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Tópicos Especiais de Filosofia Medieval

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Questão 1/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Considere o extrato de texto: 
“Há razões para crer; uma delas é ser razoável, não confiar apenas na razão. Outra: a fé não é um fim em si mesmo, mas deve conduzir à intelecção. A fé, em si mesma, também pode se extraviar. Ambos os termos são indissociáveis no percurso rumo à verdade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DA CUNHA, M. P. S. Santo Agostinho: Fé e Razão na busca da verdade. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, n. 124, p. 415-427, set./dez., 2012. p. 421. 
Considerando o extrato de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre Santo Agostinho e do conhecimento que podemos ter de Deus e da Trindade Divina, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Santo Agostinho pregava que a palavra de Deus é a única capaz de revelar a verdade, por isso devemos conhecer a Deus por via da fé, e não pela razão, visto que essa é um impeditivo para a compreensão da graça divina.
	
	B
	A Trindade, em Santo Agostinho, é uma reflexão antropológica e representa uma busca pela verdade sobre Deus, e os caminhos com os quais o homem pode chegar a conhecer Deus, em sua unicidade, e suas três representações.
Você acertou!
A questão da Trindade, para Agostinho, busca refletir no mundo e no próprio homem aquilo que se compreende a partir de Deus. Assim ele postula uma divisão trinitária na alma humana, refletindo as três pessoas divinas: “A Trindade de Agostinho se destaca pelas reflexões sobre como o homem pode chegar ao conhecimento de Deus e compreender sua unidade substancial por meio de uma discussão sobre a Trindade e sobre a questão antropológica inerente ao tema, pois o homem se revela em suas características a partir do corpo, quando se reconhece como imagem do criador e à medida que se abre ao transcendente” (livro-base, p. 28).
	
	C
	Como um dos precursores do ascetismo monástico, Santo Agostinho pregava a separação inconciliável entre corpo e alma.
	
	D
	Para Santo Agostinho, Deus cria a realidade e o homem as recria em seu intelecto; assim, o homem produz as realidades em sua inteligência, dando à realidade criada por Deus uma substância objetiva.
	
	E
	Platão e outros filósofos gregos e latinos, porque pagãos, eram rechaçados por Santo Agostinho como fonte de conhecimento.
Questão 2/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Leia o fragmento de texto: 
“Nicéia constitui um ponto referencial na história dogmática, porque foi o Concílio o qual, diante da heresia ariana, que defendia a criaturalidade do Filho, afirmou a divindade do Verbo, Filho de Deus”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORBELLINI, V. A participação de Atanásio no Concílio de Nicéia e a sua defesa do homooúsios. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 37, n. 157, p. 396-408. set., 2007. p. 396. 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre o papel do concílio de Nicéia e as heresias sobre a Trindade Divina, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	O concílio de Nicéia foi importante para a constituição do cristianismo pois, entre outras coisas, estabeleceu um credo único a respeito da divindade de Deus em suas três pessoas.
Você acertou!
O concílio de Nicéia tem sua significância histórica atrelada à unificação dos dogmas da Igreja, pois haviam várias comunidades que utilizavam doutrinas e dogmas por vezes contraditórios. Um dos pontos de maior disputa é a Trindade de Deus, onde várias seitas pregavam ensinamentos completamente diferentes. Assim, foi necessário estabelecer uma só crença para que o cristianismo pudesse se desenvolver como religião: “Esses debates internos da Igreja eram necessários para definir e apresentar uma posição oficial a respeito do tema, na tentativa de colocar um fim às discussões. Por isso, reunidos em Niceia, no ano de 325, em um concílio universal, representantes da Igreja buscaram estabelecer uma unidade e contaram com a presença de 318 bispos católicos e 22 arianos. Ao final deste concílio, chegaram à conclusão de que Deus é um só em três pessoas [...]” (livro-base, p. 24).
	
	B
	A importância dos concílios na constituição da Igreja como uma instituição era estimular a pluralidade de credos.
	
	C
	As chamadas heresias trinitárias, com o concílio de Nicéia, se tornaram os pilares com os quais se fundamentam, e sobre os quais se desenvolve, a Igreja Católica no Ocidente e no Oriente.
	
	D
	O concílio de Nicéia é um marco na história do cristianismo pois foi nele que se extinguiram todas as questões e divergências com relação à fé e ao credo católico.
	
