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ESPIRITO SANTO PERSOLIDADE E ESPORTE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI HISTÓRIA DO ESPORTE Fonte: www.asdela.org A história do esporte divide-se em três períodos: Esporte Antigo: até a primeira metade do século XIX. Esporte Moderno: de 1820 a 1980. Esporte Contemporâneo: de 1980 em diante. Na Antiguidade, as práticas esportivas não se pareciam com as que conhecemos hoje. Em razão disso, eram conceituadas como práticas pré-esportivas. Algumas eram úteis para a sobrevivência do homem, como a corrida e a caça. Outras eram mais uma preparação para guerras, como a esgrima e as luta. Muitas dessas práticas pré-esportivas do Esporte Antigo desapareceram com o tempo. Outras se transformaram em Esportes Autótonos, que podem ser considerados “esportes puros”, isto é, esportes que continuaram a ser praticados ao longo do tempo sem receber influências de outras culturas. Quando os Esportes Autótonos permanecem como prática, mas com modificações de outras culturas, geralmente de nações colonizadoras, passam a ser chamados Esportes ou Jogos Tradicionais. Os jogos gregos são considerados como as primeiras manifestações esportivas. Eram “festas populares, religiosas, verdadeiras cerimônias pan-helênicas, cujos participantes eram as cidades gregas”. Fonte: www.formiga.ifmg.edu.br Os Jogos Olímpicos da Antiguidade, principal manifestação esportiva de toda a Antiguidade eram celebrados em Olímpia, Élida, num bosque sagrado chamado “Altis”, em homenagem a Zeus Horquios, a cada quatro anos. Esses Jogos eram anunciados pelos arautos e desenvolvidos pelos helenoices. As principais provas eram: corrida de estádio, corrida do duplo estádio, corrida de fundo, luta, pentatlo, corrida das quadradas, pancrácio, corrida de cavalos montados, corrida com armas, corrida de brigas, pugilato e outras. As práticas esportivas passaram a ser relacionadas a lutas violentas e até mortais. Apostas referentes aos resultados de lutas, corridas curtas, etc. motivaram o público nos séculos XVIII e XIX. O conhecimento da evolução e do crescimento do esporte, enquanto frequentemente obscurecido pelo tempo e circunstâncias, necessita da compreensão do seu significado na sociedade como um universo cultural e um meio de educação. Da era pré-histórica aos anos obscuros (idade média). A origem do esporte está perdida na antiguidade, mas os povos primitivos possuíam atividades que podemos considerar jogos e modalidades esportivas. Podemos observar dicas deste fato através dos artefatos que tem sido encontrados e interpretados pelos antropólogos. Fonte: www.image.slidesharecdn.com Para as sociedades pré-históricas os jogos e brincadeiras eram parcialmente utilitários porque se tornavam um dos processos de sobrevivência. As pessoas utilizavam os jogos como um meio de transmissão de herança cultural de suas tribos. Entretanto, outras formas de brincadeiras originaram-se da religião. As tribos primitivas não somente tinham muitos jogos, mas provavelmente sempre mais danças que eram utilizadas como um meio de comunicação com as forças naturais. O esporte era recreacional na sua intenção bem como fornecia um meio de comunicação e construção de destreza física. Na emergência e ascensão dos humanos, o esporte e as brincadeiras persistiam. Embora existam muitas teorias sobre porque as pessoas brincam e quais são as bases deste impulso ou direcionamento, nenhuma delas pareceu fornecer uma resposta adequada. Através dos séculos conforme ascenderam e caíram as civilizações, inevitavelmente foram deixados vestígios e restos que fornecem evidências dos precursores do esporte e jogos de uma dada cultura. Provavelmente o esporte ascendeu ao seu máximo durante a era de ouro dos gregos, com sua ênfase na perfeição corporal e simetria, com seus jogos e festivais em honra aos deuses. O exemplo clássico são os Jogos Olímpicos. Fonte: www.4.bp.blogspot.com Os romanos também tinham seu esporte, o qual, em termos de propósitos e processo, retrocedeu dos ideais gregos. O esporte romano, caracterizado como brutal e violento, refletiu o declínio e a queda do império. Com a queda de Roma, os anos obscuros tornaram-se um campo infértil para criar e nutrir o esporte. Assim, os cristãos rebelaram-se contra a cultura e o ceticismo romano que se tornou uma influência negativa. Entretanto, os anos obscuros atraíram o encerramento e a civilização ocidental começou lentamente a escalada para fora do abismo causado pelo impacto bárbaro, houve um renascimento da cultura grega e romana. Várias modalidades esportivas começaram a se desenvolver. Período Medieval e da Renascença. Um desenvolvimento significativo durante a idade média teve o esporte. Embora este movimento fosse retido não somente pelo humor ascético da igreja, mas também pela repressão política dos governos autocráticos, e ainda continua a crescer, pois a maioria das modalidades que existem hoje surgiu, em sua forma simples, na idade média. Fonte: www.s2.glbimg.com Esta herança é significativa para a América hoje porque a maior base dos programas modernos de EF são os jogos e as modalidades esportivas, os quais se originaram e desenvolveram-se durante a era medieval. Tradicionalmente, a iniciação esportiva é o período no qual a criança começa a aprender, de forma específica, a prática de um ou vários esportes em jogos e modalidades esportivas talvez venha principalmente da Inglaterra, mas não inteiramente, desde que o esporte da idade média não foi limitado à Inglaterra. Os registros mostram que o esporte era comum a todos os grupos de alguma forma. O renascimento trouxe uma aceleração do liberalismo e como a individualidade e a auto expressão tornou-se mais prevalente na vida das pessoas, os jogos continuaram a se desenvolver e foram praticados em bases desorganizadas. É difícil separar a sociedade de sua herança política e econômica de sua herança social. Como a atividade física se tornou aceita como um meio de educação, ela foi trazida para as escolas como um sistema de ginástica. Estes sistemas desenvolveram-se onde o espírito de nacionalismo era forte. Na Dinamarca, Suécia e Alemanha, onde a doutrinação e a obediência eram os principais objetivos educacionais, a ginástica floresceu. Fonte: www.pandalargo.com.br Inglaterra e sua herança esportiva. Enquanto na Dinamarca, Alemanha e Suécia foram se desenvolvendo sistemas de ginásticas em seus esforços em direção ao nacionalismo, a Grã- Bretanha foi se engajando em jogos e atividades esportivas. De fato, o legado e matéria de EF que foi passado para o povo de língua inglesa em toda a parte foram na forma de esporte. O crescimento repentino em direção ao nacionalismo nunca se tornou importante para os britânicos por diversas razões. Eles foram beneficiados com isolamento geográfico pelo canal inglês, o qual deu a eles uma natural barreira a conquistar. Entretanto, o povo inglês nunca foi motivado fortemente pelo militarismo como eles foram por sua herança de jogos e brincadeiras. Através dos séculos várias modalidades se desenvolveram. Um tipo de futebol bruto, provavelmente aprendido com os romanos durante os primeiros séculos D.C. tornou-se uma modalidade popular. Séculos mais tarde, conforme o jogo se desenvolveu (mas não muito, uma vez que era ainda uma disputa brutal), foi incluído nas escolas britânicas de prestígio. A versão “anything goes”desta modalidade britânica foi jogada pela primeira vez na América, na Nova Inglaterra, durante o início do século XVII. O esporte e o espírito esportivo são características importantes para o britânico e tem sido utilizado nos programas escolares para desenvolver qualidades positivas do indivíduo que são sinônimos do caráter britânico resolutoe robusto. Fonte: www.image.slidesharecdn.com No século XIX, a educação física e, em particular, a ginástica se tornaram pouco a pouco em um domínio