Buscar

ANAMNESE, RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE, LAVAGEM DAS MÃOS E PRONTUÁRIO MÉDICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
Habilidades e atitudes médicas 
 
Relação médico-paciente (RMP) 
A RMP é fundamental na prática médica, sendo 
indispensável o conhecimento básico acerca das 
Humanidades (psicologia, antropologia, sociologia, 
filosofia), pois a relação médico-paciente não se 
restringe apenas ao âmbito técnico e biológico. 
É uma interação que, na prática, envolve confiança, 
responsabilidade e empatia. Além disso, caracteriza-se 
pelo compromisso e deveres de ambas as partes. 
A humanização deve ser sempre a pauta principal da 
medicina, com o intuito de oferecer assistência digna 
e de qualidade ao paciente. 
A RMP determina, muitas vezes, a adesão do paciente 
ao tratamento proposto. 
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS: 
 Autonomia (consentimento informado): 
-O paciente possui o direito de concordar ou não com 
determinado procedimento, pois é o principal autor do 
seu processo saúde-doença. O médico não deve, 
portanto, ir de encontro a esse princípio. 
-O médico e o paciente tomam decisões em conjunto. 
 Beneficiência: 
-É papel do médico promover o benefício do paciente 
nos diferentes níveis de saúde. 
 Não-maleficiência: 
-É papel do médico evitar o máximo promover 
prejuízos ao paciente. 
 Sigilo: 
-O médico deve manter sigilo acercas das 
informações apresentadas pelo paciente. 
-Só pode ser violado em casos de comprometer a 
vida de uma pessoa ou de uma comunidade ou 
mediante a autorização do paciente. 
 Justiça: 
-Fazer o que é justo ao paciente. 
-Implica a consideração dos princípios de justiça social. 
-É o pilar da equidade. 
 Alteridade: 
-Respeitar as diferenças do outro. 
TIPOS DE RMP: 
 Modelo sacerdotal: 
-O médico assume uma postura paternalista e não 
leva em consideração a opinião do paciente. 
-Posteriormente chamado de paternalístico. 
 
 Modelo engenheiro: 
-O paciente assume todo o poder de decisão. 
-Posteriormente chamado de informativo. 
 
 Modelo colegial: 
-O poder é compartilhado entre o médico e o paciente 
de forma igualitária. 
 
 Modelo contratualista: 
-O médico possui autoridade sobre as decisões 
técnicas, mas o paciente participa de forma ativa 
sobre tais decisões. 
Médico>paciente 
Paciente>médico 
Médico=paciente 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
-Posteriormente dividido em: interpretativo 
(profissional age como conselheiro para que o 
paciente escolha a melhor opção) e deliberativo 
(profissional tenta persuadir o paciente a tomar a 
decisão, mas não deve coagi-lo). 
 
 
TIPOS DE RELACIONAMENTO: 
 
 
FÊNOMENOS PSICODINÂMICOS: 
 Transferência: 
-Fenômenos afetivos que o paciente transfere para 
a relação, que estão relacionamentos à experiência de 
vida dele no decorrer da vida (com amigos e 
familiares). 
 Positivas: quando o paciente vivencia o 
relacionamento de maneira agradável. 
 Negativas: o paciente revive fatos 
desconfortáveis de relações anteriores. 
 Contratransferência: 
-Passagem de aspectos afetivos do médico ao 
paciente. 
 Positivas: útil e importante para o tratamento 
de pacientes com doenças crônicas e 
incuráveis. 
 Negativas: rotu
 
 Resistência: 
-Mecanismos psicológicos inconscientes que 
atrapalhem a RMP. 
PAPEL DO MÉDICO: 
 Direcionar o paciente na consulta. 
 Aperfeiçoar sua capacidade de se relacionar 
com o paciente. 
 Tornar a situação vivida pelo paciente menos 
angustiante e dolorosa. 
 Se abster de todos os preconceitos, 
estereótipos e concepções pessoais que 
possam prejudicar a RMP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O MÉDICO IDEAL: 
 Competência científica e domínio da técnica. 
 Personalidade amadurecida. 
 Respeito pela pessoa humana. 
 Espírito de solidariedade 
 Integridade (agir de forma correta 
independente das condições de trabalho e do 
paciente). 
 Capacidade de compreender o sofrimento 
alheio (saber ouvir e olhar nos olhos do 
paciente). 
 
 
 
Médico=paciente 
O médico nunca deve se esquecer que quem o 
procura é o paciente e não uma doença. 
POSTURA DO MÉDICO: 
-Vestimenta adequada. 
-Higiene cuidadosa. 
-Vocabulário apropriado. 
-Atitudes firmes. 
-Capacidade de compreensão e orientação. 
-Timbre da voz, forma de andar, maneira de rir. 
-Examinação do paciente em local adequado. 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
Anamnese 
CONCEITOS EM SEMIOLOGIA: 
Semiologia (sèmeion= sinal; logos= estudo) refere-se 
ao estudo de sinais e sintomas das doenças, o que é 
essencial para o diagnóstico. 
Semiotécnica refere-se à técnica de pesquisa dos 
sinais e sintomas (exploração de dados). 
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 
consciente, explícito e judicioso da melhor evidência 
disponível que seja capaz de justificar a tomada de 
decisões a se cuidar de pacientes 
(Sackett, 1996). 
SAÚDE equilíbrio dos pilares biopsicossociais (bem 
estar mental, social e físico), e não apenas a ausência 
de doença (OMS). 
DOENÇA - desequilíbrio dos pilares biopsicossociais. 
OBJETIVO MÉDICO visão holística (ver o paciente 
como um todo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME CLÍNICO: 
 
 
 