	E
	A compreensão da Trindade Divina é estabelecida a partir da fé; por esse motivo não pode ser compreendida por vias racionais.
Questão 3/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Leia a passagem de texto: 
“A riqueza material e a honraria não conduzem à felicidade, ainda mais em detrimento do deleite do Bem Supremo, segundo Boécio, porque é justamente isso que tiraria a paz de espírito, a confusão entre meios e fins. Assim é preferível viver de maneira simples e com paz de espírito [...] do que viver inquieto atrás daquilo, que segundo ele, não pode garantir a verdadeira felicidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RODRIGUES, R. A. Severino Boécio e a invenção filosófica da dignidade humana. Seara Filosófica, n. 5, p. 03-20, 2012. p. 12. 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre a felicidade como o sumo bem das ações humanas para Severino Boécio, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Como cristão, Boécio trava um diálogo com a filosofia em sua obra, mas é na religião e em Deus que ele encontra seu consolo.
	
	B
	É a Senhora Filosofia que faz Boécio compreender que a finalidade da ação humana é a felicidade, mas os meios pelos quais os homens buscam tal fim têm sido a causa de suas insatisfações.
Você acertou!
A filosofia faz Boécio compreender que a felicidade não deve estar baseada em coisas efêmeras, fortuitas e mutáveis: ela não deve estar baseada nos bens que a fortuna ou o acaso pudesse lhe trazer. E não pode justamente porque tais bens, como contingentes, não condizem com o sumo bem, enquanto a felicidade plena dos indivíduos. A felicidade deve estar pautada naquilo que é imutável e infinito: Deus (livro-base, p. 96-97). Ademais, “Para compreender melhor essa ideia, a Senhora Filosofia argumenta que, quando Boécio nadava na opulência e ostentava seus bens, vivia perturbado em meio a todas as suas regalias, pois não tinha tranquilidade e paz de espírito, e sequer estava livre de preocupações – pelo contrário, possuir esses bens alimentava ainda mais o desejo de ser dono do que lhe faltava” (livro-base, p. 97).
	
	C
	Boécio acredita que a felicidade só é alcançada pelos homens quando todos os confortos da vida material são conseguidos por eles, bem como as honrarias e riquezas mais diversas.
	
	D
	Sua maior preocupação são as opiniões alheias, que lhe causam grande desconforto, especialmente após seu diálogo com a Senhora Filosofia, que demonstra que o mundo exterior determina nossa existência individual.
	
	E
	A felicidade, como fim de todas as ações humanas, é o que causa grande insatisfação entre os homens, visto que através de outros meios conseguem uma vida segura e satisfatória.
Questão 4/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Leia o extrato de texto: 
“No contexto do pensamento cristão o sentido divisional dos seres surge dimensionado na sua máxima cisão: a que se verifica na contenção Criador-criatura. A posição de Escoto Eriúgena herda o sentido neo-platónico da unidade infinita e perfeita do Criador, dividindo-o depois em termos de transcendência em relação à multiplicidade criada”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, C. H. do C. O pensamento da diferença no “de divisione naturae”de Escoto Eriúgena. Didaskalia, n. 3, p. 247-304, 1973. p. 263-264. 
Considerando o extrato de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre o filósofo medieval João Escoto Erígena e sua concepção de Deus, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Erígena se afasta completamente da filosofia platônica, pois a concepção de um mundo das ideias é incompatível com uma concepção de Deus como Criador do mundo.
	
	B
	Para o irlandês, as doutrinas cristãs orientais e ocidentais eram incompatíveis entre si, apesar de ambas se fundamentarem na filosofia grega, em especial a platônica.
	
	C
	Partindo da concepção maniqueísta, Erígena conceitua sua teologia em cima da concepção dialética entre bem e mal, ambas como seres, colocando-se de maneira contrária a concepção agostiniana de bem como ser e mal como não-ser.
	
	D
	Para Escoto Erígena, o que define a criatura é o fato de que ela recebe seu Ser do Criador e tem sua existência garantida a partir do ato mesmo de criação.
Você acertou!
A alternativa d) é correta pois “‘Intuitivamente, tem-se a ideia de que o criador é causa do Ser da criatura, e o que define uma criatura, como tal, é o fato de que recebe seu Ser do criador. [...] O Deus de Eriúgena, o grande construtor, é um princípio que, dentro da tradição católica, é incompreensível ao intelecto humano, desenvolve, de um só golpe, a totalidade de suas consequências a fim de nelas se revelar’” (livro-base, p. 123). Assim, todo o ser das criaturas é garantido, por um lado, pelo ato de criação. E as criaturas, por outro lado, são a prova mesma da criação, justamente porque são.
	
