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Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Bloqueadores ganglionares e neuromusculares Sistema nervoso somático © Não se relaciona a órgãos efetores © Se relaciona com os músculos estriados, mais especificamente a contração © Há um único neurônio que irá transmitir a acetilcolina direto pro músculo © Quando a acetilcolina interage com o receptor do músculo, ele contrai Obs.: já no autônomo simpático e parassimpático, tem dois neurônios cada, os pré e os pós ganglionares, onde a acetilcolina vai agir e neles pode haver ação dos bloqueadores ganglionares Bloqueadores ganglionares © Os bloqueadores ganglionares atuam especificamente nos receptores nicotínicos dos gânglios autônomos parassimpáticos e simpáticos © Assim, esses fármacos bloqueiam completamente os impulsos do sistema nervoso autônomo (SNA) nos receptores nicotínicos Nicotina © Um componente da fumaça do cigarro, a nicotina é uma veneno com várias ações indesejadas © Ela não tem benefícios terapêuticos e é prejudicial à saúde © Essa droga é o principal bloqueador ganglionar estudado © Dependendo da dose, a nicotina despolariza os gânglios autônomos (bloqueando o neurônio pré e pós ganglionar), resultando primeiro em estimulação e depois em paralisia de todos os gânglios (efeito rebote/efeito antagônico © O efeito estimulante é complexo e resulta do aumento da liberação do neurotransmissor devido ao seu efeito nos gânglios simpáticos e parassimpáticos Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Bloqueadores neuromusculares © Os BNMs bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o receptor nicotínico no músculo esquelético © Eles possuem alguma similaridade química com ACh e atuam como antagonistas (tipo não despolarizante) ou como agonistas (tipo despolarizante) nos receptores da placa motora da junção neuromuscular © Os BNMs são úteis clinicamente durante cirurgias para facilitar a intubação endotraqueal, visto que causam uma paralisação muscular, e oferecer relaxamento muscular completo em doses anestésicas baixas, permitindo recuperação mais rápida da anestesia e diminuindo a depressão respiratória pós-cirurgica © O neurônio motor se liga ao músculo na placa motora terminal, liberando acetilcolina e fazendo com que o músculo contrais © Essa contração se dá pela abertura do canal (estimulada pela acetilcolina) e entrada de sódio gerando o potencial de ação © O primeiro fármaco conhecido capaz de bloquear a JNM foi o curare, usado pelos caçadores nativos da América do Sul na região amazônica para paralisar a caça © Era retirado de uma planta, o extrato, e servia para paralisar a caça com esse fármaco utilizado na ponta das flechas Tipos de bloqueadores neuromusculares © Antagonistas (tipo não despolarizantes): competitivos, os efeitos advém da inibição competitiva da acetilcolina ao receptor nicotínico juncional, impedindo a despolarização da placa motora → Tem ação curta de 15-21 min, como o Mivacúrio → Tem ação intermediária, como Atracurônio de 45 min, Vecurônio de 40-45 min, e Rocurônio de 36-73 min → Tem ação prolongada, como D-tubocurarina de 80 min, e Pancurônio de 85-100 min © Agonistas (tipo despolarizantes): aqueles que produzem seus efeitos a partir da despolarização sustentada da placa motora → Tem ação curta, como Suxametônio de 6-11 min e Decametônio Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Bloqueadores não despolarizantes (competitivos) © O primeiro fármaco conhecido capaz de bloquear a JNM foi o curare © Na sequencia se deu o desenvolvimento da Tubocurarina, mas ela foi substituída por outros fármacos com menos efeitos adversos, como Cisatracúrio, Pancurônio, Rocurônio e Vecurônio © Os fármacos BNMs aumentaram significativamente a segurança da anestesia, pois passou a ser necessário menos anestésico para obter relaxamento muscular, permitindo ao paciente se recuperar mais rápida e completamente após a cirurgia © Evita uma parada cardiorrespiratória por excesso de anestesia © Os BNMs não devem ser usados como substitutos de anestesia inadequadamente profunda, podem apenas facilitar e permitir maior segurança à anestesia Fármacos despolarizantes © Os fármacos bloqueadores despolarizantes atuam por despolarização da membrana plasmática da fibra muscular, similarmente à ação da ACh © Entretanto, esses fármacos são mais resistentes à degradação pela acetilcolinesterase (AChE) e, assim, despolarizam as fibras musculares de modo mais persistente © A Succinilcolina é o único relaxante muscular despolarizante usado atualmente © Fase I: → Eles se ligam aos receptores e abrem os canais de sódio, permitindo a entra do sódio e contração do músculo → Eles geram fasciculações transitórias (músculo contraindo repetidamente em curto período de tempo) que são despolarizações muito intensas © Fase II: → Depois disso o fármaco sai e os receptores se dessensibilizam, as células repolarizam e há o processo de paralisia Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período - UNL © Devido ao rápido início, a succinilcolina é útil quando é necessária intubação endotraqueal rápida durante a indução da anestesia © Ela também é usada durante tratamento com choque eletroconvulsivo © A succinilcolina é injetada por via intravenosa © Seu efeitos adversos são hipertermia, apneia e hiperpotassemia Bloqueadores não despolarizantes (competitivos) © Nem todos os músculos são igualmente sensíveis aos bloqueadores competitivos © Os músculos pequenos de contração rápida da face e dos olhos são mais suscetíveis e são paralisados primeiro, seguidos de dedos, pernas, músculos do pescoço e do tronco © Em seguida, são atingidos os músculos intercostais e, finalmente, o diafragma © Os músculos se recuperam na ordem inversa © Em geral, os fármacos são seguros, com efeitos adversos mínimos © Eles são minimamente absorvidos por via oral, então prefere-se a utilização de via intravenosa © A maioria dos metabólitos são excretados na urina, mas pode acontecer de alguns aparecerem na bile e serem excretados pelas fezes
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