O exame clínico possui papel essencial em três pontos 
da prática médica: 
 Formular hipóteses diagnósticas. 
 Estabelecer boa relação médico-paciente. 
 Orientar tomada de decisões. 
ANAMNESE: 
Anamnese (aná= trazer de novo; mnesis= memória) 
significa trazer de volta à mente todos os fatos 
relacionados com a doença e o paciente. É uma 
entrevista realizada pelo profissional da saúde ao 
paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial 
do diagnóstico de uma doença. 
A anamnese é a parte mais importante da medicina e 
possui técnicas corretas de serem aplicadas. 
SINAL dado objetivo notado pelo examinador, por 
meio do exame clínico (exemplos: tosse; edema). 
SINTOMA sensação subjetiva sentida e relatada pelo 
paciente (exemplos: dor; náuseas; insônia). 
SÍNDROME conjunto de sinais e sintomas, que 
ocorrem associadamente e que podem ser 
determinados por diferentes causas (definem uma 
doença específica). 
Exemplo: síndrome febril (hipertermia, taquicardia, 
sudorese, tremores), podendo se relacionar com 
doenças inflamatórias, infecções bacterianas, virais e 
fúngicas. 
PATOGNOMÔNICO caracteriza determinada doença 
(sinal ou sintoma específico de uma patologia). 
Exemplo: perda de olfato e paladar é um sinal 
patognomônico da covid-19. 
PRODRÔMICO sinal que antecede a doença. 
DIAGNÓSTICO ato de reconhecer a enfermidade por 
suas manifestações clínicas. 
Itens necessários para se chegar ao diagnóstico: 
 Conhecimento médico 
 Obtenção competente de dados (anamnese 
e exame físico). 
 Capacidade de integrar os dados 
 Uso racional dos exames complementares 
 Busca do diagnóstico final 
 Revisão do diagnóstico 
PROGNÓSTICO prever a evolução e possíveis 
consequências da doença. 
Exemplos: amigdalite (bom prognóstico). Câncer 
metastático (mau prognóstico). Covid-19 
(prognóstico reservado não sabe a evolução). 
PROPEDÊUTICA ensino preparatório (conhecimentos 
mínimos necessários para o aprendizado). 
 
 
 
ANAMNESE + EXAME FÍSICO 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
A anamnese, quando bem realizada, é responsável por 
85% do diagnóstico de uma doença, ficando 10% para 
o exame físico e 5% para os exames 
complementares. 
Maneiras de condução da anamnese: 
 Anamnese de forma livre: paciente relata livre 
e espontaneamente. 
 Anamnese dirigida: médico conduz a 
entrevista de forma correta e objetiva. 
 Inicialmente o paciente relata, depois o médico 
conduz a entrevista. 
 
 
 
 
Anamnese tradicional 
IDENTIFICAÇÃO 
É o início do relacionamento do médico com o 
paciente. 
Perfil sociodemográfico que possibilita a 
interpretação dos dados individuais e coletivos do 
paciente. 
1. NOME: primeiro dado da identificação. Deve-se 
sempre registrar o nome completo do 
paciente e nunca identifica-lo como uma 
doença ounúmero do leito. 
2. IDADE/DATA DE NASCIMENTO: cada grupo etário 
possui sua própria doença. A todo momento, o 
raciocínio diagnóstico se apoia nesse dado. 
3. SEXO/GÊNERO: registra-se masculino ou 
feminino, uma vez que há enfermidades que 
só aparecem em determinado sexo. 
4. COR/ETNIA: é preferível registrar pelas 
seguintes nomenclaturas: cor branca, cor 
parda, cor preta, etnia indígena, etnia asiática. 
A etnia pode influenciar no processo de 
adoecimento de diversas patologias. 
5. ESTADO CIVIL: registram-se as opções: 
casado, solteiro, divorciado, viúvo, separado 
(sem homologação do divórcio), união estável. 
6. PROFISSÃO: atividade exercida pelo paciente de 
forma profissional e habilitada por um órgão 
competente. Exemplo: médico, professor, 
arquiteto. 
7. OCUPAÇÃO ATUAL/LOCAL DE TRABALHO: a 
ocupação refere-se à atividade produtiva que 
o paciente exerce no dia a dia. Exemplo: 
profissional de educação física exercendo a 
ocupação de preparador físico. Neste item, 
pode-se relatar também casos especiais de 
afastamento do trabalho devido à 
aposentadoria ou licença trabalhista. 
8. NATURALIDADE: local de nascimento do 
paciente. 
9. PROCEDÊNCIA: endereço da residência anterior 
do paciente. 
10. RESIDÊNCIA: endereço da residência atual do 
paciente. 
11. NOME DA MÃE 
12. NOME DO RESPONSÁVEL, CUIDADOR E/OU 
ACOMPANHANTE 
13. RELIGIÃO 
14. FILIAÇÃO A ÓRGÃOS/INSTITUIÇÕES 
PREVIDENCIÁRIAS E PLANOS DE SAÚDE 
 
 
QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO (QPD) 
É o motivo da consulta, ou seja, a queixa principal que 
levou o paciente a procurar ajuda (sintoma relatado 
pelo paciente e a duração deste). 
Deve-se utilizar, sempre que possível, as palavras do 
paciente (entre aspas). 
No caso de doenças agudas ou de início recente, pode-
se conseguir uma história clínica de boa qualidade em 
10 a 15 min, enquanto que, em doenças de longa 
duração ou com sintomatologia variada, não se 
gastaram menos do que 30 a 60 min na anamnese. 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
Deve ser feito em uma linha. 
. 
Não se deve aceitar o diagnóstico trazido pelo 
paciente e nem colocá-lo na anamnese. 
No caso de várias queixas, deve-se perguntar o que 
mais influenciou o paciente a procurar o atendimento 
médico e o que mais o incomoda no momento. 
Quando o paciente chega encaminhado por outro 
médico, registra-se de modo especial o motivo da 
consulta. 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICA DA DOENÇA ATUAL (HDA) 
É um registro detalhado e cronológico começo, meio 
e fim- do motivo que levou o paciente a procurar 
assistência médica, ou seja, relata tudo que se 
relaciona à doença atual: sintomatologia, época de 
início, história da evolução. 
É a parte principal da anamnese e costuma ser a 
chave mestra para chegar ao diagnóstico. 
Nã
 