defendido pelo saber médico. Como mencionado em outras ocasiões tratou-se de uma relação que se consolidou no decorrer daquele século, apesar de inúmeras controvérsias. Não apenas a comunidade médico-científica teve que “lutar” pela legitimação de suas práticas e saberes junto ao Estado e à sociedade, como também teve que lidar internamente com a regulação dos conflitos e dilemas dessa mesma comunidade. A própria emergência da educação física nos periódicos médicos do século XIX pode ser lida como justaposição entre, por um lado, a formação e, por isso, controle de uma comunidade médico-científica que estava se conformando no período e, por outro, a instrução de um público mais amplo, reforçando a sua legitimação enquanto saber médico. A história institucional do esporte no Brasil teve início em 1937, quando, por intermédio da Lei n° 378 de 13/03/37, foi criada a DIVISÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA do Ministério da Educação e Cultura, que teve como diretores: Major João Barbosa Leite, Coronel Caio Mário de Noronha Miranda, Professor Alfredo Colombo, General Antônio Pires de Castro Filho, Coronel Genival de Freitas e Coronel Arthur Orlando da Costa Ferreira. Fonte: www.testosterona.me Em 1970, a divisão foi transformada em DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS, ainda veiculada ao Ministério da Educação e Cultura, e teve como diretores: Coronel Eric Tinoco Marques e Coronel Osny Vasconcellos. Na sequência, em 1978, este departamento foi transformado em SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO, ainda ligado ao Ministério da Educação, e assim permaneceu até 1989. Entre os secretários estão: Péricles de Souza Cavalcanti (79 a 85), Bruno Luiz Ribeiro da Silveira (85 a 87), Manoel José Gomes Tubino (fevereiro a março/87), Júlio César (março a dezembro/87), Alfredo Alberto Leal Nunes (janeiro/88 a fevereiro/89) e, por último, Manoel Gomes Tubino, novamente, até dezembro de 1989. O então presidente Fernando Collor de Melo, em 1990, extingue a Secretaria ligada ao Ministério da Educação e cria a SECRETARIA DE DESPORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, cujos secretários foram os ex-atletas Arthur Antunes Coimbra - Zico (março/91 a abril/91) e Bernard Rajzman (abril/91 a outubro/92). Fonte: www.canalkids.com.br Após a saída do presidente Collor, o esporte voltou a ser vinculado ao Ministério da Educação, com a SECRETARIA DE DESPORTOS, tendo com secretários: Márcio Baroukel de Souza (1992 a 1994) e Marcos André da Costa Berenguer (1994 a 1995). A partir de 1995, o esporte começa a ser mais priorizado. O presidente Fernando Henrique Cardoso criou o MINISTÉRIO DE ESTADO EXTRAORDINÁRIO DO ESPORTE, nomeando o ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento - Pelé (1995 a 1998), cabendo à Secretaria de Desportos do Ministério da Educação, ainda sob a direção de Marcos André da Costa Berenguer, prestar o apoio técnico e administrativo. Em março do mesmo ano, esta secretaria é transformada no INDESP - Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto, desvinculado do MEC e subordinado ao Ministério Extraordinário do Esporte. O instituto era dirigido, na ordem cronológica, por Joaquim Ignácio Cardoso Filho (janeiro a julho/95), Asfilófio de Oliveira Filho (95 a 97), Prof. Ruthênio de Aguiar, interinamente (97 a 98), e Luiz Felipe Cavalcante de Albuquerque (98 a 99). No dia de 31 de dezembro de 1998, foi criado o Ministério do Esporte e Turismo, pela Medida Provisória n° 1.794-8, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato. O INDESP passa a ser vinculado a este órgão. O então deputado federal Rafael Grecca foi o primeiro a assumir a pasta (1999 e 2000), sucedido, em maio de 2000, por Carlos Carmo Melles (2000 a 2002). O instituto ficou sob a direção do Prof. Manoel Gomes Tubino(junho a outubro/99), tendo como sucessor Augusto Carlos Garcia de Viveiros (1999). Fonte: www.urece.org.br Em outubro de 2000, o INDESP é extinto e substituído pela SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE. O primeiro secretário foi José Otávio Germano (dezembro/2000 a fevereiro/2001). Em seguida, foi nomeado Lars Schmidt Grael (2001 e 2002). Em março de 2002, o ministro do Esporte e Turismo passa a ser Caio Luiz Cibella de Carvalho, que ficou até dezembro do mesmo ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2003, separou as duas pastas, ficando o esporte com um ministério próprio. Agnelo Queiroz, então deputado federal, assumiu o então recém-criado MINISTÉRIO DO ESPORTE em janeiro de 2003. Em 31 de março de 2006, deixou o cargo para candidatar-se ao Senado. Quem assumiu o MINISTÉRIO interinamente foi o secretário executivo, Orlando Silva Júnior, o mais jovem ministro do Brasil, com 34 anos. Orlando Silva foi confirmado como ministro do Esporte no ano 2007, cargo que ocupou até o dia 26 de outubro de 2011. Antes de ocupar a pasta também exerceu o cargo de Secretário Nacional de Esporte e Secretário Nacional de Esporte Educacional. No dia 31 de outubro de 2011 tomou posse ministro Aldo Rebelo. O titular da Pasta presidiu a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007 e foi ministro de Relações Institucionais em 2004 e 2005, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fonte: www.canaldoensino.com.br O esporte no Brasil é praticado em muitas modalidades e é organizado por confederações nacionais de esportes, sendo a principal o Comitê Olímpico Brasileiro. O futebol é o mais praticado no país. Vários esportes nasceram no país, entre eles bete-ombro ou taco (modalidade simplista do críquete), peteca, sandboard, frescobol, Futebol de praia, futsal (versão oficial do futebol indoor), footsack, biribol, futetênis acquaride, e o futevôlei. Nas artes marciais, os brasileiros desenvolveram a capoeira, o vale-tudo, e o jiu-jitsu brasileiro. Outros esportes de considerável popularidade são: basquete, vôlei, automobilismo, judô e tênis. A prática amadora de esportes é muito popular e os clubes são os maiores promotores. Além das organizações privadas, https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_Ol%C3%ADmpico_Brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol https://pt.wikipedia.org/wiki/Bete-ombro https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADquete https://pt.wikipedia.org/wiki/Peteca https://pt.wikipedia.org/wiki/Sandboard https://pt.wikipedia.org/wiki/Frescobol https://pt.wikipedia.org/wiki/F https://pt.wikipedia.org/wiki/F https://pt.wikipedia.org/wiki/Futsal https://pt.wikipedia.org/wiki/Footsack https://pt.wikipedia.org/wiki/Biribol https://pt.wikipedia.org/wiki/Futet%C3%AAnis https://pt.wikipedia.org/wiki/Acquaride https://pt.wikipedia.org/wiki/Futev%C3%B4lei https://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale-tudo https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiu-jitsu_brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Basquete https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B4lei https://pt.wikipedia.org/wiki/Automobilismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Judo https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%AAnis https://pt.wikipedia.org/wiki/Clubes vários governos estaduais e municipais mantêm estruturas esportivas tanto para a prática amadora, na forma de lazer, quanto na organização profissional em estádios e outras estruturas. Nos últimos anos, as delegações que representam o país em competições como os Jogos Pan-americanos e os Jogos Olímpicos vêm melhorando seu desempenho. Em 2007, o Rio de Janeiro sediou a competição continental. Esta foi à segunda vez que o país recebeu o torneio. Na primeira oportunidade, a competição fora organizada em São Paulo, no ano de 1963. Em 2 de outubro de 2009, o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. É a primeira edição dos Jogos Olímpicos de Verão na América do Sul.PERSOLIDADE Fonte: www.blog.editoradraco.com Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de "conjunto das características https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Pan-americanos https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade) https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade) https://pt.wikipedia.org/wiki/1963 https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2016 https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2016 https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualidade marcantes de uma pessoa", de forma que se pode dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso, no entanto leva em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico aqui tratado. Fonte: www.ebah.com.br Para dar a resposta a esta questão estará a referir-se a um padrão mais ou menos estável de princípios e crenças que são seus, relacionados com sua maneira típica de pensar, sentir, e agir em função dos mesmos. Estes conjuntos de características a que nos referimos denominaram estilo de personalidade. Os estilos de personalidade, por sua vez, podem ser vistos como um conjunto de traços que se organizam de determinadas formas. Uma parte significativa do estudo da psicologia incide sobre a forma como estes traços de personalidade e as situações diárias se influenciam. Como simplificação absoluta vamos considerar que não existem determinados estilos de personalidade (nem traços…) melhores que os outros, assumindo que cada um deles tem as suas vantagens e desvantagens! Assim, todos nós nos poderemos rever mais ou menos num estilo de personalidade. Será que eu gosto de estar isolado das outras pessoas? Ou tenho medo https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum que me rejeitem e por isso evito contatos sociais? Sou muito indeciso e prefiro que outros escolham por mim? Ou acho que só as minhas decisões é que contam? Todos os traços de personalidade se organizam para constituírem a nossa estrutura ao longo da vida e nós vamos conseguindo ter as nossas relações íntimas, os nossos estudos, os nossos trabalhos, as nossas conquistas. Fonte: www.image.slidesharecdn.com Existe, naturalmente, uma dúvida que se impõe neste contexto: se todos têm estilos de personalidade, então o que são perturbações de personalidade? Os traços de personalidade mencionados podem, algumas vezes, tornarem-se vos desadaptai, inflexíveis e a pessoa começa a sentir prejuízo no seu dia-a-dia devido às consequências negativas da sua interação com os outros e com o mundo. É importante perceber que uma pessoa pode apresentar traços de Personalidade Dependente, por exemplo, mas isso não constituir uma perturbação de personalidade. Tal só acontece, quando esses traços ocasionam que a mesma pessoa deixe de conseguir funcionar adequadamente, e sinta que é tão desajustada que não consegue realizar nada comparando com o que os outros realizam. Na comunidade clínica existe alguma controvérsia sobre o que é uma estrutura de personalidade funcional ou disfuncional, mas a questão mais consensual resume-se ao conceito de flexibilidade adaptativa. Fonte: www.ipco.org.br No fundo, uma perturbação de personalidade pressupõe que os traços que a pessoa apresenta tiveram boas razões para se irem estruturando ao longo da vida, mas, quando num dado momento se exige que essa estrutura se adapte aos outros e ao mundo, ela não apresenta a flexibilidade necessária para fazê-lo. Igualmente, a regulação da satisfação das necessidades psicológicas constitui um ponto fulcral na organização da nossa personalidade. Se a nossa personalidade não nos permite agir para uma eficaz regulação, então algumas necessidades começarão a ficar insatisfeitas. Repare na necessidade que todos temos de estima à verdade é que todos também temos necessidade de crítica. Se não satisfizermos esta necessidade de crítica e a única satisfação obtida for de estima, acaba por ser natural que nos comecemos a achar acima de tudo e todos! Já ouviu falar em personalidades narcísicas? Posto isto, pedimos-lhe que se de tenha alguns instantes sobre este pequeno teste de perturbações de personalidade. Não constitui um instrumento clínico de diagnóstico, mas sim um instrumento que lhe permita aferir sobre a possibilidade de ter uma potencial perturbação que possa estar a ter um impacto negativo na sua vida. Já sabe que a perturbação de personalidade se baseia num conjunto de traços que, combinados entre si, estão a afetar negativamente a sua vida. Têm um largo conjunto de causas e algumas perturbações têm tratamento mais fácil do que outras. Fonte: www.3.fotos.web.sapo.io Dois superfatores de personalidade: Introversão – Extroversão. Instabilidade emocional – Estabilidade emocional. TRÊS NIVEIS DA PERSONALIDADE: Comportamento social – estrutura externa e dinâmica da personalidade. Resposta Típica – maneira como aprendemos a nos adaptar ao meio. Núcleo Psicológico – estrutura intensa e constante da personalidade. Individualização x Socialização. INDIVIDUALIZAÇÃO – é o processo de desenvolvimento da autodeterminação do indivíduo, que objetiva uma diferenciação e amadurecimento da personalidade de forma autônoma. SOCIALIZAÇÃO – é o processo pelo qual a pessoa adquire capacidades sociais, como a percepção social, o idioma, motivos, atitudes sociais, integração, interação e comunicação social que lhe permitem agir adequadamente em situações sociais. Fonte: www.image.slidesharecdn.com RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E PERSONALIDADE. Hipótese de seleção: esporte é considerado um fator de seleção. Pessoas com determinadas estruturas de personalidade se interessam por modalidades esportivas específicas. Hipótese de socialização: A atividade esportiva influencia a personalidade e o seu desenvolvimento de uma forma específica. Hipótese de interação: Os processos de seleção e de socialização influenciam-se de forma recíproca. Fonte: www.image.slidesharecdn.com Personalidade do Esportista. Os esportistas têm as seguintes características de personalidade: São motivados para o rendimento e revelam uma tendência para estabelecer metas exigentes e realistas para si e para os demais. São organizados e disciplinados, com grande disposição para liderança e comunicação. Dispõem de uma elevada capacidade de autoconfiança, resistência psíquica, controle emocional e tendência de comportamento agressivo. Os esportistas com “problemas” apresentam as seguintes características: Comportamentos neuróticos como ansiedade, medo do fracasso, tendência para atitude depressiva, sensibilidade exagerada diante do insucesso ou crítica externa. Eysenck (1982) os esportistas de alto nível apresentam valores inferiores de neurose do que esportistas de nível médio. Fonte: www.image.slidesharecdn.com Ogilvie e Tukto (1971) o esporte de alto nível pode produzir “carreiras esportistas fracassadas” e “atletas com problemas”, alto nível de ansiedade e sensibilidade emocional exagerada. Sack (1982) os esportistas de elite são mais extrovertidos, dominantes, otimistas, comunicativos, orientados para o rendimento e sucesso. Singer e Janelle (1999) destacam as seguintes características psicológicas dos atletas de alto nível: Possuem mais conhecimentos específicos sobretarefas esportivas; Usam melhor as informações disponíveis; Usam e processam de forma mais eficiente as informações; Detectam e identificam visualmente de forma mais rápida e precisa os objetos relevantes; Processam melhor informações situacionais; Tomam decisões de maneira mais rápida e apropriada. Fonte: www.image.slidesharecdn.com O desempenho de atletas de alto nível caracteriza-se pela combinação de muitos fatores, dos quais se destacam a preparação física, a preparação técnico/tática e a preparação psicológica. A preparação psicológica é um instrumental eficiente para trabalhar o atleta, em nível psíquico, para o enfrentamento de situações