	E
	Em Erígena há uma separação irreconciliável entre Criador e criatura, a tal ponto em que o próprio conhecimento de Deus, como criador, se torna impossível para os homens, como criatura.
Questão 5/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Atente para o fragmento de texto: 
“Para Agostinho, todos universalmente possuem um ‘conhecimento natural acerca de Deus’ [...]. De forma que toda tentativa racional para demonstrar a existência de Deus é, em última instância, desnecessária. Aliás, [...] se a existência de Deus não for pressuposta (criada pela fé) antes mesmo de ser arrazoada, a demonstração em si deixa de ter sentido [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, F. de A. João Calvino e Santo Agostinho sobre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si: um caso de disjunção teológico-filosófica. 2010. 202 p. Dissertação (Mestre em Filosofia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. p. 61. 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre o papel da filosofia e da razão nas obras de Santo Agostinho, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Para o filósofo de Hipona, ciência e religião são inconciliáveis, visto que as verdades de Cristo reveladas pela fé são sempre contraditórias com a sabedoria e a ciência.
	
	B
	Platão e Plotino são duas grandes influências no pensamento de Santo Agostinho, a tal ponto que ele reconhece que a fé em Deus é dispensável para tais filósofos, visto que pela via racional já alcançaram o conhecimento da verdade.
	
	C
	A verdade, para Santo Agostinho, é aquilo que é fruto da razão, e independe da fé ou de qualquer outra forma de revelação divina.
	
	D
	Agostinho rechaçava a filosofia pois não encontrou nela argumentos que comprovassem sua fé.
	
	E
	Para Santo Agostinho, a filosofia que está em consonância com Deus é a que possibilita aos homens conhecer a verdade.
Você acertou!
Santo Agostinho compreendia que a filosofia poderia ser útil para a realização de uma vida feliz e na busca pela verdade e a beleza do mundo; mas somente quando ela se mantém atrelada a fé em Deus, para que não se desvie por caminhos escusos: “a filosofia é o caminho para a contemplação do belo, da sabedoria. E os que se eximem de percorrer esse caminho se iludem, pois se esquecem de se apoiar na sabedoria, sem a qual não poderiam regressar ou conhecer sua origem por um viés racional. Assim, a filosofia torna-se, junto com a fé, um caminho seguro para o conhecimento de Deus” (livro-base, p. 38).
Questão 6/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Atente para a citação: 
“A Trindade é, pois, único e inseparável Deus. A distinção entre as pessoas dá-se com base no conceito de relação. Cada pessoa é distinta das outras, sem ser ontologicamente diversa. O Pai não é o Filho, este não é o Espírito Santo, nem o Pai. Na Trindade não se falam de acidentes por serem mutáveis haja vista não ser mutável o tipo de relação entre as pessoas santíssimas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAGAS, A. M.; D’ABREU, R. C. F. Santo Agostinho, um cristão filósofo: seu pensamento sobre Deus e o Homem. Revista Expressão Católica, v. 1, n. 1, jan./jun., 2012.  http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1292. Acesso em 20 jun. 2019. 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre os três momentos importantes na construção do argumento agostiniano sobre a unidade divina e a Trindade, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A identidade substancial das três Pessoas, como primeiro momento da argumentação agostiniana, está baseada na divisão de Deus em Pai, Filho e Espírito Santo, cada qual representando uma substância divina diferente.
	
	B
	Para Santo Agostinho, o fato de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo aparecerem separados em várias passagens bíblicas constitui prova de que são, em verdade, três substâncias distintas.
	
	C
	A diferença entre as pessoas da Trindade não constitui uma diferença ontológica para Santo Agostinho. Deus é a unidade perfeita, e está em uma constante relação entre suas três pessoas.
Você acertou!
O mistério da Trindade segundo Santo Agostinho, e o dogma aceito pela Igreja católica desde o concílio de Nicéia, é que Deus mantém uma só substância, mesmo quando se manifesta sob várias formas: “Agostinho afirma que “a Trindade é apenas um, único e verdadeiro Deus”, e continua afirmando que “o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma mesma essência ou substância” (Arias, 1956, p. 133, tradução nossa). Essas afirmações são pautadas nas Escrituras, fonte na qual Agostinho busca sua inspiração para continuar com o empreendimento de apresentar a unidade das pessoas da Trindade. Portanto, mesmo quando as três pessoas aparecem em várias passagens bíblicas separadas, há o entendimento de que são inseparáveis em suas operações” (livro-base, p. 30).
	