Tríade clássica da 
 
 1º Passo - Sintoma-guia: estudante deve 
escolher como sintoma-guia a queixa de mais 
longa duração, o sintoma mais salientado pelo 
paciente ou simplesmente começar pelo 
relato da queixa principal. 
 2º Passo - Determinar a época em que teve 
início aquele sintoma. 
 3º Passo - Investigar a maneira como evoluiu 
o sintoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SINTOMA-GUIA: 
- É o sintoma ou sinal que permite recompor a HDA 
com mais facilidade e precisão. Geralmente é a 
queixa principal, mas não obrigatoriamente. 
 ESQUEMA PARA ANÁLISE DE UM SINTOMA: 
- INÍCIO: 
 Deve ser caracterizado com relação à 
época de aparecimento 
 Se foi de início súbito ou gradativo 
 Se teve fator desencadeante ou não 
 
- CARACTERÍSTICAS DO SINTOMA: 
 Definir localização, duração, intensidade, 
frequência, tipo, ou seja, características 
próprias a depender do sintoma. 
SUGESTÕES DE PERGUNTAS: 
 
 a) senhor(a) está me 
 
 
 
 
NORMAS PARA UMA BOA HDA: 
- Permita ao paciente falar de sua doença. 
- Determine o sintoma-guia. 
- Descreva o sintoma-guia com suas características e 
analise-o minuciosamente. 
- Use o sintoma-guia como fio condutor da história e 
estabeleça as relações das outras queixas com ele em 
ordem cronológica. 
- Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim. 
- Não induza respostas. 
- Apure evolução, exames e tratamentos realizados em 
relação à doença atual. 
- Leia a história escrita por você para o paciente para 
que ele possa confirmar ou corrigir algum dado relatado, 
ou mesmo acrescentar alguma queixa esquecida. 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
dói? irradia?
 
- FATORES DE MELHORA OU PIORA: 
 Definir quais fatores melhoram e pioram o 
sintoma, como, por exemplo, fatores 
ambientais, posição, atividade física ou 
repouso, alimentos ou uso de medicamentos. 
 
- RELAÇÃO COM OUTRAS QUEIXAS: 
 Registrar se existe alguma manifestação ou 
queixa que acompanha o sintoma, geralmente 
relacionado com o segmento anatômico ou 
funcional acometido pelo sintoma. 
 
- EVOLUÇÃO: 
 Registrar o comportamento do sintoma ao 
longo do tempo, relatando modificações das 
características e influência de tratamentos 
efetuados. 
 
- SITUAÇÃO ATUAL: 
 Registrar como o sintoma está no momento 
da anamnese também é importante. 
 
 
 
 
 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO DOS DIVERSOS 
APARELHOS E SISTEMAS (ISDAS) 
Denominada também como anamnese especial ou 
revisão dos sistemas, constitui um complemento da 
HDA. Portanto, uma HDA bem feita deixa pouca coisa 
para o ISDAS. 
Permite ao médico levantar possibilidades e 
reconhecer enfermidades que não guardam relação 
com o quadro sintomatológico registrado na HDA. É no 
interrogatório sintomatológico que se origina a 
suspeita diagnóstica mais importante. 
Documenta a presença ou ausência de sintomas 
comuns relacionados com cada um dos principais 
sistemas corporais (objeto de investigação). 
Interrogativa direcionada de cada aparelho (busca 
ativa de algum outro sinal ou sintoma). 
LEMBRAR DE REFERIR OS SINTOMAS COM NOMES TÉCNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A proposta de atender ao paciente de maneira 
holística inclui o conhecimento de todos os sistemas 
corporais em seus sintomas e na dimensão da 
promoção da saúde. 
SISTEMATIZAÇÃO DO ISDAS 
 Sintomas gerais 
 Pele e fâneros 
 Cabeça e pescoço 
 Tórax 
 Abdome 
 Sistema geniturinário 
 Sistema hemolinfopoético 
 Sistema endócrino 
 Coluna vertebral, ossos, articulações e 
extremidades 
 Músculos 
 Artérias, veias, linfáticos e microcirculação 
 Sistema nervoso 
 Exame psíquico e avaliação das condições 
emocionais 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
Pensando no paciente como um ser mutável e em 
desenvolvimento, é necessário que se registre o 
estado atual de todo o seu organismo, para se ter um 
parâmetro no caso de futuras queixas e 
adoecimento. 
Muitas vezes, o adoecimento de um sistema corporal 
tem correlação com outro sistema, e há necessidade 
de tal conhecimento para adequar a proposta 
terapêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES 
A investigação dos antecedentes não pode ser 
esquematizada rigidamente. É possível e útil, 
entretanto, uma sistematização que sirva como 
roteiro e diretriz de trabalho. 
Os antecedentes avaliam a condição de saúde passada 
e presente do paciente, conhecendo fatores pessoais 
(fisiológicos), patológicos e familiares que influenciam 
seu processo saúde-doença. 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
Avaliação do estado de saúde passado e presente do 
paciente, incluindo fatores pessoais e familiares que 
influenciam no processo saúde-doença. 
 
 ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS 
GESTAÇÃO E NASCIMENTO: 
- Como decorreu a gravidez. 
- Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela 
genitora. 
- Viroses contraídas durante a gestação. 
PONTOS-CHAVE 
- Antes de iniciar o ISDAS, explique ao paciente que você 
irá fazer questionamentos sobre todos os sistemas 
corporais (revisão "da cabeça aos pés"), mesmo não 
tendo relação com o sistemaque o motivou a procurá-
lo. 
- Inicie a avaliação de cada sistema corporal com essas 
perguntas gerais. Exemplos: "Como estão seus olhos e 
visão?'; "Como anda sua digestão?" ou "Seu intestino 
funciona regularmente?'- A resposta permitirá que 
você, se necessário, passe para perguntas mais 
específicas, e, assim, detalhe a queixa 
- Não induza respostas com perguntas que afirmem ou 
neguem o sintoma, como por exemplo: "O senhor está 
com falta de ar, não é?" ou "O senhor não está com 
falta de ar, não é mesmo? "Nesse caso, o correto é 
apenas questionar: "O senhor sente falta de ar?" 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
- Condições de parto (normal, fórceps, cesariana). 
- Estado da criança ao nascer 
- Ordem de nascimento (primogênito, segundo filho 
etc.). 
- Número de irmãos. 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E NEURAL: 
- Dentição: informações sobre a primeira e a segunda 
dentições, registrando-se a época em que apareceu 
o primeiro dente. 
- Engatinhar e andar: anotar as idades em que essas 
atividades tiveram início. 
- Fala: quando começou a pronunciar as primeiras 
palavras. 
- Desenvolvimento físico: peso e tamanho ao nascer 
e posteriores medidas. Averiguar sobre o 
desenvolvimento comparativamente com os irmãos. 
- Controle dos esfíncteres 
- Aproveitamento escolar 
DESENVOLVIMENTO SEXUAL: 
- Puberdade: estabelecer época de seu início. 
- Menarca: estabelecer idade da 1ª menstruação. 
- Sexarca: estabelecer idade da 1ª relação sexual. 
- Menopausa (última menstruação): estabelecer 
época do seu aparecimento. 
- Orientação sexual: atualmente, usam-se siglas como 
HSM; HSH; HSMH; MSH; MSM; MSHM, em que: H - homem; 
M - mulher e S - faz sexo com. 
 ANTECEDENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS 
DOENÇAS SOFRIDAS PELO PACIENTE: na infância 
(sarampo, coqueluche, varicela, caxumba, doenças 
reumáticas, amigdalites) e na vida adulta (pneumonias, 
hepatites, malária, pleurites, tuberculose, litíase renal) 
ALERGIA: alimentos, medicamentos e substâncias. Se o 
paciente já sofreu de afecções de fundo alérgico 
(eczema, urticária, asma), esse fato merece 
registro. 
CIRURGIAS E OUTRAS INTERVENÇÕES: anotam-se as 
intervenções cirúrgicas, referindo-se os motivos que 
a determinaram. Havendo possibilidade, registrar a 
data, o tipo de cirurgia, o diagnóstico que a justificou 
e o nome do hospital onde foi realizada. 
TRAUMATISMO: é necessário indagar sobre o acidente 
em si e sobre as consequências deste. 
TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS: anotar quantidade de 
transfusões, quando ocorreu, onde e motivo. 
HISTÓRIA OBSTÉTRICA: anotar nº de gestações (G); nº 
de partos (P); nº de abortos (A); nº de prematuros e 
nº de cesarianas (C) (G_ P_ A_ C_). Neste item, caso 
o paciente seja do sexo masculino, indaga-se o 
número de filhos, enfatizando-se a importância da 
paternidade. 
VACINAS: anotar as vacinas (quais e época da 
aplicação). 
MEDICAÇÕES EM USO: anotar qual, posologia, motivo, 
quem prescreveu. 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
Os antecedentes começam com a menção ao estado 
de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos do 
paciente. Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se 
tiver filhos, estes são referidos. Não se esquecer dos 
avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. 
Se tiver algum doente na família, esclarecer a 
natureza da enfermidade. Em caso de falecimento, 
indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu. 
Pergunta-se sistematicamente sobre a existência de 
enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, 
câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronariana 
(infarto agudo do miocárdio, angina de peito), 
acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlcera 
péptica, colelitíase e varizes, que são as doenças com 
caráter familiar mais comuns. 
Quando o paciente é portador de uma doença de 
caráter hereditário (hemofilia, anemia falciforme, rins 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
policísticos, erros metabólicos), torna-se 
imprescindível um levantamento genealógico mais 
rigoroso e, nesse caso, recorre-se às técnicas de 
investigação genética. 
 
