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Extração de óleo vegetal - QO1 - Relatório Mariana

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS 
Instituto de Biociências – IBIO 
Departamento de Ciências Naturais – DCN 
 
 
 
Disciplina: Química Orgânica 
Professor: Edwin Gonzalo Azero Rojas 
Aluno: Mariana Abrahão Barreiro Alvarez 
Curso: Biomedicina 
Grupo 1 
 
Prática realizada em: 01/10/2019 
 
 
 
 
 Extração de óleo vegetal 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro Segundo semestre de 2019 
I) Objetivo 
Extrair óleo vegetal da noz moscada em pó, calcular o rendimento dessa extração e a 
densidade do óleo vegetal. 
II) Introdução 
 Óleos vegetais são gorduras formadas por trigliceróis, que são obtidas a partir da 
extração de plantas, principalmente se sementes. Os óleos vegetais são 
predominantemente apolares, pois são compostos por ácidos graxos e álcool e dessa 
maneira, são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos. 1 O óleo vegetal 
possui elevado ponto de ebulição, acima de 200°C, porque sua cadeia é muito longa, 
portanto em temperatura ambiente ele se encontra no estado líquido. 
 Para a extração do óleo vegetal é utilizada a técnica de extração por solvente. 2,3 
Esse modo de extrair mostra-se eficiente a medida que o óleo vegetal é um composto 
apolar, logo, ao utilizar um solvente apolar, como por exemplo o hexano, que irá permitir a 
dispersão do óleo em seu meio, possibilitando sua extração e sendo muito utilizado com 
óleos e gorduras para esse fim. 4 O hexano é um solvente apolar que apresenta 
temperatura de ebulição 68°C, sendo uma substância volátil e inflamável, no entanto, com 
uma alta capacidade extrativa. 
 A fim de realizar esse processo, condições propícias são necessárias, como a 
temperatura; Quanto maior a temperatura, maior será a solubilidade do líquido; assim 
como a quantidade do soluto; quanto menos concentrado estiver, ou seja, mais diluído o 
soluto, maior a sua dissolução. 5 A extração é feita com o auxílio de aparelhagem 
específica, seguida de métodos de separação de misturas, como a destilação simples 
(separação de misturas homogêneas como o hexano e o óleo vegetal, com pontos de 
ebulição diferentes). 6 
 
 
Figura 1 – Exemplificação e aparelhagem do processo de extração do óleo vegetal 
 
III) Materiais e métodos 
 
a. Compostos químicos 
 Hexano 
 Nos moscada em pó 
b. Materiais utilizados 
 Água na torneira 
 Arames pequenos (3 unidades) 
 Argola (2 unidades) 
 Balança analítica 
 Balão de fundo redondo de 100 mL com junta esmerilhada 
 Balão de fundo chato de 250 mL com junta esmerilhada 
 Bastão de vidro 
 Becher de 250 mL 
 Cabeça de destilação 
 Capela de exaustão 
 Condensador de refluxo 
 Condensador de tubo reto 
 Erlenmeyer de 200 mL 
 Espátula de metal 
 Frasco limpo 
 Funil analítico 
 Funil para sólidos 
 Garra (6 unidades) 
 Mangueira de látex ( 2 unidades) 
 Manta aquecedora de 110 V 
 Mufas (7 unidades) 
 Pano úmido 
 Papel de filtro 
 Pedras de ebulição (10 unidades) 
 Proveta de 5 mL 
 Proveta de vidro de 50 mL 
 Rolha para termômetro 
 Suporte universal (4 unidades) 
 Tela de amianto 
 Termômetro 
 Unha 
 Vidro de relógio 
 