	D
	O terceiro momento da argumentação agostiniana sobre a Trindade é as analogias triádicas. Tais analogias configuram que a alma humana não pode ser trinitária, pois se se dividisse em três partes, não poderia alcançar o conhecimento da Trindade divina.
	
	E
	Uma das principais bases do argumento agostiniano é a contingência da existência das três pessoas de Deus. A partir da contingência se estabelecesse uma hierarquia entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, sendo o primeiro acima, do segundo, e o segundo acima do terceiro.
Questão 7/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Atente para o extrato de texto: 
“[...] por sua leitura e comparação do neoplatonismo com a Sagrada Escritura, Agostinho começa a afirmar o que ele manteve durante toda a sua vida: unicamente o cristianismo satisfaz as aspirações dos antigos filósofos sobre a felicidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STREFLING, S. R. A atualidade das Confissões de Santo Agostinho. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 37, n. 156, p. 259-272, jun., 2007. p. 268. 
Considerando o extrato de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre Santo Agostinho e sua obra Confissões, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A humildade é exaltada como uma virtude por Agostinho,no entanto adverte que ela não é alcançável pela via da filosofia, mas pela leitura da palavra de Deus.
Você acertou!
“[...] o caminho que Agostinho aconselha nas Confissões é o caminho da humildade: ‘a humildade não se aprende em livros de filósofos’ (Agostinho, 1997; Conf. VII, 20), mas na contemplação das Escrituras, as quais ele se refere como ‘teus livros’. Queria ser considerado um sábio, mas percebeu que todo o conhecimento poderia ter sido muito profícuo se tivesse se formado antes pelas Escrituras Sagradas. E foi assim que Agostinho se lançou nas leituras de Paulo e encontrou no apóstolo um caminho firme para seguir e conhecer a Jesus Cristo e a si mesmo [...]” (livro-base, p. 78). Assim, é através da humildade que se alcança a sabedoria sobre si e sobre o mundo. E a humildade não se encontra na filosofia, somente nas Escrituras. Pois a filosofia não guiada pela fé, é soberba e arrogante.
	
	B
	A conversão de Agostinho ao cristianismo se dá ainda na infância, em meio as leituras de filósofos gregos e latinos, onde descobre a graça divina.
	
	C
	Agostinho, em suas confissões, mostra que desde a juventude captava a essência divina, demonstrando isso em seus atos e hábitos em que usufruía dos prazeres da vida terrena.
	
	D
	Especialistas em filosofia Patrística, como Pierre Courcelle, apontam como principal motivação para a converção de Agostinho a fé cristã, e descartam qualquer influência da filosofia.
	
	E
	A conversão de Agostinho ao cristianismo é o resultado de sua resignação na busca por felicidade, onde renegando os prazeres do corpo, aceita a condição de infelicidade destinada ao homem.
Questão 8/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Considere o trecho de texto: 
“Ao pressuposto cristão da primazia da fé na autoridade daquilo que Deus revela, Agostinho acomodará o método de ascese, via interioridade, apreendido dos neoplatônicos, caminho este que será analisado em etapas distintas do desenvolvimento de seu pensamento”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, F. de A. João Calvino e Santo Agostinho sobre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si: um caso de disjunção teológico-filosófica. 2010. 202 p. Dissertação (Mestre em Filosofia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. p. 60. 
Considerando o trecho de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre a filosofia patrística e Santo Agostinho, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Uma das principais características da filosofia Patrística é que pelo desenvolvimento da filosofia a fé se tornou inútil para a compreensão da verdade e da beleza.
	
	B
	Agostinho, como a maioria dos filósofos patrísticos, identifica na vida terrena e nos prazeres do corpo o caminho para uma vida plena e feliz.
	
	C
	A filosofia é fundamental no período Patrístico para a defesa da fé cristã contra o paganismo, visto que as doutrinas filosóficas eram mais dignas de crença e mais facilmente defensáveis para os primeiros teólogos da Igreja do que a fé cristã.
	
	D
	Para Santo Agostinho, apesar da filosofia ser o caminho para a contemplação da verdade e da beleza, é somente com o auxílio da fé que ela encontra a sabedoria: o conhecimento de Deus.
Você acertou!
Santo Agostinho não despreza a filosofia, e reconhece seu papel para alcançar a beleza e a verdade, mas é somente uma filosofia que tem como guia a fé em Deus que pode alcançar tais conhecimentos: “a filosofia é o caminho para a contemplação do belo, da sabedoria. E os que se eximem de percorrer esse caminho se iludem, pois se esquecem de se apoiar na sabedoria, sem a qual não poderiam regressar ou conhecer sua origem por um viés racional. Assim, a filosofia torna-se, junto com a fé, um caminho seguro para o conhecimento de Deus” (livro-base, p. 38).
	