estressantes do ambiente esportivo e utilizar dessa estrutura pessoal para a obtenção de seu potencial máximo na competição. Ela pode incluir modificação de processos e estados psíquicos como pensamento, motivação, emoção, percepção e estados de humor, componentes das bases psíquicas da regulação do movimento. O tipo de treinamento psicológico que é utilizado no esporte varia muito e as habilidades mentais e atributos psicológicos que geralmente são trabalhados com atletas de alto rendimento são: aumento de autoconfiança, atenção e concentração, organização de objetivos, autocontrole da ativação e relaxamento, utilização de visualização e imagem, estratégias de rotinas e competitividade, elevação de motivação e comprometimento. Fonte: www.images.slideplayer.com.br Os aspectos psicológicos são, sem dúvida, um dos principais componentes da preparação do atleta de alto rendimento e eles abrangem uma série de fatores que, combinados, podem influenciar negativa ou positivamente no seu desempenho. Este estudo teve como objetivo identificar os aspectos psicológicos da personalidade e da motivação que influenciam diretamente o comportamento de atletas de alto rendimento. Para um melhor entendimento sobre o tema estudado foram levantados conceitos e considerações a respeito de personalidade e motivação e suas influências no comportamento do indivíduo participante do meio esportivo. À medida que se analisam os acontecimentos que envolvem a ação esportiva existem uma tendência em olhá-la como um resultado de planejamento racional e raciocínio consciente na direção de um objetivo. A ação pode ser definida como um comportamento consciente e dirigido a um objetivo, portanto, possui razões e efeitos cognitivos. O que regula o comportamento é justamente o pensamento, e quando não tem essa regulação cognitiva, ele é considerado perturbador e não planejado, e o que acompanha o processo do raciocínio são as ocorrências emocionais (sentimentos) que também são atuantes sobre o comportamento. A relação pensamento-sentimento-ação no esporte é evidente e marcante, e qualquer problema que ocorra tanto a nível cognitivo quanto a nível emocional terá consequências no comportamento do atleta. Normalmente observam-se dificuldades cognitivas, justamente no que diz respeito a um planejamento racional de ações, e também com relação à forma de lidar com o fator emocional, com as emoções que surgem no decorrer das competições. Fonte: www.daquidali.com.br A fim de corrigir o comportamento e melhorar a personalidade, é preciso saber inicialmente quem cada ser humano realmente é. Eric Berne, criador da Análise Transacional, formulou conceitos que auxiliam a retratar e a ter uma visão do modo de agir de cada indivíduo. Para KERTESZ (1987), seguidor da teoria de Eric Berne, comportamento se define como: “o que se sente, pensa, diz e faz”. O que se pensa e sente é o comportamento subjetivo, interior, e o que se diz e faz é o comportamento objetivo, exterior, observável. “Através da observação do comportamento objetivo se torna possível grande parte da compreensão do comportamento subjetivo, que, por ser interno, não é acessível diretamente aos nossos sentidos”. A personalidade "é o modo habitual pelo qual o indivíduo pensa, sente, fala e atua para satisfazer suas necessidades no meio físico e social." Para BERNE (1957, citado por KERTESZ, 1987, p. 27) ela é formada pelos estados de ego Pai, Adulto e Criança. Como estado de ego compreende-se "um sistema de emoções e pensamentos, que segue determinados padrões de comportamento”. Fonte: www.slideplayer.com.br O estado de ego Pai contém normas, valores e modelos de conduta dos pais ou substitutos. O estado de ego Adulto está dirigido para uma avaliação objetiva da realidade, recebe informações internas e externas, analisa-as e toma as decisões. O estado de ego Criança é o primeiro a existir e apresenta os conteúdos da primeira infância e é nele que se incluem as emoções, desejos, criatividade e intuição. O ser humano que está em equilíbrio com os seus estados de ego e possui uma posição básica de autoestima, terá um comportamento ajustado ao meio social e caso isso não se dê, o comportamento irá refletir repetidamente a imaturidade, ressentimentos e preconceitos dessa pessoa. As diferenças individuais entre esportistas são óbvias e são elas que refletem a personalidade e, não só se reconhecem estas diferenças individuais existentes no esporte, como se avalia informalmente a personalidade quando se julgam oponentes ou se avaliam as próprias forças e fraquezas. Estas determinações de personalidade afetam o comportamento no esporte. A personalidade pode ser descrita como a soma total ou padrão global de características e tendências. Fonte: www.images.slideplayer.com.br Num estudo realizado por OGILVIE e TUTKO (1971) esportistas são caracterizados por alguns traços de personalidade: Motivados para o rendimento e colocam-se a si e a outras pessoas objetivos elevados, porém realistas; Ordenados e disciplinados, dispostos para a liderança e respeito às autoridades; Elevada capacidade de autoconfiança, resistência psíquica, autodomínio, baixo nível de ansiedade e alta capacidade para ter comportamentos agressivos. Neste mesmo estudo foram encontrados esportistas com problemas, apresentando características de comportamentos neuróticos como: super-ansiedade, receio do sucesso, tendência a atitudes depressivas, sensibilidade exacerbada em relação ao insucesso ou crítica externa. Fonte: www.1.bp.blogspot.com No que diz respeito à motivação, ela se caracteriza por um processo ativo, que é dirigido a uma meta, e depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos). Portanto, baseada neste modelo, a motivação tem um determinante energético (nível de ativação) e um determinante de direção do comportamento (intenções, interesses, motivos e metas). Existem muitas motivações para os atletas, cada uma é influenciada pela combinação de muitas do passado: Dinheiro: Isto é um bom motivador precoce na carreira, principalmente se tem que ajudar a família; Ego: Existe uma necessidade de sentir-se importante, e a maior de nossas necessidades é satisfazer o ego; Coleguismo: É bom se sentir pertencendo a um grupo; Expectativas: Vivem de acordo com as expectativas dos outros; Realização: Alguns atletas têm a necessidade de ter coisas para fazer; Excelência: Necessidade de se superar; Amor ao jogo: Alguns amam o que fazem. A motivação de cada desportista é passível de mudança, a partir do momento que haja mudança de interesses, necessidades, motivos; em todo o processo que está implicado na motivação, o atleta não precisa manter-se apegado a influências de motivações passadas. ESPORTE Fonte: www.3.bp.blogspot.com Se alguém perguntasse a você “o que é esporte?”, o que você responderia? Você já parou para pensar sobre quais esportes já vivenciou na sua escola? Bem, esses são alguns pontos sobre os quais pretendemos fazer você refletir. O termoesporte se refere a qualquer tipo de prática que esteja vinculada a Federações e Confederações, cujo papel é o de regulamentar as regras dessa prática. Isso significa que as regras de um esporte são fixas e nunca podem ser modificadas durante um campeonato. Aliás, esse é outro objetivo das federações: organizar campeonatos, cujos campeões sempre têm em vista o prêmio, que pode ser dinheiro, medalhas ou troféus, por exemplo. Dessa explicação podemos extrair quatro características que são fundamentais para dizer se determinada prática é um esporte: Ter regras fixas; A subordinação dessa prática a algum órgão oficial; É uma atividade competitiva; O atleta está sempre em busca de um tipo de recompensa maior do que o prazer de praticar o esporte: ele é um profissional que ganha à vida (ou pretende ganhar, no caso de atleta amador) por meio do esporte, seja com patrocínio ou com os prêmios dados nas competições. Fonte: www.crismenegon.com.br Fica fácil entender, então, porque a fórmula 1 ou o xadrez são considerados tipos de esporte, ao lado do voleibol ou da natação. Geralmente, nós associamos a ideia de esporte a qualquer prática de atividade física, o que não é verdade. O fato de você jogar frescobol na praia, ou de a sua mãe caminhar todos os dias de manhã, não faz nem de você e nem de sua mãe, atletas. Vocês são, sim, praticantes de atividade física. A essa altura, você já deve ter entendido que atividade física é qualquer tipo de atividade com o corpo que vise o bem-estar e/ou a saúde. É preciso lembrar que para que uma atividade física tenha como finalidade a manutenção da saúde, ela deve ser praticada moderadamente e com regularidade de, no mínimo, 3 vezes por semana. A partir dessa ideia sobre o que é esporte, você deve estar se perguntando: “o basquete que eu jogo na escola, então, não é esporte?”