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CAIO VILAR RIBEIRO 8043389 PORTFÓLIO – CICLO 2 POLO DE TAGUATINGA-DF 2021 Trabalho apresentado para a disciplina Psicologia do Desenvolvimento e Educação de Crianças, Jovens e Adultos, ministrada pelo Tutor(a) Lilian Paula Degobbi Bergamo, do curso de Pedagogia do Claretiano – Centro Universitário. A terceira infância, ou popularmente chamada de fase escolar, tem seu início aos 7 anos, marcado pela entrada no Ensino Fundamental e término na adolescência por volta dos 12 anos de idade. Nesse período, ocorrem grandes mudanças em diversas áreas pessoais da vida da criança/ adolescente. A cobrança externa pelo amadurecimento e autonomia no enfrentamento de situações- problema, tanto de cunho social, como procedimental – que engloba toda a realização de atividades cotidianas e transposição de barreiras impostas. Portanto, a criança tende a desenvolver habilidades que lhe permitam o controle do esquema corporal. Principalmente aspectos motores finos (utilização de pequenos músculos) são desenvolvidos nessa fase, o que inclui o manuseio de objetos, precisão em situações complexas e noções espaço-temporais. Além das características citadas, dos 6 aos 8 anos a dentição se torna permanente. Na terceira infância a criança torna-se mais sensível com reações e atitudes alheias e, com isso desenvolve a noção de respeito mútuo, sente a necessidade de cooperar, agradar e desenvolver suas habilidades no campo de seu interesse. Já plano cognitivo há um aumento na extensão do vocabulário, no poder de memorização e na capacidade de externalizar sentimentos por meios verbais e não-verbais. O psicólogo e filósofo Piaget, enfatizou sobre que o papel do sujeito na construção de seu saber, parte da ideia que o biológico se adapta ao meio físico e ao meio ambiente procurando manter o equilíbrio. Assim, na perspectiva da terceira infância Piaget classificou-a como estágio operacional concreto (7 a 11 anos), em que a criança adquire a capacidade de pensar abstratamente, elaborando teorias e concepções sobre o mundo que a cerca. Já para Vygotsky (psicólogo russo), a aprendizagem é uma condição prévia para o desenvolvimento, pois, por meio dela, na interação com o outro, é que a criança poderá avançar em seu desenvolvimento psicológico e nas funções psicológicas superiores. Os pressupostos apresentados por ele são sociointeracionistas ou sócio-históricos. Para ele, a construção do pensamento e da subjetividade é um processo cultural. O autor destaca a importância das interações sociais para o desenvolvimento humano. Embora divergentes em algumas de suas colocações, Piaget e Vygotsky dão ênfase na importância da análise qualitativa na educação. Os dois discordam de qualquer abordagem que envolva o desenvolvimento como aquisição simplesmente quantitativa. O método piagetiano coloca que podemos aprender muito sobre o raciocínio da criança, se desenvolvemos atividades, que embora estejam bem elaboradas, não são rígidas, muito menos devem ser resolvidas pelo sujeito de forma isolada. O educador precisa participar com o aluno na resolução do problema. Vygotsky, a partir do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, também indica que a avaliação não pode ser um momento isolado e ao final do processo de aprendizagem. A avaliação deve ser contínua, pois o mais importante não é a aprendizagem pretérita, mas, aquela que se está em desenvolvimento, no presente. Por conseguinte, são necessárias ações conjuntas entre a comunidade escolar, - no papel da escola - e o governo com ações que permitam que direitos das crianças a educação sejam efetivados. A Constituição de 1988 impôs a necessidade de um olhar atento a infância, bem como de ações efetivas em conjunto com intuições de ensino infantil, em razão do reconhecimento da criança como sujeito de direitos como versam os artigos 6º e 208 da CF/88: Art. 6º – “São direitos sociais: a educação, a saúde, [...] a proteção a maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Art. 208 [...] IV – “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: [...] atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade”. Entretanto, essa realidade ainda está distante do ideal e até mesmo do básico proclamado na legislação em face do que é praticado em intuições de ensino infantil. A realidade de uma visão assistencialista preconizada por um período em que a política estava direcionada a políticas de mediação de conflitos ainda não findou visto que poucas creches e poucos berçários foram organizados e o acesso ao benefício trabalhista é dificultoso - por muitas vezes reflete diretamente no desenvolvimento da criança. .
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