	E
	O amor de Santo Agostinho por Deus fez com ele desde pequeno rejeitasse as obras filosóficas, e se voltasse ao estudo das Escrituras como forma de revelação divina da verdade.
Questão 9/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Considere o excerto de texto: 
“O De Divisione Naturae de Escoto Eriúgena [...] [consente] uma originalidade de pensamento filosófico que [...] reside exactamente na compreensão das premissas e antecedentes diferenciais de toda a dinâmica do real. Trata-se de compreender o processo primordial de individuação, o estatuto da diversificação e da multiplicidade reais, [...] de toda a realidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, C. H. do C. O pensamento da diferença no “de divisione naturae” de Escoto Eriúgena. Didaskalia, n. 3, p. 247-304, 1973. p. 254-255. 
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre o filósofo medieval João Escoto Erígena e sua obra De Divisione Naturae, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Ele conceitua a natureza a partir da Trindade divina, dividindo-a em natureza criadora e não-criada, natureza criada e criadora e natureza criada e não-criadora.
	
	B
	Para ele não há uma oposição entre Criador e criatura, sendo os dois a mesma e uma só substância.
	
	C
	Escoto Erígena não dá ênfase em suas análises a oposição entre Criador e criatura; ao invés disso ele busca compreender as relações que se estabelecem entre Criador e criatura.
Você acertou!
A alternativa c) é a correta pois, para Erígena, “‘A divisão apresentada, ainda que determinada por circunstâncias histórico-filosóficas antecedentes, aparece de um modo originário no pensamento de Eriúgena. Trata-se de refletir a oposição entre Criador e criatura, dando maior relevo à relação do que aos termos relacionados, permitindo desta maneira que a relação se desdobre em dois sentidos complementares: criador-criatura, que se conjugam a esses dois níveis [...]’” (livro-base, p. 115).
	
	D
	A obra do autor, compreendendo o cisma entre as tradições cristãs ocidentais e orientais, se alinha a doutrina latina, pois seria a única capaz de compreender Deus como Criador não-criado.
	
	E
	Um dos traços característicos da obra de Escoto Erígena é a compreensão do Deus Criador, como aquele que se manifesta somente através da sua obra criada.
Questão 10/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Medieval
Considere o extrato de texto: 
“Para Tomá s de Aquino, a alma humana é uma forma simples, não se compõe de matéria e forma, mas há nela composição de ato e potência. A alma humana seria o último grau numa hierarquia descendente dessas formas simples. [...] as almas humanas são substâncias espirituais inferiores e possuem o ser ligado ao corpo e, por meio deste, recebem o inteligível”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OERTZEN, M. Von. A unidade da alma com o corpo em Tomás de Aquino. Espaço Teológico, v. 9, n. 15, p. 107-118, jan./jun., 2015. p. 109. 
Considerando o extrato de texto e os conteúdos do livro-base Deus como problema filosófico na Idade Média sobre a compreensão da alma em Tomás de Aquino, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Tomás de Aquino é considerado um materialista, pois concebe os sentidos e o corpo como ponto máximo de intelecção humana, fazendo do corpo a única forma do homem conhecer Deus.
	
	B
	Em Tomás de Aquino, a oposição entre alma e corpo ocorre na oposição entre forma e matéria, onde a alma é a forma do corpo, enquanto substrato material da forma.
	
	C
	Toda criatura é imediatamente uma com sua essência, visto que Deus é perfeito, e sendo um ser perfeito toda sua obra será perfeita. Assim, toda criatura é imediatamente reflexo dessa dádiva divina.
	
	D
	Tomás de Aquino coloca Deus como o sumo ser, acima de todos; e, em sequência, por seu grau de aproximação ao ser divino, se encontram os anjos, os animais, as plantas e, na hierarquia mais baixa, os homens.
	
	E
	Através dos sentidos, o ser humano chega ao conhecimento de cada objeto material em sua forma singular, mas pelo intelecto chegaao universal em sua imaterialidade.
Você acertou!
A alternativa e) é a correta, pois “A base do conhecimento encontra seu pontapé inicial no mundo sensível, contudo transcende a materialidade. Através dos sentidos, o ser humano chega ao conhecimento de cada objeto material em sua forma singular, mas pelo intelecto chega ao universal em sua imaterialidade – ao independente” (livro-base, p. 188).

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