 HÁBITOS DE VIDA 
Aspectos sociais relacionados com o paciente e a 
doença. 
Amplo, heterogêneo e individual. 
Documenta hábitos e estilo de vida do paciente e está 
desdobrado nos seguintes tópicos: 
 Alimentação 
 Ocupação atual e ocupações anteriores 
 Atividades físicas 
 Hábitos 
ALIMENTAÇÃO 
Toma-se como referência o que seria a alimentação 
adequada para aquela pessoa em função da idade, do 
sexo e do trabalho desempenhado. 
Induz-se o paciente a discriminar sua alimentação 
habitual, especificando, tanto quanto possível, o tipo 
e a quantidade dos alimentos ingeridos - é o que se 
chama anamnese alimentar. 
Devemos questionar principalmente sobre o consumo 
de alimentos à base de carboidratos, proteínas, 
gorduras, fibras, bem como de água e outros líquidos. 
CONCLUSÕES MAIS FREQUENTES 
 Alimentação quantitativa e qualitativamente 
adequada. 
 Reduzida ingesta de fibras. 
 Insuficiente consumo de proteínas, com 
alimentação à base de carboidratos. 
 Consumo de calorias acima das necessidades 
 Alimentação com alto teor de gorduras. 
 Reduzida ingesta de verduras e frutas. 
 Insuficiente consumo de proteínas sem 
aumento compensador da ingestão de 
carboidratos. 
 Baixa ingestão de líquidos. 
 Reduzida ingesta de carboidratos. 
 Reduzido consumo de gorduras. 
 Alimentação puramente vegetariana. 
 Alimentação láctea exclusiva. 
OCUPAÇÃO ATUAL E OCUPAÇÃO ANTERIORES 
Na identificação do paciente, deve-se abordar este 
aspecto. Naquela ocasião, foi feito o registro puro e 
simples da profissão; aqui pretendemos ir mais adiante, 
obtendo informações sobre a natureza do trabalho 
desempenhado, com que substâncias entra em 
contato, quais as características do meio ambiente e 
qual o grau de ajustamento ao trabalho. 
Devemos questionar e obter informações tanto da 
ocupação atual quanto das ocupações anteriores 
exercidas pelo paciente. 
Os dados relacionados com este item costumam ser 
chamados história ocupacional, e voltamos a chamar 
a atenção para a crescente importância médica e 
social da medicina do trabalho. 
ATIVIDADES FÍSICAS 
Torna-se cada dia mais clara a relação entre algumas 
enfermidades e o tipo de vida levado pela pessoa no 
que concerne à execução de exercícios físicos. 
Devemos questionar qual tipo de exercício físico 
realiza, frequência, duração e tempo que pratica. 
Uma classificação prática é a que se segue: 
 Pessoas sedentárias 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
moderadas 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
intensas e constantes 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
ocasionais. 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
HÁBITOS 
Alguns hábitos são ocultados pelos pacientes e até 
pelos próprios familiares. A investigação deste item 
exige habilidade, discrição e perspicácia. Uma 
afirmativa ou uma negativa sem explicações por 
parte do paciente não significa necessariamente a 
verdade. Deve-se investigar sistematicamente o uso 
de tabaco, bebidas alcoólicas, anabolizantes, 
anfetaminas e drogas ilícitas. 
 CONSUMO DE TABACO: 
O consumo de tabaco, socialmente aceito, não 
costuma ser negado pelos pacientes, exceto quando 
tenha sido proibido de fumar. Os efeitos nocivos do 
tabaco são indiscutíveis: câncer de boca, faringe, 
laringe, pulmão e bexiga, afecções broncopulmonares 
(asma, bronquite, enfisema e bronquiectasias), 
afecções cardiovasculares (insuficiência coronariana, 
hipertensão arterial, tromboembolia), disfunções 
sexuais masculinas, baixo peso fetal (mãe tabagista), 
intoxicação do recém-nascido em aleitamento 
materno (nutriz tabagista), entre outras. 
Diante disso, nenhuma anamnese está completa se 
não se investigar esse hábito, registrando-se tipo 
(cigarro, cachimbo, charuto e cigarro de palha), 
quantidade, frequência, duração do vício e abstinência 
(já tentou parar de fumar). CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS: 
A ingestão de bebidas alcoólicas também é 
socialmente aceita, mas muitas vezes é omitida ou 
minimizada por parte dos pacientes. Que o álcool tem 
efeitos deletérios graves sobre fígado, cérebro, 
nervos, pâncreas e coração não mais se discute; é 
fato comprovado. O próprio etilismo, em si, uma 
doença de fundo psicossocial, deve ser colocado 
entre as enfermidades importantes e mais difundidas 
atualmente. 
Não se deve deixar de perguntar sobre o tipo de 
bebida (cerveja, vinho, licor, vodca, uísque, cachaça, 
gin, outras) e a quantidade habitualmente ingerida, 
bem como frequência, duração do vício e abstinência 
(se já tentou parar de beber). 
O exagerado consumo de álcool expõe o bebedor a 
situações de risco, tais como danos à saúde física, 
sexo desprotegido, gravidez indesejada, 
superdosagem, quedas, violência, acidentes de 
trânsito, comportamento antissocial e dificuldades 
escolares, tanto em jovens como na população geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 USO DE ANABOLIZANTES E ANFETAMINAS: 
O uso de anabolizantes por jovens frequentadores de 
academias de ginástica tornou-se hoje uma 
preocupação, pois tais substâncias levam à 
dependência e estão correlacionadas com doenças 
cardíacas, renais, hepáticas, endócrinas e 
neurológicas. A utilização de anfetaminas, de maneira 
indiscriminada, leva à dependência química e, 
comparadamente, causa prejuízos à saúde. Alguns 
sedativos (barbitúricos, morfina, benzodiazepínicos) 
também causam dependência química e devem ser 
sempre investigados. 
 CONSUMO DE DROGAS ILÍCITAS: 
As drogas ilícitas incluem: maconha, cocaína, heroína, 
ecstasy, LSD, crack, oxi, chá de cogumelo, inalantes 
GRAU DE DEPENDÊNCIA DE BEBIDAS 
Para facilitar a avaliação do hábito de ingerir bebidas 
alcoólicas e/ou do grau de dependência do paciente ao 
consumo de álcool, pode-se fazer uso da seguinte 
esquematização: 
 Pessoas abstêmias, ou seja, não consomem 
definitivamente nenhum tipo de bebida 
alcoólica 
 Consumo ocasional, em quantidades moderadas 
 Consumo ocasional, em grande quantidade, 
chegando a estado de embriaguez 
 Consumo frequente em quantidade moderada 
 Consumo diário em pequena quantidade 
 Consumo diário em quantidade para determinar 
embriaguez 
 Consumo diário em quantidade exagerada, 
chegando o paciente a avançado estado de 
embriaguez. 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
(cola de sapateiro, lança-perfume). O uso dessas 
substâncias ocorre em escala crescente em todos 
os grupos socioeconômicos, principalmente entre os 
adolescentes. Não deixar de questionar sobre tipo de 
droga, quantidade habitualmente ingerida, frequência, 
duração do vício e abstinência. 
A investigação clínica de um paciente que usa drogas 
ilícitas não é fácil. Há necessidade de tato e 
perspicácia, e o médico deve integrar informações 
provenientes de todas as fontes disponíveis, 
principalmente de familiares. 
 