. Essa é uma pergunta interessante, até porque, a prática esportiva dentro da escola não é novidade. Muitas escolas, principalmente as particulares, mantêm equipes de treinamento, cujos atletas são seus alguns de seus alunos. Essas equipes são formadas para disputar campeonatos interescolares, cuja finalidade é o ganho de troféu para a escola. Além dessa prática mais explícita de esporte, também há a vivência esportiva nas aulas de Educação Física. Fonte: www.petrobras.com O esporte é um dos muitos conteúdos que o professor deve trabalhar nas aulas de Educação Física, como mostram os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Porém, existe uma discussão entre os especialistas dessa área, que afirmam que o esporte deve ser trabalhado de uma forma adaptada na escola. Isso significa que vocês, alunos, podem mudar as regras do jogo, quando todos os participantes da atividade estiverem de acordo; significa também que quando o esporte é apresentado na escola, não precisa ser necessariamente competitivo; e mais que isso: nas aulas de Educação Física não tem medalha! O que importa é aprender e se divertir! É por esses motivos que Valter Bracht, no seu livro “Aprendizagem social e Educação Física”, denomina essa prática de “esporte da escola”, já que o objetivo é que o aluno vivencie as práticas esportivas visando o prazer e não a competição. É por isso que o basquete da sua aula é sim um esporte, mas é um esporte apropriado para ser trabalhado de acordo com objetivos educacionais. Outra coisa importante é a de que é papel do professor propor também esportes menos comuns como conteúdo de suas aulas. Portanto, se o seu professor propuser uma aula diferente como esgrima, capoeira ou ginástica artística, ao invés do futebol ou do voleibol de sempre, não reclame! Tenha em mente que a aula de Educação Física é o momento de experimentar coisas novas. Fonte: www.esporte.gov.br O desporto conhecido como é hoje, ou o Desporto Moderno, toma forma nas escolas da Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo, pode ser considerado um fenômeno da modernidade, uma vez que a sua criação relaciona‐se diretamente com a industrialização, a urbanização e o desenvolvimento da ciência ‐ todos os acontecimentos do século XIX, na Europa. Cercados pela ideologia capitalista, a qual prega a ordem, o racionalismo, a competição e a iniciativa individual, os alunos das escolas inglesas desenvolvem um novo formato para os jogos populares de então, dando origem ao Esporte. Surgem os campeonatos entre as escolas, os clubes e depois as confederações, instrumentos que paulatinamente vão legitimando a prática desportiva. Após a consolidação do capitalismo e sua dispersão por todo o mundo, a instituição desportiva, antes restrita ao mundo europeu, vai ganhando espaço nos outros continentes. Fonte: www.2.bp.blogspot.com Seguindo a mesma lógica da voracidade capitalista, o Esporte imiscui‐se às culturas e toma o espaço de práticas populares, veiculando a ideologia capitalista mundialmente. Um exemplo é a história do Futebol, que era muito jogado nas escolas públicas inglesas, mas sem possibilidades de intercâmbio entre os alunos porque em cada escola era jogado de uma forma, com regras diferentes. Uma das características mais marcantes era a violência nesses jogos. O professor Thomas Arnold, diretor de uma escola pública inglesa, propôs que os jogos fossem realizados de modo que eles tivessem um caráter mais educativo, com regras que eliminariam as formas mais violentas de jogar e criariam possibilidades de intercâmbio entre as diferentes escolas. Assim, ao definirem as regras do Futebol, houve um impasse: algumas pessoas queriam que ele pudesse ser jogado com as mãos e com os pés e outras pessoas preferiam que fosse jogado apenas com os pés. Como não houve um consenso, o Futebol primitivo inglês deu origem a dois esportes: o Futebol, jogado com os pés e menos violento, e o Rugby, jogado com pés e mãos e mais violento. Fonte: www.esporte.gov.br Naquele tempo, o domínio político e econômico da Inglaterra contribuiu para a difusão internacional do esporte a partir do comércio, da indústria, do transporte ferroviário e marítimo. Esse jeito novo de tratar os jogos foi o que deu origem ao chamado “esporte moderno”. O processo de transição de jogos e passatempos para esportes ocorreu no mesmo contexto da formação do parlamento inglês, no qual a sociedade expressava seu descontentamento com a violência naqueles dias, na Inglaterra. O esporte passou a ser valorizado como uma alternativa para a população dominar suas emoções. Apesar disso, nem tudo passou a acontecer em harmonia entre as pessoas no esporte. Sua prática gerou outros tipos de violência, não somente a física, mas também a exclusão dos mais fracos e os privilégios dos mais habilidosos. A capacidade, creditada ao esporte, de desenvolver normas de comportamento em seus praticantes e valores adequados ao exercício da civilidade, própria para a vivência da ordem social que se desenvolvia e consolidava naquele momento, foi o que legitimou socialmente, em um primeiro momento, a sua prática na sociedade inglesa e nos outros países onde se difundiu. Fonte: www. s.123rf.com O conceito de civilidade1 acompanha o esporte desde o seu surgimento. A civilidade no esporte diz respeito à maneira como comportamos frente às outras pessoas e à própria sociedade, quando vivenciamos, praticamos ou assistimos ao esporte. Alguns exemplos de falta de civilidade no esporte são a agressão aos atletas e árbitros, a invasão do campo pela torcida e a briga entre torcedores de times diferentes. Mesmo que o esporte tenha como uma das suas principais características a adoção de regras aceitas por todas as formas como as pessoas jogam podem variar de lugar para lugar e de grupo para grupo. Apesar de as regras definirem que as pessoas têm que jogar com as mesmasnormas, elas abrem possibilidades de cada um escolher como alcançar os objetivos e enfrentar os desafios de cada modalidade esportiva. Por exemplo, os brasileiros são conhecidos por jogarem Futebol com muita descontração, alegria e arte. Os alemães, por sua vez, são muitas vezes destacados por jogarem esse mesmo esporte com sisudez e maior rigidez nas regras e técnicas. Fonte: www.thumbs.dreamstime.com Podem‐se notar duas ações associadas à expansão do esporte contemporâneo, a massificação e a democratização do esporte. Com a massificação, o esporte, que tem origem nos jogos produzidos pelo povo e no lazer voluntário, retorna ao povo como espetáculo para consumo. O sentido da massificação é direcionado ao crescimento de espectadores e consumidores num mercado de bens, serviços e entretenimento. A democratização surge a partir da preocupação em disponibilizar a prática esportiva para o maior número de pessoas possível, seja através de políticas públicas ou de ações privadas. Surge nesse panorama o esporte‐ espetáculo comercial, que é o resultado da descoberta de que o esporte pode ser um produto