visão, uma personagem é eleita para ocupar o centro da narrativa e identifica-se com o narrador.
( ) Por meio dessa visão, o que o leitor sabe das personagens do romance é dado pelo personagem central.
( ) Nesse modo de visão, a apresentação da personagem se dá pelo que se pode observar dela, sua conduta, seus predicados, como ela vive, enfim.
( ) Nesse modo de visão, a narrativa é caracterizada pela onisciência do narrador, o qual é capaz de penetrar até mesmo na mente das personagens.
( ) Esse modo de visão corresponde a uma narrativa baseada na observação de fatos externos. É o procedimento dominante nos romances “realistas” do século XIX.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	3 – 2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	1 – 1 – 3 – 2 – 3
Comentário: A alternativa certa é a letra (b), pois a sequência 1 – 1 – 3 – 2 – 3 está correta: “Na [1] visão ‘com’, uma personagem é escolhida como centro da narrativa, recebendo atenção maior, ou pelo menos diferente da atribuída às demais. A preposição com é referente à identificação da personagem com o narrador, embora o termo não apareça nessa passagem. A centralidade não decorre de a personagem ser vista no centro, mas do fato de todas as demais personagens serem vistas da perspectiva dela e de as ações serem percebidas por ela. Daí que o reconhecimento desse tipo de romance não se dá pela maneira como é vista a personagem central, que não é vista efetivamente, mas pela maneira como vê as outras. De seu modo de ser depende o que o leitor sabe dos outros” (livro-base, p. 118). De acordo com a referida tipologia, a “[2] visão ‘por detrás’ significa visão do psiquismo da personagem. O autor distancia-se para vê-la por dentro. Nos termos psicanalíticos que adota, Pouillon marca a diferença entendendo a visão ‘com’ como consciência pura e simples, enquanto a visão ‘por detrás’ comporta o conhecimento refletido. ‘O romancista [...] não se encontra em seu personagem, mas sim distanciado dele; [...] a finalidade desse distanciamento é a compreensão imediata dos móveis mais íntimos que o fazem agir e pensar; [...] ele vê os fios que sustentam o fantoche e desmonta o homem’ [...]. Atento às possibilidades narrativas, o teórico marca os riscos e as fragilidades da posição, lembrando que o autor sabe tudo de antemão, mas precisa encontrar uma ordem que garanta a eficácia da narrativa e a atenção do leitor [...]” (p. 119,120). Por último, “a [3] visão ‘de fora’ é a apresentação da personagem pelo que se pode observar dela, incluindo aspecto físico, meio em que vive e também conduta, na medida em que esta é perceptível nas ações, no relacionamento com o mundo que a cerca, cabendo ao leitor concluir sobre seu modo de ser. O procedimento não é exclusivo de um estilo de época específico, mas é o dominante nos romances chamados realistas, cuja época áurea situa-se na segunda metade do século passado” (p. 121).
	
	C
	2 – 2 – 3 – 1 – 1
	
	D
	1 – 3 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 1 – 2 – 1 – 3
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor

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