c. Metodologia 
 O experimento foi realizado em 2 partes. Primeiramente, foi montada uma 
aparelhagem composta de suporte universal, uma manta aquecedora e um balão de 
fundo redondo de 250 mL, auxiliados por garras e mufas, um condensador de refluxo 
ligado às mangueiras de látex para circulação de água. Pesou-se em uma balança 
analítica, já tareada, com o auxílio da espátula e do vidro relógio, 10,00 g de noz moscada 
em pó. Em seguida, adicionou-se esse substrato a um balão de fundo redondo de 250 
mL, então, foi acrescentado a esse balão 5 pedras de ebulição e com a ajuda de um funil 
para sólidos, 50 mL de hexano, previamente medido na proveta de vidro de 50 mL na 
capela de exaustão. Misturou-se até homogeneizar e a manta de aquecimento foi ligada a 
fim de aquecer a mistura lentamente. Quando o solvente entrou em refluxo, foi iniciada a 
contagem do tempo de no mínimo 30 minutos. 
 Passado esse tempo, a manta foi desligada, retirada e usou-se um pano úmido para 
resfriar o fundo do balão. Em seguida, o extrato hexânico foi filtrado com a ajuda de um 
funil analítico e papel de filtro com dobradura pregueada (procedimento feito 2 vezes), 
dentro de um anel de ferro preso por uma mufa ao suporte universal, para um balão de 
100 mL. O sólido resultante foi colocado na capela de exaustão para terminar de 
evaporar. 
 Na segunda etapa do experimento, foi montada uma aparelhagem para realizar a 
destilação simples. Colocou-se em um suporte universal com uma argola acoplada por 
uma mufa, a tela de amianto abaixo da manta aquecedora, onde se anexou o balão de 
fundo redondo de 250 mL utilizado na primeira etapa do experimento. Acima dessa 
vidraria, foi colocada uma rolha com termômetro, e ao lado da cabeça de destilação foi 
acoplado um condensador de tubo reto com mangueiras de látex para circulação de água 
sustentada por garras e mufas presas a um suporte universal; na outra saída, adicionou-
se a unha ao condensador e abaixo dela, foi colocada uma erlenmeyer de 250 mL. 
 Ao balão de fundo redondo de 250 mL previamente usado, foram adicionadas 5 pedras 
de ebulição e após isso, a manta de aquecimento foi ligada e a temperatura foi 
monitorada com a ajuda do termômetro acoplado à aparelhagem. A destilação foi 
realizada e ao notar a diminuição da temperatura e a finalização do gotejamento desse 
processo no erlenmeyer, a manta aquecedora foi desligada e retirada, o balão foi 
resfriado com um pano úmido e o óleo foi transferido para uma proveta de 5 mL. Em 
seguida, o hexano destilado foi devolvido para seu respectivo frasco e o volume de óleo 
foi medido em uma proveta de 5 mL e a massa foi pesada em uma balança analítica, 
após tarear a mesma. Com os resultados obtidos do experimento, a densidade e o 
rendimento foram calculados; e o óleo foi armazenado em um frasco limpo no laboratório. 
d. Aparelhagem 
 
 Legenda da imagem1 
1- Condensador de refluxo 
2- Mangueira de látex 
3- Garra e mufa 
4- Balão de fundo redondo de 250 mL 
5- Manta de aquecimento 
 
 
 
 
 
 
Imagem 1 – Aparelhagem do aquecimento 
 
 2 
 
 1 
 
 
 3 
 4 
 5 
Legenda da imagem 2 
1- Funil analítico 
2- Papel de filtro com dobradura pregueada 
3- Argola anexada por mufa 
4- Garra anexada por mufa 
5- Balão de fundo redondo de 100 mL 
6- Suporte universal 
 
 
 
Imagem 2 – Aparelhagem da filtração 
 
Legenda da Imagem 3 
1- Rolha e termômetro 
2- Condensador de tubo reto 
3- Balão de fundo redondo 
4- Manta de aquecimento 
5- Unha 
6- Erlenmeyer 
 
Imagem 3 – Aparelhagem para destilação 
fracionada. 
 