rentável, a partir da relação deste com os meios de comunicação. O esporte‐espetáculo tem três traços mais elementares: Competições esportivas organizadas por ligas ou federações que reúnem atletas submetidos a esquemas intensivos de treinamento (no caso de modalidades coletivas, a disputa envolve equipes formalmente constituídas); As competições esportivas tornaram‐se espetáculos veiculados e reportados pelos meios de comunicação de massa e são apreciados no tempo de lazer do espectador; A espetacularização motivou a introdução de relações mercantis no campo esportivo, seja porque conduziu ao assalariamento de atletas, seja em razão dos eventos esportivos apresentados como entretenimento de massa passaram a ser financiados através da comercialização do espetáculo. Fonte: www.admin.paginaoficial1.tempsite.ws O Brasil é reconhecido no mundo, especialmente, por sua paixão pelo esporte. Nosso País é sempre lembrado no exterior por nosso entusiasmo nas competições esportivas. O jeito de ser brasileiro está muito relacionado ao esporte. Podemos ver isso em tempos de Copa do Mundo de Futebol, Olimpíadas, Jogos Pan‐americanos e grandes vitórias do Voleibol, Basquetebol e outras modalidades. O País, muitas vezes, se esquece de suas dificuldades para festejar grandes vitórias ou chorar derrotas inesperadas. Atualmente é comum ouvir‐se falar, através dos meios de comunicação social de casos de violência no desporto. Por inúmeras razões o desporto, que deveria ser uma forma de divertimento e competição justa, perde esse estatuto e atinge outro patamar: a violência, a agressividade, a indignação, a raiva, etc. Embora muitas pessoas associem violência desportiva a futebol, a realidade é que há violência em todos os desportos. ASPECTOS PSICOLÓGICOS INERENTES À INICIAÇÃO E AO TREINAMENTO ESPORTIVO Fonte: www.colegiocil.com.br A especialização precoce é o termo utilizado para expressar o processo pelo qual crianças tornam-se especializadas em um determinado esporte mais cedo do que a idade apropriada para tal. A partir da problemática exposta é que se propõe este estudo bibliográfico. A questão principal aqui discutida não é desfazer a importância do fenômeno esporte na vida da criança, mas questionar a forma como ele vem sendo pedagogicamente conduzido dentro da iniciação esportiva, desconsiderando a complexidade desse sistema. A especialização precoce é entendida por Kunz (1994) como um processo que acontece quando crianças são introduzidas antes da fase pubertária a um treinamento planejado e organizado em longo prazo, e que se efetiva em um mínimo de três sessões semanais, com o objetivo do gradual aumento do rendimento, além, de participação periódica em competições esportivas. Fonte: www.colegiocil.com.br Essa temática tem sido estudada há algum tempo. Alguns estudiosos criticam e outros defendem o programa de esportes organizados para crianças. Nos estudos de Piaget (1980), o autor afirma que a criança, em um ambiente competitivo precoce, confunde as regras com objetivos por causa do seu realismo e por seu egocentrismo. Defende ainda, que o esporte coletivo exerce fascínio nas crianças muito mais pelo prazer da atividade (vivência) e pela coletividade do que pela competição. Contrapondo-se a esta ideia, Santana (2002) procura inter-relacionar a pedagogia do esporte e o pensamento complexo com a iniciação esportiva. O autor considera que a pedagogia do esporte tradicional resume suas intervenções no campo da racionalidade, deixando à margem do processo dimensões humanas sensíveis, como afetividade, sociabilidade, moralidade, e que, do pensamento racional, resultam atitudes pedagógicas como supervalorização da competição, aprimoramento precoce das habilidades técnicas e táticas, composição precoce de equipes competitivas, entre outras. A partir da problemática exposta, torna-se necessária a realização deste estudo bibliográfico, em virtude da complexidade do tema e, sobretudo, pela divergência de ideias e bases teóricas que o sustentam. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é “analisar o estado da arte da produção científica referente à temática iniciação esportiva e especialização precoce, demonstrando a necessidade de aproximação com a pedagogia do esporte e a complexidade”. Fonte: www.2.bp.blogspot.com Este artigo inicialmente apresenta algumas definições de iniciação esportiva e especialização precoce. Em seguida relata as relações entre a complexidade e a iniciação esportiva, já que esta contempla várias unidades em um sistema dinâmico que está em constante movimento. É importante deixar claro que o objetivo não é contrapor a importância do fenômeno esporte na vida da criança, mas questionar a forma como ele, pedagogicamente, vem sendo conduzido dentro da iniciação esportiva, sem considerar toda a complexidade desse sistema. Os estudos sobre a iniciação esportiva não são recentes. Nesta perspectiva, Almeida (2005) diz que na década de 1970 encontra-se vasta bibliografia de autores estrangeiros sobre o assunto e, na década de 1980, essa preocupação passa a ser também dos autores nacionais. O termo iniciação esportiva é conhecido mundialmente como um processo cronológico no transcurso do qual um sujeito toma contato com novas experiências regradas sobre uma atividade físico-esportiva. Tradicionalmente, a iniciação esportiva é o período no qual a criança começa a aprender, de forma específica, a prática de um ou vários esportes. Santana (2005) acrescenta que a iniciação esportiva é marcada pela prática regular e orientada de uma ou mais modalidades esportivas, e o objetivo imediato é dar continuidade ao desenvolvimento da criança de forma integral, não implicando em competições regulares. Fonte: www.efdeportes.com A partir do que os autores disseram anteriormente, pode-se entender que a iniciação esportiva é o período em que a criança começa a aprender, de forma específica e planejada, a prática esportiva. Contudo, é necessário que se conheçam e respeitem suas características para que ela não seja transformada em um mini adulto. Almeida (2005) defende que a iniciação esportiva deve ser dividida em três estágios. O primeiro deles, chamado de iniciação desportiva propriamente dita, ocorre entre oito e nove anos. Nessa fase, o objetivo do treinamento é a aquisição de habilidades motoras e destrezas específicas e globais, realizadas através de formas básicas de movimentos e de jogos pré-desportivos. De acordo com o autor, nessa faixa etária, a criança encontra-se apta para a aprendizagem inicial dos esportes, contudo, ainda não está apta para o esporte coletivode competição. Entende-se, assim, que o esporte coletivo atrai as crianças muito mais pelo prazer da atividade em si do que pela própria competitividade. Fonte: www.educacaofisica.com.br O professor que percebe como é o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças dessa faixa etária tem a possibilidade de planejar o seu trabalho de forma a torná-lo interessante e motivador, baseado em atividades lúdicas e recreativas, na busca de um aprendizado objetivo, eficiente e pouco monótono. O ideal, nessa fase, é oferecer um grande número de oportunidades para o desenvolvimento das mais variadas formas de habilidades à criança, instrumentalizando-a com atividades motoras que poderão ser utilizadas em diversos esportes coletivos. Entre 10 e 11 anos de idade, fase do aperfeiçoamento desportivo, a criança já experimenta e participa plenamente de ações baseadas na cooperação e colaboração. Neste caso, o jogo assume um aspecto sócio desportivo, em que seus participantes interagem desempenhando um papel definido a ser cumprido. O objetivo dessa etapa é introduzir os elementos técnicos fundamentais, táticas gerais e regras através de jogos educativos e contestes e atividades esportivas com regras. Para o autor, essa é considerada uma excelente faixa etária para o aprendizado. Assim, as