 
 CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS 
As condições socioeconômicas e culturais avaliam a 
situação financeira, vínculos afetivos familiares, 
filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, 
bem como condições de moradia e grau de 
escolaridade. 
Este item está desdobrado em: 
 Habitação 
 Condições socioeconômicas 
 Condições culturais 
 Vida conjugal e relacionamento familiar 
HABITAÇÃO 
A habitação não pode ser vista como fato isolado, 
porquanto ela está inserida em um meio ecológico do 
qual faz parte. Neste item, é importante questionar 
sobre as condições de moradia: se mora em casa ou 
 
saneamento básico (água tratada e rede de esgoto), 
domésticos, entre outros. 
CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS 
Os primeiros elementos estão contidos na própria 
decorrer da anamnese. Se houver necessidade de 
mais informações, indagar-se-á sobre rendimento 
mensal, situação profissional, se há dependência 
econômica de parentes ou instituição. 
Todo médico precisa conhecer as possibilidades 
econômicas de seu paciente, principalmente sua 
capacidade financeira para comprar medicamentos. É 
obrigação do médico compatibilizar sua prescrição aos 
rendimentos do paciente. 
CONDIÇÕES CULTURAIS 
É importante destacar que as condições culturais não 
se restringem ao grau de escolaridade, mas abrangem 
a religiosidade, as tradições, as crenças, os mitos, a 
medicina popular, os comportamentos e hábitos 
alimentares. Tais condições culturais devem ser 
respeitadas em seu contexto. Quanto à escolaridade, 
é importante saber se o paciente é analfabeto ou 
alfabetizado. Vale ressaltar se o paciente completou 
o ensino fundamental, o ensino médio ou se tem nível 
superior (graduação e pós graduação). Tais 
informações são fundamentais na compreensão do 
processo saúde-doença. 
VIDA CONJULGAL E RELACIONAMENTO FAMILIAR 
Investiga-se o relacionamento entre pais e filhos, 
entre irmãos e entre cônjuges. 
Anamnese SOAP 
 
 
 
 
S - SUBJETIVO 
O - OBJETIVO 
A - AVALIAÇÃO 
P - PLANO 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
 
SUBJETIVO 
Anotam-se as informações recolhidas na entrevista 
clínica sobre o motivo da consulta ou o problema de 
saúde em questão. 
Inclui as impressões subjetivas do profissional de 
saúde e as expressadas pela pessoa que está sendo 
cuidada. 
 
OBJETIVO 
Anotam-se os dados positivos (e negativos que se 
configurarem importantes) do exame físico e dos 
exames complementares, incluindo os laboratoriais 
disponíveis. 
 
ANÁLISE 
Após a coleta e o registro organizado dos dados e 
informações subjetivas (S) e objetivas (O), o 
profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais 
precisa em relação ao problema, queixa ou 
necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o. 
 
PLANO 
A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) 
de cuidados ou condutas que serão tomados em 
relação ao problema ou necessidade avaliada. 
Podem existir quatro tipos principais de planos: 
 Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as 
provas diagnósticas necessárias para 
elucidação do problema. 
 Planos Terapêuticos: nos quais se registram 
as indicações terapêuticas planejadas para a 
resolução ou manejo do problema da pessoa: 
medicamentos, dietas, mudanças de hábitos, 
entre outras 
 Planos de Seguimento: nos quais se expõem 
as estratégias de seguimento longitudinal e 
continuado da pessoa e do problema em 
questão. 
 Planos de Educação em Saúde: nos quais se 
registram brevemente as informações e 
orientações apresentadas e negociadas com 
a pessoa, em relação ao problema em 
questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO SOAP 
S SUBJETIVO (MOTIVO DA CONSULTA): 
Pessoa vem para controle do diabetes, o qual trata desde 
os cinco anos de idade, sem controle adequado da glicemia. 
Impressão do profissional 
Expressões da pessoa icar a insulina 
 
O OBJETIVO: 
IMC = 29 (Índice de Massa Corporal); Pressão Arterial 
140/90; Exame da pele; Maceração interdigital nos pés 
A AVALIAÇÃO: 
Diabetes insulinodependente, sobrepeso, medida de pressão 
arterial elevada, micose interdigital. 
P PLANO: 
Diagnóstico: glicemia de jejum, creatinina, microalbuminúria, 
Hb glicada, colesterol total, HDL, LDL, triglicérides. 
Terapêutico: diabetes e sobrepeso (reeducação 
alimentar); sedentarismo (caminhadas diárias); micose 
(lavagem e secagem diária dos pés de forma adequada; 
antimicótico local). 
Seguimento: diabetes: monitoramento ambulatorial da 
glicemia às 8, 12, 16 e 20 horas por uma semana; sobrepeso: 
monitoramento semanal do peso; pressão arterial elevada: 
curva pressórica em dias e horários diferentes por três 
semanas. 
Educação em Saúde: conversado sobre o diabetes e suas 
complicações, sobre o risco da micose nos pés para as 
pessoas diabéticas e sobre a importância da aplicação da 
insulina e do controle da dieta. 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
Prontuário médico 
Hipócrates(século V a.C.) todo registro médico 
deveria refletir exatamente o curso da doença e 
indicar as suas possíveis causas. 
Prontuário (promptuari = lugar onde se guarda aquilo 
que deve estar à mão), pois pode ser necessário a 
qualquer momento. 
Registro em ordem cronológica. 
DEFINIÇÃO: 
Conjuntos de documentos padronizados e ordenados 
onde devem ser registrados todos os cuidados 
profissionais prestados aos pacientes e que atesta o 
atendimento médico a uma pessoa em uma instituição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DO PRONTUÁRIO MÉDICO: 
 Instrumento de apoio à assistência prestada 
ao paciente. 
 Documento de valor probatório ao ato médico. 
 Meio de comunicação entre os profissionais 
da saúde. 
 Ferramenta para continuidade do 
atendimento. 
 Suporte para área administrativa (financeiro 
e legais). 
 Fonte de pesquisa científica. 
 Instrumento de defesa legal do médico e da 
instituição. 
 Documento repositório do segredo médico do 
paciente. 
PRONTUÁRIO COMPLETO: 
- Identificação do paciente. 
- Anamnese e exame físico. 
- Exames complementares e resultados. 
- Hipóteses diagnósticas e diagnóstico definitivo. 
- Conduta terapêutica. 
- Evolução (diária com data e hora, nos casos de 
internação). 
- Procedimentos realizados e identificação de quem 
realizou. 
- Descrições cirúrgicas e anestésicas. 
- Prescrições médicas. 
- Resumo da alta. 
- Fichas de atendimento ambulatorial ou de urgência. 
- Registro dos consentidos esclarecidos. 
 