IV) Resultados e Discussão 
 No experimento foi registrado do óleo: 
Massa inicial 
(g) 
10,0 
Massa final (g) 0,94 
Volume (mL) 1,3 
 
• Com os valores registrados pode-se calcular o rendimento da reação: 
 10,0 g – 100% 
 0,94 g - X 
 X = 9,4% de rendimento do experimento realizado. 
 1 
 2 3 
 
 
 4 
 
 5 
 61 
 
 2 
 3 
 4 
 
 
 
 5 
 
 6 
• Para calcular a densidade, utilizou-se da quantidade de volume e de massa 
registrados ao final do experimento do óleo extraído da noz moscada: 
 
 
 1,3 mL – 0,94 g 
 1,0 mL - Y 
 Y = 0,723 g 
Ou seja, a densidade é de 0,723 g/mL. 
 A extração realizada foi uma extração sólido-líquido (extração por solvente). A 
obtenção de um número de massa pequeno se deve à possível perda de material durante 
o experimento, além de que a parte sólida foi descartada uma vez que o óleo era o 
produto almejado. 
 O hexano foi usado como solvente, pois possui propriedades apolares que interagem 
com a maior parte da cadeia do óleo vegetal. O hexano foi manuseado na capela de 
exaustão durante o experimento uma vez que ele mostra-se extremamente volátil e 
poderia causar danos a quem o estava manipulando. É importante salientar que, poder-
se-ia usar, não de maneira exclusiva, um solvente anfipático (que apresenta caráter polar 
e apolar), por exemplo, o etanol; de modo que a parte polar iria interagir com a célula, 
abrindo-a de maneira a possibilitar de maneira mais eficiente o hexano “entrar” e interagir 
com o óleo vegetal. 
 A dobradura usada foi a pregueada, haja vista que, embora o líquido no procedimento 
importasse, a noz moscada em pó é muito fina, o que poderia entupir facilmente o filtro, 
impedindo sua filtração. O papel de filtro foi trocado a fim de melhorar a filtração. Ao filtrar, 
sentiu-se o cheiro do hexano. O liquido obtido apresentou cor amarelada. 
 Durante as duas etapas, usaram-se 5 pedras de ebulição em cada, visto que quando 
há evaporação de um líquido, as primeiras moléculas a sofrerem evaporação, que são 
aquelas próximas a fonte de calor (próximas a vidraria), poderão formar uma grande bolha 
de evaporação e assim formar uma fervura brusca que poderia causar acidentes; dessa 
forma, as pedras de ebulição quebram as bolhas maiores em bolhas menores,fazendo 
com que a ebulição aconteça de maneira mais equilibrada. 
 O condensador de refluxo foi usado na primeira etapa, ligado a mangueira de látex com 
circulação de água. Ele foi usado a fim de evitar perdas de compostos durante o processo 
de aquecimento da seguinte maneira: ao aumentar a temperatura, parte do gás se 
desprende da solução e evapora; esse gás ao entrar em contato com o condensador de 
refluxo (superfície fria) volta ao seu estado líquido e goteja retornando a mistura no balão. 
Quando o procedimento foi finalizado, primeiro foi retirada a manta de aquecimento e 
depois do condensador de refluxo, isso porque se fosse retirado primeiro o condensador 
de refluxo, a solução ainda estaria aquecendo e haveria perda de compostos nessa 
ebulição, mesmo que por pouco tempo. O sólido resultante no balão de fundo redondo de 
250 mL na extração foi colocado na capela de exaustão de forma a terminar a evaporação 
do hexano que possa ter ficado ali, e depois o sólido foi descartado no lixo. 
 Vale ressaltar que não houve reação entre a noz moscada em pó e o hexano, o que 
houve foi uma extração por solvente. Durante a destilação simples, o hexano foi separado 
do óleo vegetal e recolhido no erlenmeyer, pois seu ponto de ebulição é menor do que a 
do óleo vegetal. Ao cair a última gota no erlenmeyer, significa que todo o hexano sofreu 
ebulição e foi separado. O hexano destilado foi colocado no seu respectivo frasco no 
laboratório. O óleo vegetal no final da destilação apresentou cor mais alaranjada e 
aspecto viscoso, foi colocado em uma proveta de 5 mL, pesado em uma balança analítica 
já tareada, foi medido seu volume e foi armazenado em um frasco limpo no laboratório. 
V) Conclusão 
 O óleo vegetal da noz moscada em pó foi obtido. A extração por solvente foi feita 
usando o hexano, ocorridas as etapas de isolamento do óleo, filtração e destilação 
simples. O óleo obtido apresentou densidade 0,723 g/mL e rendimento de 9,4%. 
VI) Respostas do questionário 
 