atividades físicas esportivas a serem oferecidas nessa faixa etária devem ter o intuito de ampliar o repertório de movimentos dos fundamentos básicos dos diversos esportes e, também, instrumentalizar as crianças com elementos psicossociais que permitam a socialização e as ações cooperativas através de jogos e brincadeiras. Fonte: www.primeliferesidencial.com.br Na terceira e última etapa proposta por Almeida (2005), chamada de introdução ao treinamento, à criança entre 12 e 13 anos alcança um significativo desenvolvimento da sua capacidade intelectual e física. Assim, o objetivo dessa fase é o aperfeiçoamento das técnicas individuais, dos sistemas táticos, além da aquisição das qualidades físicas necessárias para a prática do desporto. As atividades físicas esportivas a serem oferecidas para atender as necessidades dessa faixa etária devem visar ao aperfeiçoamento das qualidades físicas, às técnicas individuais e às táticas (individuais e coletivas) dos diversos desportos, através de preparação física e de práticas esportivas (jogos), nas quais a ação do professor oferece oportunidade para o desenvolvimento corporal e para a melhoria do desempenho individual dos alunos. O professor, enquanto adulto e profissional, tem a responsabilidade de criar, através de atividades adequadas e diversificadas (motivadoras), condições que possibilitem às crianças e jovens uma aprendizagem individualizada, dentro do grupo, permitindo-lhes solucionar conflitos em coletividade. Já preconizam que a iniciação esportiva da criança deve obedecer a duas fases distintas: geral e especializada. Na iniciação geral, dos dois aos 12 anos de idade, o objetivo maior é a formação, a preparação do organismo e esforços posteriores, o desenvolvimento das qualidades físicas básicas e o contato com os fundamentos das diversas modalidades. Não deve haver uma preocupação centralizada na competição esportiva. Na fase seguinte, entre 12 e 14 anos, o adolescente é orientado para a especialização esportiva. Fonte: www.psico.srv.br Uma questão bastante discutida e refletida nos meios acadêmicos é a especialização esportiva precoce, realizada através da proposição de atividades esportivas competitivas que, via de regra, é precedida de rigorosos comportamentos inadequados ao desenvolvimento infantil com o objetivo do máximo desempenho esportivo. Com a mesma concepção de Kunz (1994), Barbanti diz que especialização precoce é o termo utilizado para expressar o processo pelo qual crianças tornam-se especializadas em um determinado esporte, mas numa idade não apropriada para tal. A prática especializada das habilidades de um determinado esporte, sem a prática das atividades motoras, quase sempre traz como consequência o abandono prematuro da prática esportiva. Fonte: www.blog.clickgratis.com.br Já Marques esclarece que a especialização esportiva caracteriza-se por cargas de treinos muito intensos, que promovem rápidos desenvolvimentos da prestação desportiva nas fases iniciais, mas que levam a um esgotamento prematuro da capacidade de rendimento, promovendo aquilo que se designa por barreiras de desenvolvimento. Para Añó (1997), a especialização precoce define a prática intensa, sistematizada e regular de crianças e jovens antes das idades consideradas normais, como resultado da aplicação de sistemas de treinos não adequados, ou a utilização literal dos sistemas de treinos dos adultos em crianças ou jovens. Em consonância, Incarbone explica que especialização precoce implica em competições regulares, desenvolvimento de capacidades físicas, habilidades técnicas e táticas, onde o objetivo é a performance. As possíveis consequências de se especializar a criança precocemente estão diretamente ligadas ao fato de se adotar, por longo período de tempo, uma metodologia incompatível com as características, interesses e necessidades dela. Logo, os possíveis efeitos podem não se manifestar diretamente, mas no decorrer de temporadas. A iniciação esportiva é um marco na vida do ser humano. Moreira (2003) diz que dependendo desse primeiro contato, um simples empurrão na piscina, por exemplo, pode levar a traumas, assim como uma base motora construída satisfatoriamente pode gerar segurança. Porém, para que os benefícios aconteçam, esta tem que ser realizada levando em consideração a fase de desenvolvimento do iniciante, pois se deve respeitar a necessidade de experiências para a maturação somática e ainda tomar cuidado com traumas e/ou impactos longitudinais nos membros da criança que está em crescimento. Assim, pode-se dizer que o esporte na infância é um fenômeno muito complexo, que não pode ser reduzido a um pensamento simplista, como a tradicional seleção esportiva e a tradicional eleição de um modelo ideal de atleta. Segundo Balbino, o processo de treinamento para crianças e jovens, quando realizado e conduzido de forma adequada, pode trazer benefícios, por meio das práticas de iniciação e formação esportiva, sendo o esporte em sua forma essencialmente educativo. A iniciação deve possibilitar estímulos diversificados tanto em nível de ambiente quanto no tocante aos movimentos diversificados, em contraposição à especialização precoce que não é necessária na vida da criança. E isso aproxima, cada vez mais, da perspectiva da complexidade. No entanto, a confusão está no entendimento e na diferenciação de iniciação esportiva e especialização esportiva precoce, sendo a primeira importante desde a mais tenra idade e a segunda, no mínimo, duvidosa quanto à sua eficiência. Assim, o futuro esportivo da criança depende, em grande parte, desse entendimento para o êxito na sua vida. O pensamento simplista e reducionista que permeia hoje a iniciação esportiva deve ser imediatamente superado. A iniciação da criança nas atividades esportivas deve ser observada com muito critério e muito cuidado, para que a prática esportiva não valorize apenas os resultados atléticos, desconsiderando os fatores educacionais advindos da prática esportiva. A primazia da iniciação esportiva não está nas habilidades específicas e sim na amplitude de possibilidades de estímulos para o desenvolvimento e crescimento físico, fisiológico, desenvolvimento motor, aprendizagem motora, desenvolvimento cognitivo e afetivo-social. Fonte: www.gestaoesporte.com.br O pensamento simplista e reducionista que permeia hoje a iniciação esportiva deve ser imediatamente superado. A iniciação da criança nas atividades esportivas deve ser observada com muitocritério e muito cuidado, para que a prática esportiva não valorize apenas os resultados atléticos, desconsiderando os fatores educacionais advindos da prática esportiva. A primazia da iniciação esportiva não está nas habilidades específicas e sim na amplitude de possibilidades de estímulos para o desenvolvimento e crescimento físico, fisiológico, desenvolvimento motor, aprendizagem motora, desenvolvimento cognitivo e afetivo-social. Essa maneira de pensar alimenta a crença de que o esporte obedece a um processo linear de desenvolvimento, ou seja, existe uma gênese em que há um ponto de partida e outro de chegada − o ideal de atleta pretendido. Por consequência, define as tarefas dos professores e das crianças esportistas: para os primeiros basta que selecionem as segundas e implementem procedimentos pedagógicos que deem conta de capacitá-las nas diferentes etapas de treinamento. Às crianças basta que se submetam às exigências preestabelecidas em cada etapa do treinamento. O autor ainda salienta que não se trata de excluir, da iniciação esportiva, as áreas de conhecimento que se encarregam de clarificar, por exemplo, os estágios de desenvolvimento motor, os períodos indicados param se desenvolver as diferentes capacidades, a melhor fase para aprender as habilidades motoras, as implicações maturacionais e fisiológicas. Tampouco de excluir o surgimento de crianças talentosas ou de