O PRONTUÁRIO MÉDICO PERTENCE AO PACIENTE 
 
PRONTUÁRIO FÍSICO: 
Elegibilidade da letra e identificação dos profissionais 
(assinatura e número do conselho regional de cada 
profissional que realizou a anotação). 
É de responsabilidade do médico assistente, da chefia 
da equipe e da chefia da clínica e da direção técnica 
preencher, armazenar e manusear os prontuários. 
PRONTUÁRIO MÉDICO 
 Registro da anamnese do paciente (exame 
físico, hipóteses diagnósticas, conduta). 
 Acervo documental padronizado, organizado 
e conciso. 
 Registro de cuidados médicos prestados. 
 Documentos pertinentes à assistência. 
 Dados do exame clínico. 
 Ocorrências e prescrição terapêutica. 
 Relatórios da enfermagem, da cirurgia e da 
anestesia. 
 Ficha do registro de resultado de exames 
complementares. 
FINALIDADE DO DOSSIÊ 
 Observar a evolução da doença. 
 Fins estatísticos. 
 Defesa profissional. 
 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO: 
Convênio entre CFM e a Sociedade Brasileira de 
Informática em Saúde (SBIS) Manual de Certificação 
para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde (S-
RES). 
Existem 2 níveis de garantia de segurança do 
prontuário eletrônico: 
 NGS1: 
Não tem os certificados digitais ICP Brasil para a 
assinatura digital das informações clínicas, sem 
amparo para eliminação de papel e com necessidade 
de impressão e aposição manuscrita da assinatura. 
 NGS2: 
Possuem os certificados digitais ICP Brasil que 
dispensa o papel, pois permite a assinatura com 
Certificação Digital. 
Vantagens do prontuário médico: respeito pelo sigilo 
médico (acesso limitado senhas e certificados), 
recuperação de dados (cópias de segurança), fácil 
acesso, disponibilidade, legibilidade, agilidade no 
atendimento, facilidade para pesquisas, segurança e 
economia de espaço físico. 
Lavagem das mãos 
A higienização das mãos é uma medida primária e 
simples, de baixo custo e baixa complexidade 
importante para a prevenção e controle de infecções 
relacionadas à assistência da saúde, inclusive aquelas 
decorrentes da transmissão cruzada de 
microrganismos multirresistentes. 
PERPESCTIVA HISTÓRICA: 
 Os primeiros conhecimentos: 
Desde 1846, a higienização apropriada das mãos é 
considerada a medida mais importante para reduzir a 
transmissão de infecções nos serviços de saúde. 
A história das infecções hospitalares acompanha a 
criação dos primeiros hospitais, em 325 d.C. 
Foi apenas no século XIX que a realização de 
procedimentos cirúrgicos nos ambientes foi indicada, 
pois passou constatou-se que a presença de 
infecções era maior nos ambientes hospitalares. 
 O estudo de Semmelweis: 
Em 1846, o médico húngaro Semmelweis comprovou 
a relação da febre puerperal com os cuidados 
médicos e propôs que todos os profissionais lavassem 
as mãos com solução clorada após a autópsia e antes 
do exame de novos pacientes. 
 A enfermagem e a prevenção de infecções: 
Precursora da enfermagem moderna e marcou a 
história das lavagens das mãos. 
 O início da era microbiana: 
No fim do século XVIII, Leeuwenhoek descobriu as 
bactérias, fungos e protozoários. Estes foram 
associados à fermentação e à putrefação. 
 Lister e a antissepsia: 
O cirurgião inglês Lister pesquisou um modo de manter 
as incisões cirúrgicas livres da contaminação por 
microrganismos. 
 Publicações sobre a higienização das mãos: 
Entre 1975 e 1985, foram publicados guias acerca de 
práticas de lavagem das mãos em hospitais pelos 
Centros de Controle e Prevenção de Doenças. 
No período de 1988 e 1995, guias para lavagem e 
antissepsia das mãos foram publicados pela 
Associação de Profissionais em Controle de Infecções 
e Epidemiologia (padronização de regras e técnicas). 
No Brasil, em 1989, o Ministério da Saúde publicou o 
manual Lavar as mãos: informações para os 
profissionais de saúde , com o objetivo de orientar os 
profissionais quanto às normas e aos procedimentos 
para lavar as mãos, visando a prevenção e o controle 
de infecções. 
Em 2002, o Código de Defesa do Consumidor, publicou 
o Guia para higiene de mãos em serviços de 
assistência à saúde . 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
A OMS, por meio da Aliança Mundial para a Segurança 
do Paciente, tem dedicado esforços no sentido de 
elaborar diretrizes e estratégias para a implantação 
de medidas visando a adesão dos profissionais de 
saúde às práticas de higienização das mãos. 
ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS DA PELE: 
 Microbiota transitória: 
São organismos que sobrevivem na superfície da pele, 
atrelados à sujeira ou oleosidades da pele. Este tipo de 
micro-organismo apresenta alta capacidade de gerar 
patologias quando o organismo do indivíduo s encontra 
debilitado. Ela pode ser eliminada com a lavagem 
correta das mãos. 
 Microbiota residente: 
É aquela que vive e se multiplica no organismo. Estes 
micro-organismos, apesar de terem certa virulência, 
não produzem doenças, sendo bastante úteis ao 
estimularem o sistema imunológico. 
PRODUTOS UTILIZADOS NA HIGIENIZAÇÃO DAS 
MÃOS: 
Para prevenir a transmissão de micro-organismos 
pelas mãos, 3 elementos são essenciais para essa 
prática: 
 Agente tópico com eficácia antimicrobiana. 
 Procedimento adequado ao utilizá-lo (técnica 
e tempo preconizado). 
 Adesão regular no seu uso (momentos 
indicados). 
Produtos: 
 Sabonete comum (sem associação de 
antisséptico) 
 Agentes antissépticos: 
- Álcool 
- Clorexidina 
- Iodóforos PVPI (Polivinilpirrolidona iodo) 
- Triclosan 
EQUIPAMNTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS PARA A 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: 
 Equipamentos: 
- Lavatório, pia de lavagem e lavabo cirúrgico. 
- Dispensadores de sabonete e antissépticos. 
- Porta papel toalha. 
- Lixeira para descarte do papel toalha. 
 Insumos e suprimentos: 
- Água (de boa procedência). 
- Papel toalha. 
USO DOS PRODUTOS: 
 Uso de água e sabonete: 
- Quando estiverem visivelmente sujas ou 
contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. 
- Ao iniciar e terminar o turno de trabalho. 
- Antes e após ir ao banheiro. 
- Antes e depois das refeições. 
- Antes de preparar alimentos. 
- Antes de preparar e manipular medicamentos 
- Antes e após contato com pacientes. 
- Após várias aplicações consecutivas de produto 
alcoólico. 
- Nas situações indicadas para uso de preparações 
alcoólicas. 
 Uso de preparações alcoólicas: 
- Antes de ter contato com opaciente. 
- Após ter contato com o paciente. 
- Antes de realizar procedimentos assistenciais e 
manipular dispositivos invasivos. 
- Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos 
invasivos que não requeiram preparo cirúrgico. 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
- Após risco de exposição a fluidos corporais. 
- Ao mudar de um sítio corporal contaminado para 
outro, limpo, durante o cuidado com o paciente. 
- Após ter contato com objetos inanimados e 
superfícies imediatamente próximas ao paciente. 
- Antes e após a remoção de luvas. 
TÉCNICAS: 
 Higienização simples: 
Possui a finalidade de remover os micro-organismos 
que colonizam as camadas superficiais da pele, assim 
como o suor, a oleosidade e as células mortas, 
retirando a sujidade propícia à permanência e à 
proliferação de micro-organismos. 
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. 
 Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-
cirúrgico: 
Duração do procedimento: 3 a 5 minutos para a 
primeira cirurgia e 2 a 3 minutos para as cirurgias 
subsequentes. 
Procedimento: 
Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e 
os cotovelos. 
Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e 
espalhar nas mãos, antebraços e cotovelos. No caso 
de escova impregnada com antisséptico, pressionar a 
parte impregnada da esponja contra a pele e espalhar 
por todas as partes das mãos, antebraços e 
cotovelos. 
Limpar sob as unhas com as cerdas da escova. 
Friccionar as mãos, observando os espaços 
interdigitais e os antebraços, por no mínimo 3 a 5 
minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos. 
Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das 
mãos para os cotovelos, retirando todo o resíduo do 
produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou 
pés, se a torneira não possuir fotossensor. 
Enxaguar as mãos em toalhas ou compressas 
estéreis, com movimentos compressivos, iniciando 
pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, 
atentando para utilizar diferente dobras da toalha 
para regiões distintas. 
USO DE LUVAS: 
- Utilizá-las para proteção individual, nos casos de 
contato com sangue e líquidos corporais, e contato 
com mucosas e pele não íntegra de todo paciente. 
- Utilizá-las para reduzir a possibilidade dos micro-
organismos das mãos do profissional contaminarem o 
campo operatório (luvas cirúrgicas). 
- Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão 
de micro-organismos de um paciente para outro nas 
situações de precaução de contato. 
- Trocar de luvas sempre que entrar em contato 
com outro paciente. 
- Trocar de luvas durante o contato com o paciente 
se for mudar de sítio corporal contaminado para 
outro, limpo, ou quando estas estiverem danificadas. 
- Nunca tocar desnecessariamente superfícies e 
materiais (telefones, maçanetas, portas) quando 
estiver com luvas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas. 
O uso de luvas não substitui a higienização das mãos. 
Retirada da luva: 
- Retirar as luvas, puxando a primeira pelo lado 
externo do punho com os dedos da mão oposta. 
- Segurar a luva removida com a mão enluvada. 
- Tocar a parte interna do punho da mão enluvada 
com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retirar a 
outra luva. 
- Descartar as luvas em lixeira apropriada. 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1 
 Indicações de uso de luvas estéreis: 
- Qualquer procedimento cirúrgico. 
- Parto vaginal. 
- Procedimentos invasivos. 
- Realização de acessos e procedimentos vasculares 
(vias centrais). 
- Quaisquer procedimentos nos quais seja necessária 
a manutenção da técnica asséptica. 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS 
MÃOS: 
- Manter as unhas naturais, limpas e curtas. 
- Não usar unhas postiças quando entrar em contato 
direto com o paciente. 
- Evitar o uso de esmaltes nas unhas. 
- Evitar usar anéis, pulseiras, relógios e outros 
adornos quando assistir o paciente. 
- Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), 
diariamente, para evitar o ressecamento da pele. 
 
TÉCNICA PARA A LAVAGEM DAS MÃOS: 
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando 
encostar-se na pia. 
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente 
de sabão líquido para cobrir todas as 
superfícies das mãos (seguir quantidade 
recomendada pelo fabricante). 
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-
as entre si. 
4. Esfregar a palma da mão direita contra o 
dorso da mão esquerda entrelaçando os 
dedos e vice-versa. 
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços 
interdigitais. 
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com 
a palma da mão oposta, segurando os dedos, 
com movimentos de vai-e-vem e vice-versa. 
7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da 
palma da mão esquerda, utilizando-se 
movimento circular e vice-versa. 
8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão 
esquerda contra a palma da mão direita, 
fechada em concha, fazendo movimento 
circular e vice-versa. 
9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da 
palma da mão direita, utilizando movimento 
circular e vice-versa. 
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos dos 
dedos para os punhos. 
11. Evitar contato direto das mãos ensaboadas 
com a torneira. 
12. Enxugar as mãos com papel toalha. 
13. Fechar a torneira acionando o pedal, com o 
cotovelo ou utilizar o papel toalha. Nunca usar 
as mãos. 
 
Victoria Brito- FESAR P1- HAM 1

Continue navegando