1. Por que não poderíamos extrair óleos essenciais pela técnica de extração por 
solvente? 
Resposta: Os óleos essenciais são mais leves, consequentemente mais voláteis e com 
baixo ponto de ebulição; e dessa maneira ao realizar a destilação simples para separar o 
óleo essencial do solvente, o óleo sofreria ebulição junto ao solvente por apresentar essas 
características mencionadas. Dessa forma, essa técnica não é indicada na obtenção de 
óleos essenciais. 
2. Desenhe a estrutura do triacilglicerol que foi extraído durante a experiência. 
 
 
 Estrutura do Triacilglicerol 
 
3. Que outra técnica poderia ser utilizada para extrair de forma eficiente os ácidos 
graxos de substratos oleaginosos? 
 
Resposta: Há outras maneiras eficientes de extrair ácidos graxos de substratos 
oleaginosos como, por exemplo, a extração com fluido supercrítico (SFE); para extração 
em escala maior poderia usar a extração química e para escala menor, poderia ser 
utilizada a técnica de extração por prensagem mecânica; e extração enzimática. 
 
4. Em que se baseia a técnica de extração por solvente? 
 
Resposta: Essa técnica se baseia na formação de uma solução formada por um substrato 
(soluto) com um solvente geralmente apolar, que irá atrair para si o óleo presente no 
substrato escolhido por proximidade de polaridade. E então, haverá a separação do 
solvente e do óleo por diferença nos pontos de ebulição (destilação simples). Dessa forma 
é importante que o solvente tenha polaridade igual a do óleo (seja apolar). 
 
VII) Referências Bibliográficas 
 
[1] FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. Óleo Vegetal; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/oleo-vegetal.htm. Acesso em 09 de outubro de 
2019 
[2] Extração por solvente. Conhecimento geral. Disponível em: 
<https://www.conhecimentogeral.inf.br/extracao_por_solvente/> Acesso em 09 de outubro 
de 2019. 
[3] FREIXO, Ana. Normalização de um processo de extração de óleos vegetais. 
Análise de variáveis críticas do processo. Licenciada em Ciências da Engenharia 
Química e Bioquímica, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2018. Disponível em: 
<https://run.unl.pt/bitstream/10362/39807/1/Freixo_2018.pdf> Acesso em 09 de outubro 
de 2019 
 
[4] Hexano. Aleher Química do Brasil LTDA. Itapeva, Minas Gerais. Disponível em: 
<http://www.aleherquimica.com.br/downloads/ficha-tecnica-hexano.pdf> Acesso em 09 de 
outubro de 2019 
 
[5] AUCÉLIO, Ricardo; TEIXEIRA, Letícia. Solubilidade. PUC-RIO. Disponível em: 
<http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_solubilid
ade.pdf> Acesso em 09 de outubro de 2019 
 
[6] DIAS, Diogo Lopes. O que é destilação simples? ; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-destilacao-simples.htm.> Acesso 
em 09 de outubro de 2019 
 
 
 
https://www.conhecimentogeral.inf.br/extracao_por_solvente/
https://run.unl.pt/bitstream/10362/39807/1/Freixo_2018.pdf
http://www.aleherquimica.com.br/downloads/ficha-tecnica-hexano.pdf
http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_solubilidade.pdf
http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_solubilidade.pdf

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