desconsiderar o fato de que as equipes de base contêm possíveis crianças que chegarão ao esporte profissional. Trata-se de pontuar que não dá para reduzir a ação do pedagogo esportivo apenas à consideração e consecução desses e de outros fatores racionais. Tibola (2001) defende que nas várias fases do desenvolvimento, a motricidade, a afetividade, a sociabilidade e a inteligência passam por modificações e apresentam características diferenciadas em cada momento. O que difere de pessoa para pessoa é a intensidade rítmica desse desenvolvimento. O desenvolvimento físico, sem dúvida alguma, é importante, mas é tanto quanto os aspectos sociais, psicológicos e culturais, cabendo ao profissional de Educação Física trabalhar todos esses aspectos no que se refere à iniciação esportiva, pois através disso, pode-se considerar e formar o indivíduo de uma maneira global e complexa. O conhecimento que necessita se tiver domínio refere-se a uma visão abrangente do ser humano nos aspectos afetivo, cognitivo e motor, uma visão clara sobre os limites e possibilidades de sua área. Quanto ao domínio cognitivo, Alves (2004) o considera referente à aquisição de conhecimentos básicos de anatomia e fisiologia humanas, noções de biomecânica, bem como aspectos básicos do desenvolvimento das variáveis de aptidão física que os capacite à prática de atividades físicas de forma eficaz e segura. Ainda nesse domínio, a aquisição de informações a respeito da evolução histórica e do significado que as atividades motoras assumem em diferentes épocas, culturas e níveis sociais, fornecendo à criança um sentimento de capacidade no sentido de reproduzir, modificar e/ou criar atividades que julgar adequadas às suas necessidades biopsicossociais, bem como desenvolvendo o respeito pela heterogeneidade presente no multiculturalismo brasileiro. Quanto ao domínio afetivo-social, destacam-se os estudos de Alves (2004). Para ele, a afetividade é o território dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transita medo, sofrimento, interesse, alegria. A afetividade não pode ser negligenciada, já que esta conduz ritmo à expressão corporal. Fonte: www.gestaoesporte.com.br As características individuais e as vivências anteriores do aluno ao deparar com cada situação constituem o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem da prática esportiva. As formas de compreender e relacionar-se com o próprio corpo, com o espaço e os objetos, com os outros, a presença de deficiências físicas e perceptivas, configuram um aluno real e não virtual, um indivíduo com características próprias, que pode ter mais facilidade para aprender uma ou outra coisa. O êxito e o fracasso devem ser dimensionados, tendo como referência os avanços realizados pela criança em relação ao seu próprio processo de aprendizagem e não por uma expectativa de desempenho predeterminada. No aspecto social, a iniciação esportiva pode ajudar a criança a estabelecer relações com as pessoas e com o mundo; no aspecto filosófico, pode ajudá-la a questionar e compreender o mundo; no aspecto biológico, conhecer, utilizar e dominar o seu corpo; no aspecto intelectual, auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo. Ainda sobre o domínio social, com base na teoria da aprendizagem social, propõe Rappaport que as experiências, diretas do sujeito e as observadas em outras pessoas, determinam a gama de comportamentos disponível no repertório de um dado organismo. Assim, uma aula de Educação Física ou um treino desportivo, pode ser percebido como um microssistema que apresenta diversas variáveis de ordens psicossociais inerentes ao desenvolvimento afetivo-social e, portanto, extremamente complexo. Fonte: www.blog.clickgratis.com.br A partir dos diferentes discursos, podem-se evidenciar alguns fatores a favor da iniciação esportiva. Primeiro, existe uma divisão etária orientando a iniciação esportiva da criança, o que implica, por parte do professor, estabelecer objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação diferenciadas. Significa dizer que não se deve dar a uma criança de seis, sete anos, o mesmo tratamento e treinamento que se daria a um adolescente. Segundo, fica bem claro nas abordagens que há uma fase antecedendo a outra – a geral antecede a especializada. Subentende-se que qualquer violação a essa postura científica adotada pelos autores é, no mínimo, passível de questionamento. E, por último, não se enfatiza, na iniciação, a busca da especialização esportiva e da excessiva competitividade como fatores determinantes para rendimento e avaliação. Fatores estes evidenciados, posteriormente, na fase de especialização. Apesar da especialização não ser visada precocemente, é importante observar que essa divisão por idades reduz a iniciação esportiva a uma visão que a simplifica apenas do ponto de vista orgânico e motor. A criança também deve ser respeitada intelectual, social e emocionalmente. Nessa direção, o professor deve levar em consideração quais são as características pertinentes a esses domínios. A pedagogia do rendimento orienta-se pelo processo em que as crianças são submetidas a treinamentos e competições exacerbadas antes da idade adequada para tal, assim despreza-se a riqueza das práticas lúdicas em nome da preparação de futuros atletas. Entretanto, em contrapartida à pedagogia do rendimento, surge à pedagogia do esporte à luz da complexidade que trata o esporte infantil e a iniciação esportiva como um período relevante para se desenvolver as capacidades motoras, para se aprender as habilidades técnicas e táticas, para se aprender a cooperar, para construir autonomia, para se aprender a gostar de esporte, para se aprender uma cultura de lazer esportivo, para se aprender a competir, a socializar conhecimentos, a dialogar, a sociabilizar-se, a motivar-se, para fomentar a autoestima, isto é, para equilibrar o que é racional e o que é sensível; é preciso participação em diversas modalidades esportivas antes de optar pela especialização em uma. É necessário frisar que esse processo de aproximação, na perspectiva da complexidade, demanda tempo. A iniciação esportiva é um fenômeno complexo, permeado de relações de força entre diferentes segmentos da sociedade que se afetam permanentemente e, por isso, exige um olhar dos pedagogos esportivos que não a reduza, como tem acontecido em alguns tipos de esporte no Brasil, ao paradigma vigente, baseado na especialização precoce,na busca do talento esportivo e na excessiva competitividade. BIBLIOGRAFIA BARROW, Harold M., BROWN, Janie P.-MAN and MOVEMENT. História do Esporte. Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAewyoAK/historia-esporte> Acesso dia 01/05/2017. DELGADO, Prof.º Leonardo. O Que é Esporte? Disponível em <http://aquabarra.com.br/educacao_fisica/1_Ano_Unidade_II.pdf> Acesso dia 01/05/2017. DESCHAMPS, Silvia Regina, JUNIOR, Dante de Rose. Os Aspectos Psicológicos da Personalidade e da Motivação no Voleibol Masculino de Alto Rendimento. 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A Iniciação esportiva e a Especialização Precoce à Luz da Teoria da Complexidade – Notas Introdutórias. Disponível em < https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1786/3339> Acesso dia 01/05/2017. RONDINELLI, PAULA. Você Sabe o Que é Esporte? Brasil Escola. Disponível em < http://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/voce-sabe-que-esporte.htm> Acesso dia 01/05/2017. http://portal.esporte.gov.br/institucional/historico.jsp https://historiadoesporte.wordpress.com/2017/04/17/historias-do-esporte-de-rubem-fonseca-parte-1/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/a-historia-do-esporte/50997 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/a-historia-do-esporte/50997 http://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/voce-sabe-que-esporte.htm
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